Ofensiva russa na Ucrânia. A evolução da guerra ao minuto
12h49 - Ursula Von der Leyen falou ao Parlamento ucraniano, por videoconferência
A presidente da Comissão Europeia saudou as reformas que o país já implementou, mas pediu a Kiev para acelerar a luta contra a corrupção e a adoção de leis sobre a independência dos media.###1416751###
12h30 - Hungria opõe-se a novas sanções e recusa parar compras de gás russo
A Hungria irá vetar novas sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia e recusa-se a parar as importações de gás russo, depois de ter cedido no petróleo, anunciou hoje o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. A UE já adotou seis pacotes de sanções contra Moscovo desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, e o mais recente inclui a proibição das importações de petróleo até ao final deste ano, sendo que a Hungria e outros Estados-membros mais dependentes beneficiam de um prazo mais alargado.“A Hungria opor-se-á à adoção de um novo pacote de sanções [da UE], ainda mais se planearem incluir sanções relacionadas com o gás”, disse Orbán na sua conversa regular de sexta-feira na rádio pública Kossuth, citado pela agência espanhola EFE.
Orbán, que é visto como um aliado de Moscovo na UE, disse que um possível embargo às importações europeias de gás natural da Rússia não é sequer uma base de negociação para a Hungria. O chefe do governo húngaro referiu que na cimeira da UE da semana passada informou os restantes líderes europeus sobre a sua posição e defendeu que não deveria ser adotado um sétimo pacote de sanções.
(Agência Lusa)
12h08 - Rússia considera decisões da NATO "ridículas"
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia reagiu à possível adesão da Finlândia e da Suécia na NATO, depois de um memorando de entendimento assinado pela Turquia, que estava a bloquear o processo. A partir da Bielorrússia, e citado pela Sky News, Sergei Lavrov disse que as declarações da NATO, que a Rússia "não devia ter medo", são "ridículas"."Agora estão a dizer que a NATO deve assumir uma dimensão global em termos de responsabilidade da segurança", referiu, dizendo depois que uma nova linha de defesa vai ser erguida no Mar do Sul da China, depois de vários países do Indo-Pacífico terem estado presentes na cimeira de Madrid.
11h40 - "Estamos juntos agora", diz Zelensky sobre a UE
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Ucrânia e a UE estão a entrar num novo capítulo na sua história, depois de a candidatura do país ter sido aceite.
"Agora não estamos mais próximos. Agora estamos juntos", disse Zelensky ao parlamento ucraniano, saudando o início de um novo capítulo na história das relações de seu país com a União Europeia.
É "uma grande honra e uma grande responsabilidade" trabalhar para "alcançar as aspirações" do país, disse.
"Nós cobrimos um curso de 115 dias para obter o estatuto de candidato e o nosso caminho para a adesão não deve levar décadas. Devemos chegar lá rapidamente", disse o presidente ucraniano. "A Ucrânia está a lutar para escolher os seus valores, para fazer parte da família europeia".
O parlamento da Ucrânia hasteou a bandeira da União Europeia num plenário que contou com um discurso da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Durante o discurso, a responsável congratulou a Ucrânia por ter conseguido o estatuto de candidata à organização: “Ganharam o apoio e o respeito de todo os Estados-membros da União Europeia”, afirmou.
11h09 - Pelo menos 343 crianças morreram na sequência da invasão russa
A invasão da Ucrânia pelas forças russas provocou a morte de pelo menos 343 crianças em todo o país e 635 sofreram ferimentos de vária ordem, disse hoje a Procuradoria-Geral da Ucrânia citada pela agência Ukrinform."Mais de 978 crianças da Ucrânia foram afetadas na sequência da agressão armada de grande escala por parte da Federação Russa. De acordo com informação oficial, 343 crianças morreram e 635 ficaram feridas", indica o relatório divulgado hoje pelas autoridades judiciais de Kiev.
A maioria das vítimas (mortos e feridos) é da região de Donetsk, no leste do país, onde se contabilizam 339, e de Kharkiv, que inclui a segunda cidade do país, onde os ataques afetaram 185 menores de idade.
Em Kiev contabilizam-se, até ao momento, 116 vítimas; em Chernigov 68; Lugansk (leste) 61; na região de Mykolaiv (sul) 53; nas zonas ocupadas pelas forças russas de Kherson 52 e em Zaporiyia 31 vítimas. Por outro lado, os ataques aéreos e de artilharia da Rússia atingiram 2102 estabelecimentos de ensino em todo o país, 215 dos quais ficaram completamente destruídos.
A agência Ukrinform refere ainda que pelo menos 4731 civis morreram desde o começo da invasão, a 24 de fevereiro, mas é possível que o número real seja superior.
10h51 - Moscovo nega ataque a edifícios civis perto de Odessa
O Kremlin rejeitou as alegações que mísseis russos tenham atingido um prédio de apartamentos perto do porto ucraniano de Odessa, no Mar Negro, na manhã desta sexta-feira.
"Gostaria de lembrá-los das palavras do presidente de que as Forças Armadas russas não atacam alvos civis", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa conferência de imprensa.
10h35 - Forças russas tomaram refinaria ucraniana de petróleo de Lysychansk
O Ministério da Defesa da Rússia, segundo a agência RIA, anunciou que as forças russas conquistaram uma refinaria de petróleo na cidade ucraniana de Lysychansk.10h20 - UE considera injustificada ameaça russa de cortar relações diplomáticas com a Bulgária
A União Europeia disse esta sexta-feira que a ameaça da Rússia de romper relações diplomáticas com a Bulgária em resposta à sua decisão de expulsar 70 diplomatas russos é injustificada.
A UE disse que a ação da Bulgária está "totalmente de acordo com a lei internacional", já que os diplomatas da Embaixada da Rússia estão a agir em violação aos tratados internacionais.
"A União Europeia está em total apoio e solidariedade com a Bulgária nestas circunstâncias e seguirá este assunto de perto", disse a UE em comunicado.
10h00 - Forças pró russas reclamam grande ofensiva contra Lysychansk
As forças russas intensificaram a ofensiva militar contra a cidade de Lysychansk, o último reduto ucraniano na região oriental de Lugansk, com ofensivas "em quatro direções", disse o representante da Rússia da autoproclamada república popular.
"A maioria das localidades situadas nos arredores de Lysychansk encontram-se sob o controlo das tropas da república popular de Lugansk (RPL) e da Rússia", escreveu Ródio Miroshnik nas redes sociais.
O mesmo representante da RPL indicou ainda que a ofensiva contra a cidade está a decorrer em quatro frentes.
9h28 - Bruxelas pede a Kiev para acelerar luta contra a corrupção
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu hoje à Ucrânia para acelerar a luta contra a corrupção, garantindo ainda o apoio da União Europeia no “longo caminho” para a adesão ao bloco.
Numa intervenção no parlamento ucraniano por videoconferência, Von der Leyen saudou as reformas já adotadas para a criação de “uma impressionante máquina anticorrupção”, sublinhando que estas “precisam de meios de ação e de boas pessoas em postos de responsabilidade”.
“Convém que o novo chefe da Procuradoria Anticorrupção e o novo diretor do serviço nacional anticorrupção da Ucrânia sejam nomeados o mais rapidamente possível”, salientou ainda, defendendo também um procedimento legislativo de seleção dos juízes do Tribunal Constitucional.
A líder do executivo saudou ainda a adoção por Kiev de uma lei destinada a desfazer “a influência excessiva dos oligarcas na economia” e apelou à adoção de legislação sobre a independência dos media, em linha com as normas da UE.
(Agência Lusa)
9h08 - Ucrânia "agora tem uma clara perspectiva europeia", diz von der Leyen da UE
A Ucrânia agora tem uma "perspectiva europeia muito clara" após a decisão da União Europeia de conceder ao país o estatuto de candidato ao bloco, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, num discurso ao parlamento ucraniano."A Ucrânia agora tem uma perspectiva europeia muito clara. E a Ucrânia é um país candidato a se juntar à União Européia, algo que parecia quase inimaginável há apenas cinco meses", disse.
"Então hoje é, antes de tudo, um momento para comemorar esse marco histórico, uma vitória de determinação para todo o movimento que começou há oito anos no Maidan", acrescentou.
8h33 - Pelo menos 17 mortos após bombardeamentos em Odessa
Um "avião estratégico" disparou um míssil para a cidade de Odessa a partir do Mar Negro e há registo, nesta altura, de pelo menos 14 vítimas mortais e 30 feridos, incluindo três crianças. Os serviços de emergência ucranianos indicam ainda que outro míssil, disparado do mesmo avião atingiu dois prédios próximos, matando "três pessoas, incluindo uma criança".
As operações de resgate continuam no local, mas estão a ser complicadas por um incêndio.
Dez pessoas morreram e sete ficaram feridas num ataque com mísseis a 80 quilómetros de Odessa, anunciou o porta-voz da administração da região do sul da Ucrânia, Serguei Bratchuk.
"Um avião estratégico realizou um ataque com mísseis na região de Odessa, a partir do mar Negro", na noite de quinta-feira, disse Bratchuk.
"Um míssil atingiu um edifício residencial de nove andares e o segundo atingiu um centro recreativo na região de Bilgorod-Dniester", a cerca de 80 quilómetros a sul de Odessa, disse o governante.
As equipas de resgate retiraram dez corpos dos escombros, tendo assistido sete feridos, incluindo três crianças, de acordo com a agência de notícias ucraniana Unian.
(agência Lusa)
Ponto de situação
- O governador da região de Lugansk, Sergui Gaidai, disse hoje que a situação em Lysychansk, cidade no leste da Ucrânia sob pressão do exército russo, é "extremamente difícil" com bombardeamentos "muito fortes", impossibilitando a retirada de civis.
- As forças ucranianas indicaram esta sexta-feira que as tropas russas foram retiradas da Ilha da Serpente, um território estratégico sob a mira das autoridades russas desde o início da guerra.
- De acordo com Kiev, a Rússia está a usar mísseis de antigos stocks soviéticos para mais de 50 por cento dos ataques em solo ucraniano. A situação está a levar a um aumento significativo de mortes entre os civis. As forças armadas ucranianas indicaram ainda que o número de ataques russos mais que duplicou nas últimas duas semanas
- O ministro russo dos Negócios Estrageiros, Sergei Lavrov, disse na sexta-feira que há uma nova "cortina de ferro" a ser traçada entre a Rússia e o Ocidente e que Moscovo já não confia em Bruxelas ou Washington.
- Após o sim da Turquia à adesão de Suécia e Finlândia, Ancara começa agora a desenrolar a sua lista de exigências para o acordo firmado na capital espanhola. Para já, Ancara exige a extradição de 73 opositores por parte da Suécia e ameaça voltar atrás no acordo para a adesão dos nórdicos caso este desejo não seja atendido.