360º - TAP, que te fazemos?
360º - TAP, que te fazemos?
360º
Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia
A União Europeia prepara-se para levar ao Conselho de Segurança da ONU um pedido de autorização para fazer ataque militares pontuais em zona territorial Líbia, para evitar as sucessivas catástrofes no Mediterrâneo, com imigração ilegal através de barcos sem qualquer segurança. A proposta, divulgada pelo Guardian, prevê também a criação de quotas para aceitar imigrantes consoante as condições de cada país.
A Comissão vai também propor aos 28 Estados-membros que tratem de forma "justa e equilibrada" quem já esteja em território da União Europeia, como parte da solução para o problema. Hoje os presidentes de alguns parlamentos da zona encontram-se em Lisboa para discutir o problema comum.
Na Indonésia, as últimas noites mostraram um drama semelhante. Nas últimas horas foram resgatadas 600 pessoas em embarcações que estavam à deriva, algumas há cerca de uma semana.
Noutra geografia, um problema diferente: um incêndio na central nuclear de Indian Point, a meia centena de quilómetros de Nova Iorque, causou uma fuga de petróleo no rio Hudson. Trata-se da central que fornece 25% da energia consumida em Nova Iorque.
A horas da enésina ronda negocial entre o Eurogrupo e a Grécia, os principais responsáveis mostram graus de confiança muito diferentes: o vice-primeiro-ministro grego convencido de que o acordo está muito perto; o chefe do Eurogrupo que as partes estão ainda muito afastadas. Mais certo é que a escassez financeira de Atenas volta a pôr muita tensão sobre a mesa.
Quem prometeu voltar a rezar foi Raúl Castro, depois de uma inédita visita ao Vaticano. O Presidente cubano está encantado com o Papa Francisco.
Informação importanteAcabou a greve na TAP, mas não os problemas: Os pilotos prometem novas formas de protesto; há mais uma guerra de números entre o sindicato dos pilotos e a própria companhia (afinal quantos voos foram cancelados com esta paralisação?); mais uma notícia sobre um acordo recusado pelos pilotos (via DN); ainda a notícia de que o Supremo Administrativo vai julgar a suspensão da privatização (no Público) e - segundo o Diário Económico desta manhã - o único pré-candidato português à privatização está a desistir da companhia.
Com a entrega de propostas marcada para esta semana, o Edgar Caetano foi, aqui no Observador, fazer a pergunta ao contrário:a Bolsa é alternativa à privatização da TAP, como defende o PS? A resposta dos vários analistas e investidores europeus com quem falou com definitiva: “É melhor esquecer. A TAP não é os CTT”. E explicam porquê, num artigo que vale muito a pena ler.
Ontem, nem por acaso, Sampaio da Nóvoa deixou uma frase interessante no ar: "O arco da governação é insuportável".
Há também duas notícias sobre o Fisco interessantes. Uma diz-nos quanto receberam de bónus os seus funcionários em dez anos - mais de 600 milhões de euros por cobranças coercivas; e a outra dá-nos um indicador da eficácia da máquina fiscal: as penhoras duplicaram em apenas três anos, diz o JN.
E já agora mais uma: o Fisco está a suspender o reembolso do IVA a quem falhar os pagamentos por conta, explica o Económico, anotando que a medida está a afetar milhares de PME.
Do fim de semana, registe ainda a notícia de que a CGD é o maior credor das empresas do Grupo Espírito Santo em Portugal: 400 milhões de euros, boa parte já sem recuperação possível.
Deixo-lhe ainda um estudo conhecido hoje com as cinco profissões que as empresas mais procuram - um daqueles raros documentos que devíamos estar sempre a atualizar.
E este artigo de Paulo Portas sobre o processo de paz na Colômbia, que temos o privilégio de publicar aqui no Observador.
Os nossos especiais
Os pobres contra Piketty. Num artigo publicado em jornais como o Le Point e o El País, o famoso economista peruano Hernando de Soto, autor de "O Mistério do Capital", faz uma crítica demolidora ao best-seller de Thomas Piketty. “O Capital no Século XXI” baseia-se em princípios ideológicos e não em pesquisas no terreno, diz o economista. Uma boa polémica vale sempre a pena.
Os nossos miúdos sabem demais? É normal uma criança saber todas as marcas de automóveis com quatro anos, saber ler aos três anos ou saber os elementos da tabela periódica aos dois anos? Saber muito demasiado cedo pode ser mau? A Catarina Marques Rodrigues ficou com a dúvida e não descansou enquanto não conseguiu algumas respostas sobre esta tendência 'moderna'. Aqui estão elas.
Porque gostamos tanto dos anos 80? Será um mero revivalismo de quem os viveu nos verdes anos, ou haverá algo de realmente especial que justifique o gozo de revisitar os cromos dos anos 80? O Tiago Tavares foi investigar o tema, lembrou-se de coisas do arco da velha e ajudou-nos a perceber esta nossa (boa) mania de voltar atrás no tempo.
Notícias surpreendentes
A União Europeia prepara-se para levar ao Conselho de Segurança da ONU um pedido de autorização para fazer ataque militares pontuais em zona territorial Líbia, para evitar as sucessivas catástrofes no Mediterrâneo, com imigração ilegal através de barcos sem qualquer segurança. A proposta, divulgada pelo Guardian, prevê também a criação de quotas para aceitar imigrantes consoante as condições de cada país.
A Comissão vai também propor aos 28 Estados-membros que tratem de forma "justa e equilibrada" quem já esteja em território da União Europeia, como parte da solução para o problema. Hoje os presidentes de alguns parlamentos da zona encontram-se em Lisboa para discutir o problema comum.
Na Indonésia, as últimas noites mostraram um drama semelhante. Nas últimas horas foram resgatadas 600 pessoas em embarcações que estavam à deriva, algumas há cerca de uma semana.
Noutra geografia, um problema diferente: um incêndio na central nuclear de Indian Point, a meia centena de quilómetros de Nova Iorque, causou uma fuga de petróleo no rio Hudson. Trata-se da central que fornece 25% da energia consumida em Nova Iorque.
A horas da enésina ronda negocial entre o Eurogrupo e a Grécia, os principais responsáveis mostram graus de confiança muito diferentes: o vice-primeiro-ministro grego convencido de que o acordo está muito perto; o chefe do Eurogrupo que as partes estão ainda muito afastadas. Mais certo é que a escassez financeira de Atenas volta a pôr muita tensão sobre a mesa.
Quem prometeu voltar a rezar foi Raúl Castro, depois de uma inédita visita ao Vaticano. O Presidente cubano está encantado com o Papa Francisco.
Informação importanteAcabou a greve na TAP, mas não os problemas: Os pilotos prometem novas formas de protesto; há mais uma guerra de números entre o sindicato dos pilotos e a própria companhia (afinal quantos voos foram cancelados com esta paralisação?); mais uma notícia sobre um acordo recusado pelos pilotos (via DN); ainda a notícia de que o Supremo Administrativo vai julgar a suspensão da privatização (no Público) e - segundo o Diário Económico desta manhã - o único pré-candidato português à privatização está a desistir da companhia.
Com a entrega de propostas marcada para esta semana, o Edgar Caetano foi, aqui no Observador, fazer a pergunta ao contrário:a Bolsa é alternativa à privatização da TAP, como defende o PS? A resposta dos vários analistas e investidores europeus com quem falou com definitiva: “É melhor esquecer. A TAP não é os CTT”. E explicam porquê, num artigo que vale muito a pena ler.
Esta manhã, registe duas entrevistas a conhecidos sociais-democratas com elogio à proposta económica do PS.Carlos Moedas e Eduardo Catroga, no Económico e Público, alegam que o documento coloca o PS mais ao centro, facilitando a concertação pós-eleitoral. com uma diferença: Moedas diz que o bloco central é uma solução, Catroga diz que não é adepto dele.
Outra entrevista a ler, mas aqui no Observador, é a do candidato presidencial Henrique Neto, que explica que tipo de chefe de Estado quer ser e critica Sampaio da Nóvoa: "Tem um discurso lírico. O país não precisa de palavras, precisa de ação".
Há também duas notícias sobre o Fisco interessantes. Uma diz-nos quanto receberam de bónus os seus funcionários em dez anos - mais de 600 milhões de euros por cobranças coercivas; e a outra dá-nos um indicador da eficácia da máquina fiscal: as penhoras duplicaram em apenas três anos, diz o JN.
E já agora mais uma: o Fisco está a suspender o reembolso do IVA a quem falhar os pagamentos por conta, explica o Económico, anotando que a medida está a afetar milhares de PME.
Do fim de semana, registe ainda a notícia de que a CGD é o maior credor das empresas do Grupo Espírito Santo em Portugal: 400 milhões de euros, boa parte já sem recuperação possível.
Deixo-lhe ainda um estudo conhecido hoje com as cinco profissões que as empresas mais procuram - um daqueles raros documentos que devíamos estar sempre a atualizar.
E este artigo de Paulo Portas sobre o processo de paz na Colômbia, que temos o privilégio de publicar aqui no Observador.
Os nossos especiais
Os pobres contra Piketty. Num artigo publicado em jornais como o Le Point e o El País, o famoso economista peruano Hernando de Soto, autor de "O Mistério do Capital", faz uma crítica demolidora ao best-seller de Thomas Piketty. “O Capital no Século XXI” baseia-se em princípios ideológicos e não em pesquisas no terreno, diz o economista. Uma boa polémica vale sempre a pena.
Os nossos miúdos sabem demais? É normal uma criança saber todas as marcas de automóveis com quatro anos, saber ler aos três anos ou saber os elementos da tabela periódica aos dois anos? Saber muito demasiado cedo pode ser mau? A Catarina Marques Rodrigues ficou com a dúvida e não descansou enquanto não conseguiu algumas respostas sobre esta tendência 'moderna'. Aqui estão elas.
Porque gostamos tanto dos anos 80? Será um mero revivalismo de quem os viveu nos verdes anos, ou haverá algo de realmente especial que justifique o gozo de revisitar os cromos dos anos 80? O Tiago Tavares foi investigar o tema, lembrou-se de coisas do arco da velha e ajudou-nos a perceber esta nossa (boa) mania de voltar atrás no tempo.
Notícias surpreendentes
Falando em gostos e modos de ser feliz, a Ana Pimentel descobriu há dias a dimensão do amor que o brasileiro Carlos Cabral tem há 46 anos pelo Porto. E esse amor traduz-se em números: trouxe-o a Portugal 53 vezes e levou-o a juntar 9 mil rótulos de vinho do Porto.
Outros gostos, também felizes - e muito partilhados. Mais de uma centena dos pósteres que marcaram a história do design vão estar expostos em Nova Iorque - chegando como pretexto para uma boa viagem até ao outro lado do Atlântico (e precisamos de um?). Vale a pena olhar para eles e começar a planear tudo.
Agora vejam a nossa sorte: A Google convidou o Observador a conhecer Madrid com um smartphone nas mãos. De caminho, pusemos um Trekker às costas. Tarefa fácil? O Pedro Esteves, feliz da vida, diz que sim, quase sempre.
Como sempre, deixo-o com o desejo de um dia também feliz. Desta vez com mais propriedade: a Felicidade (aqui contada em histórias bonitas pela Mara Dionísio) é o tema da estreia das nossas Conversas - com convidados de luxo (estes e você, claro). Se estiver em Lisboa dê um salto ao CCB. Temos todo o prazer em recebê-lo por lá.
Entretanto, aqui no Observador, contamos mantê-lo informado sobre o que mais se passar durante o dia.
Até já!
Outros gostos, também felizes - e muito partilhados. Mais de uma centena dos pósteres que marcaram a história do design vão estar expostos em Nova Iorque - chegando como pretexto para uma boa viagem até ao outro lado do Atlântico (e precisamos de um?). Vale a pena olhar para eles e começar a planear tudo.
Agora vejam a nossa sorte: A Google convidou o Observador a conhecer Madrid com um smartphone nas mãos. De caminho, pusemos um Trekker às costas. Tarefa fácil? O Pedro Esteves, feliz da vida, diz que sim, quase sempre.
Como sempre, deixo-o com o desejo de um dia também feliz. Desta vez com mais propriedade: a Felicidade (aqui contada em histórias bonitas pela Mara Dionísio) é o tema da estreia das nossas Conversas - com convidados de luxo (estes e você, claro). Se estiver em Lisboa dê um salto ao CCB. Temos todo o prazer em recebê-lo por lá.
Entretanto, aqui no Observador, contamos mantê-lo informado sobre o que mais se passar durante o dia.
Até já!
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ANTÓNIO FONSECA
