Caros Amigos:
NÃO SE CONFUNDA A OBRA PRIMA DO MESTRE
COM A PRIMA DO MESTRE DE OBRAS ...
"A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR"
Em dia de mais um aniversário (61 anos) da minha admissão ao serviço da Classe Bancária, e conforme decisão pessoal tomada há alguns anos atrás, (e, enquanto me encontrar no uso pleno das minhas faculdades) - correndo o risco de me tornar aborrecido e repetitivo para algumas pessoas -, permito-me vir acrescentar mais alguns dados sobre a minha carreira no SBN, onde trabalhei durante 40 anos, com o maior empenho profissional, e com muito orgulho, em prol da Classe Bancária.
Faço este esclarecimento, que acho deveras importante, porquanto, parece que alguns Colegas da Classe Bancária, terão estabelecido alguma confusão com o papel que porventura eu tenha efetuado com as negociações sobre o Estatuto e Regulamento da Instituição SAMS.
A responsabilidade destes trabalhos (E DE TUDO O RESTO) nas reuniões efetuadas entre os Sindicatos é apenas exclusiva dos seus Dirigentes e Staffs técnicos que os acompanhavam.
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O que vou descrever, em seguida, são apenas os factos que ocorreram sob a minha inteira responsabilidade e iniciativa:
15 de Setembro de 1975 - Os telefonemas com que alertei - através dos meus contactos com as Chefias momentâneas do SBC e do SBSI - os Dirigentes dos três Sindicatos para que se iniciassem reuniões mensais nas três zonas respectivas.
15 de Outubro de 1975 - Reunião em Coimbra
25 de Novembro de 1975 - reunião no Porto
13 de Dezembro de 1975 - reunião em Lisboa
Nestas reuniões e com a minha presença (para tomar notas, dar sugestões, etc.) explanaram-se todas as situações que levaram à organização dos Serviços, admissões de médicos e restante pessoal administrativo e de apoio,
Na última reunião, estando já praticamente tudo pronto a arrancar, faltava o nome e a sigla da instituição que ia nascer. Dentre várias propostas apresentadas, foi aprovada precisamente aquela que eu tinha apresentado: SAMS-Serviços de Assistência Médico-Social dos Bancários.
Embora a Instituição fosse única, foi deliberado que cada Sindicato geriria individualmente cada área. Assim o SAMS-CENTRO designou a área de Coimbra; o SAMS-SUL designou a área de Lisboa e Ilhas, e o SAMS-NORTE a área do Porto. O início de actividade ficou determinado para Fevereiro de 1976 (SBC/SBSI) e Janeiro de 1976 (SAMS-NORTE). Claro que estas decisões foram tomadas TODAS pelos Dirigentes e Staffs dos três Sindicatos e não por mim.
Algumas das propostas por mim efetuadas, foram aprovadas, por UNANIMIDADE.
1ª - O nome dado à Instituição (13-12-75);
2ª - Proposta sobre o valor das comparticipações em todos os serviços médicos (consultas, tratamentos, todos os meios auxiliares de diagnóstico, receituário, que não devia exceder 80 %;
3ª - Proposta sobre o início de actividade em Janeiro de 1976 por parte do SBN (e não só em Fevereiro, como foi resolvido pelos SBC e SBSI);
4ª . e, ainda o direito concedido a todos os funcionários (admitidos ou a admitir) dos 3 Sindicatos de usufruir dos Serviços Médicos (a fundar), em plena igualdade com os Bancários e pagando a respectiva quotização.
Durante os primeiros meses (até Maio, inclusive), e como chefe interino - dada a ausência de Manuel Ricardo, com baixa por doença, tomei parte em todas as reuniões do primeiro Conselho de Gerência dos SAMS, apenas como elo de ligação com todo o Pessoal e Observador. Quando o Ricardo regressou voltei às minhas funções de Chefe de Secretaria, chefiando também o Sector de Farmácias e o Sector de Pessoal.
Neste período, aproveitei para começar a explanar o Regulamento e Estatutos dos Trabalhadores (Administrativos, Enfermagem e Médicos) dos SAMS, - o que não tem nada a ver com o Regulamento e Estatutos dos SAMS, como julgam algumas pessoas - que em Outubro, foi apresentado em reunião geral, aprovado e assinado por todos os trabalhadores e pelo Conselho de Gerência, que o levou depois à Direcção do SBN também para ser aprovado, tendo entrado em vigor em Novembro de 1976.
A Direcção do SBN e o Conselho de Gerência dos SAMS, entendeu efectuar algumas alterações no Organigrama que foram aceites pelos trabalhadores e que foram como segue:
Coordenador de Divisão Administrativa - António Moura de Oliveira
Coordenador de Divisão Clínica - Manuel Ricardo
Coordenador de Divisão Adjunto - António Fonseca, também com as funções de Coordenador da Secretária e Sector de Farmácias e Pessoal.
Coordenadores de Secções - Comparticipações: Álvaro Ribeiro. Contabilidade - Ramiro Costa - Beneficiários - Américo Costa - Marcações - Manuel Monteiro
NOTA:
Este documento deve constar do arquivo dos SAMS e esteve em vigor - pelo menos - até Março de 2002.
Bem o que eu queria dizer é que sei que infelizmente, de há uns anos a esta parte, o Estatuto e Regulamento dos Trabalhadores deixou de estar em vigor por decisão unilateral das Direcções e os Trabalhadores (os que ainda restam dos que foram admitidos até 2002) andam ao "Deus dará" não tendo nada que os proteja.
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Aqui termino a 1ª parte deste Esclarecimento.
Em breve, aqui voltarei para continuar a descrição de alguns factos que considere indispensáveis.
Muito grato, pela atenção.
ANTÓNIO FONSECA