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terça-feira, 23 de abril de 2019

DIA DA LINGUAGEM INGLESA e ESPANHOLA - 23 DE ABRIL DE 2019

Língua inglesa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Inglês (English)
Pronúncia:/ˈɪŋglɪʃ/
Falado em:(ver abaixo)
Total de falantes:Primeira língua: 360–400 milhões
Segunda língua: 199 milhões–1,4 bilhão[1][2]
Total: 500 milhões[2][3]
Posição:3a posição como língua nativa e 2aposição contando também os que a falam como segunda língua.
Família:Indo-europeia
 Germânica
  Germânica ocidental
   Anglo-frísia[4]
    Ânglica
     Inglês
Escrita:Alfabeto latino
Estatuto oficial
Língua oficial de:53 países
Nações Unidas
União Europeia
Comunidade das Nações
Conselho da Europa
OTAN
NAFTA
OEA
OCI
UKUSA
Regulado por:Sem regulamentação oficial
Códigos de língua
ISO 639-1:en
ISO 639-2:eng
ISO 639-3:eng
Anglospeak (SVG version).svg
  Países onde o inglês é a língua de facto em azul escuro
  Países onde o inglês é a língua oficial, mas não é a língua de facto
Inglês (English) é uma língua germânica ocidental que surgiu nos reinos anglo-saxônicos da Inglaterra e se espalhou para o que viria a tornar-se o sudeste da Escócia, sob a influência do reino anglomedieval da Nortúmbria. Após séculos de extensa influência da Grã-Bretanha e do Reino Unido desde o século XVIII, através do Império Britânico, e dos Estados Unidos desde meados do século XX,[5][6][7][8]o inglês tem sido amplamente disperso em todo o planeta, tornando-se a principal língua do discurso internacional e uma língua franca em muitas regiões.[9][10] O idioma é amplamente aprendido como uma segunda língua e usado como língua oficial da União Europeia, das Nações Unidas e de muitos países da Commonwealth, bem como de muitas outras organizações mundiais. É o terceiro idioma mais falado em todo o mundo como primeira língua, depois do mandarim e do espanhol.[11]
Historicamente, o inglês originou-se da fusão de línguas e dialetos, agora coletivamente denominados inglês antigo, que foram trazidos para a costa leste da Grã-Bretanha por povos germânicos (anglo-saxões) no século V, sendo a palavra english derivada do nome dos anglos e, finalmente, de sua região ancestral de Angeln (no que é agora Schleswig-Holstein).[12] Um número significativo de palavras em inglês são construídos com base nas raízes do latim, visto que esse idioma foi, de alguma forma, a língua franca da Igreja Cristã e da vida intelectual europeia.[13] O inglês foi mais influenciado pela língua nórdica antiga, devido a invasões viquingues nos séculos VIII e IX.
conquista normanda da Inglaterra no século XI originou fortes empréstimos do franco-normando e as convenções de vocabulário e ortografia começaram a dar a aparência superficial de uma estreita relação do inglês com as línguas românicas,[14][15] o que agora é chamado de inglês médio. A Grande Mudança Vocálica, que começou no sul da Inglaterra no século XV é um dos eventos históricos que marcam o surgimento do inglês moderno a partir do inglês médio.
Devido à assimilação das palavras de muitos outros idiomas ao longo da história moderna, o inglês contém um vocabulário muito grande. O inglês moderno não só assimilou palavras de outras línguas europeias, mas também de todo o mundo, incluindo palavras do hindi e de origens africanas. O Oxford English Dictionarylista mais de 250.000 palavras distintas no idioma, não incluindo muitos termos técnicos, científicos ou gírias.[16][17]

História

Ver artigo principal: História da língua inglesa
Primeira página do manuscrito Beowulf.
O inglês é uma língua germânica ocidental que se originou a partir dos dialetos anglo-frísio e saxão antigo trazidos para a Grã-Bretanha por colonos germânicos de várias partes do que é hoje o noroeste da AlemanhaDinamarca e Países Baixos.[18] Até essa época, a população nativa da Bretanha Romana falava língua celta britânica junto com a influência acroletal do latim, desde a ocupação romana de 400 anos.[19]
Uma das tribos germânicas que chegaram à Grã-Bretanha foram os anglos,[20] que Bedaacreditava terem mudado completamente a Bretanha.[21] Os nomes england (de Engla land[22] ou "terra dos anglos") e english (do inglês antigo englisc[23]) são derivados do nome dessa tribo; no entanto saxõesjutos e uma variedade de povos germânicos a partir das costas da FrísiaBaixa SaxôniaSuécia e Jutlândia do Sul também se mudaram para a Grã-Bretanha nesta época.[24][25][26]
Inicialmente, o inglês antigo era um grupo diverso de dialetos, o que reflete as origens variadas dos reinos anglo-saxões da Grã-Bretanha,[27] mas um desses dialetos, o saxão ocidental, eventualmente passou a dominar e é neste que o poema Beowulf foi escrito.
O inglês antigo mais tarde foi transformado por duas ondas de invasões. O primeiro foi por falantes do ramo linguístico germânico setentrional, quando Haldano e Ivar, o Desossado começaram a conquista e a colonização do norte das Ilhas Britânicas, nos séculos VIII e IX (ver Danelaw). A segunda foi por falantes do normando antigo, uma língua românica, no século XI com a conquista normanda da Inglaterra. O normando desenvolveu-se para anglo-normando e depois para anglo-francês, quando introduziu uma nova gama de palavras, especialmente através dos tribunais e do governo. Além do alargamento do léxico com palavras escandinavas e normandas, estes dois eventos também simplificaram a gramática e transformaram o inglês em uma linguagem de empréstimo,mais aberta para aceitar novas palavras de outras línguas.
As mudanças linguísticas no inglês após a invasão normanda produziu o que é agora conhecido como inglês médio, sendo The Canterbury Tales, de Geoffrey Chaucer, a obra mais conhecida.
Durante todo este período o latim, de alguma forma, era a língua franca da vida intelectual europeia, em primeiro lugar o latim medieval da Igreja Cristã, mas depois o latim humanista da Renascença e aqueles que escreveram ou copiaram textos em latim[13] comumente cunharam novos termos do idioma para se referir a coisas ou conceitos para os quais não havia nenhuma palavra nativa existente no inglês.
inglês moderno, que inclui as obras de William Shakespeare[28] e a Bíblia King James, é geralmente datado de cerca de 1550, e quando o Reino Unido se tornou uma potência colonial, o idioma serviu como língua franca das colônias do Império Britânico. No período pós-colonial, algumas das nações recém-criadas que tinham várias línguas nativas optaram por continuar a empregar o inglês como língua franca para evitar as dificuldades políticas inerentes à promoção de qualquer língua própria acima das outras. Como resultado do crescimento do Império Britânico, o inglês foi adoptado na América do NorteÍndiaÁfricaAustrália e em muitas outras regiões, uma tendência alargada com o surgimento dos Estados Unidos como uma superpotência em meados do século XX, nomeadamente após a Segunda Guerra Mundial.

Distribuição geográfica

Ver artigos principais: Anglofonia e América Anglo-Saxônica

Circle frame.svg
  Estados Unidos (66%)
  Reino Unido (16.7%)
  Canadá (5.3%)
  Austrália (4.7%)
  África do Sul (1.3%)
  Irlanda (1.1%)
  Nova Zelândia (0.2%)
  Outro (4.7%)
Cerca de 375 milhões de pessoas falam inglês como sua primeira língua.[29] O inglês hoje é provavelmente a terceira maior língua em número de falantes nativos, depois do chinês mandarim e do espanhol.[11][30] No entanto, quando se combina nativos e não nativos é provavelmente a língua mais falada no mundo, embora eventualmente a segunda, ficando atrás de uma combinação dos idiomas chineses (dependendo ou não das distinções esses idiomas são classificados como "línguas" ou "dialetos").[31][32]
As estimativas que incluem falantes do inglês como segunda língua variam entre 470 milhões a mais de um bilhão, dependendo de como a alfabetização ou o domínio é definido e medido.[33][34] O professor de Linguística David Crystal calcula que os não-falantes já superam o número de falantes nativos em uma proporção de 3-1.[35]
Os países com maior população de falantes nativos de Inglês são, em ordem decrescente: Estados Unidos (215 milhões),[36] Reino Unido (61 milhões),[37]Canadá (18,2 milhões),[38] Austrália (15,5 milhões),[39] Nigéria (4 milhões),[40] Irlanda (3,8 milhões),[37] África do Sul (3,7 milhões),[41] e Nova Zelândia (3,6 milhões), conforme censo de 2006.[42] Entretanto, apesar dos Estados Unidos ser o país com o maior número de nativos que falam esta língua, o inglês não é o idioma oficial do país, que não tem, em sua Constituição, a designação de um idioma oficial, ao contrário do Brasil, por exemplo, que define o português como sua língua constitucional.[43] É possível, inclusive, que cada estado norte-americano adote a língua que quiser como a sua oficial, bastando para isso criar um artigo em sua legislação estadual.[44]
Países como as FilipinasJamaica e Nigéria também têm milhões de falantes nativos de dialetos contínuos que vão do crioulo de base inglesa a versão mais padrão do inglês. Dessas nações onde o inglês é falado como segunda língua, a Índia tem o maior número de falantes (inglês indiano). Crystal afirma que, combinando os falantes nativos e não nativos, a Índia agora tem mais pessoas que falam ou entendem o inglês do que qualquer outro país do mundo.[45][46]

Idioma global

O inglês deixou de ser uma "linguagem inglesa", no sentido de pertencer apenas às pessoas que são etnicamente inglesas.[47][48] O uso do idioma está crescendo ao redor do mundo para a comunicação internacional. A maioria das pessoas aprendem inglês por razões práticas, em vez de ideológicas.[49] Muitos falantes do inglês na África tornaram-se parte de uma comunidade linguística "afro-saxã" que une africanos de diferentes países.[50]
O inglês moderno, por vezes descrito como a primeira língua franca global,[51][52] também é considerado como a primeira língua mundial.[53][54] O idioma é o mais usado do mundo em publicações de jornais e livros, nas telecomunicações internacionais, na publicação científica, no comércio internacional, no entretenimento de massa e na diplomacia.[54] O inglês é, por um tratado internacional, a base para as línguas naturais controladas.[55] Seaspeak e Airspeak são utilizadas como línguas internacionais auxiliares de navegações marítimas[56] e da aviação.[57] O inglês substituiu o alemão como língua dominante na pesquisa científica[58] e atingiu paridade com o francês como uma língua diplomática após as negociações do Tratado de Versalhes em 1919.[59]
Na época da fundação da Organização das Nações Unidas no fim da Segunda Guerra Mundial, o inglês tornou-se proeminente[60] e é agora a principal língua em todo o mundo das relações internacionais,[61] além de ser uma das seis línguas oficiais das Nações Unidas.[62] Muitos outras organizações internacionais em todo o mundo organizações, como o Comitê Olímpico Internacional e a União Europeia, especificam o inglês como sua língua de trabalho ou oficial. Apesar de na maioria dos países o inglês não ser uma língua oficial, é atualmente a língua mais frequentemente ensinada como língua estrangeira.[51][35]

Alfabeto inglês

Ver artigo principal: Alfabeto inglês
O inglês é escrito no alfabeto latino, sem nenhum carácter especial. Há aparentes exceções em palavras que mantém a grafia estrangeira, como naïveNoël e fête. Os nomes das letras são os seguintes:
ABCDEFGHIJKLM
nomeabeeceedeeeefgeeaitchijaykayelem
pronúncia (IPA)/ˈeɪ//ˈbiː//ˈsiː//ˈdiː//ˈiː//ˈεf//ˈdʒiː//ˈeɪtʃ//ˈaɪ//ˈdʒeɪ//ˈkeɪ//ˈεɫ//ˈεm/
NOPQRSTUVWXYZ
nomeenopeecuearessteeuveedouble-uexwyezee (EUA) ou zed (R.U.)
pronúncia (IPA)/ˈɛn//ˈoʊ//ˈpiː//ˈkjuː//ˈɑr//ˈɛs//ˈtiː//ˈjuː//ˈviː//ˈdʌbəɫjuː//ˈɛks//ˈwaɪ//ˈziː/ ou /ˈzed/

Fonologia

Vogais

AFIDescriçãoexemplo
monotongos
i/iːalta, anterior, não-arredondadabead
ɪmédia alta, central anterior, não-arredondadabid
ɛmédia baixa, anterior, não-arredondadabed
æmédia baixa, anterior, não-arredondadabad
ɒbaixa, posterior, arredondadabox[cm 1]
ɔ/ɑmédia baixa, posterior, arredondadapawed[cm 2]
ɑ/ɑːbaixa, posterior, não-arredondadabra
ʊmédia alta, central posteriorgood
u/uːalta, posterior, arredondadabooed[cm 3]
ʌ/ɐ/ɘmédia baixa, posterior, não-arredondada; média baixa, centralbud
ɜː ou
ɝ
média baixa, central, não-arredondada ou
retroflexa
bird[cm 4]
əmédia baixa, posterior, não-arredondadaRosa's[cm 5]
ɨalta, central, não-arredondadaroses[cm 6]
Ditongos
e(ɪ)/eɪmédia alta, anterior, não-arredondada
alta, anterior não-arredondada
bayed[cm 7]
o(ʊ)/əʊmédia alta, posterior, arredondada
média alta, central posterior
bode[cm 7]
baixa, anterior, não-arredondada
média alta, central anterior, não-arredondada
cry
baixa, anterior, não-arredondada
média alta, central posterior
bough
ɔɪmédia baixa, posterior, arredondada
alta, anterior, não-arredondada
boy
ʊɚ/ʊəmédia alta, central posterior
média baixa, posterior, não arredondada
boor[cm 8]
ɛɚ/ɛə/eɚmédia baixa, anterior, não-arredondada
média baixa, posterior, não arredondada
fair[cm 9]
Notas
  1.  O inglês norte-americano não tem este som; palavras com este som são pronunciadas com /ɑ/ ou /ɔ/
  2.  Alguns dialetos norte americanos não têm esta vogal
  3.  A letra U pode representar tanto /u/ quanto /ju/. Na pronúncia inglesa, se /ju/ ocorrem após /t//d//s/ ou /z/, isso normalmente provoca palatização e tais consoantes tornam-se, respectivamente, /ʨ//ʥ//ɕ/ e /ʑ/, como em tuneduringsugar, e azure. No inglês norte-americano, a palatização não acontece normalmente, a não se que /ju/ seja seguido de r, resultando que /(t, d,s, z) jur/ tornem-se, respectivamente, /tʃɚ//dʒɚ//ʃɚ/and /ʒɚ/, como em natureverduresure, e treasure
  4.  A variante norte-americana deste som é uma vogal matizada de r
  5.  Muitos falantes do inglês norte-americano não distinguem entre estas duas vogais átonas. Pronunciam roses e Rosa's do mesmo jeito e o símbolo usado é este: /ə/
  6.  Este som é comumente transcrito /i/ ou /ɪ/
  7. ↑ Ir para:a b Os ditongos /eɪ/ e /oʊ/ são monotongalizados por muitos falantes do inglês padrão norte-americano, respectivamente, em: /eː/ e /oː/
  8.  Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, este som seria /ʊə//ɔ:/
  9.  Este som apenas aparece em sotaques em que não há vogais matizadas de r. Em alguns sotaques, o /ə/ é suprimido, ficando uma vogal longa /ɛ:/

Consoantes

Este é o sistema de consoantes da língua inglesa, transcritos com os símbolos do Alfabeto Fonético Internacional (AFI).
 BilabiaisLabio-
dentais
DentaisAlveolaresPalato-
alveolares
PalataisVelaresLabio-
velares
Glotal
Nasaism  n  ŋ[cn 1] 
Plosivasp  b  t  d  k  ɡ 
Africadas    tʃ  dʒ[cn 2]   
Fricativas f  vθ  ð[cn 3]s  zʃ  ʒ[cn 2]ç[cn 4]x[cn 5]h
Vibrante simples   ɾ[cn 6]    
Aproximantes   ɹ[cn 2] j ʍ  w[cn 7] 
Lateral   l    
Notas
  1.  nasal velar [ŋ] é um alofone de /n/ em alguns sotaques do norte da Grã-bretanha, aparecendo apenas antes de /k/ e /g/. Em todos os outros dialetos, é um fonema separado, embora apareça apenas em fim de sílaba.
  2. ↑ Ir para:a b c Os sons /ʃ/, /ʒ/, e /ɹ/ são labializados em alguns dialetos. A labialização nunca é contrastiva na posição inicial e, consequentemente, não é transcrita. A maioria dos falantes do inglês estadunidense e canadensepronuncia "r" (sempre rotizado) como /ɻ/, enquanto que o mesmo é pronunciado no inglês escocês e outros dialetos como vibrante múltipla alveolar.
  3.  Em alguns dialetos, como o cockney, as interdentais /θ/ e /ð/ são usualmente misturadas com /f/ e /v/, e em outros, como o inglês vernáculo afro-americano, /ð/ é misturado com a dental /d/. Em algumas variedades irlandesas, /θ/ e /ð/ tornam-se as plosivas dentais correspondentes, que então contrastam com as plosivas alveolares.
  4.  fricativa palatal surda /ç/ é, na maioria dos sotaques, apenas um alofone de /h/ antes de /j/; por exemplo human /çjuːmən/. Contudo, em alguns sotaques (veja isto), o /j/ desaparece, mas a consoante inicial é a mesma.
  5.  fricativa velar surda /x/ é usada por falantes escoceses e galeses em palavras como loch /lɒx/ ou por alguns falantes em palavras emprestadas do alemão ou hebraico, como Bach /bax/ ou Chanukah /xanuka/. /x/ também ocorre no inglês sul-africano. Em alguns dialetos como o scouse (de Liverpool) tanto [x] quanto a africada [kx]podem ser usadas como alofones de /k/ em palavras como docker [dɒkxə]. A maioria dos falantes nativos tem grande dificuldade para pronunciar esse fonema corretamente quando aprendem outras línguas. A maioria usa os sons [k] e [h] no lugar.
  6.  vibrante simples alveolar [ɾ] é um alofone de /t/ e /d/ em sílabas átonas no inglês estadunidense, no canadense e no australiano.[63] Esse é o som das letras tt e dd nas palavras latter e ladder, que são homófonaspara muitos falantes do inglês na América do Norte. Em alguns sotaques, como o inglês escocês e o indiano, ele substitui /ɹ/. É o mesmo som representado por um r simples do português.
  7.  O w surdo [ʍ] é encontrado no inglês da Escócia e da Irlanda e em algumas variedades da Nova Zelândia, dos Estados Unidos e da Inglaterra. Na maioria dos outros dialetos, ele é misturado com /w/, e, em alguns dialetos escoceses, com /f/.

Gramática

A língua inglesa possui um sistema de inflexão muito simples, se comparado com a maioria das línguas indo-europeias. Não tem gênero gramatical, pois os adjetivos são invariáveis. Há entretanto, resquícios de flexão casual (o genitivo saxônico e pronomes oblíquos).
Os verbos regulares têm apenas 6 formas distintas, duas das quais não se usam mais.
Ex: love (forma básica), lovest (2ª pessoa singular do presente do indicativo ativo - obsoleta), loves ou loveth (3ª pessoa singular do presente do indicativo ativo - a segunda é obsoleta), loved (particípio passado e todas as pessoas menos a segunda singular do pretérito simples ativo), lovedst (2ª pessoa singular do pretérito simples ativo - obsoleta) e loving (particípio presente e gerúndio).
Não há formas passivas sintéticas, mas apenas três modosindicativoimperativo e subjuntivo, este raramente usado.

Outros artigos sobre gramática da língua inglesa

Vocabulário

Influências no vocabulário inglês.

Cores (colors)

  • preto - black
  • branco - white
  • cinza / cinzento - gray / grey
  • vermelho - red
  • verde - green
  • azul - blue
  • amarelo - yellow
  • laranja - orange
  • marrom / castanho - brown
  • bege - beige
  • lilás - lilac
  • roxo / púrpura - purple
  • cor-de-rosa - pink

Numerais em inglês

Portuguêszeroumdoistrêsquatrocincoseisseteoitonovedez
Inglêszeroonetwothreefourfivesixseveneightnineten
pronúncia (IPA)/ziːroʊ//wʌn//tiu//θriː//fɔr//faɪv//sɪks//sɛvən//eɪt//naɪn//tɛn/
De 11 a 20:
  • onze - eleven
  • doze - twelve
  • treze - thirteen
  • quatorze - fourteen
  • quinze - fifteen
  • dezesseis - sixteen
  • dezessete - seventeen
  • dezoito - eighteen
  • dezenove - nineteen
  • vinte - twenty
As dezenas são sempre terminadas com "ty" (Exemplo: twenty (20), thirty (30), forty (40), fifty (50), etc). As centenas são escritas na forma "NÚMERO hundred". Por exemplo:
  • cem - one hundred
  • duzentos - two hundred
  • trezentos - three hundred
Os milhares funcionam do mesmo modo que as centenas, apenas trocando "hundred" por "thousand". Por exemplo:
  • mil - one thousand
  • dois mil - two thousand
  • três mil - three thousand
Para escrever a casa dos milhões, devemos utilizar a palavra "million":
  • 1 milhão - one million
  • 2 milhões - two million
  • 3 milhões - three million
Diferentemente do português, o inglês pode utilizar simples multiplicações para se referir a algum número, assim como entendemos facilmente que "cinco dezenas" equivalem à cinquenta, no inglês o número "mil e novecentos" (1900) pode assumir duas formas: "one thousand nine hundred"; "nineteen hundred". Seria basicamente "dezenove centenas".

Origem

Palavras de origem francesa

Devido à afluência das palavras de origem francesa a partir da invasão normanda em 1066, há em inglês pares de palavras usadas em contextos específicos e que correspondem a uma só nas línguas faladas em áreas próximas da Inglaterra. Notadamente, há, em inglês, uma palavra para designar o animal vivo (normalmente de origem anglo-saxã) e uma para a carne dele (normalmente, de origem francesa). Exemplo: ox (do anglo-saxão oxa), para designar o boi, e beef(do francês boef ou buef), para a carne de boi. Um outro exemplo é para festa de casamento e a instituição. A festa tem o nome de wedding, enquanto a instituição, marriage, que vem do francês marriage.[carece de fontes]
Outros exemplos de palavras de origem francesa:
  • résumé - curriculum vitae
  • royal - referente à realeza
  • hors d'oeuvres - aperitivos
  • arrive - do francês ariver, chegar
  • sublime - do francês sublime
  • challenge - do antigo francês chalengier, desafiar
  • toilet - do francês toilette, banheiro
  • fiancé/fiancée - noivo/noiva
  • language - do antigo francês langage
  • café - o estabelecimento, não a bebida

Ver também

PortalA Wikipédia tem o portal:




Língua castelhana

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Castelhano ou espanhol (Castellano o español)
Falado em:(veja abaixo)
Total de falantes:406 milhões nativos[1][2]
110 milhões como segunda língua
Mais de 500 milhões no total[3]
Posição:2
Família:Indo-europeia
 Itálica
  Românica
   Ítalo-ocidental
    Românica ocidental
     Galo-ibérica
      Ibero-românica
       Ibero-ocidental
        Castelhano ou espanhol
Escrita:Alfabeto latino
Estatuto oficial
Língua oficial de:
Códigos de língua
ISO 639-1:es
ISO 639-2:spa
Hispanophone global world map language 2.svg

castelhano (castellano) ou espanhol (español) é uma língua românica ocidental do grupo ibero-românico que evoluiu a partir de vários dialetos do latim falados no centro-norte da Península Ibéricapor volta do século IX.[5] Gradualmente, espalhou-se com a expansão do Reino de Castela (presente no norte da Espanha) para o centro e o sul da Península Ibérica durante a Idade Média.
A transição do espanhol medieval para o moderno foi marcada pela mudança e pelo ensurdecimento das consoantes sibilantes da língua antiga, que começaram no século XV. No início da sua história, o vocabulário espanhol foi enriquecido pelo seu contato com o basco e o árabe e a língua continua a adotar palavras estrangeiras a partir de uma variedade de outras línguas, bem como o desenvolvimento de novas palavras. O espanhol foi trazido principalmente para a América, bem como a África e a Ásia-Pacífico, com a expansão do Império Espanhol entre os séculos XV e XIX, onde se tornou a língua mais importante para o governo e o comércio.[6]
Em 1999, havia, de acordo com o Ethnologue, 358 milhões de pessoas que falavam o espanhol como língua nativa e um total de 417 milhões de falantes em todo o mundo.[7] Atualmente, esses valores são de até 400[8][9] e 500 milhões de pessoas, respectivamente.[3] O espanhol é o segundo idioma mais falado no mundo, depois do mandarim.[10] O México contém a maior população de falantes do idioma. O espanhol é uma das seis línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU)[11] e é usado como língua oficial da União Europeia, do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).
Devido à sua crescente presença na demografia e na cultura populardos Estados Unidos, especialmente nos estados de rápido crescimento do Cinturão do Sol, o espanhol é a segunda língua mais aprendida por falantes nativos do inglês. A crescente estabilidade política e econômica de muitas das maiores nações hispanófonas, a imensa extensão geográfica da língua na América Latina e Europa para o turismo e a popularidade crescente de destinos culturalmente vibrantes encontrados no mundo hispânico têm contribuído significativamente para o crescimento da aprendizagem de espanhol como língua estrangeira em todo o mundo. Atualmente, o espanhol é a terceira língua mais usada na internet depois do inglês e do mandarim. É também a segunda língua mais estudada e a segunda língua da comunicação internacional, depois de inglês, em todo o mundo.[12][13][14]

História[editar | editar código-fonte]

Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento das línguas da Península Ibérica, entre as quais o castelhano.
A língua castelhana é o idioma da Espanha, e da maioria dos países da América Latina (excepto BrasilBelizeHaitiGuianas e várias ilhas caribenhas), das Filipinas, na Ásia, e da Guiné Equatorial, na África. Conta com cerca de duzentos e cinquenta milhões de falantes. Também é chamada de "castelhano", nome da comunidade linguística (Castela) que lhe deu origem nos tempos medievais. Na Espanha, também são falados o catalão, o asturiano, o aragonês e o galego (idiomas de tronco românico), e o basco, uma língua cujas origens ainda são estudadas.
Na formação do castelhano/espanhol, podem-se distinguir três períodos: o medieval ou castelhano antigo (dos séculos X ao XV), o espanhol moderno (entre os séculos XVI e XVII) e o contemporâneo, que vai da fundação da Real Academia Espanhola até nossos dias.
Apesar de ser um idioma falado em regiões tão distantes, a ortografia e as normas gramaticais asseguram a integridade da língua, daí a colaboração entre as diversas Academias da Língua de Espanha e as dos países americanos no intuito de preservar esta unidade. Espanha elaborou o primeiro método unitário de ensino do idioma que é difundido por todo o mundo através do Instituto Cervantes.

Latim vulgar[editar | editar código-fonte]

Como disse Menéndez Pidal: "a base do idioma é o latim popular, propagado na Espanha a partir do final do século III a.C. até se impor às línguas ibéricas". Entre os séculos III e VI, a língua que evoluía em Espanha assimilou germanismos através do latim falado pelos povos bárbaros romanizados que invadiram a Península. Com o domínio muçulmano de oito séculos, a influência do árabe — idioma dos conquistadores berberes — foi decisiva na configuração das línguas ibéricas, entre as quais se incluem o castelhano/espanhol e o português.

Glosas medievais[editar | editar código-fonte]

O nome da língua procede da terra dos castelos, Castela. A esta época, pertencem as Glosas Silenses e as Emilianenses, do século X, anotações em romance dos textos latinos no Monastério de Yuso (San Millán de la Cogolla), centro medieval de cultura, mas a mais antiga referência ao idioma vem do Cartulário de Valpuesta, nos primeiros anos do século IX.
O primeiro passo para converter o castelhano em língua oficial do reino de Castela e Leão foi dado por Afonso X. Foi ele quem mandou compor em romance, e não em latim, as grandes obras históricas, astronômicas e legais. O castelhano era a língua dos documentos notários e da Bíblia traduzida sob as ordens de Afonso X. Graças ao Caminho de Santiago, entraram, na língua, escassos galicismos que foram propagados pela ação dos trovadores da poesia cortesã e provençal.

Árabe[editar | editar código-fonte]

No sul, sob domínio árabe, as comunidades hispânicas que conviviam com as comunidades judaica e árabe falavam moçárabe. Esta é a língua na qual foram escritos os primeiros poemas, as Jarchas, que conservam uma forma estrófica de clara origem semítica, a moasajas.
Em quase oito séculos de interação (711-1492), os povos falantes de Árabe deixaram, no castelhano, um abundante vocabulário de cerca de quatro mil termos. Com o tempo, alguns foram caindo em desuso, mas há muitas palavras de uso comum como tamboradobealfombrazanahoriaalmohada e muitas outras, e a expressão ojalá, como no português "oxalá", que significa "queira Deus" (literalmente: "queira Alá"). Cabe assinalar que penetrou, na gramática castelhana, a preposição árabe hatta (حتى), que se converteu na preposição espanhola hasta e na preposição portuguesa até.

Primeira gramática moderna europeia[editar | editar código-fonte]

Sede do Instituto Cervantes em Madrid, na Espanha
A publicação da primeira auto-denominada "gramática castelhana", escrita por Elio Antonio de Nebrija em 1492,[15] ano do descobrimento da América pelos europeus, estabelece o marco inicial da segunda etapa de conformação e consolidação do idioma. O castelhano adquire grande quantidade de neologismos, pois o momento coincidiu com a expansão da Coroa de Castelaque, pela força política, conseguiu consolidar seu dialeto como língua dominante. O castelhano é a língua dos documentos legais, da política externa e a que chega à América pela mão da grande empreitada realizada pela Coroa de Castela. Nesta mesma época, os judeus sefarditas foram expulsos de Castela e Aragão em 1492 e de Portugal em 1496,[16] levando consigo a fala que daria lugar ao ladino, uma língua que, ouvida, parece castelhano.
Num primeiro momento, os realistas não mostraram interesse em difundir a língua castelhana na América e nas Filipinas, realizando-se a evangelização nas línguas nativas.
Na FrançaItália e Inglaterra são editados gramáticas e dicionários para o ensino do castelhano/espanhol, que ganha o status de língua diplomática até a primeira metade do século XVIII. O léxico incorporou palavras originárias de tantas línguas quantos contatos políticos possuía o Império: italianismosgalicismos e americanismos.
No ano 1713, fundou-se a Real Academia Espanhola. Como primeira tarefa, a Academia fixou as mudanças feitas pelos falantes do idioma, o que permitiu grande variedade de estilos literários: da liberdade das alterações sintáticas do barroco, no século XVII, às contribuições dos poetas da geração de 1927. Publica entre 1726 e 1739 os diversos tomos do "Dicionário da língua castelhana"[17] e a sua primeira "Gramática da língua castelhana" em 1771. [18]
No primeiro terço do século XX, apareceram novas modificações gramaticais que, ainda hoje, estão em processo de assentamento. Paralelamente, é contínua a criação de neologismos provenientes das inovações técnicas e dos avanços científicos.
No século XIX, os Estados Unidos adquirem a Luisiana de França e a Flórida de Espanha, e conquistam do México os territórios que actualmente formam o ArizonaCalifórniaColoradoNevadaNovo MéxicoTexasUtah e Wyoming. Desta forma, o castelhano passou a ser uma das línguas dos Estados Unidos, ainda que estas variedades primitivas só sobrevivam até o início do século XXI em Paróquia de St. Bernard e uma faixa que se estende do norte do Novo México ao sul de Colorado.
Depois da guerra hispano-americana de 1898, os Estados Unidos apoderaram-se também de Cuba, Porto Rico, Filipinas e Guam. No arquipélago asiático, os Estados Unidos impuseram um sistema de ensino para substituir o castelhano pelo inglês como veículo de comunicação dos filipinos.
No século XX, milhões de mexicanos, cubanos e porto-riquenhos emigraram para os Estados Unidos, convertendo-se na minoria mais numerosa do país: 34 207 000 pessoas, em novembro de 2001.
Constituição espanhola de 1931 e a Constituição espanhola de 1978, as únicas que versam o tema linguístico, explicitam o idioma oficial do Estado como castelhano. [19]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Países onde o espanhol é ensinado
Espanhol na América:
  Dark Green Arrow Up.svg 50%
  Dark Green Arrow Up.svg 20%
  Dark Green Arrow Up.svg 5%
  Dark Green Arrow Up.svg 30%
  Dark Green Arrow Up.svg 10%
  Dark Green Arrow Up.svg 2%
Compreensão da língua espanhola na União Europeia em 2006.
  País nativo
  Mais que 8,99%
  Entre 4% e 8,99%
  Entre 1% e 3,99
  Menos que 1%
Enquanto na lista mundial de línguas mais faladas figure na segunda, terceira ou quarta posição segundo a fonte consultada (os censos da Índia e América do Sul variam muito segundo o organismo consultado), o que fica claro é que em importância ocupa a segunda posição atrás do inglês, com quase quatrocentos milhões de falantes nativos.
Embora o castelhano seja uma língua principalmente americana, é falada nos seis "continentes", embora em alguns de forma quase residual:
mas sua presença também é importante em
Também é uma das seis línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU).[11]
PaísNúmero de falantes
 México106 682 500[20]
Flag of Spain.svg Espanha46 063 511[21]
 Colômbia44 500 000[22]
 Estados Unidos37 400 000 (Census Bureau) [23]
 Argentina39 745 613[24]
 Peru28 750 770[25]
 Venezuela~27 000 000
 Chile16 763 470[26]
 Equador13 363 593[27]
 Guatemala13 354 000[28]
 Cuba11 286 000
 Bolívia10 027 643[29]
 República Dominicana9 760 000[30]
 Honduras7 146 118
 El Salvador6 992 000
 Nicarágua5 603 000[31]
 Costa Rica4 468 000[31]
 Paraguai6 127 000[31]
 Porto Rico3 991 000[31]
 Uruguai3 341 000[31]
 Panamá3 343 000[31]
 Guiné Equatorial1 137 143[32]
 Canadá1 000 000[33]
 França440 106[34]
 Brasil409 564[35]
 Alemanha140 000[36]
 Israel130 000[37]
 Suíça123 000[38]
 Reino Unido107 654[39]
 Belize106 795[40]
 Austrália106 517[41]
 Suécia101 472[42]
 Itália89 905[43]
 Bélgica85 990[44]
 Japão76 565[45]
 Andorra41 644[46]
 Nova Zelândia21 645[47]
 Marrocos20 000[48]
 Países Baixos19 978[49]
 Ilhas Virgens Americanas16 788
 Noruega12 573[50]
Portugal Portugal9 744[51]
 Jamaica8 000
 Trinidad e Tobago4 100
 Rússia3 320
 Luxemburgo3 000
 Filipinas2 658[52]
 Argélia379[53]

Dialetos[editar | editar código-fonte]

Espanhol Ibérico[editar | editar código-fonte]

Mapa com os dialetos da Espanha.
A língua Espanhola tem vários dialectos. Relativamente ao Castelhano, isto é, o Espanhol Ibérico, originalmente do Reino de Castela, podemos dividir Espanha ao meio, isto é, existe um feixe de isoglossas que divide o Espanhol Peninsular em dois grupos, os dialecto centro-nortenhos e os dialectos meridionais. Os dialectos centro-nortenhos têm características mais conservadoras e os dialectos meridionais, nos quais podemos incluir um grande sub-dialecto, o andaluz, têm características mais inovadoras. Convém realçar que os dialectos centro-nortenhos peninsulares são a única variedade do Espanhol que conserva a distinção entre /s/ (grafado como ) e /θ/ (grafado como ), isto é, «ceseo». Enquanto que todas as outras variedades são ou «seseantes» ou «ceceantes». «Seseo», isto é a perda da distinção fonética entre /s/ e /θ/ a favor de /s/. «Ceceo» é a perda da distinção fonética a favor da fricativa inter-dental /θ/, sendo este estigmatizado e marginalizado pelo resto da comunidade espanhola e até mesmo pelos próprios falantes «ceceantes». Este fenómeno de «ceceo» encontra-se apenas em zonas rurais do sul da Andaluzia, sendo nos meios urbanos evitado pelos próprios «ceceantes». O «seseo» é um fenómeno do norte da Andaluzia, que é encontrado em todos os países da América Latina. Nesta região do «seseo» encontra-se Sevilha, cidade da qual saíram as pessoas destinadas à repovoação e colonização do continente americano, levando assim o «seseo» com eles para a América, onde prevalece até hoje.[54]
Mapa-mundi tentando identificar os principais dialetos do espanhol.

Variedades do Espanhol[editar | editar código-fonte]

Línguas derivadas[editar | editar código-fonte]

Entre as línguas crioulas e outras línguas derivadas desta língua, se podem citar o ladino e o chabacano: este último, falado em algumas localidades das Filipinas.

Diferenças[editar | editar código-fonte]

Castelhano da EspanhaCastelhano da América LatinaTradução ao Português
aceravereda (Arg.) / banqueta (Mex.) / andén (Col.)calçada, passeio
aguacatepalta / aguacateabacate
alquilararrendarrentarrentar (Mex.) / arrendar (Col.)alugar, arrendar
alquilerarriendorenta (Mex.) / arriendo (Col. e Chile)aluguel, aluguer ou renda (em Portugal)
apresurarapurarapurarapressar
arcénbanquina (Arg. Parag. e Urug.)acostamento, berma da estrada
ascensorelevador / ascensor (Col.)elevador
calabazazapallo / ayote (Nic. Cost. Rica e Guat.)[55] / calabaza (Col. e Méx.)abóbora
calabacíncalabacita (Méx) / calabacín (Col.) / zapallitos (Parag. Chil. Arg. e Urug.)abobrinha, courgette
coche (automóvil)auto / carro / coche (automóvil)carro (automóvel)
coger, agarrar, sujetar, tomartomar (Méx.) / agarrar (Arg. Chile e Urug. / sujetar / coger (Col. Per. Ec. Cuba e PR)pegar, segurar
chaval, mozochavo (Méx.) / pibe (Arg.) / chino, niño, muchacho (Col.)rapaz, garoto, menino, moço, miúdo, chavalo (em Portugal)
chófer, conductorconductor / chofermotorista, condutor, chofer
eh / ey / oyeche (Arg.) / oye / ehei / aê / aí
judías, frejolesfrijoles, porotos (Arg. e Chile.)feijão
mejillacachetebochecha
móvil (teléfono), celularcelular (teléfono)celular (telefone), telemóvel
ordenador, computadora, computadorcomputadora / computadorcomputador
Papá Noel, Santa ClausSanta Claus (Méx e Amér. Central) / Viejito Pascuero (Chile) / Papá Noel (Col.)Papai Noel, Pai Natal
prisaapuropressa
puchero, olla, poteollapanela
vídeovideovídeo
zapatillas (deportivas), tenistenis / zapatillastênis (Brasil), ténis (calçado), sapatilhas (em Portugal)

Glossário[editar | editar código-fonte]

  • Amér. Central = América Central
  • Arg. = Argentina
  • Méx. = México
  • Urug. = Uruguai
  • Col. = Colômbia

Fonologia[editar | editar código-fonte]

Tem semelhanças com o português. Contudo, existem diferenças, sendo as principais: ("letra castelhana/espanhola" = "letra portuguesa") ⟨ll⟩ = ⟨lh⟩, ⟨ñ⟩ = ⟨nh⟩, ⟨ch⟩ = ⟨tch⟩, ⟨b⟩ e ⟨v⟩ = ⟨b⟩, ⟨x⟩ = /ks/ (nem sempre, como em México, que soa como méjico). Não há, no espanhol moderno, o som da letra X como em xadrez (até o século XVII, a letra ⟨x⟩ representava o som de /ʃ/, como em Quixote, mas, depois do reajuste das consoantes silábicas, o som /ʃ/ (grafado ⟨x⟩), se transformou em /x/ (grafado ⟨j⟩). As letras ⟨k⟩ (/k/), ⟨w⟩ (/b/ em palavras de origem alemã e /(ɡ)w/ em de origem inglesa) e ⟨y⟩ (/i/) fazem parte do alfabeto castelhano/espanhol. Além disso, o i grego pode ser consoante ou vogal, quando consoante tem um som mais forte /ʝ/ ou /d͡ʒ/. O "J" é um caso à parte: tem um som inexistente em português (o som que chega mais perto é o do R forte brasileiro e dalgumas zonas de Portugal - como em carro). O som correspondente ao ⟨j⟩ português é representado por ⟨ll⟩ no espanhol pratino, e inexistente noutros dialectos. Fora isso não há acentos graves, til (Ñ não conta) ou circunflexo. Assim como no português ge = je e gi = ji, e também há o gue e gui, a letra Q segue o mesmo esquema (que = ke, qui = ki) e também há trema. Em castelhano/espanhol o costume é encerrar palavra com N e não com M. O Ç apesar de ter nascido do castelhano/espanhol foi abolido no século XVIII, tal como o SS. Já RR existe no castelhano/espanhol e usa-se da mesma forma que no português. Vale ressaltar que a pronúncia é de 'dois erres', ou seja, /r/,/r/, e não de /ř/ como em carro /kařo/. O Z e o C, este último antes de E ou I, em Espanha pronunciam-se de forma similar ao ⟨th⟩ /θ/ inglês em think ou something ou a θ (theta) grega.
Fonemas consonantais do espanhol general
LabialDentalAlveolarPalatalVelar
Nasalmnɲ
Oclusivapbtdʝkɡ
Continuantefθ1sx
Vibrante múltiplar
Vibrante simplesɾ
Laterallʎ2
Notas:
↑1 Falantes do norte e do centro da Espanha, incluindo a variante predominante na rádio e na televisão distinguem /θ/ e /s/ (distinción). Porém, falantes de América Latina e de algumas partes do sul da Espanha só têm /s/ (seseo) e não o /θ/ (ceceo).
↑2 O fonema /ʎ/ (distinto de /ʝ/) só é distinguido em algumas áreas do espanhol peninsular (sobre tudo no norte e em áreas rurais), e em algumas áreas de América do Sul. Este fenómeno é conhecido como yeísmo (indistinção de lly).

Vogais[editar | editar código-fonte]

AnteriorCentralPosterior
Fechadaiu
Média
Abertaä

Gramática[editar | editar código-fonte]

Verbo[editar | editar código-fonte]

Os verbos se dividem em três conjugações, que podem ser identificadas segundo as duas últimas letras do infinitivo: -ar, -er ou -ir.
Os verbos conjugam-se em quatro modos verbaisindicativosubjuntivoimperativo e potencial. Ainda, existem três formas impessoais: infinitivogerúndio e particípio, que entram na composição dos verbos compostos e perífrases verbais.
Os tempos verbais podem ser simples ou compostos. Para cada tempo simples há um que é composto, que se forma antepondo o tempo simples correspondente do verbo "haber" ao particípio do verbo que se está a conjugar.
Indicativo
tempos simples
  • Presente - por exemplo, "(yo) hablo"
  • Pretérito imperfecto - "hablaba"
  • Pretérito perfecto simple ou pretérito indefinido - "hablé"
  • Futuro - "hablaré"
  • Condicional - "hablaría"
tempos compostos:
  • Pretérito perfecto compuesto - "he hablado"
  • Pretérito pluscuamperfecto - "había hablado"
  • Pretérito anterior - "hube hablado"
  • Futuro compuesto - "habré hablado"
  • Condicional compuesto - "habría hablado"
O pretérito anterior é pouco usado.
Há situações onde se emprega o futuro para expressar dúvida, substituindo-se, assim, o tempo Presente: "serán las tres": "serão umas três [horas]". O português também apresenta esta caraterística, como mostrado na seguinte frase: "O que estará ele a fazer?", que significa "O que está ele a fazer?"
Subjuntivo / Conjuntivo
tempos simples
  • Presente - "yo hable"
  • Pretérito imperfecto - "hablara" ou "hablase"
  • Futuro - "hablare"
tempos compostos
  • Pretérito perfecto compuesto - "haya hablado"
  • Pretérito pluscuamperfecto [Pretérito mais-que-perfeito] - "hubiera hablado" ou "hubiese hablado"
  • Futuro compuesto[Futuro composto] - "hubiere hablado"
O futuro do conjuntivo é um tempo arcaico que só se emprega hoje em dia em documentos legais. Muitos hispanófonos desconhecem a existência deste tempo verbal. Na Argentina, a fala vulgar está a generalizar o uso do condicional em substituição do pretérito imperfeito nas frases condicionais ("si yo hablaría", significando "si yo hablara", ou "si yo hablase").
Imperativohabla (tú), hablá (vos), hablad (vosotros)
Para outras pessoas ou em frases negativas, o presente do conjuntivo vale por imperativo.

Verbos regulares[editar | editar código-fonte]

Tempo SimplesPrimeiroSegundoTerceiro
Infinitivo:ComprarVenderVivir
Gerúndio:ComprandoVendiendoViviendo
Particípio passado:CompradoVendidoVivido
IndicativoPrimeiroSegundoTerceiro
Presente:Compro
Compras/Comprás
Compra
Compramos
Compráis/Compran
Compran
Vendo
Vendes/Vendés
Vende
Vendemos
Vendéis/Venden
Venden
Vivo
Vives/Vivís
Vive
Vivimos
Vivís/Viven
Viven
Pretérito:Compré
Compraste
Compró
Compramos
Comprasteis/Compraron
Compraron
Vendí
Vendiste
Vend
Vendimos
Vendisteis/Vendieron
Vendieron
Viví
Viviste
Viv
Vivimos
Vivisteis/Vivieron
Vivieron
Imperfeito:Compraba
Comprabas
Compraba
Comprábamos
Comprabais/Compraban
Compraban
Vendía
Vendías
Vendía
Vendíamos
Vendíais/Vendían
Vendían
Vivía
Vivías
Vivía
Vivíamos
Vivíais/Vivían
Vivían
Futuro:Compraré
Comprarás
Comprará
Compraremos
Compraréis/Comprarán
Comprarán
Venderé
Venderás
Venderá
Venderemos
Venderéis/Venderán
Venderán
Viviré
Vivirás
Vivirá
Viviremos
Viviréis/Vivirán
Vivirán
Potencial:Compraría
Comprarías
Compraría
Compraríamos
Compraríais/Comprarían
Comprarían
Vendería
Venderías
Vendería
Venderíamos
Venderíais/Venderían
Venderían
Viviría
Vivirías
Viviría
Viviríamos
Viviríais/Vivrían
Vivirían

Vocabulário[editar | editar código-fonte]

Devido às prolongadas conquistas às quais Espanha foi submetida ou que submeteu a outras nações, a língua castelhana foi invadida por uma enorme quantidade de vozes "adquiridas" de línguas de diversos grupos. É possível encontrar, no castelhano, palavras celtasiberasostrogodasvisigodas, latinas, gregas, árabes, francesas, italianasgermanascaribesastecasquéchuasguaranis e outras. A influência relativa de cada um destas "aquisições" varia de acordo com o país falante.
Os países da América, principalmente nas suas regiões rurais, conservam um grande número de arcaísmos: no extremo sul (Argentina e Uruguai), é frequente, no trato coloquial, o uso do "vos" em lugar do "" tradicional nos restantes países hispanófonos. A forma "vos" provém do trato formal da segunda pessoa do singular de antigamente, e sobrevive em Espanha na forma do trato informal para a segunda pessoa do plural (vosotros). Também sobrevive na Comarca de Fonsagrada para a segunda pessoa do singular. O trato formal actual é "Usted" para a segunda pessoa do singular e "Ustedes" para a segunda pessoa do plural (também utilizados em Espanha).

Sistema de escrita[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ortografia da língua espanhola
O castelhano/espanhol escreve-se mediante o alfabeto latino. Tem uma letra adicional, Ñ, embora, no passado, ch e llfossem consideradas letras (ver dígrafo). As vogais podem levar um acento agudo para marcar a sílaba tónica quando esta não segue o padrão habitual, ou para distinguir palavras que, de outra forma teriam a mesma grafia (ver acento diferencial).
u pode levar trema (ü) para indicar que este se pronuncia nos grupos "güe", "güi". Na poesia, as vogais i e u podem levar trema para romper um ditongo e ajustar convenientemente a métrica de um verso determinado (por exemplo, ruidotem duas sílabas, mas ruïdo tem três).


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