O Exército de Libertação Popular (PLA) anunciou na rede social Weibo — o equivalente chinês ao Twitter — que continua a “realizar exercícios práticos conjuntos no espaço aéreo e marítimo ao redor da ilha de Taiwan”.
As manobras que Pequim realizou nos últimos dias, que incluíram o uso de fogo real e o lançamento de mísseis de longo alcance, foram descritas pelo governo de Taiwan como “irresponsáveis”, além de suscitarem preocupação na comunidade internacional.
Os exercícios de segunda-feira vão concentrar-se em operações anti – submarino e ataques aéreos com navios como alvo, acrescentou o comunicado.
No entanto, as autoridades não especificaram a localização destas manobras adicionais ou se vão manter as seis áreas onde foram realizados os exercícios dos últimos dias, uma delas localizada a apenas 20 quilómetros de Kaohsiung, a principal cidade do sul de Taiwan.
No domingo, que deveria ter sido o último dia de manobras militares, os exercícios concentraram-se no “teste de capacidade de fogo conjunto para ataques terrestres e ataques aéreos de longo alcance”, ações que Taiwan denunciou e seguiu “de perto”, através das suas forças armadas.
Os primeiros quatro dias de manobras abrangeram as seis áreas mencionadas ao redor da ilha, nas quais os espaços aéreo e marítimo foram fechados, e incluíram o uso de fogo real e o lançamento de mísseis de longo alcance, alguns dos quais caíram em águas do Japão, motivando um protesto oficial do Governo japonês.
O ministério da Defesa Nacional de Taiwan denunciou que vários navios e aviões militares chineses cruzaram a linha média do Estreito da Formosa, que na prática é uma fronteira não oficial, que era até agora tacitamente respeitada por Taipé e Pequim.
Em reação aos movimentos da China e para testar a sua “prontidão de combate”, a ilha anunciou que vai realizar exercícios militares esta semana.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência.
A China descreveu a visita de Pelosi como uma “farsa” e “traição deplorável”.