Mostrar mensagens com a etiqueta AMÉLIA REY COLAÇO - ACTRIZ PORTUGUESA - MORREU EM 1990 - 8 DE JULHO DE 2022. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta AMÉLIA REY COLAÇO - ACTRIZ PORTUGUESA - MORREU EM 1990 - 8 DE JULHO DE 2022. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 8 de julho de 2022

AMÉLIA REY COLAÇO - ACTRIZ PORTUGUESA - MORREU EM 1990 - 8 DE JULHO DE 2022

 

Amélia Rey Colaço

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Amélia Rey Colaço
Amélia Rey Colaço, 1919
Nome completoAmélia Schmidt Lafourcade Rey Colaço[1]
Nascimento2 de março de 1898
LisboaSantos-o-Velho
Nacionalidadeportuguesa
Morte8 de julho de 1990 (92 anos)
LisboaLapa
Ocupaçãoencenadora e atriz
Atividade1917-1990
CônjugeRobles Monteiro (1920)

Amélia Rey Colaço ComC (LisboaSantos-o-Velho2 de março de 1898 — LisboaLapa8 de julho de 1990) foi uma encenadora e atriz portuguesa.

Biografia

Considerada a mais proeminente figura do teatro português do século XX, Amélia Rey Colaço nasceu a 2 de março de 1898 na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa,[2][3] tendo sido criada num meio socialmente privilegiado e artístico. Era filha de Alexandre Rey Colaço, pianista, compositor e professor dos príncipes D. Luís Filipe de Bragança e D. Manuel de Bragança, nascido em Tânger em 1854, que tinha, por sua vez, mãe portuguesa e pai francês, e de Alice Lafourcade Schmidt, nascida no Chile em 1865, filha do cônsul alemão em ValparaísoChile, Hermann G. Schmidt e da francesa Marie Alice Constant Lafourcade. Cruzando-se várias nacionalidades na sua ascendência, era ainda descendente pelo lado materno da alemã Madame Kirsinger, conhecida por ser a proprietária de um dos mais conhecidos salões literário e musicais em Berlim, e familiar do pintor e ceramista português Jorge Colaço, casado com a poetisa Branca de Gonta Colaço e pai da escultora Ana de Gonta Colaço e do escritor Tomás Ribeiro Colaço.

Era ainda a mais velha das quatro filhas do casal, sendo irmã das pianistas Jeanne e Maria Rey Colaço e da pintora e cantora lírica Alice Rey Colaço.

Em Dezembro de 1911, Amélia partiu com a sua irmã Maria para Berlim, para casa da avó materna, com o objectivo de estudarem música. Também aqui encontrou um ambiente cultural estimulante, nas constantes tertúlias em casa da sua avó, frequentadas por vários artistas da capital alemã. Seriam os espectáculos de Max Reinhardt com o Deutsches Theater, que seguiu atentamente na sua estadia em Berlim, que atraíram Amélia para a carreira de actriz. No regresso a Portugal iniciou aulas de teatro com Augusto Rosa.[4]

Corria o ano de 1917 quando se estreou no então Teatro República (hoje Teatro São Luiz), na peça Marinela de Benito Pérez Galdós. Para fazer a personagem, uma rude vagabunda, aprendeu, durante meses, a andar descalça e a usar farrapos, no interior do jardim do seu palacete.[5]

Casou a 4 de dezembro de 1920, em sua casa, na Rua Ribeiro Sanches, área da 4.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, com o ator beirão Robles Monteiro.[1] No ano seguinte os dois concorrem ao concurso de concessão do Teatro Nacional D. Maria II, fundando para o efeito uma companhia de teatro própria: a Companhia Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro. Nascia assim a mais duradoura companhia teatral de sempre da Europa, que conheceu 53 anos de duração ( (foi oficialmente extinta em 1988), 46 dos quais sediada no Teatro Nacional D. Maria II. Em dezembro de 1964 um incêndio destruiu o Teatro Dona Maria II, pelo que a Companhia se mudou para o Teatro Avenida, por sua vez consumido por um incêndio em 1967.

Talentosa, culta e empreendedora, Amélia Rey Colaço atuou em vários planos na direcção da companhia — estruturou um grupo coeso e exigente, empenhou-se na dignificação social do ator, conquistando para ele um estatuto de superioridade, à medida que organizava um reportório ambicioso, à revelia da censura. Chamou pintores prestigiados para colaborarem na cenografia, casos de Raul LinoAlmada Negreiros ou Eduardo Malta. Contratou nomes que eram ídolos do público de então, como Palmira BastosNascimento FernandesAlves da CunhaLucília Simões, Estêvão Amarante, Maria Matos ou Vasco Santana.

Fazendo escola, revelou uma inteira geração de novos atores, como Raul de CarvalhoÁlvaro BenamorMaria LalandeAssis PachecoJoão VillaretAugusto de Figueiredo, Paiva Raposo, Eunice MuñozCarmen DoloresMaria BarrosoJoão PerryMadalena SottoHelena FélixRogério PauloJosé de CastroLourdes NorbertoVarela SilvaRuy de CarvalhoFilipe La Féria ou João Mota. Alternando entre obras clássicas e modernas, abriu como nunca as portas à dramaturgia portuguesa, representando obras de António FerreiraJosé RégioAlfredo CortezVirgínia VitorinoCarlos SelvagemRomeu CorreiaBernardo SantarenoLuís de Sttau Monteiro, entre outros.

Com ousadia, revelou autores como Jean CocteauJean AnouilhLorcaBrechtValle ÍnclanAlejandro CasonaEugene O'NeillTennessee WilliamsArthur MillerPirandelloEduardo De FilippoMax FrischIonescoDürrenmatt e Edward Albee.

Acarinhada ao longo da sua carreira, cultivou a admiração de Oliveira Salazar e antigos monarcas, tendo sido amiga da rainha D. Amélia de Orleães.

Em princípios de 1974, Amélia Rey Colaço regressa ao São Luiz, de onde partira. Pouco depois dá-se o 25 de Abril e, percebendo que a vão encarar como um símbolo do Estado Novo, suspende a companhia e sai de cena, assumindo a injustiça com discrição. Deixava para trás espectáculos antológicos, como CastroSaloméOutono em FlorRomeu e JulietaO Processo de JesusTopazeA Visita da Velha Senhora ou Tango. O último grande papel vem, contudo, a desempenhá-lo aos oitenta e sete anos, na figura de D. Catarina na peça El-Rei D. Sebastião, de José Régio.

Em 1988, aquando da extinção oficial da companhia, Amélia Rey Colaço vê-se forçada a leiloar o recheio da casa do Dafundo, cedida pela marquesa Olga do Cadaval, e a abandoná-la.

Amélia Rey Colaço morreu a 8 de Julho de 1990 na freguesia da Lapa, em Lisboa,[2][3] junto da sua filha, Mariana Rey Monteiro, também já falecida.

Televisão

Condecorações[2][7]

Ordens honoríficas portuguesas:

Ordens estrangeiras:

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Livro de registo de casamentos da 4.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (27-11-1920 a 31-12-1920)»digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. fls. 17, assento 17
  2. ↑ Ir para:a b c d «Ficha de Pessoa: Amélia Rey Colaço». Indica estreia no Teatro D. Amélia. CETbase - Centro de Estudos de Teatro. 11 de Fevereiro de 2014. ISSN 0874-9663. Consultado em 1 de junho de 2014Cópia arquivada em 1 de junho de 2014
  3. ↑ Ir para:a b «Livro de registo de batismos da Paróquia da Santos-o-Velho, Lisboa (1898)»digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. fls. 73 e 73v., assento 228
  4.  «Amélia Rey Colaço - Pessoas - Centro Virtual Camões - Camões IP»cvc.instituto-camoes.pt. Consultado em 3 de março de 2021
  5.  «hemerotecadigital.cm-lisboa.pt» (PDF)
  6.  Portugal, Rádio e Televisão de. «Não Acordem o Menino Jesus - Artes e Cultura - Teatro - RTP»www.rtp.pt. Consultado em 3 de março de 2021
  7.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Amélia Rey Colaço". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 1 de junho de 2014

Ligações externas

Etiquetas

BELMONTE - MUNICIPIO E CIDADE PORTUGUESA - FERIADO - 26 DE ABRIL DE 2024

  Belmonte (Portugal) 29 línguas Artigo Discussão Ler Editar Ver histórico Ferramentas Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Coordenadas ...

Arquivo do blogue

Seguidores

Pesquisar neste blogue