CAROS AMIGOS. SETEMBRO MOLHADO, FIGO ESTRAGADO
SÃO JOSÉ DE CUPERTINO.
JORGE SAMPAIO - POLÍTICO, PRIMEIRO MINISTRO E PRESIDENTE DE PORTUGAL - NASCEU EM 1939
DIA MUNDIAL DA MONITIRIZAÇÃO DA ÁGUA.
Atingido o número de 2 730 741 VISUALIZAÇÕES. Obrigado. Porto 18 de setembro de 2024. ANTONIO FONSECA
Jorge Cardoso e D. António Caetano de Sousa, autores do Agiológio Lusitano, cujo volume final foi publicado em 1744, consideram o termo equivocação que o povo fez, por ser o dia de São Félix Diácono, e o das cadeias de São Pedro Apóstolo. E que assim o advertiu o Arcebispo D. Rodrigo da Cunha, tendo o povo juntado Pedro, pelo Apóstolo, e Fins, por ser nome que antigamente se dava a São Félix; e, pela mesma razão, a residência que junto ao Minho têm os Padres da Companhia, é chamada de São Fins, por nela se conservar a cabeça do Santo Mártir Félix.[2]
O etnógrafo Moisés Espírito Santo admite uma explicação diversa para o termo. Para este autor, São Pedro Fins equivale a São Pedro dos Fens, cristianização da divindade pagãBaal Seiman, festejada no solstício de Verão; e o próprio uso de "São Félix" em Portugal seria uma corrupção erudita de Fins. Moisés Espírito Santo reconhece a existência de vários santos cristãos com esse nome, mas considera improvável que o termo se refira a qualquer um deles, por serem desconhecidos na região.[1]
A mulher com sete filhos foi uma mártirjudia descrita em II Macabeus 7[1] e em outras fontes. Embora seu nome não tenha sido citado no texto bíblico, ela é chamada popularmente de Ana (Hannah),[2] Míriam[3] e Salomônia.[4]
II Macabeus
Pouco antes da revolta de Judas Macabeu (II Macabeus 8[5]), Antíoco IV Epifânio prendeu uma mãe e seus sete filhos e tentou forçá-los a comer carne de porco. Quando eles se recusaram, ele torturou e matou os filhos dela, um por um. O narrador menciona que "particularmente admirável e digna de elogios foi a mãe que viu perecer seus sete filhos no espaço de um só dia e o suportou com heroísmo, porque sua esperança repousava no Senhor" (II Macabeus 7:20[1]). Cada um dos filhos proferiu um discurso antes de morrer e o último diz que seus irmãos "participam agora da vida eterna" (II Macabeus 7:36[1]). O narrador termina dizendo que a mãe morreu, mas sem dizer se ela foi executada ou se morreu de outra forma.
Tratado Gittin
O Talmude conta uma história parecida, mas a respeito da recusa de idolatrar um ídolo no lugar da recusa de comer carne de porco. O Tratado Gittin 57b cita o Rabi Judá dizendo que "isto é uma referência à mulher e seus sete filhos" e o rei não nomeado é chamado de "imperador" e "césar". A mulher se suicida nesta versão ("ela subiu num telhado e se atirou e morreu").[6]
Outras versões
Outras versões da história estão em IV Macabeus, que sugere que a mulher pode ter se atirado às chamas em 17:1,[7] e Josippon, que afirma que ela caiu morta sobre os cadáveres de seus filhos.[2]
Nome
As diversas fontes propuseram variados nomes para a mulher. Nos "Lamentos de Rabbah", ela é chamada de "Míriam bat Tanhum",[3] na tradição da Igreja Ortodoxa, ela é conhecida como "Salomônia",[4] na Igreja Apostólica Armênia ela é chamada de "Shamuna"[8] e na Igreja Siríaca ela é chamada de "Shmuni".[9] Além disso, ela é chamada de Ana (Hannah) ou "Chana" em Josippon, provavelmente uma ligação da história dela com a de Ana no Livro de Samuel, que cita que uma «estéril deu à luz sete filhos» (I Samuel 2:5). Gerson Cohen lembra que este nome aparece apenas na versão espanhola mais longa de Josippon (1510) e não na versão mais curta mantuana, que se refere a ela de forma anônima.[2]
Legado
A mulher com sete filhos é lembrada em alta estima por sua firmeza ao ensinar os filhos a manterem a fé, mesmo à beira da morte. A história em Macabeus reflete um dos temas gerais do livro, o de que a "força dos judeus está na realização dos mitzvot na prática".[10]
É provável que Santo Hilário de Poitiers tenha se referido a esta mulher como uma profetisa. Diz ele: "Pois todas as coisas, como diz a profetisa, foram criados do nada",[11] que, segundo Patrick Henry Reardon, seria uma citação de II Macabeus 7:28.[1][12]
Segundo a tradição cristã antioquena, as relíquias da mãe e dos sete filhos foram enterrados numa sinagoga (depois convertida em igreja) no quarteirão de Kerateion de Antioquia.[2] Por outro lado, túmulos que se acredita serem destes mártires foram descobertos em San Pietro in Vincoli em 1876.[14] Há ainda mais um túmulo que se acredita ser da mulher e seus sete filhos no cemitério judaico de Safed, em Israel.
Embora não sejam os mesmos monarcas hasmoneus chamados de "macabeus", a mulher e seus filhos, juntamente com Eleazar, descrito em II Macabeus 6,[17] são conhecidos conjuntamente como "Santos Macabeus" ou "Santos Mártires Macabeus" na Igreja Católica e na Igreja Ortodoxa.
Esta última celebra os "Santos Mártires Macabeus" em 1 de agosto. A Igreja Católica os inclui na lista de santos celebrados na mesma data. Desde antes do Calendário Tridentino, os Santos Macabeus tinham uma comemoração na liturgia do rito romano durante a festa de São Pedro Acorrentado. Esta comemoração permaneceu na liturgia dos dias da semana até o papa João XXIII, em 1960, suprimir esta festa de São Pedro. Nove anos depois, 1 de agosto tornou-se o dia de Santo Afonso Maria de Ligório e a menção aos mártires macabeus desapareceu do Calendário Geral Romano, que, desde a revisão de 1969, não se admite mais comemorações.[18] Porém, como eles estão entre os santos e mártires reconhecidos no Martirológio Romano,[19] os Santos macabeus podem ser venerados por todos os católicos.
De acordo com a tradição ortodoxa, os filhos chamavam-se Abim, Antonius, Gurias, Eleazar, Eusebonus, Alimus e Marcellus,[4] embora os nomes divirjam levemente entre as diferentes fontes.[20]
Os três livros etíopes de Meqabyan (canônicos na Igreja Ortodoxa Etíope, mas distintos dos outros quatro livros dos Macabeus) fazem referência a um outro grupo de "Mártires Macabeus", sem relação com estes, cinco irmãos chamados "Abya, Seela e Fentos, filhos de um benjaminita chamado Macabeu, que foi capturado e martirizado por liderar uma guerrilha contra Antíoco Epifânio".[21]
Várias peças de mistério na Idade Média retrataram os mártires macabeus e representações de seu martírio provavelmente deram origem ao termo "macabre", provavelmente derivado do termo latim"machabaeorum".[22]
Ver também
O tema da mulher e seus sete filhos aparece também na história de duas outras santas cristãs:
↑Patrick Henry Reardon. Creation and the Patriarchal Histories: Orthodox Christian Reflections on the Book of Genesis. Conciliar Press, 2008. pp.34-35.
↑1 Meqabyan 2:1-2 e 3:28, Standard English Version
↑O Shorter Oxford English Dictionary (5ª edição; 2002) afirma que a origem de "macabre" seja provavelmente uma referência a "uma peça milagrosa sobre o as