"A minha agenda é muito simples, há apenas três pontos: armas, armas e armas", disse hoje o diplomata ucraniano, ao chegar à sede da NATO. "Quanto mais rápido forem entregues, mais vidas serão salvas e mais destruição evitada", acrescentou.
O secretário-geral da NATO admitiu na quarta-feira que a Ucrânia precisa urgentemente de mais apoio militar e disse esperar que os Aliados, reunidos em Bruxelas ao nível de chefes da diplomacia, concordem em fornecer "muitos tipos diferentes de equipamento".
"A Ucrânia tem uma necessidade urgente de apoio militar, e essa é a razão pela qual é tão importante que os Aliados concordem em apoiar ainda mais a Ucrânia com muitos tipos diferentes de equipamento, tanto equipamento mais pesado, como também sistemas de armas ligeiros", disse Jens Stoltenberg.
Também na quarta-feira, os Estados Unidos anunciado uma contribuição adicional de 100 milhões de dólares (91,7 milhões de euros) para enviar mais mísseis antitanque Javelin para a Ucrânia.
Portugal já enviou entre 60 a 70 toneladas de material de guerra para a Ucrânia e "enviará mais num futuro próximo", disse na quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, à chegada à reunião da NATO, em Bruxelas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.