segunda-feira, 22 de novembro de 2021

VASCO MORGADO - ACTOR E EMPRESÁRIO - MORREU EM 1978 - 22 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Vasco Morgado

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vasco Morgado
Nascimento19 de maio de 1924
Almada
Morte22 de novembro de 1978
CidadaniaPortugal
Ocupaçãoempreendedorator
Prêmios
  • Comendador da Ordem do Mérito

Vasco Manuel Veiga Morgado (Charneca da Caparica19 de maio de 1924 — Lisboa, 22 de novembro de 1978) foi ator e um dos grandes empresários teatrais de Portugal.

Biografia

Vasco Manuel Veiga Morgado nasceu em 19 de maio de 1924 na Charneca da Caparica, concelho de Almadadistrito de Setúbal.[1][2]

Na juventude Vasco Morgado foi pugilista amador e tendo sido futebolista nos juniores do Sporting Clube de Portugal mas foi atraído pelo teatro e frequentou, sem concluir, o Conservatório.[3]

Com os primeiros capitais que obteve na especulação do volfrâmio, investe com Constantino Esteves na produtora de cinema "Cineditora" que apenas produziria duas películas: Ladrão, Precisa-se!... (1946) e Heróis do Mar (1949).[3][4]

Como actor de cinema Vasco Morgado estreou-se em O Pai Tirano (1941) de António Lopes Ribeiro.[1] participou ainda em filmes como Ladrão, Precisa-se!... (1946), Capas Negras (1947), Heróis do Mar (1949), Sonhar é Fácil (1951) e Os Três da Vida Airada (1952).[4][5]

Foi casado com a actriz Laura Alves, de quem teve o seu único filho, o também empresário teatral Vasco Morgado.[3][6]

A ligação com a actriz foi o ponto de partida, no final da década de 1940, para Vasco Morgado se tornar empresário de teatro, estreando no Teatro Apolo a revista Enquanto Houver Santo António (1950).[3][7]

Como empresário teatral foi responsável pela produção de mais de mil espectáculos, tendo sido dinamizador de salas como o Teatro Monumental, o Teatro Maria Vitória, o Teatro Capitólio ou o Teatro Laura Alves.[8][9]

Entre 1955 e 1973 foi o empresário que mais apoios recebeu do Fundo do Teatro do Secretariado Nacional de Informação sob diferentes denominações como "Espectáculos Vasco Morgado, Lda.", "Empresa Vasco Morgado, Lda." ou "Produções Artísticas Vasco Morgado, Lda.".[10]

Foi secretário e vice-presidente do Grémio dos Espectáculos e membro do Conselho da Secção de Teatro, música e dança da Corporação dos Espectáculos, em cuja qualidade integrou a Câmara Corporativa entre 1969 e 1974, pelas entidades patronais, durante o Estado Novo.[2]

A 8 de março de 1973, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito.[11]

Esteve também ligado à hotelaria e à indústria cerâmica sendo que em 1978 empregava, ao todo, milhar e meio de pessoas.[3]

Vasco Morgado morreu a 22 de novembro de 1978, na Casa de Saúde das Amoreiras, vítima de doença incurável.[3]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Cinema português : Cronologia : 1924». Instituto Camões. 2007. Consultado em 15 de dezembro de 2018
  2. ↑ Ir para:a b Castilho, J. M. Tavares (2010). «Biografia de Vasco Manuel Veiga Morgado» (PDF)Procuradores da Câmara Corporativa (1935-1974). Assembleia da República Portuguesa. ISBN 978-972-47-4064-5. Consultado em 15 de dezembro de 2018
  3. ↑ Ir para:a b c d e f «A morte de Vasco Morgado : Luto fecha o Parque Mayer e oito teatros»Diário de Lisboa (via Casa Comum - Fundação Mário Soares). 23 de Novembro de 1978. p. 11. Consultado em 15 de dezembro de 2018
  4. ↑ Ir para:a b «Pessoa : Vasco Morgado». CinePT - Cinema Português (Universidade da Beira Interior). Consultado em 15 de dezembro de 2018Cópia arquivada em 23 de março de 2018
  5.  «Vasco Morgado». SapoMag. Consultado em 15 de dezembro de 2018
  6.  Elsa Resende/Agência Lusa (23 de Janeiro de 2001). «Antiga Quinta de Vasco Morgado em Ruínas»Público. Consultado em 15 de dezembro de 2018. Arquivado do original em 23 de janeiro de 2001 |urlmorta= e |datali= redundantes (ajuda)
  7.  N. L. (18 de Novembro de 1950). «"Enquanto houver Santo António", no Apolo»Diário de Lisboa (via Casa Comum - Fundação Mário Soares). p. 4. Consultado em 15 de dezembro de 2018
  8.  «Espólio de Vasco Morgado para ver no Cinema São Jorge»Correio da Manhã. 11 de junho de 2011. Consultado em 15 de dezembro de 2018
  9.  https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/472/3/21476_ulfl071874_tm_apendices_9_12_15_16.pdf
  10.  Moura, Nuno Costa (2007). «Apêndice 17». "Indispensável dirigismo equilibrado" : O Fundo de Teatro entre 1950 e 1974 : (Volume II) (PDF) (Tese de Mestrado). Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. p. 66, 68, 69, 87,. Consultado em 15 de dezembro de 2018
  11.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Vasco Morgado". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de julho de 2019

Ligações externas

VELEIRO CUTTY - LANÇADO EM 1869 - 22 DE NOVEMBRO DE 2021

 

Cutty Sark

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Cutty Sark (desambiguação).


Cutty Sark
Cutty Sark, ancorado em GreenwichLondresInglaterra.
   Bandeira da marinha que serviu
Data de encomenda1868
ConstruçãoScott and Linton, Dumbarton Escócia
Lançamento22 de novembro de 1869
Período de serviço1870 - 1954
EstadoNavio-museu em GreenwichLondres
Características gerais
Deslocamento2 100 t
Comprimento64,74 m
Boca11 m
Velocidade17 nós

Cutty Sark é um clipper (veleiro) britânico. Da classe "extreme clipper", é a última das embarcações de transporte de chá, preservada como símbolo de uma era.

História

O século XIX

Foi construído em 1869 em Dumbarton, no rio Clyde (Escócia), nos estaleiros Scott & Linton, com projeto do engenheiro naval Hercules Linton. Foi lançado ao mar em 23 de Novembro desse mesmo ano, tendo efetuado a sua primeira viagem em Fevereiro de 1870. Deve o seu nome à indumentária da personagem "Nannie", uma bruxa dançarina, do poema "Tam o'Shanter", de Robert Burns, publicado em 1791.

A embarcação destinava-se ao transporte de chá, naquela época objecto de um dinâmico comércio entre a China e a Grã-Bretanha. Este comércio gerava grandes lucros, nomeadamente se chegasse a Londres com o primeiro chá da temporada, o que demandava embarcações ágeis e velozes. O início da carreira do Cutty Sark, entretanto, não foi dos mais promissores. Na corrida do chá de 1872, contra o clipper Thermopylae, ambas as embarcações largaram juntas do porto de Xangai a 18 de Junho, mas o Cutty Sark foi ultrapassado duas semanas depois, após sofrer uma avaria no timão ao passar pelo estreito de Sunda. Chegou a Londres a 18 de Outubro, uma semana após o seu rival. Apesar de ter perdido a disputa, o Cutty Sark obteve reputação à época porque o seu comandante preferiu prosseguir a viagem com um timão improvisado a deter-se em um porto para efectuar os reparos necessários.

Em fins do século XIX os clippers foram substituídos pelos barcos a vapor na rota do chá. Estes últimos podiam passar através do canal de Suez e, além disso, a entrega da carga era mais garantida. O Cutty Sark foi destinado então ao comércio de  com a Austrália. Sob o comando do respeitado capitão Richard Woodget conseguiu transportar cargas de lã em apenas 67 dias. Neste período, conseguiu a sua melhor marca, 360 milhas náuticas (666 km) em 24 horas de navegação, a uma média de 15 nós (27,7 km/h).

Em 22 de Julho de 1895, foi vendido à empresa portuguesa Joaquim Antunes Ferreira & C.ª, por 1 250 libras esterlinas, sendo rebaptizado como "Ferreira". A sua tripulação portuguesa, não obstante, referia-se ao clipper como "Pequena Camisola" que é a tradução da expressão escocesa "Cutty Sark".

Transportou vários tipos de mercadorias entre a metrópole e as então colónias africanas, em 1916 sofreu estragos provocados pelo mau tempo, até 1922, navegou entre Portugal, Angola, Moçambique, Brasil, Estados Unidos e Reino Unido[1].

Do século XX aos nossos dias

Em 1916 foi profundamente reformado, reconvertido em goleta no porto de Cidade do Cabo (África do Sul) e rebatizado como "Maria do Amparo". Em 1922 o capitão Wilfred Dowman adquiriu a embarcação, devolveu-a ao seu aspecto original e destinou-a a embarcação de recreio.

Cutty Sark tem também seu eco na literatura graças ao poema de Hart Crane, "The Bridge", publicado em 1930.

Em 1954 foi levado a Greenwich, no Sudeste de Londres, e colocado em doca-seca. Ao final do século XX conservava-se como um barco-museu, constituindo-se em uma das principais atrações turísticas daquele bairro londrino, próximo ao Museu Marítimo Nacional, ao antigo Hospital e ao Parque. É um dos pontos de passagem obrigatórios durante a Maratona de Londres.

A embarcação arvora uma bandeira com a legenda "JKWS", o código que representa Cutty Sark no Código internacional de sinais, introduzido em 1857.

A embarcação inspirou a marca de whisky com o mesmo nome. Uma imagem do veleiro figura no rótulo e antigamente, a marca patrocinava uma corrida de clipper conhecida como "Cutty Sark Tall Ships' Race".

No início do século XXI, encontrava-se em processo de restauração, em sua doca-seca em Greenwich, ao custo estimado de 25 milhões de libras esterlinas. Uma etapa do projecto previa elevar o casco do mesmo na doca a cerca de três metros de altura, para a construção de museu que permitisse aos visitantes observar o seu casco por baixo. Entretanto, com o devastador incêndio de 21 de maio de 2007,[2] os trabalhos foram suspensos.

Características

Cutty Sark é um das três últimas embarcações sobreviventes da era dos clippers. Possui estrutura metálica e coberta em pranchas de madeira.

  • Tonelagem Bruta de Registro: 921 toneladas;
  • Comprimento: 210 pés (64 metros);
  • Altura do mastro principal: 152 pés (46,3 metros) acima do convés.

Notas

Ligações externas

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Cutty Sark
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EFEMÉRIDES DE HOJE - WIKIPÉDIA - 22 DE NOVEMBRO DE 2021

 

22 de novembro

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Ano:2021
Década:2020
Século:XXI
Milênio:3.º

22 de novembro é o 326.º dia do ano no calendário gregoriano (327.º em anos bissextos). Faltam 39 para acabar o ano.

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