Boa tarde,
Está aí um novo PREC. Já não se trata de um Período Revolucionário em
Curso, embora as negociações entre socialistas, bloquistas e comunistas
assustem muito boa gente. Podemos chamá-lo antes de PREC, Período de Reuniões em Curso. Só faltam mesmo os militares na rua. Hoje, por esta hora, o PS e os partidos da coligação PSD-CDS voltam a sentar-se à mesma mesa.
Desta vez no Largo do Rato, quartel-general (sim, a referência bélica é
propositada) do PS. Enquanto isso, as equipas técnicas de socialistas,
comunistas e bloquistas continuaram as conversas, mas de forma
reservada. E ao mesmo tempo, Maria de Belém reúne as suas tropas e apresenta formalmente a candidatura a Belém. No Diário de hoje há muita e suculenta matéria sobre estes agitados tempos que vivemos. Cedências ao PàF custam 1309 milhões em quatro anos
Impacto máximo das medidas que a coligação PSD-CDS está desde já
disposta a aceitar do programa socialista acontece em 2017. Mas não
implicam violação do limite de 3% para o défice, mesmo deixando de fora
as poupanças nas prestações sociais que tanta polémica alimentou durante
a campanha Coligação disposta a aceitar todas as condições de Costa
Documento enviado ao PS tem poucas cedências da direita. Mas a abertura
para contrapropostas de António Costa é total. Fonte da coligação diz
que a disponibilidade vai ao ponto de admitir a entrada de António Costa
ou outros nomes do PS num futuro Governo Ainda em relação às Presidenciais, escrevemos que “Negociações para o Governo ofuscam a candidatura de Belém”. Esta tarde, precisamente pelas 18.00, Maria de Belém lança-se formalmente na corrida presidencial. E já fala ao Expresso, para dar uma bicada em Marcelo Rebelo de Sousa, dizendo que numa República não há coroações ou vitórias antecipadas e que a sua candidatura é mesmo para disputar a vitória. Outros temas: Autarca de origem angolana vence Prémio Leya O romance “O Coro dos Defuntos” valeu a António Tavares a unanimidade do júri e um prémio de 100 mil euros. O que ouvem os portugueses
O streaming veio alterar por completo os hábitos de escuta de música. O
álbum está prestes a entregar a alma ao criador. E as estrelas já não
são aquela que víamos no céu. O texto, que vale a pena ler, é do Miguel
Cadete. Na opinião, uma vez mais é a política quem mais ordena. Ricardo Costa afirma "Parece que o arco da governação mudou. E agora?". João Vieira Pereira escreve sobre as “8 verdades que Costa não está a ver”, Daniel Oliveira titula “democrático, constitucional, estável”, Henrique Raposo pergunta “Mas o PS não arranja um líder decente?” e Henrique Monteiro constata “O que foi (ou ainda é?) o PS”.
Por hoje é tudo, voltamos amanhã. Não será 11 de março, nem sequer 25
de novembro. Mas o 14 de outubro deve trazer novas achas para a quente
fogueira da política nacional.
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