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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

DIA DO TANGO - 11 DE DEZEMBRO DE 2019

Tango

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Tango (desambiguação).
Tango
Um espetáculo de tango em Buenos Aires.
Origens estilísticasPolkaHabaneraMilonga
Contexto culturalPor volta de 1850, nos países da Bacia do Prata (Argentina e Uruguai)
Instrumentos típicosAcordeãoBandoneónpianoviolãoviolino e contrabaixo
PopularidadeMuito popular nas áreas urbanas da Bacia do Prata e na França entre 1890 a 1910.
Formas derivadasMaxixeTango Cayengue
Subgêneros
Tango finlandêsnuevo tangotango argentinotango de salão
Gêneros de fusão
Tango eletrônico
Formas regionais
ArgentinaUruguaiEuropa
tango é um estilo musical e uma dança a par. Tem forma musical binária e compasso de dois por quatro. A coreografia é complexa e as habilidades dos bailarinos são celebradas pelos aficionados. Segundo Discépolo, "o tango é um pensamento triste que se pode dançar".
O tango foi integrado pela UNESCO na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2009, sendo associado aos estados-membros Argentina e Uruguai.[1]

Origem da música[editar | editar código-fonte]

Sua origem encontra-se na área de Rio da Prata, na América do Sul, nas cidades de Buenos Aires e Montevidéu. A música do tango não tem uma origem muito clara. De acordo com estudos que não dispõem de numerosa documentação, o tango descenderia da habanera e se interpretava nos prostíbulos de Buenos Aires e Montevidéu, nas duas últimas décadas do século XIX, com violinoflauta e violão. Nessa época inicial, era dançado por dois homens, daí o fato dos rostos virados, sem se fitar. Depois, já nos anos 1910, com o sucesso em Paris, foi aceito pela aristocracia platina.[2]
O escritor argentino Jorge Luis Borges afirmou que, por suas características, o tango só poderia ter nascido em Montevidéu ou Buenos Aires. O bandoneón, que atualmente caracteriza o tango, chegou à região do Rio da Prata por volta do ano 1900, nas maletas de imigrantes alemães. Não existem muitas partituras da época, pois os músicos de tango não sabiam escrever a música e, provavelmente, interpretavam sobre a base de melodias já existentes, tanto de habaneras como de polcas.

Origem da dança[editar | editar código-fonte]

O tango nasceu nos subúrbios de Buenos Aires, na Argentina, no final do século XIX (SZEGO, 2007, p. 62).[3]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Tango" é um termo originário das línguas africanas: inicialmente, designava uma espécie de pequeno tambor africano.[4][5]

Características[editar | editar código-fonte]

O tango mescla o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, e sempre é totalmente triste. Como dança, é "duro", masculino, sem meneios femininos, a mulher é sempre submissa. O ritmo é sincopado, tem um compasso binário. A síncope é de uma nota tocada no tempo fraco que se prolonga até um tempo forte, o que movimenta a música e desloca a acentuação do ritmo.[2]

Época de ouro[editar | editar código-fonte]

O tango
Tango au01.JPG
Par dança tango
País(es) Argentina
 Uruguai
DomíniosArtes cénicas
Técnicas artesanais tradicionais
Tradições e expressões orais
Usos sociais, rituais e atos festivos
Referência00258
RegiãoLCA
Inscrição2009 (4.ª sessão)
ListaLista Representativa
Unesco Cultural Heritage logo.svg UNESCO-ICH-blue.svg
O tango argentino, ou rio-platense, começou a ultrapassar fronteiras já no início do século XX, quando marinheiros franceses levaram, ao seu país natal, o tango do uruguaio Enrique Saborido, La morocha, isso por volta de 1907. Paris se apaixonou pelo tango, uma dança exótica e sensual para os parisienses, o que fez com que muitos artistas argentinos e uruguaios viajassem e até se radicassem na capital francesa.
Os pesquisadores do gênero identificam duas fases de ouro do tango: a primeira, nos anos 1920, quando várias figuras do ambiente artístico de Buenos Aires e Montevidéu, inclusive muitos literatos como José Gonzalez Castillo e Fernán Silva Valdez, canalizaram seus esforços no fomento da música popular rio-platense e, em especial, do tango. Nos anos 1920, cantores como Carlos GardelIgnacio Corsini e Agustín Magaldi, e cantoras como Rosita Quiroga e Azucena Maizani, venderam muitos discos na florescente indústria discográfica argentina e difundiram o tango para fora da Argentina.
Os anos 1940 marcaram a segunda época de ouro do tango, quando novos valores do tango como Aníbal TroiloAstor Piazzolla e Armando Pontier se juntaram a nomes consagrados como Francisco Canaro e Carlos di Sarli, isso sem contar o fenômeno de popularidade que foi Juan D'Arienzo.
Existiu também o tango brasileiro, muito em voga no início do século vinte no Rio de Janeiro.

Estilo do tango[editar | editar código-fonte]

Dançarinos de tango em Buenos Aires
Há diferentes tendências em seu estilo, como o tango-canção, o tango canyengue, o tango milonga, o tango romanza e o tango jazz. Hoje em dia, é possível até se encontrarem estilos como o tango rock e o electrotango, ou tango eletrônico.

Compositores[editar | editar código-fonte]

Alguns compositores tradicionais do tango:

Notas e referências

  1.  UNESCO. «El tango». Consultado em 21 de janeiro de 2019
  2. ↑ Ir para:a b c Tango Conf. Marcelo Copello - Revista Gosto Nº7 Fev. 2010 - Editora Isabella
  3.  SZEGO, Thais. Entre na dança. Revista Saúde! é vital. Março, 2007, pp. 62-64.
  4.  CUNHA, A. G. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1996. p. 754.
  5.  FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 647

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