Nota: Este artigo é sobre a Viação Aérea Rio-Grandense. Para a nova razão social da empresa, veja
VRG Linhas Aéreas.
A
Viação Aérea Rio-Grandense, mais conhecida como
Varig, foi uma companhia aérea brasileira fundada em 1927, no município de
Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, pelo alemão
Otto Ernst Meyer. Foi uma das primeiras companhias aéreas brasileiras.
Em 20 de julho de 2006, após ter entrado com processo de recuperação judicial, teve sua parte estrutural e financeiramente boa vendida para a
Varig Logística através da constituição da razão social
VRG Linhas Aéreas, a qual, em
9 de abril de
2007, foi cedida para a
Gol Linhas Aéreas Inteligentes. Devido ao fato de não poder operar voos com a própria marca, a
Fundação Ruben Berta, administradora da companhia, criou a marca
Flex Linhas Aéreas, que chegou a operar voos regulares comissionados pela Gol, mas teve sua falência decretada no mesmo dia do decreto da falência da Varig.
A Varig foi fundada em 07 de Maio de
1927, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, pelo imigrante alemão
Otto Ernst Meyer, em conjunto com diversas personalidades teuto-brasileiras do estado, como
Alberto Bins, Artur Bromberg, Waldemar Bromberg, Emílio Gertum, Jorge Pfeiffer, Ernst Rotermund e
Rudolph Ahrons.
[1][2] A companhia alemã
Condor Syndikat, atual
Lufthansa, possuía 21% das ações da Varig.
[3]
Sua primeira aeronave foi um
hidroavião Dornier Do J, apelidado de Atlântico, com capacidade de nove passageiros, considerado um dos mais modernos de sua época,
[4] que fez seu voo de estreia de
Porto Alegre a
Rio Grande.
[5] Operou também o Dornier Komet, a partir da
Ilha Grande dos Marinheiros, no
Rio Guaíba, atendendo as regiões
sul e
sudeste do
Brasil.
[5] Em
1932, adquiriu seu primeiro avião com
trem de pouso, um Junkers A-50 Junior, e depois o
Junkers F.13, iniciando seus serviços na capital gaúcha, no terreno que daria origem ao
Aeroporto Internacional de Porto Alegre.
[5]
Em 1961 a Varig comprou a
Real Aerovias, que era a maior companhia brasileira no mercado doméstico.
[12] Com a incorporação, a frota da Varig praticamente dobrou e com ela vieram novos tipos, como os
Convair 340,
Convair 440, novos
Lockheed Constellation e
Douglas DC-6, que foram empregados nas rotas domésticas de longo curso e internacionais.
[12] As rotas também foram incorporadas às da Varig, inclusive as internacionais. A aquisição também trouxe o
Convair 990, então os jatos mais rápidos do mundo, empregados nas rotas para
Lima,
Caracas,
Cidade do México,
Los Angeles e
Miami.
[12]
A partir de 1961 a Varig adotou como símbolo a
rosa-dos-ventos, destacado na cauda de todos os seus aviões.
[13]
A década de 1970 foi marcada por diversos reconhecimentos e expansões.
[5] Nesse período, o presidente
Hélio Smidt, que ingressou na presidência da empresa em 1981, investiu no serviço de bordo e em novas rotas e aeronaves.
[16] Foi quando se destacou entre as concorrentes mundiais, reconhecida pela qualidade do serviço de bordo, comparando-se com empresas renomadas, como
Lufthansa,
Air France,
KLM e a
Pan American.
[15] O
catering (serviço de bordo) servia
caviar na primeira classe, e em alguns voos, o jantar tinha
churrasco no espeto.
[16] O crescimento da empresa foi completado por novos e mais modernos aviões e novas rotas no mercado
europeu, com saídas do recém inaugurado terminal do
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão.
[17]
Ainda na década de 1970, a empresa trouxe os primeiros
Boeing 727,
[18] que foram utilizados em rotas domésticas e internacionais para a
América Latina,
Miami e
Cabo Verde. Ao final de suas vidas úteis, alguns foram convertidos a cargueiros e repassados à
Varig Log.
[18] Observando o sucesso da
VASP com seus
Boeing 737, a Varig comprou dez modelos entre
1974 e
1975, que tornou-se um de seus principais aviões, substituindo a maioria de seus turbo-hélices nas rotas domésticas.
[19]
Ao final da década de 1970, mais de 70% da frota era composta por jatos, o que proporcionou o início de voos ligando as regiões
Norte e
Sul do
Brasil com menos escalas.
[5] Rotas como
Rio de Janeiro a
Manaus e
Belém, até então operadas como escalas de voos internacionais, foram iniciados por essas aeronaves.
[5]
Em 1974 a Varig recebeu o primeiro de quatro
Douglas DC-10, encomendados dois anos antes, que iniciaram a substituição dos
Boeing 707.
[20] Foi o primeiro jato
widebody (dois corredores) a ser utilizado por uma companhia da
América Latina.
[20] Por sua elevada autonomia e velocidade, foram colocados nas rotas de maior curso da empresa, como
Nova Iorque,
Frankfurt,
Paris,
Roma,
Londres e também nos voos para
Tóquio, com escala em
Los Angeles.
[21] Em toda sua história, a empresa utilizou quinze
DC-10.
[21]
Em 1981 a Varig recebeu os primeiros
Boeing 747-200. A viagem inaugural ocorreu de
Brasília à
Campo Grande, trazendo o
presidente do Brasil João Baptista Figueiredo.
[24] Primeiramente, foram três jatos empregados nas rotas para
Nova Iorque,
Frankfurt,
Paris,
Londres e
Roma.
[24] Devido à expansão da Varig e a vinda de outras empresas estrangeiras, o Galeão, principal aeroporto internacional brasileiro, e de onde partiam praticamente todos os voos internacionais, operava acima do seu limite.
[5] Já prevendo essa situação, o governo iniciou a construção de um aeroporto em
Guarulhos que, apesar de maior cidade e centro econômico do país, contava apenas com o pequeno e restrito
Aeroporto de Congonhas, que não tinha capacidade para voos de longo curso.
[25]
O
Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos foi inaugurado em janeiro de 1985 por um
Boeing 747-200 da Varig, procedente de
Nova Iorque.
[26] Em seguida, muitas companhias brasileiras e estrangeiras transferiram parte de suas operações para Guarulhos. Os voos internacionais que tinham origem e destino no Rio, antes de procederem para seu destino final, faziam escala em Guarulhos, onde havia maior fluxo de passageiros.
[27]
Em 1991 a Varig recebeu seu primeiro
Boeing 747-400, sob
arrendamento, com mais duas encomendas para serem entregues em 1992 e 1993.
[28] Esta versão assumiu as rotas para
Nova Iorque,
Paris,
Roma, além de inaugurar a rota do
Rio de Janeiro para
Hong Kong, com escalas em
São Paulo,
Joanesburgo e
Bangcoc.
[28] Mas permaneceram na empresa até 1994, quando foram devolvidas.
[28] A situação econômica do país e as falhas de administração abalaram a saúde financeira da empresa, cuminando numa
moratória, em 1994.
[29]
Em 1980 a Varig encomendou duas aeronaves
Airbus A300 para operação em suas rotas domésticas de alta densidade.
[30] Com seu plano de expansão da atuação no mercado doméstico, optou-se por encomendar também dois
Boeing 767-200 em 1986.
[31] A aeronave
bimotora podia fazer voos intercontinentais com maior eficiência do que aeronaves
quadrimotoras.
[31] Estas foram as primeiras da Varig que não necessitavam de um
engenheiro de voo a bordo.
[31] Em 1987 chegaram seis aeronaves da versão -200ER (
Extended Range), que tinham autonomia aumentada, .
[31] que serviram nas rotas para a
América do Sul,
América do Norte e
Europa, além de voos
charter e regulares entre São Paulo e
Rio de Janeiro, e também para a região
nordeste, em cidades como
Salvador e
Fortaleza.
[32] A partir de 1990 a Varig recebeu outras nove aeronaves da versão -300ER, que foram empregados nas rotas para
Lisboa,
Madri,
Roma,
Milão,
Chicago,
Atlanta,
Toronto.
[33]
Em 1987 a Varig recebeu seu primeiro
Boeing 737-300, dando início a um novo processo de modernização da frota.
[34] A substituição dos
Boeing 737-200 terminou em 2003.
[19] A companhia também buscava uma aeronave para substituir os
McDonnell Douglas DC-10, que já enfrentavam problemas relacionados à manutenção.
[21] Neste mesmo período, a
fabricante lançou o
MD-11, que contava com nova tecnologia,
cabine digital, maior autonomia e capacidade de passageiros e carga; A Varig adquiriu o tipo para ser utilizado em viagens de alta rentabilidade.
[35] As duas primeiras aeronaves chegaram ao final de 1991 e foram destinadas para os voos de
São Paulo para
Frankfurt e
Paris.
[35] Em 1998 a Varig expandiu a utilização de seus
MD-11 nas rotas para
Amsterdam,
Bangcoc,
Buenos Aires,
Hong Kong,
Joanesburgo,
Londres,
Milão,
Nova Iorque e
Roma.
[35]
Em novembro de 1996 a Varig mudou sua identidade visual, adotando a estrela dourada.
[37] Em 1997 entrou para a
Star Alliance.
[38]
Por mais de quinze anos a empresa apresentou
balanços financeiros negativos, além de ter mudado de comando mais de cinco vezes num período de seis anos.
[5] Com dívidas estimadas em mais de sete bilhões de
reais, as dificuldades enfrentadas pela empresa foram reflexo do congelamento das tarifas aéreas na
década de 1980 e
década de 1990, complementadas por uma administração ineficiente.
[5]
Em 22 de junho de 2005, a
justiça brasileira deferiu o pedido de
recuperação judicial protocolado em 17 de junho do mesmo ano pela Varig.
[47] Com essa decisão, a empresa teve seus bens protegidos de ações judiciais por 180 dias, mas dispôs de um prazo de 60 dias para apresentar um plano de viabilidade e de recuperação a seus
credores.
[47] As dívidas da Varig chegavam a 5,7 bilhões de reais.
[47] Em novembro de 2005, a
TAP Portugal, em conjunção com investidores brasileiros, formalizam a compra das subsidiárias
Varig Log e
Varig Engenharia e Manutenção, garantindo o pagamento de credores internacionais.
[48]
Após proposta de compra feita pela
Varig Log, uma nova assembleia foi realizada em 17 de junho de 2006.
[49] Os credores da classe um da empresa, formada pelos trabalhadores, aprovaram a oferta.
[49] Mas os da classe dois, que conjuga
fundos de pensão e o
Banco do Brasil, e da classe três, reunindo
empresas públicas e de
leasing, rejeitaram a proposta.
[49] Foram mais de vinte votos contrários apenas na classe três, a maior parte deles advindos de empresas estrangeiras.
[49]
Em 28 de julho de 2006, iniciaram-se as demissões na empresa, totalizando mais de 5 000 postos de trabalho cortados em apenas um dia, sem o pagamento das verbas rescisórias, que estavam bloqueadas pelo plano de
recuperação judicial, bem como os quatro meses de salários atrasados.
[50] Dezenas de aviões ficaram retidos no hangar da empresa no
aeroporto do Galeão sem poder voar.
[49] Alguns outros aviões ficaram parados por outros locais, como os
Boeing 777-200 que ficaram retidos em
Nova Iorque e
Salvador.
[49] Em 3 de agosto de 2006, a Varig operou seu último voo internacional, já que nesse dia os voos da Varig foram proibidos de pousar em
Lisboa,
Paris,
Madri,
Londres,
Roma,
Zurique e
Beirute. O único pouso autorizado foi em
Frankfurt.
[49]
Em 28 de novembro de 2006 a Varig anunciou a operação de mais sete rotas entre 18 de dezembro de 2006 e 4 de março de 2007.
[51] Desta forma, a empresa passou a voar para doze destinos nacionais,
Belo Horizonte,
Florianópolis,
Porto Seguro,
Rio de Janeiro,
São Paulo,
Brasília,
Salvador,
Fortaleza,
Recife,
Porto Alegre,
Curitiba e
Manaus.
[51]
O Grupo Varig manteve diversas empresas subsidiárias em diversos setores.
[56]
- Amadeus Brasil
- Companhia Tropical de Hotéis
- Varig Motores SA
A Varig Motores S/A foi comprada pela
General Electric em 1998 e a empresa passou a se chamar “GE Varig Engine Services S/A”, controlada pela GE, possuidora de 95% das ações, com uma participação de 5% da Varig Linhas Aéreas, que não participava da direção da empresa. Passados pouco mais de 5 anos, em dezembro de 2003 a GE adquire o restante da ações da companhia, passando a ser sua única dona, que hoje faz parte da GE Celma Ltda.
[59]
- Nordeste Linhas Aéreas
Posteriormente, a empresa foi completamente cedida à Varig, bem como rotas e funcionários, porém a marca da empresa permaneceu nas aeronaves.
[61] A empresa operou até a falência da Varig.
[55]
- Pluna
Ver artigo principal:
PLUNA
A companhia foi fundada em setembro de 1936 e iniciou suas operações em 19 de novembro de 1936.
[63] Foi criada por Jorge e Alberto Márquez Vaesa, dois irmãos que tinham obtido o apoio financeiro e técnico necessário por intermédio do baixador do
Reino Unido no
Uruguai, Sir Eugen Millington-Drake.
[63] O nome PLUNA é um acrônimo para
"Primeras Líneas Uruguayas de Navegación Aérea" (em
português:
"Primeiras Linhas Uruguaias de Navegação Aérea").
[63] A companhia operou primeiramente duas aeronaves De Havilland Dragonflys, com capacidade para cinco passageiros, de
Montevidéu para
Salto e
Paysandú.
[64]
Em 1995 a empresa foi privatizada e o governo uruguaio vendeu 51% das ações para uma
joint-venture formada pelo consórcio argentino Tevycom e por empresários uruguaios; os outros 49% foram vendidos à Varig.
[65] Em abril de 2000, a companhia tinha 635 funcionários e a frota era composta por seis
Boeing 737-200 e um
McDonnell Douglas DC-10 para servir diversos destinos, como
Assunção,
Buenos Aires,
Córdoba,
Florianópolis,
Madrid,
Montevidéu,
Punta del Este,
Rio de Janeiro,
Rosario,
Salvador,
Santiago e
São Paulo.
[63] No final de 2005, os principais acionistas da companhia eram o Governo do Uruguai (49%), a Varig (49%), e investidores privados (2%).
[66] Quando a Varig entrou em
recuperação judicial, a companhia tentou vender sua participação na Pluna para a
Conviasa, companhia estatal venezuelana,
[67] mas o negócio foi cancelado em julho de 2006.
[68]
Logo após a falência da Varig, o governo uruguaio anunciou que a frota e as rotas da PLUNA seriam leiloadas.
[69] Em setembro de 2012 houve o leilão das sete aeronaves
Bombardier CRJ900 remanescentes, mas a venda do resto da companhia foi adiado para outubro de 2012.
[70] A Cosmo Airlines, companhia
charter espanhola, comprou todas as aeronaves pelo valor de 137 milhões de
euros.
[71]
- Rio Sul
- Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo
Era a empresa de
ground handling ("apoio em solo") da Varig. Foi fundada em 1954 em parceria com onze empresas aéreas.
[74] Chegou a ser a maior empresa de
ground handling da América Latina.
[74]
- Varig Engenharia e Manutenção
- Varig Log
- Varig Trading
Fundada em 1987 como forma de comercializar produtos para exportação e importação, aproveitando a estrutura das agências da Varig no exterior, encerrou suas atividades em 1991.
[78]
- Varig Travel
Fundada em 2001, tinha como objetivo vender pacotes turísticos aproveitando a estrutura da Varig, mas encerrou suas atividades em 2004, pouco antes da Varig entrar em
recuperação judicial.
[79]
Evolução dos logotipos da Varig.
A Varig teve quatro logotipos ao longo de sua história.
[80] O primeiro foi adotado logo após a fundação da companhia, em 1927.
[80] Este logo mostra um
biguá, ave marítima comum no
litoral do Rio Grande do Sul, com as
asas abertas, voando sobre o nome da Varig.
[80] Segundo a própria companhia, o desenho do biguá foi adotado já que é a maior ave palmípede residente no
Rio Grande do Sul, além de ser facilmente encontrados em diversos
lagos e
lagoas gaúchos, principalmente na
Lagoa dos Patos, onde a Varig operava inicialmente seus
hidroaviões.
[5] Este logotipo foi utilizado até 1930.
[80]
O segundo logotipo foi adotado em 1930, na qual aparece o
Ícaro, personagem da
mitologia grega, o qual ficou reconhecido pela sua tentativa frustrada de deixar Creta voando, em uma queda que culminou na sua morte nas águas do
mar Egeu, mais propriamente na parte conhecida como
mar Icário.
[81] A Varig escolheu o Ícaro por representar o sonho e a ousadia do ser humano em voar.
[80] Inicialmente, o logotipo era circunscrito em três círculos com as cores da
bandeira do Rio Grande do Sul, o
verde,
amarelo e
vermelho.
[80] Depois, os círculos saíram e o Ícaro passou a carregar a
bandeira do Brasil.
[80] Com a chegada dos
Lockheed Constellation, em 1955, o Ícaro sofreu uma nova mudança, a bandeira do Brasil foi retirada e o Ícaro passou a ficar dentro de um círculo preto.
[5] Este logo foi utilizado entre até 1961.
[80]
O terceiro logotipo foi adotado em 1960, na qual predomina a
rosa dos ventos,
[80] criada pelo gaúcho Nelson Jungbluth, que trabalhou na Varig durante 35 anos como supervisor visual em anúncios, folhetos, menus e cartazes.
[5] Apesar de ser desenhada em 1954, a rosa dos ventos só começou a aparecer na fuselagem das aeronaves da Varig em 1961, após a compra da
Real Aerovias.
[82] Este foi o logotipo que permaneceu por mais tempo na empresa, até 1996, por 36 anos, e também foi o logotipo que esteve presente na consolidação da Varig entre as maiores companhias aéreas do mundo na época, tendo sido até escolhida como a identidade mais bonita na época.
[82]
O quarto logotipo foi adotada em 1996, na qual ainda predomina a
rosa dos ventos, porém agora dentro de um círculo azul.
[80] A reformulação foi feita pela empresa Landor Associates, que também ficou responsável por criar uma nova marca para as subsidiárias
Rio Sul e
Nordeste.
[80] A rosa dos ventos foi novamente estilizada, ganhando as cores
amarelo e
dourado, o nome "Varig" ganhou um tom de
azul mais escuro e uma assinatura característica com o nome "Brasil".
[83] Este logotipo foi utilizado de 1996 até 2005, momento em que a companhia entrou em
recuperação judicial.
[80]
Pinturas utilizadas pela Varig na década de 1970 (esquerda) e 1996 (direita).
O
logotipo da Varig foi impresso na fuselagem de uma aeronave pela primeira vez em 1931, com a chegada dos
Junkers A 50.
[84] Nessa época, o logotipo da Varig era o
Ícaro envolto em um círculo preto.
[80] Abaixo do Ícaro estava o nome "Varig" grafado em
caixa alta.
[80] Porém, os maiores destaques da aeronave eram a matrícula e o nome de batismo, os dois escritos em letras gigantescas na fuselagem das aeronaves.
[80] O logotipo e o nome ficavam, geralmente, localizados na cauda do avião.
[80] Em outras aeronaves como os
Junkers F-13, por exemplo, era escrito o nome da aeronave na cauda e o logotipo da Varig ficava nas laterais fuselagem, em tamanho bem pequeno.
[80]
A primeira aeronave a receber a nova versão do
Ícaro, sem o círculo e carregando a
bandeira do Brasil, foi o
De Havilland Dragon Rapide, em 1942, que foi também a primeira aeronave da empresa a receber uma pintura na
fuselagem.
[81] Além da matrícula e do nome de batismo, as aeronaves da Varig também tinham uma linha preta nas laterais da fuselagem, logo abaixo das janelas. O compartimento do radome da aeronave também era pintado de preto.
[80]
Esta pintura sofreu uma pequena modificação com a chegada de novas aeronaves em 1955, tendo duas linhas mais finas, uma em cima das janelas e outra em baixo, e somente a parte de cima do compartimento do radome era pintado de preto.
[80] E com a chegada dos
Douglas DC-3, houve mais uma modificação, passaram a ser duas linhas ainda mais finas abaixo das janelas.
[80]
A pintura da Varig sofreu uma grande mudança em 1954, com a chegada dos novos
Convair 240 e
Lockheed Constellation.
[80] Pela primeira vez, as aeronaves ganharam cores, o nome de batismo na fuselagem foi retirado, mas a matrícula foi mantida, só que em tamanho menor.
[80] O
Ícaro carregando a
bandeira do Brasil continuava na cauda, agora um pouquinho maior, com o nome logo abaixo.
[81] A cauda também ganhou a bandeira do Brasil colorida, nas laterais da
fuselagem, ao invés das linhas pretas, agora havia uma faixa em azul na altura das janelas com duas linhas brancas finas no meio.
[81] O nome foi colocado logo acima da faixa azul em letras grandes e somente uma pequena parte do compartimento do radome da aeronave continuou preto.
[80]
Em dezembro de 1996, o
Boeing 747-300 de prefixo PP-VNH foi a primeira aeronave da Varig a apresentar a nova identidade visual da empresa,
[80] agora com um tom de azul mais escuro, rosa dos ventos em amarelo e dourado e a assinatura "Brasil" personalizada ao lado do nome. A nova pintura possuía a barriga, turbinas e cauda em azul escuro, a rosa dos ventos na cauda e o logotipo iniciando nas laterais frontais da fuselagem.
[80]
A Varig também utilizou diversas pinturas especiais:
[80]
Em toda sua história, a Varig operou em cerca de 102 destinos, sendo 32 nacionais e 70 internacionais.
[89] Foi a única companhia aérea brasileira a operar em todos os continentes, incluindo a
Ásia e a
África, que, naquela época, ainda não tinham voos comerciais em operação para o
Brasil.
[89] Inicialmente, o principal
centro de operações da companhia era no
Aeroporto Internacional Salgado Filho, em
Porto Alegre, mas, com o aumento da demanda, foi transferido para os aeroportos do
Galeão, no
Rio de Janeiro e para
Guarulhos, em
São Paulo.
[89]
Em toda a sua história, a Varig operou cerca de 354 aeronaves.
[90] As aeronaves operadas pela Varig eram as mais avançadas quanto a tecnologia utilizada para a sua época.
[90] A Varig também era reconhecida internacionalmente pelo alto nível de conforto das aeronaves e pelo serviço de bordo extremamente luxuoso, tanto na
primeira classe como na
classe executiva e
econômica.
[90]
A primeira aeronave operada pela Varig foi um
hidroavião Dornier Do Wal, que também foi a primeira aeronave comercial a operar no
Brasil.
[91] Logo após, chegaram aeronave com maior capacidade de passageiros, como o
Junkers Ju 52,
Douglas DC-3,
Curtiss C-46 e
Lockheed Constellation.
[90] No início da
década de 1960, chegaram os primeiros aviões a jato da companhia, o
Sud Aviation Caravelle e o
Boeing 707, que contribuíram muito para o crescimento financeiro da empresa.
[92] Na
década de 1970, começaram a ser utilizados os
Boeing 727 e
Boeing 737, principalmente nas rotas nacionais e regionais.
[90] Nesta época, a companhia também adquiriu as primeiras aeronaves
widebody, como o
McDonnell Douglas DC-10,
Airbus A300,
Boeing 767 e o
Boeing 747, maior aeronave do mundo na época e maior aeronave operada pela companhia.
[90] Já nos últimos anos da companhia, foram operados os
McDonnell Douglas MD-11,
Boeing 757 e
Boeing 777, aeronave mais avançada tecnologicamente na época.
[93]
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Referências
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