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POR JOSÉ CARDOSO
Editor Adjunto
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Liberdade enjaulada. Relatório enjaulado. E mulher a nado atrás de um paquete |
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Boa tarde,
A primeira oração do título desta newsletter pedi-a emprestada ao título do artigo em que o Pedro Santos Guerreiro analisaas penas de prisão efetiva decretadas hoje por um tribunal angolano contra os 17 ativistas políticos.
É com este tema que fazemos a abertura do Expresso Diário de hoje. Além do artigo do diretor do Expresso, publicamos a notícia da Alexandra Simões de Abreu sobre o que se passou esta segunda-feira no tribunal de Luanda. Resumo: o rosto mais visível dos ativistas, o rapper luso-angolano Luaty Beirão, foicondenado a cinco anos e meio de prisão, os outros 16 a penas indo de dois anos e três meses a oito anos e meio; republicamos, também, a carta de amor que a mulher de Luaty lhe tinha endereçado quando ele estava em greve da fome e que tinha divulgado há meses no Expresso; e um perfil do rapper feito pelo escritor José Eduardo Agualusa e publicado originalmente na Revista.
A segunda oração do título da newsletter tem a ver com orelatório secreto sobre o BES que o Banco de Portugal se recusa a entregar à comissão parlamentar de inquérito sobre o Banif. O documento continua enjaulado, pelo menos até que, como explicam o João Vieira Pereira e o Miguel Prado, os deputados da comissão garantam que o Banco de Portugal não incorre em qualquer ilegalidadeao ceder o documento.
A terceira parte do título refere-se ao estranho caso de uma turista inglesa, que se zangou com o marido quando estavam num cruzeiro. Ao que parece foram “convidados” a desembarcar durante a escala do navio no Funchal, a mulher foi para o aeroporto para regressar a casa de avião. Mas ao ver passar o navio atirou-se ao mar, de noite, nadando durante quatro horas para apanhar o cruzeiro onde (não) ia o marido. A Marta Caires, nossa correspondente na Madeira, contra o rocambolesco caso e como ele acabou (ou ainda não…).
Nesta edição do Diário, espaço ainda para um trabalho intitulado“Por trás deste olhar há um mundo de dor”, no qual os nossos enviados a Bruxelas, o João Duarte Santos e o Hugo Franco, fazem o rescaldo dos atentados da semana passada e suas ondas de choque.
Na edição desta segunda-feira, fazemos também um aviso: “Cuidado. Os diabos estão a tecê-las”. Quem avisa é a Mariana Cabral, a propósito da receção, esta terça-feira, em Leiria, de uma Bélgica bem diferente da dos últimos anos. Não só pelo momento emotivo (atentados, que obrigaram a mudar o jogo de futebol, previsto inicialmente para a Bélgica), mas porque a geração de ouro dos “diabos vermelhos” lidera o ranking mundial da FIFA, à frente de Argentina, Espanha e Alemanha, e pode ser a grande surpresa do Euro-2016. Quem avisa, amiga é…
Lá mais para o fim do Expresso Diário, há igualmente uma espécie de aviso, este do Pedro Andersson, da SIC, na secção“Dicas de Poupança”. É sobre o IMI e o que cada um de nós poderá estar a pagar a mais – e o que deve fazer.
Na opinião, o Martim Silva escreve sobre “Os primeiros avisos de Marcelo. Em tom suave...”, o Henrique Monteiro disserta sobre “Justiça: o peso bom e o peso mau” (sim, é sobre os ativistas angolanos, mas não só…); o Daniel Oliveira diz que “Um homem inteligente foi a Havana” (não, não está a falar de Mick Jagger…) e o Henrique Raposo intitula o seu artigo - em que fala de Europa, extrema-direita, muçulmanos, refugiados e politicamente correto - com a palavra “Cobardia”.
Boas leituras e um bom resto de dia (se não pensar em IMI e se ler a história da turista a nado atrás de um paquete)
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