terça-feira, 16 de abril de 2024

DIA MUNDIAL DA VOZ - 16 DE ABRIL DE 2024

 

Voz humana

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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voz é uma das ferramentas primárias e mais imediata que o ser humano dispõe para interagir com a sociedade.[1] Através da voz é possível transmitir ideais, sentimentos e intenções no ato comunicativo. Este instrumento pode ser usado para falarcantargargalhar, bocejar, soluçar, chorar, gritar etc. O tom da voz pode ser modificado para sugerir emoções como raivasurpresa e felicidade. A partir do significado que é atribuído às suas relações sociais, o sujeito pode criar uma voz peculiar e que desempenhe uma função específica perante as experiências que estabelece em sua vida.[2][3] Além de ferramenta de interação social, a voz carrega traços da faixa etária, sexo, tipo físico, personalidade e estado emocional de um indivíduo.[4] A transmissão da emoção é observável na emissão vocal pelo envolvimento de vias neuromotoras que geram um sentido de inter-relação na comunicação, e se modifica de acordo com a situação e o contexto.[5]

Figura 1. Órgãos do sistema fonatório.

Do ponto de vista fisiológico, a voz é o resultado da atuação de órgãos, músculos, cartilagens e o sistema nervoso que atuam em conjunto no processo de produção da vocal. É através desse sistema, chamado de sistema fonatório, que os seres humanos geram a voz.[6] O mecanismo para gerar a voz humana pode ser subdividido em três partes: os pulmões, as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores - lábioslínguadentespalato duropalato mole e mandíbula (figura 1).

pulmão produz um fluxo de ar que funciona como um combustível para gerar a voz. Este ar é expulso dos pulmões pelo diafragma e passa pelas pregas vocais, que estão em adução (fechadas), fazendo-as vibrarem - por causa da pressão de ar. A vibração das pregas vocais, transforma esse ar em pulsos sonoros que formam a fonte de som laríngeo. Esta frequência fundamental passa e reverbera por todo o trato vocal. Por meio dos músculos da laringe é possível ajustar a duração e a tensão das pregas vocais para adequar a altura e o tom da emissão sonora. Os articuladores filtram e moldam o som emanado pela laringe, podendo interagir com o fluxo de ar- fortalecendo ou enfraquecendo, afim de modelar o som que sai pela boca. Resumidamente, a voz consiste no som produzido pela vibração das pregas vocais modificado pelo trato vocal.[7]

Figura 2. O espectrograma da voz humana revela seu rico conteúdo harmônico.

O tom de voz é rico em harmônicos (figura 2). Estes são gerados por muitos modos diferentes de vibração das pregas vocais. A frequência fundamental é gerada pela vibração de toda a extensão das pregas vocais. No entanto, não apenas toda a extensão das pregas vocais vibra, mas seções ao longo da extensão da prega vocal vibram, gerando, literalmente, vibrações dentro de vibrações. Não apenas cada metade das pregas vocais vibra, mas cada terço, quarto, quinto, sexto, etc., também vibra. Estes seriam os harmônicos. O tom da voz do ser humano, em média, pode se estender em até 20 ou mais harmônicos, embora provavelmente nem todos eles sejam percebidos.[6]

O tom de voz (som gerado pela vibração das pregas vocais) é um tom complexo que é composto de muitas frequências. A frequência mais baixa neste tom complexo é chamada de frequência fundamental. A frequência fundamental da voz humana, pode variar entre 50 e 3400Hz. A crianças (independente do sexo) têm uma frequência fundamental superior a 300Hz. A mulher adulta (do sexo feminino), normalmente, têm uma frequência fundamental superior a 200Hz. O homem adulto (do sexo masculino), normalmente, têm uma frequência fundamental de aproximadamente 125Hz. A medida da frequência fundamental sofre queda em seus valores com o aumento da idade. Essas mudanças são explicadas pelo desenvolvimento natural, que afeta as estruturas laríngeas com o crescimento corporal, como o aumento da massa e comprimento das pregas vocais.[6][8]

Por outra perspectiva, a voz humana causa sensações auditivas e através disso é possível analisar alguns parâmetros vocais, o pitch (sensação psicoacústica da frequência fundamental habitual) e o loudness (sensação psicoacústica da intensidade habitual), por exemplo. O pitch é o fator mais fortemente relacionado ao sexo da pessoa. Assim, espera-se que sujeitos do sexo masculino tenham uma voz com o pitch mais grave (grosso) do que os do sexo feminino, que normalmente tem o pitch mais agudo (fino).[9]

O fonoaudiólogo é o profissional que atua na área da saúde vocal, sendo ele quem auxilia cantores, locutores, professores, jornalistas, dentre outros profissionais que utilizam a voz como instrumento de trabalho. Este profissional fornece orientações, avaliações e exercícios especializados, localizando a frequência vocal confortável e tessitura adequada, trabalhando articulação, respiração, ritmo, coordenação pneumofonoarticulatória, postura, afim de permitir uma qualidade vocal satisfatória e saudável.[10]

Produção

A voz é produzida quando o ar respiratório (vindo dos pulmões) passa pelas pregas vocais, e por nosso comando neural, por meio de ajustes musculares, faz pressões de diferentes graus na região abaixo das pregas vocais, fazendo-as vibrarem. Esse mecanismo se assemelha ao balão, quando o secamos apertando sua "boca", provocando um ruído agudo, fruto da vibração da borracha.[11]

O ar expiratório, que fez as pregas vocais vibrarem, vai sendo modificado e os sons vão sendo articulados (vogais e consoantes). Depois, emitidos pela boca, criam a onda sonora que vai atingir a cóclea do ouvinte. Então a voz é ouvida.[12]

As pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de ciclos vibratórios fica em torno de 125 vezes em um segundo. Na mulher, que tem voz, geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa característica damos o nome de frequência. As pregas vocais do homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher (como no violão, as cordas mais esticadas são mais agudas e vibram mais que as cordas mais graves).[13][7]

Teoria Mioelástica- aerodinâmica da fonação

A teoria mais amplamente aceita da fonação é a teoria mioelástica- aerodinâmica (van den Berg, 1958). Ela foi proposta por dois cientistas do século XIX - Helmholtz e Muller - e mais tarde foi refinada por van den Berg na década de 1950. A teoria mioelástica-aerodinâmica une a musculatura laríngea e as forças aerodinâmicas da respiração para explicar a produção da voz. Essa teoria compreende princípios da elasticidade e aerodinâmica de tecidos musculares, baseando seus conceitos na pressão subglótica, elasticidade e o efeito de Bernoulli.[14][6]

Figura 3. Vibração das pregas vocais através do efeito de Bernoulli.

O efeito Bernoulli postula que, quando um gás ou líquido flui através ou ao redor de uma constrição, a velocidade do gás ou líquido aumenta. O súbito aumento na velocidade, por sua vez, provoca uma queda na pressão do gás ou fluido em relação às paredes da constrição pela qual ele passa. O resultado final é um vácuo entre as paredes da constrição (figura 3).[6]

De acordo com a teoria mioelástica- aerodinâmica, quando as pregas vocais estão aduzidas (fechadas), elas geram resistência ao ar expirado vindo dos pulmões. A pressão do ar (na forma de pressão subglótica), então cresce dentro do espaço subglótico. Em algum momento, a pressão subglótica (abaixo das pregas vocais) superará a resistência das pregas vocais. Em virtude de sua elasticidade, a pressão subglótica forçará as pregas vocais a se separarem. Assim que isso acontece, a pressão subglótica é liberada imediatamente como fluxo de ar. O aumento na velocidade do ar ao passar pela glote gera uma queda na pressão do ar em relação as bordas mediais das pregas vocais. As pregas vocais são trazidas de volta juntas pelo vácuo que é gerado pela velocidade aumentada (efeito bernoulli) e pela pressão de retração que é gerada pela sua elasticidade inerente. Toda essa sequência de eventos resulta em um ciclo de vibração.[6]

Tom, frequência e intensidade da voz

Os seres humanos têm a capacidade de modificar sua voz. Eles podem mudar o pitch (sensação psicoacústica da frequência fundamental habitual) vocal com o objetivo de regular a prosódia durante a fala ou com o objetivo de cantar - podendo realizar um som gutural de muito baixo pitch (chamado de som crepitante, ou vocal fry), ou um som de pitch muito alto (falsete). Durante a fala, a maioria os seres humanos costumam falar em seu pitch habitual, raramente utilizam pitches vocais muito altos ou muito baixos durante a fala. Da mesma forma, os seres humanos podem variar a loudness (sensação psicoacústica da intensidade habitual) da sua voz, desde um sussurro quase inaudível até um brado ou berro. A intensidade vocal, ou loudness é dependente direta da mudança na quantidade de pressão de ar subglótica. Níveis mínimos de pressão subglótica provocarão uma voz com intensidade reduzida. Ao contrário, níveis máximos de pressão subglótica produzirão uma voz com maior intensidade.[9][6]

Mudanças no pitch vocal são medidas por ajustes na tensão longitudinal das pregas vocais. Mudanças na loudness da voz são medidas por ajustes na compressão medial causada pela quantidade de pressão de ar subglótica. Estes mecanismos são utilizados durante a fala para marcar aspectos suprassegmentais da produção da fala como a entonação e o acento. A entonação é mediada principalmente pelas pelas variações no pitch vocal, enquanto o acento é mediado tanto pelo pitch quanto pela intensidade. Isso é realizado de forma muito rápida ao longo do fluxo de fala - em média, por volta de um décimo de segundo.[6]

Registros Vocais

De acordo com Garcia (1894), um registro é uma série de sons consecutivos e homogêneos produzidos por um mecanismo, que difere essencialmente da outra série de sons igualmente homogêneos produzido por outro mecanismo, o que implica em modificações do timbre, e na força que o registro pode oferecer. Cada um dos três registros tem sua extensão e sonoridade própria que varia de acordo com o sexo do indivíduo e natureza do órgão.[15]

Hollien (1972, 1974) identificou três registros vocais durante a produção da fala: o registro de pulso - que está associado às frequências mais baixas na tessitura vocal (geralmente na faixa de 50Hz ou menos); o registro modal - que está associado às frequências médias da tessitura vocal (aproximadamente entre 50 a 3 200 Hz); e o registro elevado - que está associado às frequências mais altas na tessitura vocal (geralmente acima de 1 000 Hz).[6]

Voz e comunicação

A voz é uma característica humana intimamente relacionada com a necessidade do homem de se agrupar e se comunicar. Ela é produto da sua evolução, um trabalho em conjunto do sistema nervosorespiratório e digestivo, e de músculosligamentos e ossos, atuando harmoniosamente para que se possa obter uma emissão eficiente. As pregas vocais (ou cordas vocais), primordialmente, não foram feitas para o uso da voz. Esta foi uma função na qual a laringe (local onde se encontram as pregas vocais) se especializou, mas estes músculos foram desenvolvidos, em primeiro lugar, para as funções de respiração, alimentação e esfincteriana.[7][16]

A voz está associada à fala, na realização da comunicação verbal, e pode variar quanto à intensidade, altura, inflexão, ressonância, articulação e muitas outras características.[16][7]

Eufonia e disfonia

À emissão de uma voz saudável damos o nome de eufonia. A uma voz doente, ou seja, com uma ou mais de suas características alterada, damos o nome de disfonia. A disfonia pode ser orgânica, funcional ou mista (orgânica-funcional). Ela não é uma doença, mas o sintoma, uma manifestação de um mau funcionamento de um dos sistemas ou estruturas que atuam na produção da voz.[12][11]

A disfonia pode ser tratada. O profissional habilitado e responsável pela intervenção das disfonias é o fonoaudiólogo, e geralmente este profissional trabalha em conjunto (no caso da voz) com o otorrinolaringologista ou o laringologista. Pode, ainda, trabalhar com o professor de canto. A voz sofre muita influência de hormônios e de nossas emoções. É comum ouvir pessoas que estão muito tristes ou nervosas, roucas. A rouquidão é um tipo de disfonia.[12]

A incapacidade de produzir a voz é chamada de afonia.[12]

Timbre

timbre da voz humana depende das várias cavidades que vibram em ressonância com as pregas vocais. Aí se incluem as cavidades ósseas, cavidades nasais, a boca, a garganta, a traqueia e os pulmões, bem como a própria laringe.[17]

Frequência

A mais baixa frequência que pode dar a audibilidade a um ser humano é mais ou menos a de 20 hertz (vibrações por segundo), enquanto a mais alta se encontra entre 10 000 e 20 000 hertz, o que depende da idade do ouvinte (quanto mais idoso menores as frequências máximas ouvidas). A frequência comum de um piano é de 40 a 4 000 hertz e a da voz humana se encontra entre 50 e 3 400 hertz.[16][11]

O recorde de registro (tessitura) de voz mais alta pertence a Georgia Brown, que possui o registro de exatas oito oitavas (G2 à G10), o que é mais alto do que qualquer nota de piano.[7]

Referências

  1.  SOUZA, Marli Soares de; GOMES, Rosana M.; GUEDES, Juliana Mascarenhas. VOZ HUMANA E COMUNICAÇÃO. Universidade Fumec - 50 Anos, Belo Horizonte, p. 1-6, 15 maio 2015.
  2.  Emotion, Affect and Personality in Speech (em inglês). [S.l.: s.n.]
  3.  Vilela FCA, Ferreira LP. Voz na clínica fonoaudiológica: grupo terapêutico como possibilidade. Dist Comun. 2006; 18(2):235-43.
  4.  OLIVEIRA, João. A Importancia da saúde vocal para profissionais. Rev. Espaço Aberto, Ago/2013. Ed. 152. USP. São Paulo.
  5.  ANDRADE, Luciana Dantas Farias de et al. A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE VOCAL EM DIFERENTES CATEGORIAS PROFISSIONAIS: uma revisão integrativa. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 1, n. 13, p. 432-441, jul. 2015.
  6. ↑ Ir para:a b c d e f g h i Fuller, Donald R.; Pimentel, Jane T.; Peregoy Barbara M. Anatomia e fisiologia aplicadas à fonoaudiologia [ tradução Joana Cecilia Baptista Ramalho Pinto], 1. ed., Barueri, SP, Manoele, 2014.
  7. ↑ Ir para:a b c d e webe0601 (5 de fevereiro de 2019). «Lions Voice Clinic»Medical School - University of Minnesota (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2022
  8.  Spazzapan, Evelyn Alves; Marino, Viviane Cristina de Castro; Cardoso, Vanessa Moraes; Berti, Larissa Cristina; Fabron, Eliana Maria Gradim (25 de novembro de 2019). «Acoustic characteristics of voice in different cycles of life: an integrative literature review»Revista CEFAC (em inglês): e15018. ISSN 1516-1846doi:10.1590/1982-0216/201921315018. Consultado em 14 de junho de 2023
  9. ↑ Ir para:a b CIELO, Carla Aparecida; BEBER, Bárbara Costa; MAGGI, Celina Rech; KÖRBES, Daiane; OLIVEIRA, Clarissa Flores; WEBER, Danúbia Emanuele; TUSI, Aline Ramos. Disfonia funcional psicogênica por puberfonia do tipo muda vocal incompleta: aspectos fisiológicos e psicológicos. Estudos de Psicologia (Campinas), [S.L.], v. 26, n. 2, p. 227-236, jun. 2009. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-166x2009000200010.
  10.  GLÓRIA, Ana Olivia da Silva et al. PADRONIZAÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DA VOZ CANTADA EM CORAIS DA REGIÃO SUL - CAPIXABA. Revista Digital Academia: Crefono1, Capixaba, v. 1, n. -, p. 1-10, out. 2016.
  11. ↑ Ir para:a b c «Breath-Stream Dynamics»www.rothenberg.org. Consultado em 26 de maio de 2022
  12. ↑ Ir para:a b c d Clippinger, D. A. (David Alva) (7 de out. de 2006). The Head Voice and Other Problems: Practical Talks on Singing. [S.l.: s.n.]
  13.  «UCL Phonetics & Linguistics»web.archive.org. 24 de setembro de 2006. Consultado em 26 de maio de 2022
  14.  FRAGOSO, Lygia Bueno. ANÁLISE COMPARATIVA DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL DE REFERÊNCIA EM INDIVÍDUOS COM ALTERAÇÕES DOS NÚCLEOS DA BASE. 2010. 55 f. TCC (Graduação) - Curso de Fonoaudiologia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010.
  15.  MIGUEL, Fábio. Registro vocal: uma abordagem conceitual. Ouvirouver, Uberlândia, v. 8, n. 2, p. 26-35, dez. 2012.
  16. ↑ Ir para:a b c Kruszelnicki, Karl S. (19 de março de 2002). «Speak and Choke 1»www.abc.net.au (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2022
  17.  Kruszelnicki, Karl S. (19 de março de 2002). «Speak and Choke 1»www.abc.net.au (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2022

Ligações externas

SANTA BERNARDETTE SOUBIROUS - (BERNARDA) - VIDENTE DE LOURDES - 16 DE ABRTIL DE 2024

 

Bernadette Soubirous

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bernadette Soubirous
Marie-Bernarde Soubirous
Bernadeta Sobirós (occitano)
Santa Bernardette Soubirous
Nascimento7 de janeiro de 1844
Lourdes
Morte16 de abril de 1879 (35 anos)
Nevers
ProgenitoresMãe: Luísa Castèrot
Pai: Francisco Soubirous
Veneração porIgreja Católica
Beatificação12 de junho de 1925
Roma
por Papa Pio XI
Canonização8 de dezembro de 1933
Roma
por Papa Pio XI
Festa litúrgica16 de abril (na França, 18 de fevereiro)
Padroeirapessoas doentespastores
 Portal dos Santos

Bernadette Soubirous (Lourdes7 de janeiro de 1844 – Nevers16 de abril de 1879) foi uma religiosa francesacanonizada pela Igreja Católica. É conhecida por ter sido a menina a quem a Virgem Maria apareceu em Lourdes, na França, quando tinha catorze anos de idade.

Biografia

Nascida "Marie-Bernarde Soubirous" filha de um pobre moleiro chamado François "Francisco" Soubirous (1807–1871) e de Louise "Luisa" Casteròt (1825–1866), a francesa Bernadette foi a primeira de nove filhos. Na infância, ela trabalhou como pastora e criada doméstica. O pai esteve preso sob a acusação de furto de farinha, contudo foi absolvido.[1]

Durante os dez primeiros anos, a menina morou no moinho de Boly (onde nasceu).[2] Passando por graves dificuldades financeiras, a família mudou-se depois para Lourdes, onde vivia em condições de miséria, morando no prédio da antiga cadeia municipal, que fora abandonado pouco antes. Apesar de parecer insalubre, todos viviam no andar superior do edifício, ocupado pelo primo de Francisco Soubirous, pai de Bernadette. Era um buraco infecto, sombrio, e a divisão inabitável da antiga prisão abandonada por causa da insalubridade.

Desde pequena, Bernadette teve a saúde debilitada devido à extrema pobreza de sua habitação. Nos primeiros anos de vida foi acometida pela cólera, o que a deixou extremamente enfraquecida.[3] E, por causa também do clima frio no inverno, adquiriu asma, aos 10 anos. Tinha dificuldades de aprendizagem formal e na catequese, o que fez com que a sua primeira comunhão fosse atrasada. Não pôde frequentar a escola, mantendo-se analfabeta até os 14 anos.

No dia 11 de fevereiro de 1858, em Lourdes — cidade com cerca de quatro mil habitantes —, Bernadette disse ter visto a aparição de uma "senhora" envolta de uma luz na gruta denominada massabielle ( "pedra velha" ou "rocha velha"), junto à margem do rio Gave. Outras aparições sucederam até que Bernadette perguntou à "senhora" quem ela era. Segundo seu relato ao pároco local, Pe. Dominique, a resposta foi: "Eu sou a Imaculada Conceição".[3] O que causou espanto e comoção ao padre, que sabia que a moça não estava inventando: ela não tinha nenhum conhecimento do significado de suas palavras, muito menos conhecimento do dogma "Imaculada Conceição", então recentemente promulgado pelo Papa.

Enquanto o assunto era submetido à hierarquia eclesiástica, que se comportava com cética prudência, curas cientificamente inexplicáveis foram verificadas na gruta de "massabielle". Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, surgiu sob as mãos de Bernadette uma fonte — que jorra água até os dias de hoje, cerca de cinco mil litros por dia.

Sofrimento para atestar a verdade

Bernadette afirmou ter tido 18 visões da Virgem Maria, no mesmo local, entre 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858. E defendeu a autenticidade das aparições com uma firmeza incomum para uma adolescente com temperamento humilde e obediente, além de níveis baixíssimos de instrução e sócio-econômico. Manteve-se contra a opinião de sua família, do clero e das autoridades públicas. Foi submetida, pelas autoridades civis, a métodos de interrogatórios, constrangimentos e intimidações inadmissíveis. Mas nunca vacilou em afirmar, com toda a convicção, a autenticidade das aparições, o que fez até a sua morte, em 1879.

Em 1860, para fugir à curiosidade geral e assédio, Bernadette refugiou-se, como "pensionista indigente", no Hospital das Irmãs da Caridade de Nevers, em Lourdes. Ali recebeu instrução e, em 1861, fez de próprio punho o primeiro relato escrito das visões de Nossa Senhora. No dia 18 de janeiro de 1862, Monsenhor Bertrand Sévère Laurence, Bispo de Tarbes, reconheceu pública e oficialmente a realidade do fato das aparições.

Em julho de 1866, Bernadette inicia o noviciado no convento de Saint-Gildard e, em 30 de outubro de 1867, faz a profissão de religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Dedicou-se à enfermagem até ser imobilizada, em 1878, pela doença que lhe causou a morte.[4]

Uma imensa multidão[4] assistiu ao seu funeral, em 19 de abril de 1879, sendo necessário ser adiado por causa da grande afluência de pessoas. Em 20 de agosto de 1908, Monsenhor Gauthey, bispo de Nevers, constituiu um tribunal eclesiástico para investigar "o caso Bernadette Soubirous".

Centro de peregrinações

Casa da Família Soubirous.

Em virtude das divulgadas manifestações divinas nos arredores da cidade, uma grande massa peregrinatória se formou em direção à gruta, estimulada pelos rumores de curas milagrosas por intermédio da água da fonte de Nossa Senhora de Lourdes.

A pedido do comissário de polícia, Jacomet, o prefeito de Lourdes, Alexis Lacadé, tomou a decisão de proibir, a partir de 8 de junho de 1858, o acesso à gruta. Três meses depois, o Imperador Napoleão III e a Imperatriz Eugênia estavam em Biarritz. E a imperatriz, informada dos acontecimentos ocorridos em Lourdes, solicitou ao imperador que pedisse explicações ao arcebispo de Auch, metropolitano de Tarbes e Lourdes. Depois, determinou ao ministro de Cultos: "Desejo que o acesso à gruta fique livre, como também o uso da água do manancial." No dia 2 de outubro de 1858, foi retirada a proibição de acesso à Gruta de Massabielle. E Lourdes, rapidamente, tornou-se um dos mais importantes centros de peregrinação da cristandade, até hoje.

Milagres em vida

O milagre do círio

Segundo o biógrafo de Bernadette, Francis Trochu, os fatos foram acompanhados de perto pelo doutor Douzous, na época médico de Lourdes — um burguês conhecido por sua ciência e filantropia, mas que não era frequentador da Igreja, salvo em eventos sociais ou festas oficiais. Em razão do "milagre do círio", em 7 de abril de 1858, durante a 17.ª aparição da Virgem, o Dr. Douzous se convenceu da boa-fé de Bernadette. Naquele dia, o médico observou que enquanto se encontrava em "êxtase" Bernadette tinha na mão direita um círio grande aceso, e, a certa altura, todos viram com assombro e pavor a chama do círio enrolar-se à volta da sua mão esquerda sem a queimar.[5]

O médico observou o fenômeno atentamente com o relógio em punho: o acontecimento durou 15 minutos. Ao fim do êxtase, ele examinou a mão de Bernadette e não viu sinal de queimadura. Tentou, então, aproximar a chama das suas mãos após a sua volta ao estado normal, o que a fez reagir e gritar: "Mas o senhor está queimando-me". Perplexo, o médico declarou acreditar por ter visto com os próprios olhos.

A cura de uma deficiente

Catarina Latapié, após uma queda de um carvalho, no qual subira para tirar bolotas para os porcos, teve o braço deslocado e dois dedos da mão direita dobrados, paralisados. O fato aconteceu em outubro de 1856, e o médico só conseguiu consertar o seu braço, mas os dedos não tiveram jeito. E isso a impedia de fazer o seu trabalho, não a deixava tricotar e nem fiar; estava sendo a sua ruína.[6]

Apesar de encontrar-se grávida de 9 meses, saiu a pé de sua casa na noite do dia 28 de fevereiro para Lourdes, distante 7 quilômetros, levando os seus dois filhos mais novos. Assistiu à Aparição do dia 1.º de março e fez fervorosas preces a Deus por intercessão de Nossa Senhora, pedindo a cura dela. Terminada a aparição, sobe até o fundo da gruta e mergulha a mão na fonte que tinha formado, cujas águas deslizavam mansamente formando um pequeno regato que corria para o Gave.[7] E fica curada.

A cura de um tuberculoso

Uma mãe, cujo filho era portador da tuberculose, desenganado pela medicina, vai até o Convento onde Bernadette se encontrava, levando consigo a coberta do berço da criança, com pretexto de que o bordado não estava terminado. Sempre disposta a ajudar, Bernadette termina o bordado da manta, decorando-a com motivos e rendas rebuscadas. Após deitar a criança doente no berço forrado, ela se cura milagrosamente de sua enfermidade.[8]

A cura de uma menina que não andava

Em outra oportunidade, uma mãe com sua filha, que tinha uma incurável enfermidade que a impedia de andar, decidiu levá-la ao Convento. Enquanto falava à mãe, a Madre confiou a menina aos braços de Bernadette, recomendando que não a pusesse no chão. Quando a Superiora foi procurá-la, encontrou-a chorando, com receios de ser censurada. É que a criança debatera-se de tal modo nos braços de Bernadette, que ela se viu obrigada, apesar da proibição, a colocá-la no chão, por onde andava e corria com toda alegria, em volta dela.[9]

Impacto de suas visões

Assim como qualquer local onde houve ou há manifestações de uma força sobrenatural, Lourdes é hoje um grande centro de peregrinação católica, com cerca de 6 milhões de visitantes anuais,[10] interessados não somente no turismo religioso, mas também na históriaarquitetura e belezas naturais singulares da pequena cidade.[11] Tal massa turística injeta dezenas de milhões de euros no comércio geral, o que transforma Lourdes numa parte importante do PIB francês. Além disso, as visões de Bernadette, junto às de Fátima, em Portugal, foram as mais famosas de uma série de manifestações Marianas (de Maria) que fortaleceram ainda mais a veneração à Nossa Senhora, mãe de Jesus. Houve também a confirmação do dogma da Imaculada Conceição, que fora declarado pelo Papa pouco tempo antes.[12]

Canonização

Em 8 de Dezembro de 1933, festa da Imaculada Conceição, Bernadette foi canonizada como Santa Bernadette Soubirous, pelo Papa Pio XI, depois de terem sido reconhecidas pela Santa Sé as virtudes pessoais e curas milagrosas a ela atribuídas após a morte. Sua festa litúrgica é celebrada na Igreja Católica no dia 16 de abril. Na França, é celebrada no dia 18 de fevereiro. A ela têm sido atribuídos vários milagres. Em 1983, o Papa João Paulo II esteve em Lourdes em peregrinação, e ali retornou em agosto de 2004.

Veneração popular

Bernadette Soubirous é, seguramente, uma das personalidades femininas mais veneradas por dulia ao redor do mundo. Tal título, pode ser expresso pelo relativamente curto período de tempo a qual foi sujeita às burocracias impostas pela Santa Sé para que lhe fosse autorizado o culto público legal. O fato de seu corpo incorrupto (o qual lhe rendeu o nome popular de "Santa Dormente"), seus supostos milagres não-póstumos e as crenças acerca de suas visões da Virgem Maria em Lourdes, foram fatores decisivos para que a população de Nevers, onde morreu, da França e até mesmo da Europa rapidamente a incorporassem como santa, até mesmo antes de sua morte. Pressionados pela grande massa popular que queria Bernadette canonizada, o então Papa autorizou seu culto como venerável.

Corpo incorrupto

Primeira exumação

O túmulo com o corpo incorrupto de Santa Bernadette de Lourdes encontra-se exposto para devoção pública no Convento de Saint Gilard em Nevers.
corpo incorrupto de Santa Bernadette de Lourdes, após quase 150 anos.[13]

Após quase 150 anos, não existe o mínimo sinal de putrefação. Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado e o corpo encontrado intacto.

Relatório dos Drs. David e Jordan, que conduziram a primeira exumação:[14]

“O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos. Não notamos nenhum odor. O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadette. O Hábito estava úmido. Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos." "A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos. As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras […] Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar. As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço." "Os pés estavam enrugados e as unhas intactas, Quando o Hábito foi removido, e o véu levantado de sua cabeça, pôde se observar um corpo rígido, pele esticada […] Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação […] O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão. O joelho direito estava mais largo que o esquerdo. As costelas e músculos se observavam sob a pele […] "O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro […]" Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade.

Nevers, 22 de setembro de 1909, Drs. Ch. David, A. Jourdan.”

Em 23 de outubro de 1909 é aberto o processo ordinário na Sagrada Congregação de Ritos, em 13 de agosto de 1913 segue-se o processo apostólico sob o controle direto da Santa Sé.

Segunda exumação

Dez anos depois da primeira exumação, em 1919, houve uma nova exumação do corpo de Santa Bernadette, conduzida pelos Doutores Talon e Comte, com a presença do Bispo da cidade de Nevers, bem como do Comissário de Polícia e representantes da municipalidade e da igreja. A situação encontrada foi exatamente a mesma da primeira exumação.

Parte do relatório do Dr. Comte, sobre esta segunda exumação:

“Deste exame, concluo que permanece intacto o corpo da Venerável Bernadette, esqueleto completo, músculos atrofiados, mas bem preservados; apenas a pele, que estava enrugada, pelos efeitos da umidade do caixão. […] O corpo não estava em putrefação nem decomposição, o que seria esperado como normal, após quarenta anos de seu sepultamento."

Nevers, 3 de abril de 1919, Dr. Comte.

Terceira exumação e Beatificação

A 18 de novembro de 1923 o Papa Pio XI assina o decreto que reconhece a heroicidade das virtudes de Bernadette.

Uma terceira exumação foi efetuada em 12 de Junho de 1925, para a retirada das “Relíquias”, logo após sua beatificação. A canonização viria oito anos mais tarde, em 1933.

Sobre esta última exumação, escreveu o Dr. Comte em seu relatório:

“Eu queria abrir o lado esquerdo do tórax para retirar algumas costelas e então remover o coração, o qual eu tinha certeza que estaria intacto. Porém, como o tronco estava levemente apoiado no braço esquerdo, haveria dificuldade em ter acesso ao coração. Como a Madre Superiora expressou o desejo de que o coração de Santa Bernadette não fosse retirado, bem como também este era o desejo do Bispo, mudei de ideia de abrir o lado esquerdo do tórax, e apenas retirei duas costelas do lado direito, que estavam mais acessíveis. O que mais me impressionou durante esta exumação foi o perfeito estado de conservação do esqueleto, tecidos fibrosos, musculatura flexível e firme, ligamentos e pele após 46 anos de sua morte. Após tanto tempo, qualquer organismo morto tenderia a desintegrar-se, a se decompor e adquirir uma consistência calcária. Contudo, ao cortar, eu percebi uma consistência quase normal e macia. Naquele momento, eu fiz esta observação a todos os presentes de que eu não via aquilo como um fenômeno natural.”

Uma urna de cristal foi confeccionada para guardar o corpo de Santa Bernadette. As freiras cobriram seu rosto e as mãos com uma camada fina de cera e, desse jeito, foi colocada dentro da urna. Esta urna com seu corpo ainda quase incorrupto encontra-se desde 3 de agosto de 1925 na Igreja de Saint Gildard, em Nevers, França.[13] As Irmãs de Nevers não enclausuraram sua urna, estando livre para visitação e encorajam os visitantes a se aprofundarem mais no estudo do exemplo de vida e mensagens deixadas pela Irmã Santa.[14]

Curas extraordinárias

Nossa Senhora de Lourdes.

Desde 1856 funciona no Santuário o Bureau de constatations médicales (Comissão de exames médicos) que é chefiado por um médico indicado pelo bispo de Tarbes. As curas ali ocorridas e aparentemente inexplicáveis do ponto de vista científico são examinadas pelo chefe do bureau e por uma junta especialmente convocada para o ato, formada por todos os médicos que porventura se encontrarem em Lourdes no momento, independentemente da sua religião. Se mais de três quartos dos integrantes da junta considerarem que a cura é inexplicável o caso é submetido ao Comitê Médico Internacional de Lourdes.

O Comitê é formado por vinte médicos notáveis de várias especialidades e de diversas nacionalidades e religiões, inclusive ateus e agnósticos; se pelo voto de dois terços considerarem o caso "inexplicável pela ciência" o assunto é encaminhado ao bispo da diocese da pessoa curada que, depois de examinar aspectos morais, teológicos e canônicos, pode declarar ou não a ocorrência de milagre.

O Comitê tem sido rigoroso, apesar da grande fama de Lourdes como centro na realização de curas (mais de sete mil já foram listadas), o comitê até ao ano de 2004 reconheceu apenas 66 curas[15] realmente inexplicáveis do ponto de vista médico e científico.

O principal biógrafo de Bernadette é Francis Trochu que trata amplamente do caso das aparições, apoiando-se em testemunhos e documentos de época.

Sesquicentenário das aparições

Em 5 de dezembro de 2007, a Santa Sé tornou público decreto pelo qual o Papa Bento XVI concede aos fiéis a indulgência plenária por motivo do 150.º aniversário das "aparições da Bem-aventurada Virgem Maria" em Lourdes (In occasione del 150° anniversario della manifestazione della Beata Vergine Maria nella Grotta di Massabielle, vicino a Lourdes). De acordo com o decreto, que foi subscrito pelo cardeal James Francis Stafford e pelo bispo Gianfranco GirottiO.F.M. Conv., respectivamente Penitenciário Maior e Regente da Penitenciária Apostólica aqueles que fizerem uma peregrinação a Lourdes entre 8 de dezembro de 2007 e 8 de dezembro de 2008 e cumprirem as condições estabelecidas ou "Se de 2 de fevereiro de 2008 (…) até 11 de fevereiro de 2008, memória litúrgica da Bem-aventurada Virgem Maria de Lourdes e 150.º aniversário da aparição, visitam em qualquer templo, oratório, gruta ou lugar decoroso a imagem bendita da Virgem Maria, exposta solenemente à veneração pública e ante a mesma participam em um ato de devoção mariana ou ao menos recolhem-se em meditação e concluem com a oração do Pai Nosso, o Credo (…) e a invocação da Bem-aventurada Virgem Maria."[16][17][18]

Encíclicas relacionadas

Carta sobre as aparições

O documento mais significativo acerca das aparições e da própria Bernadette, é uma carta datada de 1862, onde Bernadette relata com clareza todo o ocorrido durante as dezoito visões. Somente parte da carta está disponível ao acesso público:

Representações na cultura

Bernadette Soubirous foi representada por Jennifer Jones na cinebiografia A Canção de Bernadette, dirigida por Henry King em 1943. A atuação de Jones lhe valeu um Oscar de melhor atriz, além de um Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático.

Ver também

Bibliografia

  • TROCHU, Francis. Bernadette SoubirousISBN 0-89555-253-1ISBN 978-0895552532.
  • CARROLL, Michael P. The Virgin Mary at La Salette and Lourdes: Whom Did the Children See? Journal for the Scientific Study of Religion, Vol. 24, N.º 1 (Mar., 1985), pp. 56–74.
  • LAURENTIN, René. Bernadete a Santa de Lourdes. Paulinas, 1994.
  • ORIENTE FRANCIULLI, Paulo. O milagre de Calanda. São Paulo: Quadrante, 2004. ISBN 85-7465-088-9

Referências

  1.  «LOURDES»cheiadegraca.free.fr. Consultado em 8 de janeiro de 2021
  2.  «Nas pegadas de Bernadette». Consultado em 19 de fevereiro de 2014
  3. ↑ Ir para:a b «Lourdes (França) : Stefan Rohner : individuais : exposições : pontos.de.vista»www.pontosdevista.net. Consultado em 8 de janeiro de 2021
  4. ↑ Ir para:a b «Título ainda não informado (favor adicionar)». Groups.msn.com
  5.  eau-de-lourdes.com
  6.  «Cheia de graça - Suposta cura de Catarina Latapié». Cheiadegraca.free.fr
  7.  «Fonte "milagrosa" de Lourdes». Reinodavirgem.com.br
  8.  «Derradeiras GraçasCircunstâncias da suposta cura por intermédio de Bernadette Soubirous». Derradeirasgracas.com
  9.  «Cura de um aleijado». Gigabusca.com.br
  10.  «ZENIT». Zenit.org
  11.  «Turismo em Lourdes]». Br.franceguide.com
  12.  «Universo Católico Circunstâncias confirmatórias da Bula Inefalibilis Deus ortogada pelo então Papa pouco tempo antes». Universocatolico.com.br
  13. ↑ Ir para:a b «The Not-Quite Incorruptible St. Bernadette of Lourdes» (em inglês). Atlas Obscura. Consultado em 24 de janeiro de 2021
  14. ↑ Ir para:a b «The Body of Saint Bernadette» (em inglês). Catholic Pilgrims. Consultado em 8 de setembro de 2013
  15.  «ArrabalLista de curas aprovadas pelo conselho para canonização do Vaticano». Arrabal.org
  16.  «Indulgenza Plenaria nel 150° anniversario delle apparizioni della Beata Vergine Maria a Lourdes»www.vatican.va. Consultado em 8 de janeiro de 2021
  17.  «Globo Online]». Oglobo.globo.com
  18.  «Papa oferece indulgências a visitantes da basílica de Lourdes - 05/12/2007 - UOL Últimas Notícias»noticias.uol.com.br. Consultado em 8 de janeiro de 2021

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