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POR Martim Silva
Editor-Executivo
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Hoje
é sábado. Sábado, 3 de outubro. Sábado, 3 de outubro, véspera de
eleições legislativas em Portugal. Por isso mesmo, estamos em dia de
reflexão, esta é a última vez que vai ouvir falar em algo semelhante a
eleições, campanha, votos ou partidos neste Expresso Diário. A
nossa escolha do melhor que publicámos ao longo da última semana vai
para outros temas. E como há mais vida para além das eleições, acredite
que vale a pena passar os olhos pelo que temos para si. Falamos da
reunificação da Alemanha, dos riscos para a economia mundial, do Estado
Islâmico e da guerra na Síria. Mas também do mega escândalo que começou
por envolver a Volkswagen e já se alargou a mais construtoras automóveis
e cujos efeitos na sua plenitude ainda podem estar por conhecer. Cá
dentro, olhamos ainda para o balanço da época de fogos florestais e para
a recente polémica envolvendo o ensino artístico. 1. A reunificação alemã foi há 25 anos
Assinala-se este sábado um quarto da século da união entre as duas
repúblicas alemãs, com os festejos oficiais a decorrerem em Frankfurt. A
Alemanha ficou oficialmente unida há 3 de outubro de 1990, mas 25 anos
depois ainda há diferenças entre o Leste e o Ocidente de um país que
lidera a Europa". 2. Lagarde avisa que crescimento mundial vai levar um corte
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional voltou a avisar esta
segunda-feira que a organização vai rever, em baixa, as suas previsões
de crescimento mundial para 2015 e para o próximo ano. 3. Juntos contra o Estado Islâmico na Síria?
Apesar das farpas lançadas durante os discursos e do ar tenso de Obama e
Putin, o Presidente russo anunciou que vai partilhar informações com o
Iraque, a Síria e o Irão para combater o autodenominado Estado Islâmico.
E Washington abre a porta à Rússia e ao Irão para obter acordo na
Síria. 4. Russos ameaçam fazer explodir um barril de pólvora
O envolvimento de forças russas veio baralhar ainda mais as ações
militares que devastam a Síria, mergulhada numa guerra que dura há quase
cinco anos. Aumentam os receios de que os recentes ataques da força
aérea russa e os avanços de tropas em terra possam empurrar ainda mais
refugiados para a Europa 5. “Depois do Afeganistão, é ridículo pensar que o vizinho não cortar a relva é um problema”
Para o alemão Christian Vogl, médico de resgate aéreo em situações de
crise, o medo não é o pior, o pior é falhar. Uma das operações que mais o
marcaram foi em Kunduz, a cidade afegã onde os EUA acabam de lançar
ataques aéreos para estancar a primeira ofensiva talibã nesta região em
14 anos 6. Uma falsificação que vem de longe?
Como um pequeno estudo independente, concluído em maio de 2013, se
transformou agora no pior pesadelo do maior construtor automóvel
europeu, embora o dispositivo de falsificação de emissões da Volkswagen
fosse um “segredo de polichinelo” já há uns anos 7. Volume de reclamações atrasa financiamento ao ensino artístico
Ministério da Educação adiou a divulgação das listas definitivas do
concurso ao apoio estatal às escolas de música. A razão: uma quantidade
de reclamações muito acima do normal. Com esta fase ainda em aberto, o
“procedimento adicional” anunciado para a atribuição dos 4 milhões que
Nuno Crato injetou no setor também virá fora de horas. E ainda é preciso
perceber de que forma 8. GNR nunca deteve tantos incendiários como este ano
A pior fase dos incêndios florestais acabou esta semana, com um balanço
muito mais pesado do que o do ano passado. Quase quinze mil fogos
consumiram 58 mil hectares de terreno desde janeiro. Muito mais do que
em 2014, que foi um ano atipicamente calmo. Muito menos que em anos
negros como os de 2003 ou 2005. Mas este ano foi batido outro recorde: o
de incendiários apanhados pela GNR. Até ao final de setembro foram
detidos 68, um número nunca antes alcançado pela Guarda. É quase o dobro
do ano passado (39 casos) e bem mais do que em 2014 (43).
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