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sábado, 9 de julho de 2022

GUERRA NA UCRÃNIA - 135º DIA - ÚLTIMAS NOTICIAS - 9 DE JULHO DE 2022

 

Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto

por Inês Moreira Santos - RTP

Gleb Garanich - Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

11h02 - Papa pode visitar a Ucrânia em agosto

O Papa Francisco pode visitar a Ucrânia já em agosto, anunciou o arcebispo Paul Richard Gallagher numa entrevista ao programa televisivo italiano TG1.

Citado pelo Kyiv Independent, o arcebispo indicou que o Vaticano está a considerar esta visita, uma vez que poderá ter "resultados positivos" no terreno.



10h08 - Blinken apela à China que condene a "agressão" russa na Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu à China que condene a "agressão" russa na Ucrânia, após se encontrar na ilha indonésia de Bali com o seu homólog chinês Wang Yi.

"Este é realmente o momento em que todos nós temos de nos levantar, como um país após o outro do G20 tem feito, para condenar a agressão e exigir, entre outras coisas, que a Rússia permita o acesso a alimentos bloqueados na Ucrânia", disse Blinken.

9h31 - As forças russas retomaram ataques na região de Donetsk

As autoridades ucranianas dão conta de várias explosões. Dizem que foram atingidas pelo menos doze localidades. Sobretudo nas imediações das cidades de Bakhmut, Kramatorsk e Slaviansk. Não há registo de vítimas.

Nas últimas horas, há também notícia da queda de um míssil em Ingulets, uma localidade situada entre Dnipro e Kherson, já bem perto da zona que é controlada pelos militares russos. Um ataque que causou um morto e dois feridos, um dos quais encontra-se em estado crítico.

8h29 - Rússia prepara forças de reserva perto da Ucrânia para futura ofensiva, diz Defesa britânica

A Rússia está a movimentar forças de reserva de todo o país e reunindo-as perto da Ucrânia para futuras operações ofensivas, disse a inteligência militar britânica este sábado.

Uma grande proporção das novas unidades de infantaria russa provavelmente está a ser implantada com veículos blindados MT-LB retirados do armazenamento de longo prazo como transporte principal, segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido.



7h48 - EUA anunciam novo pacote de ajuda militar a Kiev de cerca de 393 milhões de euros

Os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de 400 milhões de dólares (cerca de 393 milhões de euros), com armas de “maior capacidade precisão”. Segundo um alto funcionário do Departamento de Defesa norte-americana, o novo pacote contém quatro Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS, na sigla em inglês) e munições para esses projéteis de longo alcance.

Este tipo de armamento, “está a ser muito importante e eficaz para ajudar a Ucrânia” quando se trata de combater a artilharia russa no Donbass e com o novo HIMARS, Kiev terá um total de 12 sistemas desse tipo.

“O que estamos a ver agora é como os EUA aumentaram os sistemas HIMARS e mísseis para esses sistemas, com os quais a Ucrânia está a atingir com sucesso as posições russas na Ucrânia nas linhas da frente e a bloquear a sua capacidade de realizar operações de artilharia”, explicou o responsável do Pentágono.

A nova ajuda inclui três viaturas táticas para ajudar nas tarefas de abastecimento e recuperação de materiais, bem como 1.000 peças de munições para artilharia de 155 milímetros, “com maior precisão e a oferecer à Ucrânia a capacidade de atacar com precisão alvos específicos”, observou.
Ponto de situação
• Uma autoridade regional ucraniana alertou sexta-feira para deterioração das condições de vida em Sievierodonetsk, cidade capturada pelos russos há duas semanas, dizendo que a cidade está sem água, energia ou sistema de esgotos a funcionar. Sievierodonetsk ocupada “está à beira de uma catástrofe humanitária”, escreveu nas redes sociais o governador de Lugansk, Serhiy Haidai.

• O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, pediu sexta-feira à China, durante uma reunião com o homólogo chinês, Wang Yi, "colaboração ativa" para pôr fim à guerra na Ucrânia. Albares e Wang reuniram-se à margem da reunião de ministros dos negócios estrangeiros do G20 que decorreu quinta-feira e hoje em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali, e o ministro espanhol disse à agência Efe que via no seu colega chinês "uma atitude construtiva".

• Kiev continua a apelar ao seus aliados que enviem mais armas para retardar o avanço militar da Rússia na região leste de Donbass, numa altura que os negociadores ucranianos afirmam que uma mudança no conflito se está a aproximar. As rmas ocidentais de alta precisão estão a ajudar as forças ucranianas a desacelerar a invasão da Rússia, mas a Ucrânia não tem material militar suficientes e os soldados ainda precisam de tempo para se adaptar ao uso destas, disse um alto funcionário de segurança ucraniano

• O embaixador da Rússia no Reino Unido considera improvável que Moscovo se retire da costa sul da Ucrânia e que é provável que derrote as forças ucranianas em toda a região oriental de Donbass

• Já a Inteligência britânica afirma que a Rússia está a tentar concetrar as suas forças na direção de Siversk, a cerca de 8 quilómetros a oeste da atual linha de frente russa. Segundo o Reino Unido, as tropas russas estão a reabastecer-se antes de realizar novas operações ofensivas na região de Donetsk, enquanto as tropas ucranianas se preparam para repelir outro ataque

• Na sexta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 pediram o fim da guerra e do bloqueio de cereais na Ucrânia. No mesmo dia, o principal diplomata da Rússia denunciou o Ocidente por "críticas frenéticas" e por desperdiçar uma oportunidade de enfrentar os problemas económicos globais. Também Vladimir Putin voltou a realçar que a manutenção das sanções contra a Rússia pode levar a aumentos "catastróficos" dos preços da energia para os consumidores europeus

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