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Guarda | |
Município de Portugal | |
Catedral - Sé da Guarda | |
Mapa de Guarda | |
Gentílico | Guardense; Egitaniense[1] |
Área | 712,1 km² |
População | 42 541 hab. (2011) |
Densidade populacional | 59,7 hab./km² |
N.º de freguesias | 43 |
Fundação do município (ou foral) | 1199 |
Região (NUTS II) | Centro |
Sub-região (NUTS III) | Beiras e Serra da Estrela |
Distrito | Guarda |
Província | Beira Alta |
Orago | Nossa Senhora da Assunção |
Feriado municipal | 27 de Novembro (Foral) |
Código postal | 6300 e 6301 |
Sítio oficial | www.mun-guarda.pt |
A Guarda é uma cidade portuguesa com 1 056 metros de altitude máxima, sendo a mais alta cidade do país. Com 26 565 habitantes (2011) no seu perímetro urbano, é a capital do Distrito da Guarda, estando situada na região estatística do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela.
É sede do município da Guarda com 712,1 km² de área e 42 541 habitantes (censos de 2011), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/2013 em 43 freguesias.[2] O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira. O seu distrito tem uma população residente de 173 831 habitantes. Está situada no último contraforte nordeste da Serra da Estrela.
Possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23, que liga a Guarda a Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente a Bragança.
A nível ferroviário, a cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa (encerrada para obras de modernização com abertura prevista para o ano 2020) e a linha da Beira Alta, que se encontra completamente eletrificada, permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa", com ligação a Hendaye (França, via Salamanca-Valladolid-Burgos).
O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um sanatório dedicado à cura da tuberculose.
Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiarias das maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três bacias hidrográficas se encontram.
Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitavam a região da Guarda povos lusitanos. Entre os quais os igeditanos, os lancienses opidanos e os transcudanos. Estes povos unidos sob uma autêntica federação viriam a resistir à romanização durante dois séculos. Ao contrário dos latinizados, estes povos não consumiam vinho, mas antes cerveja de bolota. A sua arma de eleição era a falcata - uma espada curva - que facilmente quebrava os gládios romanos devido à sua superioridade metalúrgica. Os seus deuses pagãos diferiam também dos romanos, podem ainda hoje encontrar-se algumas inscrições religiosas lusitanas em santuários como o Cabeço das Fráguas.
Durante muito tempo os historiadores julgaram que a Cividade dos Igeditanos (Egitânia) se localizava na Guarda mas mais recentemente chegou-se à certeza que tal localização era em Idanha-a-Velha. Daqui que o gentílico de egitanienses se enraizou. No entanto, existe dúvida se a Guarda foi realmente Egitânia. Confinando com os terrenos dos igeditanos, a norte estavam os dos lancienses opidanos cuja capital, a Cividade Lância Opidana, foi referida a curta distância da atual localização da Guarda.
Esta teoria foi defendida acerrimamente pelo General João de Almeida (influente militar português, herói das campanhas de África, natural da Guarda), o que levou alguns críticos a menosprezá-la, no entanto, todas as pesquisas seguintes indicam a sua veracidade. Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro de Tintinolho.
Após o período romano seguiram-se períodos de ocupação por parte dos visigodos, mais tarde pelo reino das Astúrias e também pela civilização islâmica. Só após o processo da reconquista é atribuído o foral, reconfirmando definitivamente a importância da cidade e da região.
O rei Dinis I e D. Isabel estiveram na cidade mês e meio após casarem. O rei sancionou os «Costumes da Guarda» e viria a preparar a guerra com Castela, resolvida com o tratado de Alcanizes.
A explicação mais conhecida e consensual do significado do epíteto de «cidade dos 5 F's» diz que estes significam Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa.[3][4][5][6][7] A explicação destes efes tão adaptados posteriormente a outras cidades é simples:
Ainda relativamente ao «4.º F» da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e desprezo. É comum ver turistas procurando essa gárgula específica, recentemente apelidada de "Fiel".
Foi por amor a uma bela mulher - pela qual muitos se apaixonaram - que haveria de se originar a Língua Portuguesa, hoje uma das mais faladas em todo o mundo.
E foi, na cidade da Guarda que se deu o acontecimento que marcou claramente o nascimento da Língua Portuguesa em 1189: aqui se escreveu o primeiro texto literário em Língua Portuguesa, da autoria do trovador galego Paio Soares de Taveirós para sua amada Maria Pais Ribeira ( também conhecia por Ribeirinha), intitulada de Cantiga da Ribeirinha.
A mesma Ribeirinha que acabaria por chamar a atenção do monarca D. Sancho I que também se inspirou a redigir-lhe reais trovas, e com quem haveria de manter uma notória relação extraconjugal, gerando numerosa descendência.
E assim, por amor a uma bela mulher - diziam-na "branca de pele, de fulvos cabelos, bonita, sedutora" - surge na Guarda a Língua Portuguesa, reflexo poderoso de paixões que os séculos não conseguiram apagar.
Número de habitantes[8] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
33 006 | 36 280 | 40 205 | 41 910 | 44 010 | 41 909 | 43 314 | 47 862 | 51 468 | 48 994 | 39 741 | 40 360 | 38 765 | 43 822 | 42 541 |
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário[9] | ||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | |
0-14 Anos | 14 181 | 14 816 | 14 177 | 14 678 | 15 799 | 15 617 | 14 233 | 11 105 | 9 028 | 7 282 | 6 809 | 5 833 |
15-24 Anos | 7 901 | 8 128 | 7 563 | 8 253 | 8 851 | 9 814 | 8 399 | 6 195 | 7 219 | 5 789 | 6 126 | 4 409 |
25-64 Anos | 17 016 | 18 267 | 17 316 | 17 659 | 20 060 | 21 836 | 22 076 | 17 455 | 18 155 | 18 846 | 22 721 | 23 426 |
= ou > 65 Anos | 2 172 | 2 337 | 2 462 | 2 972 | 3 114 | 3 902 | 4 286 | 4 490 | 5 958 | 6 585 | 8 166 | 8 873 |
> Id. desconh | 40 | 86 | 212 | 92 | 209 |
(Obs.: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)
A Virgem da Assunção é a Padroeira da Guarda.
Não é por acaso que:
(Fonte: ‘A Catedral da Guarda, motivo de orgulho!’, de Adriano Vasco Rodrigues, em GuardaViva Boletim Municipal, Nº 1, página 21)
(Fonte: Sistema de Informação para o Património Arquitetónico)
(Fonte: MONOGRAFIA ARTÍSTICA DA GUARDA, Adriano Vasco Rodrigues, 2ª edição, 1977, página 98, 2º parágrafo)
(Fonte: Património & Turismo, Distrito da Guarda 1999 [(REGISTOS: Ministério da Justiça, Empresa Jornalística Nº 222 033, ICS (Titularidade) Nº 122 034] , página 46)
(Fonte: CÚRIA DIOCESANA DA GUARDA - ANUÁRIO CATÓLICO)
Segundo uma lenda, no tempo da Reconquista, havia uma jovem Ana apaixonada por Alfonso III das Astúrias que seguiu o rei, vestida de soldado. Depois duma batalha, o rei descobriu o segredo de Ana e emocionado, mandou construir um castelo para Ana viver, tornando-se a guardiã daquelas terras.
A Guarda é sobranceira ao Vale do Mondego, insere-se no último contraforte Norte da Serra da Estrela é a cidade mais alta de Portugal, quanto à altitude da área urbana do município, com altitude máxima de 1 056 metros.
Fruto desta altitude é também o curioso facto de esta região pertencer a três bacias hidrográficas - Mondego, Douro e Tejo, contribuindo desta forma para os recursos hídricos das regiões de Lisboa, Porto e Coimbra. O Ponto de confluência das três bacias localiza-se na povoação de Vale de Estrela nas imediações da Guarda.
O clima na cidade da Guarda é temperado, com influência mediterrânica, visto que no verão há uma curta estação seca. O mês mais quente é Julho, com temperatura média de 19,7 °C, e o mês mais frio é Janeiro, com média de 4 °C. O mês mais chuvoso é Dezembro, com pluviosidade média de 150,6 mm, e o mês mais seco é Agosto, com média de escassos 10,4 mm. A temperatura média anual é de 11,1 °C e a pluviosidade média anual é de 914,2 mm. É considerada uma das cidades mais frias de Portugal, experimentando algumas vezes por ano precipitações de neve.
As temperaturas inferiores a -10 °C ocorrem com alguma frequência, havendo inclusivamente registos históricos datados de Janeiro de 1829 que parecem indicar temperaturas inferiores a -20 °C (ver secção cronologia).
[Esconder]Dados climatológicos para Guarda (1981-2010) | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 15,2 | 17,6 | 23,0 | 24,5 | 30,8 | 33,7 | 38,3 | 34,6 | 36,0 | 27,0 | 21,3 | 17,1 | 38,3 |
Temperatura máxima média (°C) | 6,8 | 8,6 | 11,4 | 12,4 | 16,4 | 21,2 | 25,1 | 25,0 | 21,1 | 15,0 | 10,0 | 7,8 | 15,1 |
Temperatura média (°C) | 4,0 | 5,5 | 7,7 | 8,4 | 12,3 | 16,2 | 19,7 | 19,5 | 16,3 | 11,4 | 7,5 | 5,3 | 11,15 |
Temperatura mínima média (°C) | 1,2 | 2,3 | 3,7 | 4,6 | 7,7 | 11,3 | 14,0 | 13,9 | 11,9 | 8,3 | 5,0 | 2,9 | 7,2 |
Temperatura mínima recorde (°C) | −10,8 | −6,2 | −8,8 | −4,5 | −1,8 | 1,2 | 4,4 | 4,9 | 1,8 | −0,6 | −7,5 | −6,7 | −10,8 |
Precipitação (mm) | 104,8 | 71,2 | 59,4 | 86,7 | 86,3 | 33,9 | 18,2 | 10,4 | 58,2 | 107,4 | 127,1 | 150,6 | 914,2 |
Dias com neve | 0 | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 1 |
Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera (1981–2010)[11](Records: 1971-2010) 26 de fevereiro de 2013 | |||||||||||||
Fonte 2: Climate Zone (Dias de neve - média 2010 a 2014) [12] 26 de fevereiro de 2013 |
Até 2013, a cidade da Guarda era oficialmente constituída pelas freguesias urbanas da Sé, São Vicente e São Miguel, entretanto unidas numa só (Freguesia da Guarda).
Desde a reorganização administrativa de 2012/2013,[2] o município da Guarda está dividido em 43 freguesias:
Até 1 de janeiro de 2002, fazia também parte do município a freguesia do Vale de Amoreira, a qual entretanto foi transferida para o vizinho município de Manteigas.
A cidade da Guarda está geminada com cinco cidades:[13]
Data | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | % | V | Participação |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
PS | CDS-PP | PPD/PSD | APU/CDU | AD | BE | PSD-CDS | IND | CH | PCTP/MRPP | PRD | MPT | PPM | |||||||||||||||
1976 | 33,56 | 3 | 31,22 | 2 | 21,66 | 2 | 4,89 | - | 1,81 | - | 64,22 / 100,00 | ||||||||||||||||
1979 | 54,28 | 4 | AD | AD | 3,00 | - | 37,17 | 3 | 1,77 | - | AD | 79,52 / 100,00 | |||||||||||||||
1982 | 57,34 | 5 | 4,15 | - | 32,81 | 2 | 1,26 | - | 72,30 / 100,00 | ||||||||||||||||||
1985 | 52,44 | 4 | 31,75 | 3 | 3,53 | - | 0,75 | - | 7,52 | - | 68,10 / 100,00 | ||||||||||||||||
1989 | 52,81 | 4 | 6,47 | - | 33,43 | 3 | 2,67 | - | 0,63 | - | 67,12 / 100,00 | ||||||||||||||||
1993 | 52,34 | 4 | 5,30 | - | 34,49 | 3 | 3,25 | - | 67,95 / 100,00 | ||||||||||||||||||
1997 | 56,29 | 4 | 4,08 | - | 32,12 | 3 | 2,98 | - | 65,26 / 100,00 | ||||||||||||||||||
2001 | 47,65 | 4 | 2,97 | - | 42,46 | 3 | 1,98 | - | 0,82 | - | 68,26 / 100,00 | ||||||||||||||||
2005 | 52,51 | 4 | 4,55 | - | 33,84 | 3 | 1,78 | - | 1,99 | - | 0,59 | - | 70,40 / 100,00 | ||||||||||||||
2009 | 55,79 | 5 | 5,15 | - | 28,33 | 2 | 2,68 | - | 2,89 | - | 0,70 | - | 62,72 / 100,00 | ||||||||||||||
2013 | 30,39 | 2 | PSD | CDS | 3,89 | - | 3,66 | - | 51,43 | 5 | 2,42 | - | 59,47 / 100,00 | ||||||||||||||
2017 | 23,35 | 2 | 5,59 | - | 61,20 | 5 | 2,11 | - | 3,04 | - | CDS | CDS | 60,86 / 100,00 | ||||||||||||||
2021 | 17,98 | 1 | 2,69 | - | 33,68 | 3 | 1,31 | - | 1,60 | - | 36,22 | 3 | 2,69 | - | 63,19 / 100,00 |
Data | % | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
CDS | PS | PSD | PCP | UDP | AD | APU/ | FRS | PRD | PSN | BE | PAN | PàF | L | CH | IL | |
1976 | 32,13 | 30,32 | 18,64 | 3,55 | 1,23 | |||||||||||
1979 | AD | 36,73 | APU | 0,82 | 49,51 | 5,49 | ||||||||||
1980 | FRS | 0,78 | 51,23 | 4,82 | 35,15 | |||||||||||
1983 | 18,78 | 46,20 | 23,27 | 0,34 | 4,84 | |||||||||||
1985 | 16,46 | 30,28 | 27,44 | 0,82 | 5,15 | 13,00 | ||||||||||
1987 | 5,44 | 29,41 | 53,28 | CDU | 0,25 | 3,15 | 2,12 | |||||||||
1991 | 5,42 | 36,29 | 48,61 | 2,39 | 0,81 | 1,80 | ||||||||||
1995 | 10,49 | 52,62 | 30,69 | 0,41 | 2,12 | 0,35 | ||||||||||
1999 | 10,35 | 47,71 | 33,22 | 3,44 | 1,45 | |||||||||||
2002 | 9,86 | 39,83 | 42,50 | 2,35 | 1,79 | |||||||||||
2005 | 6,89 | 51,79 | 27,27 | 3,00 | 4,71 | |||||||||||
2009 | 11,48 | 36,44 | 30,78 | 3,55 | 10,99 | |||||||||||
2011 | 13,34 | 28,59 | 41,35 | 3,89 | 4,68 | 0,81 | ||||||||||
2015 | PàF | 33,83 | PàF | 4,11 | 10,23 | 1,51 | 41,73 | 0,63 | ||||||||
2019 | 4,76 | 36,14 | 32,12 | 2,93 | 10,77 | 2,25 | 0,70 | 1,52 | 0,81 |
A cidade tem vários monumentos arquitetónicos, na sua maioria situados no centro histórico:
No centro histórico da Guarda encontram-se vários edifícios com marcas mágico-religiosas: um estudo de Novembro de 2006, editado pela Sociedade Pólis Guarda e pela autarquia local, identifica 48 marcas cruciformes em edifícios da zona da Judiaria.
Encontram-se classificadas como árvores de interesse nacional:
Mais património natural da região:
O município encontra-se parcialmente inserido no Parque Natural da Serra da Estrela
Durante muitos anos, o principal clube desportivo da cidade, com notório ecletismo, foi a Associação Desportiva da Guarda.
Foi criado o clube Guarda Desportiva Futebol Clube, que se dedicou apenas ao futebol.
Outros clubes que se têm destacado neste desporto são o Mileu-Guarda Sport Clube e o NDS (Núcleo Desportivo e Social), este sobretudo nas camadas jovens. Clubes que se têm destacado fora do âmbito do futebol são o Clube de Montanhismo da Guarda, e o Centro de Desporto e Cultura do Pinheiro no atletismo.
A cidade tem ainda diversas associações culturais e recreativas, dentre as quais, a Associação de Desenvolvimento Carapito S. Salvador.
Existe ainda o Grupo Desportivo e Recreativo das Lameirinhas (GDRL) que se destaca no âmbito do futsal, no escalão nacional de seniores, possuindo também uma equipa B e escalões de iniciação. O clube tem também escalões juvenis de basquetebol feminino.
O município é servido por uma boa rede viária:
Na Guarda passam ainda as seguintes linhas ferroviárias:
Após o abandono do projeto do TGV português devido à crise económica mundial, o governo português anunciou em 2011 a requalificação da linha da beira alta para bitola europeia de forma a permitir a circulação de mercadorias em velocidade alta a partir dos portos do norte de Portugal para o centro da Europa.
No município existe a PLIE - Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, uma área infraestruturada de raiz com cerca de 100 hectares, de cariz logístico-industrial onde a atividade de armazenagem e produção tem condições ótimas do ponto de vista da distribuição Ibérica, não só pela confluência das várias vias rodoviárias e ferroviárias, mas também pela posição intermédia entre Lisboa-Madrid e Aveiro-Madrid, sendo de todas as passagens fronteiriças aquela que proporciona o menor e mais rápido trajeto em direção ao centro da Europa.
No município existe a barragem do Caldeirão, importante infraestrutura para o abastecimento de água e produção de energia. A barragem foi também feita com o intuito de ser um pólo de atração turística.
Antes do 25 de Abril, a grande maioria da população do município habitava em aldeias e vivia da agricultura de subsistência. Com a democracia, começou a haver uma deslocalização dos meios rurais para a cidade e as pessoas começaram a trabalhar no sector dos serviços e da indústria. Houve grandes fábricas, como a Renault e a Gartêxtil, ambas já desaparecidas.
Os 14 municípios do distrito da Guarda possuirão um total de 15 521 empresas, das quais 4 189 estarão sediadas no município da Guarda.[15]
Atualmente (2010), a crise paira na indústria desta cidade gerando milhares de desempregados: a principal empregadora a Delphi, fechou em 31 de dezembro de 2010,despedindo os últimos 321 trabalhadores (chegou a ter cerca de 3 mil trabalhadores). No entanto existem outras empresas do mesmo sector que poderão absorver alguns desses trabalhadores. Outros exemplos de empresas relevantes são a GELGURTE, Coficab, Dura Automotive, SODECIA metalurgia entre outras.
A boa situação geográfica do município e as boas acessibilidades fazem da Guarda um excelente local para o armazenamento e transporte de mercadorias de Portugal para o resto da Europa (e vice-versa), nesse sentido entidades privadas em conjunto com a Câmara Municipal criaram a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) que é uma plataforma transfronteiriça que procura dinamizar a economia regional e a captação de fluxos e investimentos industriais.
O turismo é também uma aposta da Guarda. Os principais pontos turísticos da cidade são:
Atualmente, o município tem vários hotéis que aproveitam a proximidade com a Serra da Estrela, com as Aldeias Históricas e com a região do vinícola do Douro que posicionam a Guarda como base ideal para a descoberta desses destinos. A gastronomia do município é muito diversificada, com destaque para o Caldo de Grão, o Bacalhau à Conde da Guarda, Bacalhau à Lagareiro, o Cabrito Assado, as Morcelas da Guarda e o Arroz Doce.
Presidentes da Câmara após o 25 de Abril:
O município da Guarda foi o berço de várias personalidades, entre as quais:
A Guarda, ao longo dos tempos, foi acolhendo individualidades que, pela sua relevância e ligação à Cidade, perduram na alma Guardense.
Na Guarda, existem vários estabelecimentos de ensino, entre os quais:
Ensino superior
Ensino secundário
Ensino privado
A cidade da Guarda tem um total de 21 escolas.
Alguns autores acham que o gentílico da Guarda não é guardense, mas egitaniense. A palavra deriva de Egitânia, o nome latino de Idanha, e tem a ver com o facto de a diocese da Idanha (atualmente a pequena aldeia de Idanha-a-Velha, município de Idanha-a-Nova), ter sido transferido para a Guarda.
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