Banco Privado Português
BPP | |
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Razão social | Banco Privado Português, S.A. |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Serviços de investimento |
Fundação | 1996 |
Destino | falência, liquidação |
Encerramento | 2010 |
Sede | Lisboa, Portugal |
Área(s) servida(s) | Todo o território português |
Pessoas-chave | João Rendeiro |
Produtos | Serviços Financeiros Banco de Investimento Gestão de Investimentos |
Website oficial | Página Inicial da BPP |
O Banco Privado Português (BPP) foi um banco português fundado por João Rendeiro[1] em 1996 e do qual foi accionista José Miguel Júdice.
Caso BPP
Em 24 de julho de 2009, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital, dois ex-administradores do BPP que foram suspensos pelo Banco de Portugal, juntaram-se a João Rendeiro no processo do caso BPP ao serem constituídos arguidos por serem indiciados de falsificação de contas, crimes fiscais e branqueamento de capitais.[2]
Em 15 de abril de 2010, o Banco de Portugal, "depois de verificada a inviabilidade dos esforços de recapitalização e recuperação desta instituição", decretou o fim do Banco Privado Português.[3]
Em 11 de outubro de 2010, foi noticiado que a Polícia Judiciária conduziu buscas nas casas de ex-responsáveis do BPP sob o âmbito de uma investigação sobre suspeitas de branqueamento de capitais e de burla[4], foi também neste ano que o banco foi extinto.
Os três principais administradores do Banco Privado Português — João Manuel Oliveira Rendeiro, António Paulo Araújo Portugal de Guichard Alves e Salvador Pizarro Fezas Vital —, receberam 6,4 milhões de euros em 2008, ano em que a instituição faliu. Só João Rendeiro, antigo presidente do conselho de administração, arrecadou 2,8 milhões[5].
A 5 de Junho de 2015 os três arguidos João Rendeiro, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital foram absolvidos do crime de burla qualificada.[6]
A 15 de outubro de 2018, João Rendeiro foi condenado pelo Tribunal de Lisboa a cinco anos de prisão com pena suspensa. João Rendeiro, que terá de pagar 400 mil euros a uma instituição para que a pena aplicada não seja efetiva, e mais quatro antigos administradores do banco foram julgados por terem ocultado contabilisticamente o prejuízo do banco. Os crimes de falsidade informática e de falsificação de documento foram praticados pelos administradores entre 2002 e 2008. Com estas falsificações, os administradores pretenderiam esconder do Banco de Portugal, do revisor oficial de contas, do mercado e essencialmente dos clientes as perdas que podiam pôr em causa os lugares que ocupavam no BPP, com as consequentes perdas de salários, mas também de poder.[7]
Em 10 de Julho de 2020, o Tribunal da Relação de Lisboa decidiu a condenação de João Rendeiro a 5 anos e 8 meses de prisão efetiva[8].
Referências
- ↑ «BPP: João Rendeiro saldou três milhões de dívidas ao fisco». Semanário Expresso. 31 de julho de 2009. Consultado em 16 de julho de 2011
- ↑ «Caso BPP: constituídos mais dois arguidos». Diário de Notícias (Portugal). 25 de julho de 2009. Consultado em 16 de julho de 2011
- ↑ «Banco de Portugal decreta fim do BPP». Semanário Expresso. 16 de abril de 2010. Consultado em 16 de julho de 2011
- ↑ «BPP: Buscas na casa de ex-administradores». Semanário Expresso. 11 de outubro de 2011. Consultado em 16 de julho de 2011
- ↑ «Rendeiro ganhou 2,8 milhões no ano em que o BPP caiu»
- ↑ «João Rendeiro absolvido da acusação de burla qualificada no BPP». Público. 5 de Junho de 2015. Consultado em 7 de Junho de 2015
- ↑ «Ex-presidente do BPP condenado a pena suspensa»
- ↑ «Tribunal da Relação condena João Rendeiro a cinco anos de prisão efetiva»