Cerca de 100 mísseis russos lançados contra a Ucrânia na terça-feira, o maior ataque desde o início de outubro.

Sirenes de ataques aéreos soam de novo em todas as regiões da Ucrânia
Sirenes de ataques aéreos soam de novo em todas as regiões da Ucrânia© Andrew Kravchenko

As sirenes de aviso de ataques aéreos soaram hoje de manhã em todas as regiões da Ucrânia a pedido da força aérea, um dia depois de múltiplos ataques russos contra infraestruturas de energia e da queda de um míssil na Polónia.

Na sequência do pedido, as cerca de 20 regiões da Ucrânia estavam em alerta pouco depois de 10:00 locais (08:00 em Lisboa), segundo a agência francesa AFP.

A Ucrânia foi atingida por cerca de 100 mísseis russos na terça-feira, o maior ataque desde o início de outubro.

Cerca de 90 mísseis russos disparados contra a Ucrânia: estruturas de energia foram principais alvos
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O ataque seguiu-se à reconquista de parte da região de Kherson, na semana passada, na sequência de uma contraofensiva ucraniana iniciada depois de Kiev ter recebido armamento dos seus aliados europeus.

Kherson é uma das quatro regiões ucranianas anexadas pela Rússia desde que invadiu o país vizinho, em 24 de fevereiro deste ano, juntamente com Zaporijia, Donetsk e Lugansk.

A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nos territórios anexados.

Os ataques russos de terça-feira deixaram o fornecimento de energia numa situação crítica, disse a presidência ucraniana.

Avisos de novos cortes de energia

Hoje, também há avisos de novos cortes de energia de emergência em toda a Ucrânia, noticiou a agência espanhola EFE.

A operadora de energia ucraniana Ukrenergo disse que o tempo frio estava a complicar ainda mais a situação e a reparação das infraestruturas afetadas, e pediu à população que se prepare para mais restrições.

A Ukrenergo aconselhou os ucranianos a carregar baterias e dispositivos, sempre que possível, para poderem manter o contacto com familiares.

Pediu, no entanto, que poupem no consumo para preservar a "estabilidade do sistema energético", depois do que Kiev considera tratar-se de ataques coordenados contra as infraestruturas críticas do país.