quarta-feira, 10 de agosto de 2022

SERRA DA ESTRELA - INCÊNDIOS - 10 DE AGOSTO DE 2022

 

Um incêndio que está activo há três dias é um dos maiores de sempre na zona

O incêndio activo há três dias no concelho de Seia é um dos maiores de sempre no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), onde já consumiu 2500 hectares, disse à agência Lusa o coordenador do Parque, Armando Carvalho.

Apesar de estar entre os incêndios com maior extensão, «não foi o mais grave em termos das espécies protegidas destruídas», uma vez que «80 por cento consumiu matos resultantes do abandono de terrenos agrícolas ou regeneração natural», explicou o coordenador.

Por outro lado, as frentes de fogo têm avançado a baixas altitudes da Serra da Estrela.

«Só a partir de altitudes mais elevadas, que não se encontram em mais nenhuma montanha portuguesa, é que temos valores naturais mais raros», sublinhou.

O histórico de incêndio do PNSE mostra que as zonas em causa são áreas que ardem «com alguma periodicidade», o que Armando Carvalho acredita que só será resolvido se houver repovoamento e regresso da actividade agrícola.

Tendo em conta as zonas ardidas, aquele responsável acredita que o incêndio terá pouco impacto nas actividades económicas da montanha.

O fogo poderá até beneficiar o pastoreio, dado que as áreas ardidas deverão dar origem a novas zonas de pasto após as chuvas.

Contudo, a destruição da cobertura vegetal vai dar origem a maior erosão da paisagem.

«Estamos a falar de zonas de serra e, quanto maior o declive, maiores vão ser os problemas», destacou.

«Agora, tudo depende das condições climatéricas que se seguirem, nomeadamente, a quantidade de precipitação», acrescentou Armando Carvalho.

«Não diria que a situação seja grave, mas obviamente que vamos ter problemas com a erosão», concluiu.

O fogo deflagrou na terça-feira em Aldeia da Serra, poucos quilómetros acima de Seia, progrediu em direcção a São Romão, a partir de onde iniciou depois a progressão serra acima.

As chamas só foram travadas na Lagoa Comprida, cercaram a aldeia do Sabugueiro e cortaram a estrada para Loriga.

O fogo mantém várias frentes activas na encosta entre Seia e Gouveia, com 255 operacionais com 81 veículos e três meios aéreos.

VIMIOSO - VILA E MUNICIPIOO PORTUGUES - FERIADO - 10 DE AGOSTO DE 2022

 

Vimioso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vimioso
Vimioso06.jpg
Igreja Matriz de Vimioso
Brasão de VimiosoBandeira de Vimioso
Localização de Vimioso
Gentílicovimiosense
Área481,59 km²
População4 669 hab. (2011)
Densidade populacional9,7  hab./km²
N.º de freguesias10
Presidente da
câmara municipal
Jorge Fidalgo (PSD2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1516
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Terras de Trás-os-Montes
DistritoBragança
ProvínciaTrás-os-Montes
e Alto Douro
OragoSão Vicente
Feriado municipal10 de agosto
Código postal5230 Vimioso
Sítio oficialwww.cm-vimioso.pt
Município de Portugal Flag of Portugal.svg

Vimioso é uma vila raiana portuguesa com 1 285 habitantes (2011), situada no extremo nordeste de Portugal. Pertence ao distrito de Bragança, na região Norte de Portugal e sub-região de Terras de Trás-os-Montes.

É sede do município de Vimioso com 481,59 km² de área[1] e 4 669 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 10 freguesias.[4] O município é limitado a norte por Espanha (municípios de TrabazosRábano de Aliste e Alcanizes), a leste pelo município de Miranda do Douro, a sul por Mogadouro, a sudoeste por Macedo de Cavaleiros e a oeste e noroeste por Bragança.

População

Número de habitantes[5]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
9 60810 29510 77011 08612 07610 45711 48412 50713 21012 7829 7598 5006 3235 3154 669

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário[6]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos3 7304 3543 6094 0084 5364 5954 4503 0702 2741 177591405
15-24 Anos1 9321 9201 8272 0462 1782 3972 2241 5201 431813628362
25-64 Anos4 7775 0564 3494 6005 0085 4755 3124 1853 5642 9972 4492 091
= ou > 65 Anos5085475836497356937961 1001 2311 3361 6471 811
> Id. desconh15223159

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Excepto as freguesias de Vimioso e Argozelo que concentram os serviços (administração, bancos, comércios etc.), Vimioso é um município rural cuja população exerce actividades essencialmente agrícolas. A emigração e o êxodo rural para Bragança e para as metrópoles do litoral (PortoLisboa), explicam a desertificação dramática da região. A população do município é hoje principalmente constituída de idosos.

Em duas aldeias deste município, Angueira e Vilar Seco, fala-se o mirandês. Há ainda registo de falantes em Caçarelhos, mas pensa-se que ali terá deixado de se usar generalizadamente nas últimas décadas.

A taxa de natalidade é bastante baixa no município. Em 2013 nasceram 40 crianças, em 2014 19 e em 2015 houve 26 nascimentos.[7]

A partir da segunda metade da década de 2010, o município apresentou sinais de rejuvenescimento, tendo aumentado o número de jovens entre os 0 e 14 anos de 405 em 2011 para 417 em 2018.

Freguesias

Freguesias do município do Vimioso

Freguesias atuais

O município do Vimioso está dividido em 10 freguesias:[4]


Freguesias anexadas

Até a reforma administrativa de 2013, o município estava dividido em 14 freguesias.[4]

Aldeias anexas

  • Junqueira (Matela)
  • Mora (Uva)
  • São Joanico (Vale de Frades)
  • Serapicos (Vale de Frades)
  • Quinta de Vale da Pena (Pinelo)
  • Vale de Algoso (Algoso)
  • Vila Chã (Uva)

Aspectos geográficos

O município de Vimioso, situa-se no planalto mirandês e faz parte da Terra Fria transmontana que também inclui os municípios de Miranda do Douro, Bragança e Vinhais. É um município acidentado, atravessado pelos vales profundos dos rios Angueira, Maçãs e Sabor.


Economia

Vimioso é um município agropecuário, dedicado à criação de gado bovino (raça mirandesa) e suíno e ao cultivo dos cereais (centeio, cevada, milho, trigo), da oliveira, da vinha, da batata e de hortaliças (abóbora, couve, feijão etc.). Outrora importante, a criação de gado caprino e ovino está hoje em declínio.

No município existem minas de mármore, em Santo Adrião, e de volfrâmio, em Argozelo. A indústria está representada por empresas de construção civil e serralharias.

História

Há indícios de povoamento pré-histórico em vários locais e castros existentes no termo de várias freguesias do concelho (Atalaia de VimiosoPereiras, castro da 'Batoqueira, castro da Terronha etc.).

Com outros da região (BragançaOuteiroMiranda do DouroMogadouroPenas Roias), os castelos de Algoso e Vimioso fizeram parte da linha de defesa da fronteira oriental do reino. Em Vimioso, além do castelo destruído no século XVIII, existia a torre da Atalaia de que ainda restam vestígios.

Símbolos do direito de exercer justiça, foram erguidos pelourinhos em Algoso, à frente da Câmara e em Vimioso, à frente do antigo castelo.

Em 1492, o concelho viu chegar grande afluência de judeus expulsos dos reinos de Leão e Castela. Depois de acamparem num local que conservou o nome de Cabanas, entre as actuais povoações de Caçarelhos e Vimioso, os judeus foram autorizados a estabelecerem-se em várias aldeias e vilas da região (ArgozeloCarçãoVimioso, etc.). Convertidos à força à religião católica, constituíram nessas localidades comunidades importantes que pouco se misturaram com o resto da população até meados do século XX. Os judeus – assim chamados até hoje – distinguiam-se dos lavradores pelos ofícios exercidos, ligados ao artesanato e comércio.

O século XVI e o início do século XVII constituíram um período de prosperidade para Vimioso e outras terras do Nordeste transmontano (Miranda do DouroOuteiro, etc.). Em 1516, Vimioso foi elevada a vila por foral do rei D. Manuel.

Com as reformas administrativas do século XIX, o concelho de Vimioso cresceu incorporando o extinto concelho de Pinelo e parte dos de Algoso (freguesias de Algoso e Matela), Miranda do Douro (freguesia de Caçarelhos) e Outeiro (freguesias de Argozelo e Santulhão).

Durante todo o século XX, vários surtos migratórios levaram grande parte da população para o Brasil – até à década de 1960 – e para a Europa (principalmente para França), provocando a desertificação do município.

Ensino

Ensino Pré-Escolar

  • Jardim de Infância de Vimioso
  • Jardim de Infância de Argozelo

Ensino Primário

  • Escola Básica de Vimioso

Ensino de 2º e 3º Ciclo

  • Escola Básica de Vimioso

Política

Eleições autárquicas [8]

Data%V%V%V%V%V%VParticipação
PPD/PSDPSFEPU/APU/CDUCDS-PPPPMMPT
197647,92338,4423,98-
53,80 / 100,00
197965,7449,34-17,661
67,23 / 100,00
198219,24137,0921,26-36,052
67,96 / 100,00
198522,33145,2831,29-25,861
67,78 / 100,00
198937,61255,9630,74-
67,65 / 100,00
199343,28251,0531,12-
67,35 / 100,00
199739,85255,3930,66-0,35-
68,95 / 100,00
200149,08345,4220,47-1,10-
70,39 / 100,00
200559,11336,3220,71-0,44-
68,79 / 100,00
200957,75338,0620,65-
63,36 / 100,00
201358,52335,8920,94-
60,27 / 100,00
201757,27335,3321,48-1,51-CDS-PP
57,63 / 100,00
202163,38428,2711,38-
58,00 / 100,00

Eleições legislativas

Data%
PSDPSCDSPCPUDPADAPU/

CDU

FRSPRDPSNB.E.PàFPANLCHIL
197643,1520,6916,611,420,50
1979AD16,31ADAPU1,9663,694,82
1980FRS0,9971,872,7915,03
198351,2929,615,490,372,14
198550,8723,185,200,883,033,99
198766,8116,582,73CDU1,131,600,52
199163,2822,563,601,170,542,29
199552,4136,473,860,761,44
199950,2739,683,231,700,320,86
200261,2628,273,961,490,74
200547,8540,144,331,101,66
200952,4433,314,671,133,14
201161,2825,395,021,241,06
2015PàF30,05PàF2,055,2055,890,350,28
201953,1632,152,031,143,940,930,170,550,25

Património

Apesar das guerras e vicissitudes da História, o município apresenta um património arquitectónico de que fazem parte:

  • Algoso: Solar dos Távoras, Castelo (século XIII), Pelourinho (século XVI), Igreja Matriz e Capela de São João (século XVII);
  • Angueira: Castros do Gago e da Cocoia;
  • Argozelo: Capela de S. Bartolomeu, Castros da Terronha e do Cerro Grande;
  • Caçarelhos: Capela Joanina;
  • Santulhão: Ponte Romana sobre o Rio Sabor
  • Carção: Castro de Carção;
  • Vimioso: Igreja Matriz (século XVI/XVII), Pelourinho (Idade Média), Castros de Batoqueira e do Vale de S. Miguel.

Artesanato

Cestaria, tecelagem, cobres, colchas, curtumes, cantarias (granito) e mármores.

Feiras

  • Feiras quinzenais: dias 10 e 25 em Vimioso,
  • Feiras mensais: dia 9 em Algoso, dia 13 em Vilar Seco, dia 19 em Caçarelhos, segundo domingo do mês em Carção.
  • Feira anual: feira de S. Lourenço, feriado municipal, dia 10 de Agosto em Vimioso.

Festas principais

  • Algoso: Ramo de São João - Roscos (Domingo Gordo); Sábado de Aleluia e Mercado Medieval (Sábado de Páscoa); Festas em honra de São João - Sardinhada e Animação (23 e 24 Junho); Festas em honra da Nossa Senhora da Assunção e São Roque (9 a 17 de Agosto); Festas em honra de São Martinho (11 de Novembro); Festas em honra do Menino Jesus (21 ao 25 de Dezembro)
  • Argozelo: festas de S. Bartolomeu (24 de Agosto) e Sra das Dores (1° domingo de Setembro);
  • Campo de Víboras: festa de S. Tiago, (últimos domingo e segunda-feira de Agosto);
  • Carção: festa da Sra das Graças (último domingo de Agosto);
  • Vimioso: festas de S. Lourenço, Sta Bárbara, Sra dos Remédios e Sra da Saúde (semana do dia 10 de Agosto).

Acessos

Referências

  1.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  2.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Norte (PDF). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 129. ISBN 978-989-25-0186-4ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  3.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_NORTE". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013Cópia arquivada em 8 de outubro de 2014
  4. ↑ Ir para:a b c Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  5.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  6.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  7.  «Mais bebés em Vimioso devido ao programa de incentivo à natalidade»
  8.  «Concelho de Vimioso : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media»www.marktest.com. Consultado em 18 de dezembro de 2021

Distrito de Bragança

AFE.pngBrasão de Bragança.pngCRZ.pngFEC.pngMCD1.pngMDR.pngMDL1.pngMGD.pngTMC.pngVFL.pngVMS.pngVNH.png
Alfândega da FéBragançaCarrazeda de AnsiãesFreixo de Espada à CintaMacedo de CavaleirosMiranda do DouroMirandelaMogadouroTorre de MoncorvoVila FlorVimiosoVinhais
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