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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Daryush Valizadeh - 6 de Fevereiro de 2016


Chama-se Daryush Valizadeh, mas é mais conhecido por Roosh V, é o fundador do grupo Return of Kings (O Regresso dos Reis), que se descrevem como "neo-masculinistas" onde defende a legalização da violação de mulheres.

Esta semana foi muito falado por ter convocado reuniões de fãs, um pouco por todo o mundo, (160 cidades em 43 países, Portugal incluído). As reacções à ideia foram tais que acabou por cancelar tudo por questões de segurança.



"Não posso continuar a garantir a segurança ou privacidade dos homens que querem estar presentes a 6 de Fevereiro, especialmente porque já não há tempo para fazer a maioria das reuniões em privado", escreveu ontem, 3 de Fevereiro, no seu site.

Apesar de tudo, o americanos de 36 anos, diz que se os homens quiserem manter os eventos em privado, não é ele que vai estar contra. As reuniões estavam interditas a mulheres, transexuais e homossexuais.

Valizadeh assume-se como misógino e homofóbico. No seu blog, defende a legalização da violação de mulheres desde que seja em propriedade privada. "Menos mulheres serão violadas", escreve e explica a razão: "porque elas não vão voluntariamente drogar-se com álcool e seguir um estranho para o quarto". Depois tentou remediar a situação dizendo quer estava a fazer ironia.



Noutro post polémico, o bloger fala do "valor" das mulheres e diz que o mesmo tem a ver com a sua "fertilidade" e a sua "beleza". Continua afirmando que devem ser protegidas da sua falta de racionalidade e que para isso necessitam de "um guardião", do sexo masculino, que tome decisões por elas relativas a questões como a alimentação ou a escolha de amigos, entre outros.

Milhares de pessoas mobilizaram-se contra Valizadeh, assinando documentos, tanto para impedir os eventos que tinha convocado, e entretanto cancelou, como para prevenir reuniões futuras do género.

Mais de 160.000 pessoas assinaram uma petição para que seja impedido de entrar na França, Suiça e Bélgica. Os australianos também não o querem no seu país, mais de 100.000 assinaram uma petição para que a sua entrada na Austrália seja interdita e o ministro da Imigração Peter Dutton já avisou: "Gente que defenda a violência contra mulheres não é bem vinda à Austrália".
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