Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
© Atef Safadi - EPAAcompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

11h06 - UE consternada quer responsáveis por crimes de guerra a prestar contas

A União Europeia afirmou-se hoje "profundamente consternada" com o ataque russo contra a estação de comboios da cidade ucraniana de Kramatorsk, que matou 52 pessoas, e disse que os responsáveis por este “crime de guerra” devem “prestar contas”.

"Não deve haver impunidade para os crimes de guerra. A UE apoia medidas para garantir a prestação de contas pelas violações dos direitos humanos e do direito internacional humanitário”, sublinhou em comunicado um porta-voz do Serviço Europeu de Ação Externa.

A UE condenou o "bombardeamento brutal e indiscriminado de civis inocentes, incluindo de muitas crianças” que fugiam do terror dos ataques russos nesta localidade na região de Donetsk, leste da Ucrânia. Segundo as autoridades ucranianas, no ataque morreram 52 pessoas, incluindo oito crianças, e cerca de cem pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade.

10h49 - Moscovo acusa Youtube de bloquear conta do Parlamento russo

As autoridades russas acusaram o serviço de vídeo Youtube, do Google, de bloquear a conta do canal da Câmara Baixa do Parlamento, “Duma TV”, e prometem retaliar.

O residente da Duma, Vyacheslav Volodin, disse que Washington estava a violar "os direitos dos russos". E a a porta-voz diplomática russa Maria Zakharova disse que o Youtube tinha "assinado a sua própria condenação".

A AFP confirmou que a conta em questão não está acessível.

10h25 - Rússia reorganiza cúpula militar para melhorar coordenação no terreno

A Rússia reorganizou a cúpula militar que dirige as operações na Ucrânia para melhorar a coordenação das unidades no terreno, disse hoje fonte ocidental à emissora britânica BBC.

O Kremlin designou o general Alexander Dvornikov, com experiência na Síria, como primeiro responsável da cadeia de comando para dirigir a invasão, indicou a mesma fonte ao canal público, que não revela a sua identidade.

O exército russo manteve até agora vários grupos operacionais com comandos independentes e 44 dias depois de começar os ataques na Ucrânia não conseguiu cumprir os objetivos, nem tomar grandes cidades como a capital, Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, pode colocar à frente certos “imperativos políticos”, face a outras “prioridades militares” na hora de decidir os passos seguintes, segundo a BBC.

Moscovo está a acelerar a prossecução de objetivos para conseguir “algum êxito” antes de 09 de maio, quando a Rússia comemora a vitória na Segunda Guerra Mundial.

Nos últimos dias, as tropas russas retiraram-se das imediações de Kiev e outras zonas da Ucrânia para centrar esforços numa ofensiva na região de Donbass, leste do país.

(Agência Lusa)

10h07 - 30 por cento da população de Lugansk permanece na região

O governador de Lugansk, Serhiy Gaidai, afirmou que cerca de 30 por cento da população permanece nas cidades e aldeias da região, numa altura em que as tropas de Moscovo intensificam os bombardeamentos.

Segundo a Reuters, a Rússia tenciona intensificar os ataques em Donbass, que inclui Lugansk, para criar uma ligação terrestre com a Crimeia.

9h40 - Forças russas destruíram depósito de munições em base aérea

As forças russas destruíram um depósito de munições na Base Aérea de Myrhorod no centro da Ucrânia.

Um caça MiG-29 da força aérea ucraniana e um helicóptero Mi-8 também foram destruídos no ataque à base na região de Poltava, revelou o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.

9h19 - Ataques aéreos russos deverão aumentar no sul e leste

Na última atualização dos serviços secretos, o Ministério britânico da Defesa revela que a atividade aérea russa aumente no sul e leste da Ucrânia.

As forças militares russas continuam a atingir civis, como os que foram atingidos na estação ferroviária de Kramatorsk, na sexta-feira.

As operações russas concentram-se na região oriental de Donbas, acrescenta o Ministério britânico da Defesa, bem como nas cidades do sul de Mariupol e Mykolaiv.

Mas o ministério diz que a resistência ucraniana continua a bloquear o objetivo da Rússia de estabelecer uma ligação terrestre entre a Crimeia e a região de Donbass.

9h05 - Zelensky apela a "resposta global firme" após ataque a estação de comboios

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou a uma "resposta global firme" à Rússia após o ataque à estação ferroviária em Kramatorsk, no leste ucraniano, que provocou a morte a pelo menos 52 pessoas.

"Este é outro crime de guerra russo pelo qual todos os envolvidos serão responsabilizados", disse Zelensky numa mensagem de vídeo, referindo-se ao ataque com mísseis à estação de comboios, esta sexta-feira, que matou pelo menos 52 pessoas, incluindo oito crianças, de acordo com as autoridades locais.

"As potências mundiais já condenaram o ataque da Rússia a Kramatorsk. Esperamos uma forte resposta global a este crime de guerra", afirmou Zelensky, citado pela AFP.

O Presidente ucraniano precisou ainda que tal como "nos massacres em Bucha, como em muitos outros crimes de guerra russos, o ataque com mísseis em Kramatorsk deve ser uma das acusações que devem ser levadas a tribunal".

Apesar de a estação estar localizada num território controlado pelo governo ucraniano, no Donbass, a Rússia acusou a Ucrânia da autoria do ataque, refere a Associated Press.

8h36 - Um milhar de marinheiros retidos em portos da Ucrânia

Duas agências especializadas da ONU apelaram hoje para uma ação urgente de ajuda a cerca de um milhar de marinheiros que se encontram retidos nas águas e nos portos ucranianos desde a invasão russa da Ucrânia.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de cem navios mercantes estão impedidos de abandonar os portos da Ucrânia e as águas territoriais vizinhas.

Os dirigentes destas duas organizações endereçaram uma carta conjunta aos responsáveis do Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) para lhes comunicar a sua preocupação quanto ao destino daqueles marinheiros.

8h14 - Recolher obrigatório em Odessa

Vai ser imposto um recolher obrigatório na cidade de Odessa, no sul da Ucrânia. Começa esta tarde e deverá durar até ao fim de segunda-feira.

A cidade prepara-se para uma grande ofensiva russa. Teme-se o bombardeamento com mísseis.

O Ministério britânico da Defesa já alertou que Moscovo deverá usar mísseis disparados de navios contra o leste da Ucrânia. Mariupol, Mykolaiv e todo o Donbass são alvos.

A Procuradoria-Geral ucraniana revela que já morreram 176 crianças.

Ontem, foi possível retirar quase sete mil civis, principalmente, das cidades sitiadas de Mariupol e Berdiansk.

As autoridades ucranianas referem que terão sido levadas à força para a Rússia mais de seiscentos mil ucranianos.

8h00- Kiev quer tornar-se candidata à UE em junho

A vice-primeira-ministra da Integração Europeia e Euro-Atlântica da Ucrânia, Olga Stefanishina, disse ter esperança de que o país possa tornar-se candidato à adesão à União Europeia (UE) em junho.

"Esperamos que, na cimeira dos líderes da União Europeia em junho deste ano, a Ucrânia se torne candidata à adesão, e que esse processo abra novos horizontes políticos para nós, mas acima de tudo, horizontes financeiros", disse, segundo a agência de notícias Interfax.

(Agência Lusa)

7h45- Mais de 6.600 civis retirados por corredores humanitários

As autoridades ucranianas avançaram que 6.665 civis foram retirados através de corredores humanitários nas últimas 24 horas, mas acusaram os russos de terem retido oito autocarros na cidade de Melitopol.

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuk, disse que na sexta-feira 5.158 cidadãos usaram os seus próprios meios de transporte para chegar à cidade de Zaporijia, através do corredor humanitário de Mariupol e Berdyansk.

Segundo um comunicado, 1.614 eram civis de Mariupol, 3.544 de regiões de Zaporijia e 1.507 de outras cidades.

Vereshchuk garantiu que hoje “vão continuar os trabalhos no corredor humanitário para Mariupol e as cidades bloqueadas da região de Zaporijia, bem como a retirada de pessoas das cidades da região de Lugansk”.

Em relação aos oito autocarros apreendidos pelas forças russas em Melitopol, a vice-primeira-ministra destacou que as autoridades estão "a negociar para que esses autocarros sejam devolvidos e dar uma oportunidade, de acordo com os acordos, de retirar os moradores locais".

Os acordos “permitem cooperação com o poder ocupante (chamemos-lhe assim), decidir quem deve ir para onde e quem não deve, onde recolher a ajuda humanitária, quando apreender autocarros na estrada onde funciona o corredor humanitário", lamentou Vereshchuk.

A vice-primeira-ministra acrescentou que os corredores foram criados de acordo com o direito humanitário.

"Tudo o que seja feito durante a operação e a vigência desse corredor pode ser considerado uma grave violação do direito internacional", disse Vereshchuk.

(Agência Lusa)

Ponto da situação

  • Está prevista a abertura de 10 corredores humanitários pra retirada de civis este sábado na Ucrânia No dia seguinte a um dos maiores ataques da guerra. Uma estação ferroviária foi atingida por mísseis. No local estavam cerca de quatro mil pessoas à espera de comboio para fugirem.

  • Mais de 50 morreram no ataque em Kramatorsk, e cerca de 100 ficaram feridas.

  • Moscovo nega qualquer envolvimento e responsabiliza os ucranianos. No entanto, fontes militares dos Estados Unidos garantem que os mísseis foram disparados de posições ocupadas pela Rússia.

  • A cidade de Kharkiv também esteve sob ataque intenso. Nas últimas 24 horas foram registadas quase 50 explosões.

  • Segundo com a estimativa da ONU, a guerra na Ucrânia já matou mais de mil e seiscentos civis.

  • O presidente ucraniano considera que o ataque a Kramatorsk, é mais um crime de guerra que tem de ser julgado. Volodymyr Zelensky revelou, ao programa 60 Minutes da CBS, que uma agência de notícias russa anunciou o bombardeamento na estação quando os mísseis ainda estavam no a