A única referência na Wikipédia acerca do Dr. JOÃO CURVO SEMEDO, cujo nascimento se comemora hoje (1766), é a seguinte na biografia de
Doutor Gonçalo Mendes de Brito, de Viana do Castelo[1], deputado e presidente da Mesa da Consciência e Ordens[2], juiz desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação e do Paço. Esteve como corregedor com alçada de Viseu e sua comarca (1675 a 1676)[3] e também visto simultaneamente como curador da Comarca da mesma cidade de Viseu[4]. Assim como o era, em 25 de Junho de 1678, corregedor do crime do Bairro de São Paulo, em Lisboa [5].
"Como curiosidade, é uma das duas pessoas que o médico João Curvo Semedo, pioneiro na investigação da medicina natural, se refere como tendo curado das aparições de seres fantasmagóricos durante o sono[12]."
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HUMBERTO DELGADO
Humberto Delgado
Humberto Delgado | |
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Nome completo | Humberto da Silva Delgado |
Conhecido(a) por | "General sem Medo" |
Nascimento | 15 de maio de 1906 Boquilobo, Torres Novas Portugal |
Morte | 13 de fevereiro de 1965 (58 anos) Los Almerines, Olivença Portugal / Espanha |
Nacionalidade | portuguesa |
Cidadania | portuguesa |
Ocupação | Militar |
Página oficial | |
http://www.humbertodelgado.pt |
Nota: Se procura a praça homónima, no Porto, veja Praça do General Humberto Delgado.
Humberto da Silva Delgado ComC • OA • ComA • GOA • GCA • ComSE • GCL • OIP • CBE(Torres Novas, Brogueira, Boquilobo, 15 de Maio de 1906 — Los Almerines, Olivença, 13 de Fevereiro de 1965) foi um militar português da Força Aérea que corporizou o principal movimento de tentativa de derrube do regime salazarista através de eleições, tendo contudo sido derrotado nas urnas, num processo eleitoral fraudulento[1] que deu a vitória ao candidato do regime vigente, Américo Tomás. Ficou popularmente conhecido como o General sem Medo.
Índice
[esconder]Biografia[editar | editar código-fonte]
Primeiros anos[editar | editar código-fonte]
Humberto da Silva Delgado nasceu a 15 de Maio de 1906 em Boquilobo ,[2] concelho de Torres Novas, distrito de Santarém.
Frequentou o Colégio Militar entre 1916 e 1922.[3]
Em 1925 entrou na Escola Prática de Artilharia, em Vendas Novas.
Participou no movimento militar de 28 de Maio de 1926, que derrubou a República Parlamentar e implantou a Ditadura Militar que, poucos anos mais tarde, em 1933, iria dar lugar ao Estado Novo liderado por Salazar.
Durante muitos anos apoiou as posições oficiais do regime salazarista, particularmente o seu anticomunismo.
Carreira militar e pública[editar | editar código-fonte]
Em 1941, Humberto Delgado, assumiu publicamente as suas simpatias para com a Alemanha Nazi, publicando dois artigos na Revistas Ar onde afirmou: “O ex-cabo, ex-pintor, o homem que não nasceu em leito de renda amolecedor, passará à História como uma revelação genial das possibilidades humanas no campo político, diplomático, social, civil e militar, quando à vontade de um ideal se junta a audácia, a valentia, a virilidade numa palavra.”[4][5]
Representou Portugal nos acordos secretos com o Governo Inglês sobre a instalação das Bases Aliadas nos Açores durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1944 foi nomeado Director do Secretariado da Aeronáutica Civil.
Entre 1947 e 1950 representou Portugal na Organização da Aviação Civil Internacional, sediada em Montreal, Canadá.
Foi Procurador à Câmara Corporativa (V Legislatura)[2] entre 1951 e 1952.
Em 1952 foi nomeado adido militar na Embaixada de Portugal em Washington e membro do comité dos Representantes Militares da NATO. Promovido a general na sequência da realização do curso de altos comandos, onde obteve a classificação máxima, passa a Chefe da Missão Militar junto da NATO.
Regressado a Portugal foi nomeado Director-Geral da Aeronáutica Civil.
Oposição ao regime[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Eleições presidenciais portuguesas de 1958
Os cinco anos que viveu nos Estados Unidos modificam a sua forma de encarar a política portuguesa. Convidado por opositores ao regime de Salazar para se candidatar à Presidência da República, em 1958, contra o candidato do regime, Américo Tomás, aceita, reunindo em torno de si toda a oposição ao Estado Novo.
Numa conferência de imprensa da campanha eleitoral, realizada em 10 de Maio de 1958no café Chave de Ouro, em Lisboa, quando lhe foi perguntado por um jornalista que postura tomaria em relação ao Presidente do Conselho Oliveira Salazar, respondeu com a frase "Obviamente, demito-o!".
Esta frase incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime salazarista que o apoiaram e o aclamaram durante a campanha com particular destaque para a entusiástica recepção popular na Praça Carlos Alberto no Porto a 14 de Maio de 1958.
Devido à coragem que manifestou ao longo da campanha perante a repressão policial foi cognominado «General sem Medo».
O resultado eleitoral não lhe foi favorável graças à fraude eleitoral montada pelo regime.
Exílio e morte[editar | editar código-fonte]
Em 1959, na sequência da derrota eleitoral, vítima de represálias por parte do regime salazarista e alvo de ameaças por parte da polícia política, pediu asilo político na Embaixada do Brasil, seguindo depois para o exílio nesse país.[6] Durante o período do seu exílio no Brasil foi amplamente apoiado por D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança, a quem se dirigia como "a Princesa"ou "a Duquesa", ela que o ajudou monetariamente e ainda lhe ofereceu uma das suas residências em Roma para que o General pudesse regressar ao território europeu.[7]
Convencido de que o regime não poderia ser derrubado por meios pacíficos promoveu a realização de um golpe de estado militar, o qual veio a ser concretizado em 1962 e que visava tomar o quartel de Beja e outras posições estratégicas importantes de Portugal. O golpe, porém, fracassou.
Pensando vir reunir-se com opositores ao regime do Estado Novo, Humberto Delgado dirigiu-se à fronteira espanhola em Los Almerines, perto de Olivença, em 13 de Fevereiro de 1965. Ao seu encontro vai um grupo de agentes da PIDE, liderados por Rosa Casaco. O agente Casimiro Monteiro assassina-o, bem como à sua secretária, Arajaryr Campos. Os corpos foram ocultados perto de Villanueva del Fresno, cerca de 30 km a sul do local do crime.
Em Janeiro de 1975 os seus restos mortais foram transferidos de Espanha até ao Cemitério dos Prazeres, em Lisboa[8].
Homenagens[editar | editar código-fonte]
A Assembleia da República Portuguesa decidiu, a 19 de Julho de 1988,[9] que fosse feita a transladação dos restos mortais de Humberto Delgado, do Cemitério dos Prazeres para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa. A cerimónia aconteceu a 5 de Outubro de 1990,[10] dia que se assinalava os oitenta anos da Implantação da República Portuguesa. Nesta mesma altura, o General foi elevado, a título póstumo, a Marechal da Força Aérea.[11] Em Fevereiro de 2015, por ocasião do 50º aniversário do seu assassinato, a Camara Municipal de Lisboa propôs ao governo Português a alteração do nome do Aeroporto de Lisboa para Aeroporto Humberto Delgado[12]. O governo aceitou a proposta e desde 15 de Maio de 2016 que o Aeroporto da Portela se designa por Aeroporto Humberto Delgado.[13]
Textos recolhidos através da Wikipédia
ANTÓNIO FONSECA