2h10 - Governo pede a cidadãos de Donbass que resistam à mobilização forçada
Reznikov apelou aos cidadãos da região no leste da Ucrânia para que "tentem evitar a mobilização forçada, de qualquer maneira”, porque “isso salvará as suas vidas".
"Nos últimos dias, o exército ucraniano tem capturado cada vez mais pessoas que foram mobilizadas à força e lançadas em combate como ‘carne para canhão’ pelos ocupantes russos. Sabemos ambos que a escala da mobilização forçada está a crescer", disse o ministro dirigindo-se aos cidadãos do Donbass, território disputado por separatistas pró-russos.
Reznikov afirmou que as pessoas de Donbass mobilizadas pelos ocupantes "não estão incluídas nas estatísticas de perdas do exército da Rússia”, porque os russos consideram-nas “dispensáveis”.
"Nós ainda os consideramos cidadãos da Ucrânia, como antes. Consideramo-los como um de nós. Se não cometeram crimes, estão seguros. Vamos lidar com as diferenças mais tarde", disse o governante.
No caso de ter sido forçado a alistar-se no exército russo, Reznikov apelou aos destinatários da mensagem para ficarem do lado das forças ucranianas "o mais rápido possível".
"Todos aqueles que depuserem as armas estarão a salvo. Trataremos de tudo. O principal é evitar o irreversível e salvar vidas. Se estão a cometer crimes, mas querem fugir, fujam. Ou rendam-se. Mas muito rapidamente", acrescentou o ministro.
Reznikov disse ainda que aqueles que cometeram crimes "poderão voltar à vida normal depois de cumprirem a sua pena”.
“Precisaremos de mãos extras para recuperar Donbass depois de a limpar dos ocupantes", declarou.
(Agência Lusa)
11h54 - Reforço da NATO a leste. "Portugal vai responder presente"
O primeiro-ministro deslocou-se esta terça-feira ao Campo Militar de Santa Margarida, acompanhado pelo ministro da Defesa. Os governantes assistiram a uma demonstração tática da companhia do exército que será destacada para a Roménia, no quadro das forças de dissuasão da NATO."Perante a atual agressão da Rússia à Ucrânia, a NATO entendeu reforçar a sua presença na frente de leste e criar novos grupos de combate, designadamente na Roménia", recordou António Costa.###1393101###
"Portugal vai, como sempre, responder presente àquilo que nos é solicitado, que é empenhar os nossos meios, as nossas forças, na capacidade de reforçar a dissuasão para defender a paz no território da NATO", continuou.
"Todos desejamos que não se estenda a nenhum dos nossos países o terror que, através da televisão, temos vindo a assistir e que decorre na Ucrânia", acentuou o primeiro-ministro.
11h33 - Aviões russos apreendidos no estrangeiro
Setenta e oito aviões russos foram apreendidos no estrangeiro, avança a agência Interfax que cita o ministro dos Transportes da Rússia, Vitaly Savelyev, numa altura em que Moscovo se debate com as consequências das sanções internacionais.As sanções cortaram o fornecimento da maioria dos aviões a peças e serviços. As companhias aéreas russas têm 515 aviões no estrangeiro.
11h25 - Dez hospitais ucranianos destruídos desde o início da guerra
O ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, afirmou que dez hospitais tinham sido completamente destruídos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, e que vários não podem ser reabastecidos com medicamentos devido aos combates nas proximidades.11h10 - Correspondente do Channel One em Paris demitiu-se
Zhanna Agalakova jornalista da emissora russa Channel One e correspondente em Paris apresentou a demissão em protesto contra a guerra que está a ser travada pela Rússia na Ucrânia.“Já não posso fazer este trabalho”, afirmou Agalakova que acredita que a televisão estatal russa está a ser “utilizada para fazer propaganda do Kremlin e que as autoridades estão há anos a asfixiar os meios de comunicação social independentes”, avança a Reuters.
11h00 - Primeiro-ministro italiano denuncia a “arrogância” da Rússia
Mario Draghi considera que a Ucrânia ofereceu uma resistência “heroica” à invasão Russa e frisou que a Itália “apoiaria a proposta de Kiev de aderir à União Europeia”.“A arrogância do governo russo colidiu com a dignidade do povo ucraniano, que conseguiu travar os objetivos expansionistas de Moscovo e impor um enorme custo ao exército russo”, afirmou Draghi depois do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, se ter dirigido aos parlamentares italianos.
10h44 - Presidente ucraniano falou com o Papa Francisco
Volodymyr Zelenskiy revelou que falou com o Papa Francisco e que saudaria o papel mediador da Santa Sé junto de Moscovo.10h10 - Zelensky fala ao Parlamento italiano
O Presidente ucraniano apela à paz e afirma que o seu país é “a porta de entrada” da Rússia na Europa.
“O nosso povo tornou-se um exército”. Zelensky alerta que a Ucrânia está no limite da sobrevivência e compara o ataque russo com o que aconteceu na II Guerra Mundial, com os nazis.
O presidente ucraniano frisa que a “guerra tem de acabar o mais rapidamente possível” e que a “Rússia está a matar a população”.
10h00 - Paquistão sugere a Estados Islâmicos que considerem mediação no conflito
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, sugeriu aos países islâmicos que debatessem a mediação de um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia.
9h55 - Ucrânia insta Rússia a deixar entrar ajuda humanitária
A vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk exorta a Rússia a permitir o abastecimento de ajuda humanitária à cidade de Mariupol e a deixar sair os civis.
“Exigimos a abertura de um corredor humanitário para os civis”, afirmou Iryna Vereshchuk numa entrevista à televisão ucraniana.
A vice-primeira-ministra ucraniana afirma também que a Rússia está a impedir fornecimentos humanitários à cidade de Kherson, no sul do país.
9h40 - Zelensky deve falar hoje perante o parlamento de Tóquio
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky vai participar numa sessão do Parlamento do Japão, através de vídeo conferência, iniciando novos contactos a nível internacional para reunir apoios contra a invasão da Rússia.O chefe de Estado ucraniano vai dirigir-se aos parlamentares japoneses a partir das 18:00 locais (09:00 em Lisboa), confirmou hoje o comité executivo do principal órgão legislativo do Japão composto por 465 deputados.
Zelensky vai dirigir-se à Câmara Baixa do Parlamento de Tóquio através de meios remotos mas é possível que se verifiquem alterações de horário inesperadas devido à situação na Ucrânia.
Hoje, Zelensky prevê dirigir-se também ao Parlamento italiano na sequência do que já aconteceu nos parlamentos da Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos.
(Agência Lusa)
9h26 - Quase mil edifícios destruídos em Kharkiv
As autoridades ucraniana revelaram que os bombardeamentos russos na cidade de Kharkiv, nordeste da Ucrânia e a 50 quilómetros da Rússia, já destruíram mais de mil edifícios, a maioria dos quais residenciais.As forças russas estão a bombardear Kharkiv há mais de três semanas e pelo menos 500 civis foram mortos, revela a BBC.
9h09 - Ataque russo a Kiev é “suicídio”
Um dos conselheiros do Presidente Zelensky afirma que ataque russo a Kiev é “suicídio”. Segundo a Reuters, Oleksiy Arestovych afirmou ainda que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia poderá terminar entre duas a três semanas.8h53 - Mais de 3.528 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia, revela o ACNUR
Desde o início da ofensiva russa, 3.528.346 pessoas fugiram da Ucrânia para o estrangeiro.
Mais de dois milhões atravessaram a fronteira para a Polónia, frisa o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados..
8h31 - Presidente da câmara de Boryspil aconselha os civis a abandonarem a cidade
Volodymyr Borysenko afirmou que os combates estão próximos da localidade.
“Não há necessidade de estar na cidade, pois já há combates a decorrer à sua volta. Apelo à população civil para que seja inteligente, e saia da cidade assim que surja uma oportunidade”.
8h25 - Dois iates de Roman Abramovitch atracados na Turquia
Dois iates do milionário russo Abramovitch atracaram no sudoeste da Turquia, que não está a aplicar as sanções impostas pelo ocidente aos oligarcas russos depois da invasão da Ucrânia.O Eclipse, um navio de luxo de 163 metros de cumprimento com bandeira das Bermudas, atracou esta manhã no porto de Marmaris.
Ontem, o Solaris tinha sido filmado na cidade turística de Bodrum, uma semana depois de ter sido visto num porto de Montenegro, que não é um país membro da União Europeia.
Um tribunal russo condenou o crítico do Kremlin a uma pena de prisão por fraude. Alexei Navalny já está a cumprir duas penas e meia no campo de prisioneiros no leste de Moscovo por violações da liberdade condicional.
Os procuradores russos estão a tentar transferir Navalny para uma colónia penal de segurança máxima, a 100 quilómetros a leste de Moscovo, durante 13 anos, sob acusação de fraude e desprezo pelo tribunal.
O opositor mais conhecido de Vladimir Putin está em julgamento desde meados de fevereiro.
A Ucrânia anunciou esta terça-feira que os esforços para evacuar civis de cidades sitiadas estão focados na cidade de Mariupol. No entanto, não houve nenhum novo acordo com a Rússia para permitir a passagem de civis que continuam retidos.
Em conferência de imprensa, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, apresentou uma lista de vários locais onde será possível retirar civis esta terça-feira, mas a cidade portuária não estava entre eles.
"Estamos a concentrar-nos na evacuação de Mariupol", afirmou, sem mencionar qualquer novo acordo com Moscovo para o estabelecimento de novos corredores humanitários.
"Foram observadas ações mais ativas de aviões inimigos nas últimas 24 horas", de acordo com o relatório de guerra ucraniano.
Ponto da situação ao início da manhã
- Volodomyr Zelensky diz estar pronto para conversar com Putin sobre o Donbass e a Crimeia de forma a pôr fim às hostilidades. No entanto, o presidente ucraniano exige “garantias de segurança” antecipadas.
Numa entrevista a vários meios de comunicação, na segunda-feira, admitiu que a questão da Crimeia e do Donbass “é complicada”. Tratam-se, respetivamente, da península anexada pela Rússia em 2014 e da região do leste da Ucrânia onde os separatistas pró-Rússia proclamaram duas repúblicas reconhecidas por Moscovo.
“Devemos fazer tudo para que o Donbass e a Crimeia voltem para as nossas mãos. É uma questão de tempo? Sim. Mas agora a questão é conseguir parar a guerra”, afirmou Zelensky, que está disposto a falar diretamente com o homólogo russo.
- No terreno, os bombardeamentos continuam em cidades fulcrais como Kiev, Kharkiv, Mariupol e Odessa. Na capital, entrou em vigor um novo recolher obrigatório pelas 20h00 de segunda-feira (18h00 GMT), que irá perdurar até às 7h00 de quarta-feira.
- A situação humanitária em Mariupol é o ponto mais sensível da guerra. A cidade portuária é bombardeada há várias semanas, sem acesso a água, alimentação e energia. Na segunda-feira, o governo ucraniano rejeitou um ultimato russo para a rendição neste centro urbano, que está agora praticamente destruído.
- Na segunda-feira, vários líderes europeus condenaram a crise humanitária vivida naquela cidade. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, fala em “grande crime de guerra”.
- Nas últimas horas, Moscovo sugeriu que a Ucrânia tem armas químicas e biológicas prontas a serem usadas neste conflito. Para os Estados Unidos, a afirmação “é um sinal claro de que ele planeia usar esses dois tipos de armas”, afirmou Joe Biden na segunda-feira.
- Esta semana será de intensa atividade diplomática, com o presidente norte-americano a viajar para Bruxelas na quinta-feira para participar em reuniões da União Europeia, NATO e G7. Biden segue depois para a Polónia, o principal ponto de passagem de refugiados ucranianos em fuga.