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terça-feira, 20 de agosto de 2019

VIANA DO CASTELO - FERIADO - 20 DE AGOSTO DE 2019

Viana do Castelo

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Viana do Castelo
Brasão de Viana do CasteloBandeira de Viana do Castelo
Vista aérea de Viana do Castelo y playas a lo lejos - panoramio.jpg
Vista geral de Viana do Castelo.
Localização de Viana do Castelo
GentílicoVianense, Vianês
Área319,02 km²
População88 725 hab. (2011)
Densidade populacional278,1  hab./km²
N.º de freguesias27
Presidente da
câmara municipal
José Maria Costa (PS)
Mandato 2013-presente
Fundação do município
(ou foral)
1258
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Alto Minho
DistritoViana do Castelo
ProvínciaMinho
OragoNossa Senhora da Agonia
Feriado municipal20 de Agosto (Nossa Senhora da Agonia)
Código postal4900 Viana do Castelo
Sítio oficialwww.cm-viana-castelo.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Viana do Castelo é uma cidade portuguesa, capital do distrito com o mesmo nome, na região do Norte, e integrada na sub-região NUT III do Alto Minho.
É sede de um município — com 319,02 km² de área[1] e 85 445 habitantes (2011[2]) — subdividido em 27 freguesias.[3] O concelho é limitado a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende, e a oeste pelo Oceano Atlântico
Pertence à rede das Cidades Cittaslow.
Até à sua elevação a cidade em 20 de janeiro de 1848, a atual Viana do Castelo chamava-se simplesmente "Viana" (também referida como "Viana da Foz do Lima" e "Viana do Minho", para diferenciá-la de Viana do Alentejo). Em 1977, fora elevada a sede de diocese católica.
Pertence à Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis.

História[editar | editar código-fonte]

Foi durante o reinado da D. Maria II que se mandou edificar a Linha do Minho que trouxe o comboio a Viana do Castelo.
A ocupação humana da região de Viana remonta ao Mesolítico, conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos (anteriores à cidadela pré-romana) no Monte de Santa Luzia.
A povoação de Viana recebera Carta de Foral de Afonso III de Portugal em 18 de julho de 1258, tendo passado a chamar-se Viana da Foz do Lima. Devido à prosperidade desde então adquirida, Viana tornou-se num importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva (a Torre da Roqueta) com a função de repelir piratas oriundos da Galiza e do Norte de África, os quais procuravam por este porto.[4]
O próspero comércio marítimo com o norte da Europa envolvia a exportação de vinhos, fruta e sal, e a importação de talherestecidostapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana alcançou tais proporções que a rainha Maria II de Portugal concedera alvará à extinta Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852. A mesma soberana — para recompensar a lealdade da população de Viana, que não se rendera às forças do conde das Antas (1847) — decidira elevar a vila à categoria de cidade com o nome de Viana do Castelo (20 de janeiro de 1848). No século XX, tornou-se num dos principais portos portugueses da pesca do bacalhau [5].
A Sé de Viana do Castelo

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [6]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
42 52643 03346 25947 31151 46652 85853 38062 85670 33175 32070 45581 00983 09588 63188 725
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [7]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos14 84816 53416 76818 06620 87622 01324 67522 12522 10617 71214 06212 496
15-24 Anos8 4118 8609 31810 44811 28113 04812 70711 99014 89713 85913 3509 573
25-64 Anos19 12720 48621 19722 79825 63128 48431 47029 51034 67640 40446 92149 321
= ou > 65 Anos3 2643 9033 9114 2674 6795 4466 4686 8309 33011 12014 29817 335
> Id. desconh118107107129151
(Obs: De 1900 a 1950, os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Património[editar | editar código-fonte]

Praça da República: centro histórico de Viana do Castelo
Museu do Traje em Viana do Castelo
Na cidade — que cresceu ao longo do rio Lima — podem ser observados os estilos renascentistamanuelinobarroco e Art Déco. Na malha urbana destaca-se o centro histórico, que forma um círculo delimitado pelos vestígios das antigas muralhas. Aqui cruzam-se becos com artérias maiores viradas para o rio Lima, e destacam-se a antiga Igreja Matriz (catedral desde 1977), que remonta ao século XV, a Capela da Misericórdia (século XVI), a Capela das Almas, e o edifício da antiga Câmara Municipal, na Praça da República (antiga Praça da Rainha), com uma fonte em granito — com uma bacia de casal e tanque — construída por Inês Lopes, a Velha e terminada pelo seu filho João Lopes, Filho em 1559.
Fora do centro da cidade — em posição dominante no alto do Monte de Santa Luzia — destaca-se a Igreja do Sagrado Coração de Jesus ou de Santa Luzia, cuja construção fora iniciada em 1903 e inspirada na Basílica de Sacré Cœur em Paris, de onde se descortina uma ampla vista sobre a cidade, o estuário do rio Lima e o mar.
Eis alguns dos elementos patrimoniais de maior destaque de Viana do Castelo:

Origem da toponímia[editar | editar código-fonte]

Conta uma das muitas lendas locais que o nome da cidade deve-se a uma "estória" sobre uma linda rapariga chamada Ana que vivia no território que atualmente integra a cidade, mais precisamente num castelo feito de pedra. Este era um castelo grande, famoso e admirado por muita gente, que por este costumava passar para poder observá-lo. Quando por este passavam, algumas pessoas começaram a reparar que uma princesa por vezes aparecia numa das janelas do castelo; uma linda rapariga de longos cabelos louros, com duas tranças, faces rosadas e olhos claros — a princesa Ana. Contudo, esta princesa também era extremamente tímida, razão pela qual ela escondia-se do olhar das pessoas que passavam para contemplar o castelo. Um dia esta princesa apaixonou-se por um rapaz que vivia no outro lado do rio, o qual também gostava muito dela. Ele ficava tão contente por vê-la que — sempre que voltava à outra margem — dizia contente: “VI A ANA! VI A ANA DO CASTELO!”. Ele repetiu-o tantas vezes que passaram a chamar “Viana do Castelo” à cidade onde a princesa morava.

Cultura[editar | editar código-fonte]

Romaria de Nossa Senhora da Agonia em Viana do Castelo.
O ciclo de festas no município começa no mês de março, com as Festas de Nossa Senhora das Boas Novas, em Mazarefes. Entretanto, o seu ponto alto é a tradicional "Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia", que decorre em pleno Verão, em torno do dia 20 de agosto, feriado no concelho.
A Romaria d’Agonia junta-se à história da Capela de Nossa Senhora da Agonia. Data de 1674 a história da capela em honra da padroeira dos pescadores. Na altura, foi edificada uma capela em invocação primitiva ao Bom Jesus do Santo Sepulcro do Calvário e, um pouco acima, uma capelinha devota a Nossa Senhora da Conceição.
Hoje, o nome da santa está associado à rainha das romarias e às múltiplas tradições da maior festa popular de Portugal: a romaria em honra de Nossa Senhora da Agonia, nascida em 1772 da devoção dos homens do mar vindos da Galiza e de todo o litoral português para as celebrações religiosas e pagãs, que ainda hoje são repetidas anualmente na semana do dia 20 de agosto, feriado municipal. A Romaria d’Agonia recebeu em 2013 a Declaração de Interesse para o Turismo.
Uma mordoma da Senhora da Agonia em Viana do Castelo.
O andor de Nossa Senhora da Agonia em Viana do Castelo.
A Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia é o expoente máximo das festas vianenses. A rainha das romarias é grandiosa em programação, no número de visitantes, na força do traje à vianesa, no peso do ouro que as mordomas exibem ao peito. A procissão ao mar e as ruas da Ribeira — enfeitadas com os tapetes floridos — são testemunhos da profunda devoção religiosa que deu origem à Romaria d’Agonia. A etnografia tem o seu espaço no Desfile da Mordomia, com centenas de mulheres a desfilarem os seus trajes com ‘chieira’ (orgulho, vaidade), e também no Cortejo Histórico e Etnográfico e na inigualável Festa do Traje. A festa continua... Tocam as concertinas e os bombos, dançam as lavradeiras... A grandiosa serenata de fogo de artifício ilumina toda a cidade, começando pela ponte de Gustave Eiffel, passando pelo Castelo de Santiago da Barra, até ao Templo — Monumento de Santa Luzia... É um abraço dos vianenses a todos que nos visitam no mês de agosto.

VIANAfestas[editar | editar código-fonte]

A VIANAfestas — associação promotora das festas da cidade — integra a Câmara Municipal, a Comissão Regional de Turismo, a Associação Empresarial e a Associação de Grupos Folclóricos, organizando a Romaria da Senhora d'Agonia, o Festival de Folclore Internacional do Alto Minho, a Feira Medieval e outros eventos integrados no programa de animação cultural e turística da cidade.[8]

Desporto[editar | editar código-fonte]

Os principais clubes desportivos de Viana do Castelo são: o Sport Clube Vianense mais vocacionado para o futebol, a Associação Juventude de Viana dedicada ao Hóquei em patins e a Escola Desportiva de Viana que promove a natação, a canoagem, o hóquei em patins e outros desportos.
Para além do futebol, Viana do Castelo tem equipas e associações de outras modalidades como o hóquei, basquetebol, andebol, atletismo, entre outros.

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V%V%V
PPD/PSDPSCDS-PPAPU/CDUADPRDPSD-CDS
197631,67321,51217,39117,241
1979AD19,862AD21,53253,855
1982AD30,383AD18,84244,444
198535,97412,17112,45116,67117,802
198941,39530,9037,30-12,1113,50-
199334,90335,46413,86111,001
199731,02348,9758,4217,46-
2001CDS-PP51,185PPD/PSD9,80134,123
200531,02348,9964,61-5,46-
2009CDS-PP50,205PPD/PSD6,61-35,124
201326,56347,6754,28-10,571
201721,25253,6865,67-8,111

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PSPSDCDSPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197627,8127,0420,9013,111,51
197922,69ADADAPU1,1548,3119,41
1980FRS0,8350,8518,8922,36
198332,9227,7813,980,5818,58
198513,7926,9112,920,9615,2124,59
198718,7047,805,33CDU0,5512,708,86
199128,1648,996,409,401,261,77
199542,0535,3310,760,428,15
199942,6131,1911,338,950,251,96
200239,3439,289,096,162,53
200544,7927,5910,186,486,44
200935,9527,1612,286,6111,71
201126,7637,5512,947,716,160,82
201530,50PàFPàF8,1811,051,1637,62

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Viana do Castelo.
O concelho de Viana do Castelo está dividido em 27 freguesias:

Acordos de geminação[editar | editar código-fonte]

Viana do Castelo tem acordos de geminação com: [9]

Referências

  1.  Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013 Arquivado em 13 de novembro de 2017, no Wayback Machine. (ficheiro Excel zipado). Acedido a 28 de novembro de 2013.
  2.  INE (2017) – "Retrato do Município 2017", Acedido a 31 de janeiro de 2018.
  3.  Diário da RepúblicaReorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I. Acedido a 19 de julho de 2013.
  4.  In Paulo Caldeira
  5.  SILVA, A. J. M. (2015), The fable of the cod and the promised sea. About portuguese traditions of bacalhau, in BARATA, F. T- and ROCHA, J. M. (eds.), Heritages and Memories from the Sea, Proceedings of the 1st International Conference of the UNESCO Chair in Intangible Heritage and Traditional Know-How: Linking Heritage, 14-16 January 2015. University of Evora, Évora, pp. 130-143. PDF version
  6.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  7.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  8.  http://vianafestas.com/pt/eventos-e-romarias/romaria-sra-da-agonia
  9.  In Associação Nacional de Municípios Portugueses
SILVA, A. J. M. (2015), The fable of the cod and the promised sea. About portuguese traditions of bacalhau, in BARATA, F. T- and ROCHA, J. M. (eds.), Heritages and Memories from the Sea, Proceedings of the 1st International Conference of the UNESCO Chair in Intangible Heritage and Traditional Know-How: Linking Heritage, 14-16 January 2015. University of Evora, Évora, pp. 130-143. PDF version

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