segunda-feira, 27 de julho de 2020

ECLIPSE LUNAR DE 27 DE JULHO DE 2018 - 27 DE JULHO DE 2020


Eclipse lunar de 27 de julho de 2018

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Eclipse Lunar Total
27 de julho de 2018
20180728 06-07 Chelsea, total lunar eclipse 10.jpg "Lua de Sangue" vista do subúrbio de Chelsea, em MelbourneAustrália
Lunar eclipse chart close-2018Jul27.png
A Lua cruzando a região central do cone de sombra da Terra, de oeste para leste (da direita para a esquerda), com o disco lunar vermelho durante a totalidade.
Gamma+0.11681
Saros (e membro)129 (38 de 71)
Sequência de eclipses lunares
Anterior31 de janeiro de 2018
Próximo21 de janeiro de 2019
Duração (hr:mn:sc)
Total1:42:57
Parcial3:54:32
Penumbral6:13:48
Fases e Horários do Eclipse (UTC)
P117:14:49
U118:24:27
U219:30:15
Máximo20:21:44
U321:13:12
U422:19:00
P423:28:37

eclipse lunar de 27 de julho de 2018 foi um eclipse lunar total, o segundo e último de dois eclipses totais do ano. Visível na América do SulEuropaÁfricaÁsiaAustrália, teve magnitude umbral de 1,60868 e penumbral de 2,67922.[1].

Foi o eclipse mais longo do século XXI com duração de três horas e 54,57 minutos e o período de totalidade com duração de uma hora e 42,955 minutos.[2][3] Colaboram com esta duração dois fatos: A coincidência com o apogeu da Lua, ou seja, ocorrer durante a microlua[2] e por ser um eclipse central que é quando a lua atravessa o centro da sombra da Terra[4].

Visibilidade[editar | editar código-fonte]

Este eclipse foi completamente visível na África Oriental e Ásia Central e visto durante o nascer da lua na América do Sul, África Ocidental e Europa, e durante o pôr da lua no Leste Asiático e Austrália.

Lunar eclipse from moon-2018Jul27.png
Simulação da Terra vista da Lua durante o máximo da totalidade - 20:22 UTC.
Visibility Lunar Eclipse 2018-07-27.png
Mapa de visibilidade do eclipse
Animation July 27 2018 lunar eclipse appearance.gif
Simulação da Lua passando pela sombra da Terra

Referências

  1.  F. Espenak. «Total Lunar Eclipse of 2018 Jul 27» (PDF). NASA Eclipse Website. Consultado em 16 de janeiro de 2016
  2. ↑ Ir para:a b Bruce McClure. «Century's longest lunar eclipse July 27». EarthSky. Consultado em 22 de julho de 2018
  3.  «Julho terá eclipse lunar mais longo do século». O Globo. 27 de junho de 2018. Consultado em 22 de julho de 2018
  4.  «Maior eclipse lunar do século poderá ser visto do Brasil no dia 27 de julho». F5. 20 de julho de 2018. Consultado em 22 de julho de 2018


DE HAVILLAND COMET - PRIMEIRO AVIÃO COMERCIAL A JACTO (1949) - 27 DE JULHO DE 2020


de Havilland Comet

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de Havilland DH 106 Comet
Avião
BEA de Havilland DH-106 Comet 4B Berlin.jpg
Um Comet 4B da British European Airways pousando no Aeroporto de Berlim-Tempelhof em 1969
Descrição
Tipo / MissãoAvião comercial
País de origem Reino Unido
Fabricantede Havilland
Período de produção1949–1964
Quantidade produzida114 (incluindo protótipos)
Custo unitárioComet 1: £ 275 mil (1952)
Desenvolvido emHawker Siddeley Nimrod
Primeiro voo em27 de julho de 1949 (71 anos)
Introduzido em2 de maio de 1962
Aposentado em14 de março de 1997 (Comet 4C)
Tripulação4
Passageiros36–44 (Comet 1 & 2)
58–76 (Comet 3)
56–81 (Comet 4)
Notas
Outros dados: Ver texto

de Havilland DH 106 Comet, ou simplesmente Comet, é um avião comercial construído pela indústria aeronáutica inglesa de Havilland, que fez história por ser a primeira aeronave comercial propulsionada por motores a jato.

Com quatro reatores embutidos nas asas, começou a operar em 1952, pela companhia aérea inglesa British Overseas Airways Corporation - BOAC,[1] com primeiro voo entre Londres e Joanesburgo.[2]

Foi a primeira aeronave a propiciar o glamour e conforto da era a jato, cobiçada pelas principais empresas da época como a Pan-AmBOACTWA, mas após dois acidentes fatais em 1954, quando todos os modelos foram proibidos de voar até que se encontrassem as causas, suas vendas entraram em declínio. Um inquérito constatou falhas no projeto das aeronaves. Como os jatos voam em altitudes superiores, as oscilações de temperatura e o sistema de pressurização causam fadiga no material, problema desconhecido na época. As janelas quadradas e as entradas das antenas do rádio, sofriam pressão maior, ocasionando micro-rachaduras, que se agravavam durante o voo, causando a desintegração das duas aeronaves, uma da BOAC e outra da South African Airlines, na época subsidiaria da BOAC.

As investigações foram acompanhadas pelo então primeiro ministro inglês Winston Churchill, que tinha grande apreço pela indústria aeronáutica de seu país.

Inquérito de 1954[editar | editar código-fonte]

Modelo do Avião em questão Comet I

Os navios de salvamento da Marinha Real Britânica foram enviados ao local do primeiro acidente para resgatar as peças submersas do avião. O segundo acidente aconteceu sobre águas profundas, resgatando-se 2/3 das peças. Os destroços foram, então, enviados a FarnboroughInglaterra, onde o Comet acidentado foi remontado, utilizando-se peças novas no lugar das que não foram resgatadas após o acidente.

Um outro Comet foi colocado em um tanque com água, para simular a mesma situação de diferença de pressão atmosférica e desgaste de material.

A maioria dos aviões da época voavam a baixas altitudes, onde a pressão atmosférica era semelhante à da superfície da terra. Porém os aviões a jato necessitam voar a uma altitude muito grande, onde a pressão atmosférica é mínima, para evitar turbulências e tempestade. Como o ser humano não consegue ficar consciente com uma pressão muito baixa, os aviões a jato precisam ter um sistema que deixe a pressão dentro do avião bem maior que a de fora.

Descobriu-se finalmente que os projetistas não tinham preparado a estrutura para ser usada com essa diferença de pressão, logo os aviões eram verdadeiras "bombas" voadoras. Bastou uma rachadura no teto do primeiro Comet acidentado para que ele se desintegrasse em pleno voo. No caso do Comet resgatado do fundo do mar, a rachadura havia se iniciado onde a superfície metálica fora cortada em retângulo, para a instalação de uma antena de ADF. Também as janelas dos primeiros Comet eram quadradas, o que criava pontos de tensão nas extremidades. É por isso que, a partir dessas tragédias, os aviões passaram a ter janelas redondas e ovais, com o propósito de descentralizar a tensão e, consequentemente, a fadiga metálica.

As janelas eram postas a pregos, procedimento comum a aeronaves que voavam sob motores turboélice e não conseguiam cruzar a altitude das nuvens. Durante a Segunda Guerra Mundial, inúmeros bombardeiros foram perdidos por não suportarem a variação de pressão ao cruzarem o teto limite para se ocultarem de seus inimigos. No caso do Comet, a falha só foi exposta durante o investigação que mostrou como o processo de montagem das janelas influenciava na aparição das rachaduras derivadas da variação de pressão e da força aplicada sobre o frágil material (alumínio), com a aplicação dos pregos.

Acidentes[editar | editar código-fonte]

Inesperadamente, em janeiro de 1954, o Voo BOAC 781. O Comet "Yoke Peter" prefixo G-ALYP que havia decolado de Roma no antigo Aeroporto de Ciampino cujo era o mais movimentado da capital, quando se aproximava da Ilha de Elba para uma escala, se desintegrou enquanto sobrevoava o mar, matando todos os ocupantes (35).[3]

Os voos foram suspensos por um tempo, mas assim que foram retomados outra aeronave sofreu um acidente em pleno ar, novamente matando todos os ocupantes.

Na madrugada de 23 de novembro de 1961, o jato Comet 4 de prefixo LV-AHR, das Aerolineas Argentinas, caiu logo após decolar de Viracopos (Campinas, São Paulo), provocando a morte das 52 pessoas que estavam a bordo. Os motores apresentaram problemas durante o procedimento de decolagem e a aeronave ficou descontrolada. Foi então perdendo altitude até atingir um eucaliptal situado a 500 metros da cabeceira da pista da então zona rural do município de Campinas. Com o impacto, o avião abriu uma clareira de 400 metros de extensão entre as árvores e foi se despedaçando até bater contra um pequeno morro onde acabou por explodir.[4]

Especificações[editar | editar código-fonte]

Comparação das variantes[5][nota 1][nota 2][6]
Comet 1Comet 2Comet 3Comet 4
Tripulação4 (piloto, co-piloto, engenheiro de voo e operador de rádio/navegação)[nota 1]
Passageiros36-4458-7656-81
Comprimento28 metros (91,9 pés)[5]29,29 metros (96,1 pés)[5]33,99 metros (112 pés)
Envergadura35 metros (115 pés)
Altura da cauda8,99 metros (29,5 pés)
Área alar187,2 metros quadrados (2 020 pés quadrados)[5]197 metros quadrados (2 120 pés quadrados)
Alongamento6.546.22
Peso máx de
decolagem
(MTOW)
50 000 quilogramas (110 000 libras)[5]54 000 quilogramas (119 000 libras)[5]68 000 quilogramas (150 000 libras)[5]71 000 quilogramas (157 000 libras)
Alcance operacional
(performance típica)
2 400 quilômetros (1 490 milhas)4 200 quilômetros (2 610 milhas)4 300 quilômetros (2 670 milhas)5 190 quilômetros (3 220 milhas)[nota 1]
Velocidade de cruzeiro740 quilômetros por hora (460 milhas por hora)[5]790 quilômetros por hora (491 milhas por hora)840 quilômetros por hora (522 milhas por hora)
Teto de serviço de cruzeiro13 000 metros (42 700 pés)[5]14 000 metros (45 900 pés)13 000 metros (42 700 pés)[nota 1]
Motorização (x 4)Turbojatos Halford H.2 Ghost 50
Empuxo: 2 240 quilogramas-força (22 000 newtons)[5]
Turbojatos Rolls-Royce Avon Mk 503/504
Empuxo: 3 160 quilogramas-força (31 000 newtons)[5]
Turbojatos Rolls-Royce Avon Mk 502/521
Empuxo: 4 490 quilogramas-força (44 000 newtons)
Turbojatos Rolls-Royce Avon Mk 524
Empuxo: 4 790 quilogramas-força (47 000 newtons)

Ver também[editar | editar código-fonte]

 Media relacionados com De Havilland Comet no Wikimedia Commons

Desenvolvimento relacionado
Aeronave de comparável missão, configuração e era

Notas

  1. ↑ Ir para:a b c d Taylor 1965, pp. 53-54.
  2.  Jackson 1987, p. 464.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Jackson, A.J. De Havilland Aircraft since 1909. London: Putnam, Third edition, 1987. ISBN 0-85177-802-X.
  • Taylor, John W. R. Jane's All The World's Aircraft 1965–66. London: Sampson Low, Marston & Company, 1965.

Referências

  1.  Astuto, Bruno (5 de fevereiro de 2015). «Turismo de experiência: desde os anos 1950 até hoje»Revista Época. Globo.com. Consultado em 31 de agosto de 2016
  2.  Calles, Raphael. «Um voo turbulento: a história da Breitling». Watch Time BR. Consultado em 31 de agosto de 2016
  3.  «BOAC Flight 781»Wikipedia (em inglês). 12 de setembro de 2017
  4.  Silva, Jorge Tadeu da. «DESASTRES AÉREOS - HISTÓRIAS - TRAGÉDIA EM CAMPINAS - AEROLINEAS ARGENTINAS VOO 322»www.desastresaereos.net. Consultado em 18 de outubro de 2017
  5. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k "Commercial Aircraft 1953: De Havilland Comet." Flight 6 Março 1953.
  6.  "The New Comet"Flight, p. 132, 30 Julho 1954.
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