Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
© ReutersAcompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

10h43 – Moscovo prevê que PIB russo caia cerca de 10% este ano

O Governo russo estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do país irá cair cerca de 10% este ano, disse hoje o ex-ministro das Finanças e atual presidente do Tribunal de Contas da Rússia, Alexei Kudrin.

"Os ministérios das Finanças e Economia estão a avaliar a previsão do declínio do PIB este ano. Vai certamente diminuir: a previsão oficial é de uma queda de cerca de 10%", afirmou Kudrin, citado pela agência noticiosa oficial TASS, numa intervenção na comissão orçamental do Senado russo.

Advertiu ainda que esta contração da economia terá um impacto nos orçamentos, bem como no cumprimento das leis orçamentais adotadas em todas as entidades da Federação Russa.

Kudrin disse que o Ministério das Finanças está a realizar uma redistribuição de recursos no quadro do orçamento.

"Este ano teremos de fazer mais trabalho, também na monitorização destas questões", acrescentou.

(Agência Lusa)

10h25 – Zelensky pede sanções da UE ao petróleo e bancos russos

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu esta terça-feira à União Europeia que imponha sanções a todos os bancos e petróleo russos.

Pediu ainda que seja estabelecido um prazo para encerrar as importações de gás russo.

As declarações foram feitas numa participação por videochamada no Parlamento lituano.

10h05 – Putin diz que Rússia alcançará objetivos “nobres” na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, disse esta terça-feira que a “operação militar” de Moscovo na Ucrânia irá “sem dúvida alcançar objetivos nobres”.

Putin, citado por agências de notícias russas, afirmou ainda que não teve outra escolha a não ser lançar uma operação militar para proteger a Rússia e que um confronto com as forças anti-russas da Ucrânia era inevitável.

O líder acrescentou que as forças russas estão a "agir com bravura e eficiência, usando as armas mais modernas".

09h07 – Forças apoiadas pela Rússia negam uso de armas químicas em Mariupol

As forças separatistas apoiadas pela Rússia dizem não ter usado armas químicas para assumir o controlo da cidade de Mariupol, apesar das acusações ucranianas em contrário, disse hoje Eduard Basurin, comandante separatista, à agência de notícias Interfax.

08h36 – Rússia diz ter destruído depósitos de munições em duas regiões ucranianas

O Ministério russo da Defesa disse esta terça-feira que os seus mísseis destruíram depósitos de munições nas regiões de Khmelnytskyi e Kiev, na Ucrânia.

A entidade referiu ainda que as forças russas atacaram um hangar na base aérea de Starokostiantyniv.

08h26 – Japão congela bens de mais 398 russos, incluindo filhas de Putin

O Japão anunciou hoje a imposição de novas sanções à Rússia devido à invasão da Ucrânia, com o congelamento dos bens de 398 russos no país, incluindo as filhas do presidente russo, Vladimir Putin.

"Para evitar que a situação se agrave ainda mais e chegar a um cessar-fogo para pôr fim à invasão o mais rapidamente possível, é necessário adotar sanções severas", disse, numa conferência de imprensa, o porta-voz do Governo japonês, Hirokazu Matsuno.

"Atos hediondos e desumanos estão a ser revelados não apenas em Bucha, mas também em muitos outros lugares. A morte de civis inocentes viola o direito internacional e é um crime de guerra", disse Matsuno.

O Japão adicionou Ekaterina Tikhonova e Maria Vorontsova, filhas de Putin, e Maria Lavrova e Ekaterina Lavrova, mulher e filha, respetivamente, do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, a uma lista que já conta 499 indivíduos.

A maioria dos indivíduos incluídos na lista está ligada à Duma, câmara baixa do Parlamento russo, e às forças militares da Federação Russa.

(Agência Lusa)

08h07 – Nokia suspende negócios na Rússia

A fabricante de equipamentos de telecomunicações decidiu sair do mercado russo, anunciou o seu diretor à agência Reuters. A decisão afetará cerca de 2.000 trabalhadores.

Embora vários setores, incluindo telecomunicações, tenham estado isentos de algumas sanções por motivos humanitários, a Nokia disse que deixar a Rússia era a única opção.

“Simplesmente não vemos possibilidades de continuar no país nas atuais circunstâncias”, disse o presidente-executivo, Pekka Lundmark.

O responsável acrescentou que a Nokia continuará a apoiar os clientes durante o processo de saída e não foi esclareceu quanto tempo demorará a retirada.

07h31 - “Todas as opções estão em cima da mesa” se Rússia usar armas químicas, diz Reino Unido

O ministro das Forças Armadas britânicas, James Heappey, disse esta terça-feira que haverá consequências caso a Rússia utilize armas químicas na Ucrânia.

"Algumas coisas ultrapassam todos os limites, e o uso de armas químicas terá uma resposta. Todas as opções estão em cima da mesa para o que essa resposta poderá ser", assegurou Heappey à estação SkyNews.

O aviso chega um dia depois de a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, ter declarado que o Reino Unido está a trabalhar com os seus parceiros para verificar os pormenores dos relatos sobre o uso de agentes químicos num ataque a Mariupol.

07h20 - Ucrânia anuncia acordo sobre nove corredores humanitários

A vice-primeira-ministra ucraniana anunciou esta manhã que foi alcançado um acordo para a abertura de nove corredores humanitários para a retirada de civis, incluindo na cidade sitiada de Mariupol.

A retirada será feita através de veículos privados.

Num comunicado, Iryna Vereshchuk avançou que cinco desses nove corredores serão abertos na região de Luhansk, a leste do país, que a Ucrânia diz estar a ser alvo de fortes bombardeamentos.

 Ponto de situação:

  • Mais de 10 mil civis ucranianos morreram durante o cerco russo a Mariupol, refere o presidente da Câmara daquela cidade portuária estratégica no sudeste da Ucrânia. Contando com militares, podem ser mais de 20 mil os mortos neste conflito, acrescenta.
  • Portugal vai enviar "em breve" mais de 99 toneladas de material médico e militar para a Ucrânia, adiantou a ministra da Defesa, Helena Carreiras, na rede social Twitter.
  • O presidente ucraniano afirmou que as forças russas podem vir a usar armas químicas na Ucrânia, mas não disse se estas já foram usadas.

  • A Rússia declarou um alerta terrorista no norte da península da Crimeia, anexada em 2014, e em outras quatro regiões do sul do país, três das quais limítrofes da Ucrânia, que invadiu a 24 de fevereiro.

  • A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma "investigação independente" aos vários relatos de violações e violência sexual contra mulheres na guerra na Ucrânia, de forma a garantir justiça e responsabilidade por esses crimes.

  • O chanceler austríaco, Karl Nehammer, disse ter saído "bastante pessimista" da reunião com Vladimir Putin, em Moscovo. Não há respostas positivas para praticamente todos os assuntos da agenda.
  • Portugal decidiu retomar atividades diplomáticas em Kiev e a embaixada na capital ucraniana voltará a estar em plenas funções assim que a situação de segurança o permitir, provavelmente dentro de algumas semanas, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros.