Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
© EPAAcompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

10h47 - O 4 de Julho e as relações entre o Kremlin e a Casa Branca

O presidente russo, Vladimir Putin, não vai enviar qualquer mensagem de cumprimentos ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por ocasião do feriado norte-americano do Dia da Independência.

Este ano, um tal gesto, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, "dificilmente poderia ser considerado apropriado".

10h40 - Violência no Uzbequistão. "Assunto interno"

O Kremlin veio esta segunda-feira comentar o contexto de tensão autonómica vivido em Karakalpakstan, região do Uzebequistão. Trata-se, na ótica de Moscovo, de um "assunto interno" para Tashkent resolver.

Em declarações a jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu o Uzbequistão como um "país amigo" e manifestou a convicção russa de que a liderança política em Tashkent será capaz de resolver a questão da autonomia regional.

Pelo menos 18 pessoas morreram e outras 243 ficaram feridas, na semana passada, durante uma vaga de confrontos motivada pelos planos das autoridades centrais para limitar a autonomia de Karakalpakstan.

10h06 - Cosmonautas russos celebram captura da região de Lugansk

Cosmonautas russos a bordo da Estação Espacial Internacional celebraram a conquista na região oriental ucraniana de Lugansk, marco significativo na guerra.

A Roscosmos, a agência espacial russa, fala de "um dia de libertação para celebrar na terra e no espaço".

A agência publicou fotos dos cosmonautas Oleg Artemyev, Denis Matveev e Sergei Korsakov a sorrirem enquanto levantavam bandeiras pró-russas.

"Este é um dia esperado pelos residentes da região de Luhansk há oito anos", escreveu Roscosmos na aplicação de mensagens Telegram.

"Estamos convencidos que 3 de julho de 2022 ficará para sempre na história da República Popular de Lugansk."

9h49 - A reconstrução da Ucrânia no centro de uma conferência internacional na Suíça

O presidente Volodymyr Zelensky deverá destacar esta segunda-feira a colossal tarefa que a Ucrânia tem para recuperar da destruição do exército russo, numa conferência de dois dias na Suíça para delinear a futura reconstrução.

A "tarefa é realmente colossal", apontou ontem o presidente ucraniano. Os anfitriões suíços esperavam a sua presença, mas Zelensky participará - como vem sendo habitual - por videoconferência no encontro que reúne os líderes dos aliados da Ucrânia, das instituições internacionais e também do sector privado.

9h34 - Embaixadores ocidentais na China falam sobre a Rússia

Os embaixadores dos Estados Unidos, França e Inglaterra criticaram a Rússia pela invasão da Ucrânia durante o Fórum Mundial da Paz, encontro realizado na China.

O embaixador norte-americano, Nicholas Burns, disse que a China não deve espalhar a "propaganda russa" e classificou a guerra russa contra a Ucrânia como "a maior ameaça à ordem mundial global".

8h50 - Austrália vai enviar 100 milhões em ajuda para a Ucrânia

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, visitou a região de Kiev este fim de semana, viajando para Bucha, Hostomel e Irpin, antes de se encontrar com o presidente Volodymyr Zelensky.

Segundo o governador de Kiev, Olexiy Kuleba, no Telegram, Albanese expressou a solidariedade australiana, tendo ficado impressionado "com o que viu: edifícios civis em ruínas, vestígios de minas, o aeroporto Antonov destruído".

Anthony Albanese anunciou um novo pacote de assistência à Ucrânia, incluindo:

• 67 milhões de dólares em assistência militar, incluindo veículos blindados

• 6 milhões para atualizar equipamentos de gestão de fronteiras e melhorar a segurança cibernética

8h25 - Governador de Lugansk diz que Rússia vai mudar foco para Donetsk

A Rússia vai mudar o foco principal da guerra, diz Serhiy Gaidai: Tomar todas as regiões de Donetsk depois de capturar Lugansk.

O governador da região de Lugansk estima que as cidades de Sloviansk e Bakhmut venham a ser atacadas nessa nova estratégia.

8h07 - Ucranianos retiram-se de Lugansk mas prometem voltar

O presidente da Ucrânia assume a retirada das tropas da região de Lugansk, pois diz que "as pessoas têm de ser salvas acima de tudo". Mas promete voltar para "reconstruir as paredes".

Este domingo Moscovo anunciou o controlo de toda a região de Lugansk, no leste ucraniano, depois da tomada de Lysychansk.###1417231###Antena 1

Ainda assim, Volodymyr Zelensky acredita na possibilidade de recuperar o território.

7h57 - Entrevista a Henry Kissinger. "Conflito na Ucrânia tornou-se previsível"

Henry Kissinger, antigo secretário de Estado norte-americano, diz que o conflito na Ucrânia se tornou previsível mal o país fez a aproximação à NATO.

O diplomata e conselheiro de vários presidentes dos Estados Unidos conhece bem Vladimir Putin. Encontrou-se com ele, nos últimos 30 anos, mais de 20 vezes.###1417195###Numa entrevista à correspondente da RTP em Londres, Rosário Salgueiro, e a outros jornalistas estrangeiros, mostrou-se surpreendido com a violência e a escala dos ataques à Ucrânia.

Kissinger adverte que a intensidade pode ser maior se a guerra deixar de ser sobre a libertação da Ucrânia e se tornar uma guerra só sobre a Crimeia.

7h42 - "Plano Marshall" para a Ucrânia em discussão na Suíça

Começa esta segunda-feira, na Suíça, a conferência internacional sobre a reconstrução da Ucrânia. Portugal vai estar representado pelo ministro da Educação, porque é nesta área que Portugal planeia ajudar o país.###1417223###Antena 1

Dezenas de países juntam-se na chamada Conferência de Lugano, com o objetivo de reparar uma espécie de "plano Marshall" para a reconstrução da Ucrânia.

7h26 - Ponto de situação

  • A Suíça acolhe esta segunda-feira a Conferência de Recuperação da Ucrânia, com líderes de dezenas de países, organizações e entidades do sector privado. O objetivo é lançar um plano de reconstrução do país. O presidente ucraniano vai participar neste evento por videoconferência. Volodymyr Zelensky sublinha que, nas porções de território já sem a presença de tropas russas, o trabalho é “verdadeiramente colossal”. Estima-se que mais de 120 mil casas tenham ficado destruídas na invasão russa.
  • A Grã-Bretanha vai também acolher, em 2023, uma conferência para ajudar à reconstrução da Ucrânia.
  • As forças ucranianas recuaram de Lysychansk. O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou que as tropas de Moscovo assumiram “total controlo” sobre esta cidade da região de Lugansk. Lysychansk era a derradeira cidade controlada pelo exército ucraniano em Lugansk.
  • O presidente ucraniano afirma que as tropas do seu país serão capazes de recuperar Lysychansk com a ajuda de armamento de longo alcance fornecido pelo Ocidente: “Vamos regressar graças à nossa tática, graças ao aumento no fornecimento de armas modernas. A Ucrânia não abdica de nada”.
  • A cidade de Sloviansk, na região de Donetsk, foi atingida no domingo por bombardeamentos de artilharia. Morreram pelo menos seis pessoas e outras 20 ficaram feridas, segundo o presidente da câmara da cidade, Vadim Lyakh.
  • Pelo menos três pessoas morreram e dezenas de edifícios residenciais ficaram danificados num aparente ataque ucraniano à cidade russa de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.
  • O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, reforça os laços com o regime de Vladimir Putin, ao assinalar que os exércitos russo e bielorrusso estão “praticamente unificados”. “Estamos a ser criticados por sermos o único país do mundo a apoiar a Rússia na sua luta contra o nazismo. Continuaremos unidos à Rússia fraternal”, declarou num video divulgado pela agência estatal BelTA.
  • As autoridades turcas apreenderam um cargueiro russo com cereais alegadamente furtados à Ucrânia, segundo o embaixador ucraniano em Ancara, Vasyl Bodnar.