Boa tarde,
Na cidade portuária francesa de Calais há uma zona conhecida como “a selva”, um enorme bairro da lata onde sobrevivem milhares de refugiados e migrantes de todas as paragens e de todos os tipos que almejam chegar a Inglaterra. A situação, tanto nessa zona como na cidade, está a tornar-se explosiva, como conta o enviado do Expresso Daniel Ribeiro, que está por lá. Os incidentes na cidade com refugiados aumentam, as autoridades pedem a intervenção do exército, forças policiais cercam “a selva”, e ao ladodesta acaba de ser aberto um conjunto “oficial” de abrigos que já é conhecido como… “selva-chique”. Vale a pena ler a reportagem do Daniel Ribeiro, para perceber quão volátil é a situação na zona onde milhares de pessoas tentam entrar – ilegalmente - de qualquer maneira em qualquer veículo que os possa fazer atravessar o Canal da Mancha e chegar ao Reino Unido.
Outro tema em destaque nesta edição é sobre o vírus zika, cuja disseminação (acaba de chegar à Dinamarca) está aalarmar o mundo. A Christiana Martins falou com a médica com mais casos de microcefalia de recém-nascidos no Brasil, por causa da infeção das mães. A médica, de Pernambuco, onde a epidemia brasileira começou, não tem dúvidas : “É toda uma geração que está comprometida”.
Para tentar ”explicar o mundo”, o Expresso tem um novo programa em web vídeo. Chama-se 2:59 e o primeiro deles analisa os quês e porquês dos preços da gasolina. Se o petróleo está barato, porque é que a gasolina está cara?. O Pedro Santos Guerreiro explica tudo.
O “caso” político do dia foi o Orçamento, sobre o qual aComissão Europeia pediu explicações ao Governo.Lisboa tem até sexta-feira para responder a Bruxelas, que não ficou satisfeita com o esforço de 0,2% do PIB proposto por Costa-Centeno para 2016, quando o Conselho tinha recomendado em julho que o esforço fosse de 0,6%. A diferença é de “apenas” 0,4%, mas este “apenas” representa uma “pipa” de massa. O João Silvestre e a Susana Frexes analisam o que está em causa.
A nível internacional também houve por estes dias um “caso”: o das estátuas de nus que as autoridades italianas taparam para não ferir as suscetibilidades do Presidente do Irão, de visita ao país (e passagem por locais onde essas obras se encontravam). Foi autocensura? Foi a pedido de Teerão? A dúvida persiste, mas o ministro português da Cultura, João Soares, é que não tem dúvidas: “Em Portugal, as estátuas não seriam tapadas”, disse ao Pedro Cordeiro, que conta os contornos deste caso.
O outro tema maior do dia é sobre a sucessão na liderança da Caixa Geral de Depósitos. A administração liderada por José de Matos está a chegar ao fim e já foram convidadas duas pessoas, contam o João Vieira Pereira e a Anabela Campos. Mas a coisa não está fácil, por causa do salário do novo presidente da Caixa, 16.578 euros brutos, bem inferior ao auferido pelos seus concorrentes da banca privada.
Ainda no Expresso Diário desta quarta-feira, um artigo sobre uma exposição de homenagem ao criador de Lucky Luke, o cowboy que dispara mais rápido do que a própria sombra; a habitual página de turismo; o também habitual conjunto de notícias sobre artes, espetáculos e entretenimento; e a opinião, hoje a cargo do João Vieira Pereira e dos habituais Henrique Monteiro, Daniel Oliveira e Henrique Raposo.
Boas leituras e um bom resto de dia
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