Até ao liberalismo constituía o Couto de Paços de Ferreira. Tornou-se concelho a
6 de Novembro de
1836, sucedendo ao concelho de
Sobrosa, sendo a sede concelhia foi elevada ao estatuto de cidade em
20 de Maio de
1993.
É conhecido como «Capital do Móvel», por ser o mais proeminente centro de produção e venda de mobiliário em Portugal.
Foi elevada a sede de concelho em 6 de Novembro de 1836 e à categoria de Cidade em 20 de Maio de 1993. Esta pequena cidade encontra-se organizada em torno de dois centros principais. O primeiro núcleo central, mais antigo, é formado pela Praças Dr. Luís e 25 de Abril e pela Praceta de Santa Eulália. Nesta última, está situada a Igreja Matriz, situada numa peculiar colina. De origem incerta, este templo é o local de devoção por excelência dos pacenses. De notar que, da referida colina, podemos desfrutar de uma bela vista panorâmica, já que, a partir daí, se consegue observar grande parte do concelho, nomeadamente a parte mais ocidental (
Seroa e
Serra da Agrela,
Meixomil,
Penamaior,
Sanfins de Ferreira e
Eiriz). Na parte central da Praça Dr. Luís, pode observar-se o Jardim Municipal, datado de 1892, onde merece particular destaque o tricentenário carvalho alvarinho, o
ex-libris da cidade pacense. No jardim é ainda possível observar a estátua do Dr. Leão de Meireles, uma das personalidades mais importantes dos primórdios do concelho de Paços de Ferreira. Mais abaixo, a Praça 25 de Abril é dominada pelo edifício dos antigos Paços do Concelho, inaugurado em 1918, onde funciona actualmente o Museu Municipal e o Posto de Turismo. Defronte da escadaria principal deste edifício, aparece, embora discretamente, o
Pelourinho de Paços de Ferreira, único monumento da cidade com a categoria de
Património Nacional. Na parte central da praça, marca presença a estátua de Dona
Sílvia Cardoso, famosa benemérita pacense que abdicou de grande parte da sua riqueza para se dedicar à ajuda dos mais necessitados.
Palácio da Justiça de Paços de Ferreira
Já o segundo núcleo central compreende a Praça da República, conhecida popularmente como a "Rotunda", onde se situam os principais serviços do concelho. Na Rotunda, é possível observar o Palácio da Justiça e a escultura em bronze que decora a sua fachada principal. Porém, o destaque da Praça da República vai por inteiro para o seu centro, onde se encontra o Monumento ao Marceneiro, escultura da autoria do Mestre José Rodrigues, que homenageia os marceneiros do concelho, que possibilitaram a enorme evolução registada pelo concelho no século XX, que tornaram Paços de Ferreira na "Capital do Móvel", marco de referência no panorama industrial português. Mesmo ao lado, está o actual edifício dos
Paços do Concelho, da autoria do arquitecto pacense Paulo Bettencourt, onde está sediada, para além da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, a Junta de Freguesia pacense. Tanto o Monumento ao Marceneiro como o edifício dos Paços do Concelho foram inaugurados aquando do 5º aniversário da cidade, a 20 de Maio de 1997.
Paços de Ferreira possuía até há bem pouco tempo uma estação agrária, unidade do
Ministério da Agricultura onde era efectuada criação de gado, produção de leite, cereais e forragens, e onde existia uma oficina e posto de venda, onde se podia adquirir o "Queijo Paços", produzido na estação agrária. Porém, a partir de 2005, a estação agrária transformou-se no Parque Urbano de Paços de Ferreira, o local de lazer por excelência, em pleno centro centro da cidade pacense. Nos terrenos do Parque, delimitados pelo
Rio Ferreira, localizam-se as Piscinas Municipais.
Deste modo, Paços de Ferreira é uma cidade jovem e em transformação. Assim, nos últimos anos, a outrora vila rural, formada por lugares e quintas, e casas graníticas, tem-se transformado numa cidade moderna. Os vestígios dessa vila rural são já poucos, pois têm sido apagados ao longo dos tempos, tais como as antigas Escolas Primárias (no local da actual Câmara Municipal), o antigo posto da GNR e o antigo Posto dos Correios, demolidos para dar lugar a construções mais recentes. Porém, por enquanto, é ainda possível observar algumas casas antigas na cidade, tais como a Quinta das Uveiras (do século XIX), a Casa da Torre
[4] (quinta da família Pinto Brandão vendida em finais do séc. XIX a Manuel Umbelino Ferreira da Silva, pai de
Sílvia Cardoso Ferreira da Silva, que aí fundou uma creche, e de D. Maria Haydée Cardoso da Silva, casada com D. José Maria de Queirós e Lencastre, que depois aí viveu e foi presidente da Câmara de Paços de Ferreira), e a Casa de Coquêda (casa de brasileiro do início do século XX) que, embora já sem o esplendor de outros tempos, continuam a testemunhar o passado rural de Paços de Ferreira.
- Lugares
Paços de Ferreira, numa alusão clara ao seu passado rural, encontra-se dividida em vários lugares, sendo que a população pacense ainda hoje se identifica mais com estes topónimos do que com os nomes das actuais ruas. Os lugares de Paços de Ferreira são os seguintes:
- zona urbana
- Pinheiro
- Rotunda
- Cavada
- Sistelo
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- Monte de São Domingos
- Bairro do Outeiro
- Uveiras
- Picafrio
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- zona rural
- Quintãs
- Jesus Maria José
- Pêgas
- Sistos
- Ponte Real
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- Rebolo
- Coquêda
- Barreiro
- Carral
- Boavista
- Tebilha
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Freguesias do concelho de Paços de Ferreira.
O concelho de Paços de Ferreira divide-se em 12 freguesias:
Quase todas as freguesias são bastante homogéneas em número de habitantes. Ainda assim, a população concentra-se predominantemente nas cidades de Paços de Ferreira e
Freamunde, nas vilas de
Frazão e
Carvalhosa, e nas povoações de
Ferreira e
Seroa.
População