OBSERVADOR - 22 DE ABRIL DE 2021

 

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Miguel Santos Carrapatoso Editor Adjunto de Política Quinta, 22 Abr 2021 Enquanto dormia… … O Sporting salvava um precioso ponto no último minuto e evitava uma derrota que poderia ser comprometedora na (mais do que relançada) luta pelo título de campeão nacional de futebol. Os leões estão numa fase delicada da época e o FC Porto (que joga hoje) já sente o cheiro do primeiro lugar. Rúben Amorim vai preferindo o copo meio cheio: “O pior Sporting da época continua invencível…”, celebrou no final do jogo. Será uma questão de tempo? Tempo é o que parece faltar à TAP. De acordo com um comunicado que a própria companhia aérea fez chegar à CMVM, a empresa registou prejuízos superiores 1.230 milhões de euros, 12 vezes mais do que em 2019, ano em que perdeu cerca de 95,6 milhões. Na política, Rui Rio vai-se queixando do prejuízo reputacional que lhe está a ser infligido… pelo próprio partido. O Conselho de Jurisdição abriu um processo disciplinar contra o líder social-democrata e contra o presidente da bancada parlamentar por não terem defendido ativamente um referendo à eutanásia (que foi discutido e chumbado por larga maioria no Parlamento) mesmo depois de ter sido aprovada uma moção estratégica no Congresso nesse sentido. Rio fala em perseguição política, mas Paulo Colaço, o presidente do dito Conselho de Jurisdição, defende a justeza da decisão e já ameaça com repreensões e perdas de mandato. Mais um psicodrama laranja num altura em que o Governo socialista começa a dar sinais de querer pôr a carne toda no assador. O Plano de Recuperação e Resiliência foi entregue esta quinta-feira em Bruxelas (António Costa celebrou o facto de Portugal ter sido o primeiro país a entregar o documento) e é de esperar que nos próximos dias a discussão em torno da aplicação da ‘bazuca’ se torne mais intensa. Noutra frente, a muito contestada ministra da Cultura, Graça Fonseca, vai apresentar hoje mesmo um grande plano de resposta aos problemas da Cultura. O Observador conta aqui os detalhes. Quem passou diretamente dos corredores do Governo socialista para o topo da cadeia alimentar foi Tiago Preguiça, o novo diretor-geral da Segurança Social. O Observador conta aqui o percurso do “miúdo de Santarém” que tem um currículo feito nos gabinetes governamentais. Entretanto, no Parlamento, e depois dos empurrões de Marcelo, Costa e agora de Eduardo Ferro Rodrigues, começam a estar reunidas as condições para aprovar a tão adiada lei contra o enriquecimento injustificado. O PS já deu sinais de abertura e vai apresentar proposta própria, tal como Bloco, PCP, CDS e PAN. A ameaça do novo coronavírus, essa, continua bem presente. Numa altura em que a Europa se prepara para levar AstraZeneca a tribunal, daÍndia chegam sinais muito alarmantes: a variante indiana é um problema a dobrar porque pode ser mais transmissível do que as outras variantes, ter mais virulência e causar uma doença mais grave, aparenta ter capacidade de fintar a imunidade desenvolvida após uma infeção natural (provocando casos de reinfeção) e de conseguir escapar às medidas de saúde pública, como a vacinação. Para acompanhar com atenção. Também para continuar acompanhar é esta newsletter, onde encontrará as principais notícias para começar esta quinta-feira bem informado. Como sempre, manteremos toda a informação atualizada no nosso site e na rádio Observador. Até amanhã. Europa prepara-se para levar AstraZeneca a tribunal Observador Como vai ser a nova fase de vacinação? Observador TAP com prejuízos históricos: companhia perdeu 1.230 milhões em 2020 Observador Preguiça, o diretor que fez currículo em gabinetes Observador Cultura. 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