Mostrar mensagens com a etiqueta EXPRESSO DIÁRIO - 22 DE FEVEREIRO DE 2016. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta EXPRESSO DIÁRIO - 22 DE FEVEREIRO DE 2016. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

EXPRESSO DIÁRIO - 22 DE FEVEREIRO DE 2016


Um OE (quase) orfão

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com
502
22 FEV 2016
Martim Silva
POR MARTIM SILVA
Editor-Executivo
 
Um OE (quase) orfão
Boa tarde,

Começamos a newsletter de hoje por destacar o debate do dia.No Parlamento, António Costa foi apresentar e defender o seu primeiro Orçamento de Estado, numa discussão "entre a oposição de direita e o fogo amigo da esquerda".
O arranque do texto do Filipe Santos Costa ajuda a compreender o que se passa por aquelas bandas: o debate parecia, a certa altura, o velho fadinho de Hermínia Silva: “Rosa enjeitada, sem mãe, sem pão, sem ter nada.” O documento foi desfeito à direita, o documento foi criticado, embora mais suavemente, à esquerda – e foi, até, reconhecido como insatisfatório pelo seu principal responsável, o primeiro-ministro, António Costa. “Este é o seu Orçamento, do BE, do PCP e do PEV”, resumiu Nuno Magalhães, do CDS; “esta é a vossa oportunidade”, disparou Luís Montenegro, ao abrir as hostilidades do debate em nome do PSD. “Este não é o nosso Orçamento”, avisou Catarina Martins, do BE; “este não é o nosso Orçamento”, repetiu, ipsis verbis, Jerónimo de Sousa, do PCP. “Este é o meu Orçamento”, acabou por assumir António Costa, quando o documento corria riscos de irremediável orfandade.

Tema do dia é também a confusão na TAP. Depois do negócio feito pelo Governo de Passos, veio o negócio feito pelo Governo de Costa. Só que o regulador da aviação, a ANAC, veio colocar dúvidas quanto ao primeiro (a privatização entregue a Neeleman, para simplificar).
Agora, o acionista privado da TAP, David Neeleman, veio desvalorizar o parecer da ANA, e que colocou a empresa em gestão corrente, dizendo que mantém a intenção de avançar com um empréstimo obrigacionista ainda esta semana, até quarta-feira. Porque, apontou, "a empresa precisa de dinheiro".

"Partir a loiça da discriminação" é o título do tema escrito pelo Francisco Ferreira e pela Raquel Moleiro, a propósito daconquista de um Urso de Ouro por Leonor Teles. "Num tempo antes de haver pessoas e de elas dominarem o mundo, conta-nos uma voz masculina no início da curta-metragem'Balada de um Batráquio', animais e plantas participaram com alegria numa festa para a qual só o sapo, por ser muito feio, não foi convidado. Mas o sapo decidiu aparecer, tentando em vão encontrar parceiro enquanto todos faziam pouco dele, chamando-lhe medonho. Foi então que o sapo decidiu vingar-se – e o mundo, depois dessa vingança, nunca mais foi o mesmo.'

"Fundação Gulbenkian cria o novo mapa de Portugal para a globalização", titula o Virgílio Azevedo o artigo que explica como "as velhas rivalidades Porto/Lisboa, litoral/interior e cidade/campo estão a passar à História com o lançamento deum novo estudo sobre o Arco Metropolitano de Lisboa que mostra uma geografia do país muito diferente das ideias dominantes na cultura popular".

No internacional, o Pedro Cordeiro escreve sobre o "peso pesado pelo 'Brexit'", referindo-se à mediática entrada do conservador Boris Johnson, presidente da câmara de Londres, na campanha favorável à saída do Reino Unido da União Europeia.

Na cultura, a Luciana Leiderfarb, que há menos de um ano foi a Itália entrevistar Umberto Eco, evoca o "professor, semiólogo, medievalista, ensaísta, tradutor, colecionador e escritor que deixa uma obra vasta que não se limita à literatura".

Na opinião, hoje há Nicolau Santos, Henrique Raposo, Daniel Oliveira e Henrique Monteiro.
LER O EXPRESSO DIÁRIO
TAP
Neeleman desvaloriza parecer do regulador e avança com empréstimo
120 MILHÕES O acionista privado avança com empréstimo obrigacionista “entre hoje e quarta-feira”, porque “a empresa precisa de dinheiro”. Privados entram já com 90 milhões, restantes 30 ficam dependentes de acordo com o Estado
Um OE entre a oposição de direita e o fogo amigo da esquerda
DEBATE NO PARLAMENTO "Este é o meu OE”, assumiu António Costa, perante o arraso da direita e as críticas pontuais da esquerda. “Este não é o nosso Orçamento”, advertiram PCP e BE, apesar do voto a favor. “Este OE é só o primeiro passo”, respondeu Costa entre dois fogos
Há um novo mapa de Portugal. E é muito diferente
Há um novo mapa de Portugal. E é muito diferente
Nicolau Santos
A proposta de Vítor Bento de nacionalizar o Novo Banco
 
Daniel Oliveira
Costa contra Costa
 
Henrique Raposo
E se Sanders for pior do que Trump?
 
Henrique Monteiro
O ridículo fim da ‘austeridade’
 
REINO UNIDO
Um peso pesado a pedalar pelo ‘Brexit’
FESTIVAL DE BERLIM
Leonor Teles partiu a loiça da discriminação. E a dos ciganos existe
CULTURA
O fogo inextinguível de Umberto Eco
DICAS DE POUPANÇA
IRS 2015: já aprendeu a lição? Prazo de e-fatura termina hoje
TECNOLOGIA
A maior feira de telecomunicações da Europa e a importância de (não) ter o nome Apple
Publicidade
O grupo Impresa pretende oferecer um serviço personalizado de qualidade, respeitando sempre o direito à sua privacidade. Os seus dados são tratados de forma confidencial, sendo utilizados apenas para envio de informação do grupo. 

Para deixar de receber newsletters do Expresso clique aqui

EXPRESSO DIÁRIO - 22 DE FEVEREIRO DE 2016


“É tímido, mas está lá”

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com



Bom dia, este é o seu Expresso Curto 
POR PEDRO SANTOS GUERREIRO
Diretor Executivo
 
22 de Fevereiro de 2016
 
“É tímido, mas está lá”
 
IRS devolve mais dinheiro às famílias”, recorda o Correio da Manhã em manchete, nesta segunda feira em que arranca a discussão no Parlamento da proposta do Orçamento do Estado. A aprovação é já certa, e grande parte do debate será sobre se a austeridade aumenta ou diminuiu, numa geometria política entre o quadrado matemático e o círculo retórico. Se ainda não sabe, lembre-se aqui do quem-ganha-e-quem-perde.

PCP Bloco de Esquerda e Os Verdes anunciaram que vão aprovar o Orçamento na generalidade. Mas os comunistasvão marcar posição contra “vários aspetos” e “intervir com determinação” no debate da especialidade, que decorre depois, até 4 de março. Catarina Martins defende que o OE faz a recuperação de rendimentos, “é tímido, mas está lá”.

A direita votará contra. Pedro Passos Coelho acusou no fim de semana o PS de ter "uma retórica infantilizada", dizendo que a austeridade não está a acabar, apenas a ser redistribuída. “Mas, pelas almas, que autoridade tem o anterior primeiro-ministro para encher a boca com tais denúncias?”, questionaNuno Saraiva no DN. Este é “um Orçamento sem dono”,considera Nuno Carregueiro no Negócios. Ninguém gosta verdadeiramente dele.

A Rádio Renascença questionou seis deputados sobre o OE, que explicaram o que de melhor e de pior tem esta proposta.

O debate político acelera com as críticas de António Costa ao governador Carlos Costa. Hoje, Vítor Bento considera que o Banco de Portugal fica "vulnerabilizado por esta inflamação constante na praça pública".

As críticas do governo são vistas como uma pressão para que o governador se demita, o que não vai acontecer. Além disso, como explica o Observador respondendo à questão, “E não se pode demiti-lo? É muito difícil”. Já Marques Mendes afirmou na SIC que as críticas de Costa foram “um presente inesperado” para o governador.

“Nacionalizar o Novo Banco é uma saída possível”, titula o Económico, na entrevista a Vítor Bento, realizada em parceria com a Antena 1, que pode ver e ouvir aqui. Vitor Bento, que foi presidente do BES nas semanas finais, questiona se “vamos ser agentes passivos da nacionalização e ficar com a banca toda dominada a partir do estrangeiro? Ou queremos ser protagonistas, gerando consolidação interna, criando a possibilidade de haver, pelo menos, uma grande instituição a nível nacional?”

Em causa está a venda do Banif ao Santander e o desejo mal escondido do governo de que o La Caixa fique a controlar o BPI, desamarrando-se de Isabel dos Santos.

(Vítor Bento publicou também um artigo de opinião no Observador sobre a boa governação das empresas, onde questiona por que razão o presidente do Conselho de Administração do BES nunca foi ouvido na comissão de inquérito).

O Novo Banco vai publicar os seus resultados de 2015 esta semana. Como o Expresso revelou em dezembroos prejuízos serão superiores a 600 milhões.
 


OUTRAS NOTÍCIAS

“Os consensos [com o PSD] não são só potenciais, mas absolutamente necessários”, afirma Augusto Santos Silvaem entrevista ao Público, apoiando pois o desafio já feito por António Costa a Passos Coelho. O ministro está a pensar em áreas como “justiça, segurança interna, defesa nacional, política europeia, política externa, no comprometimento com a União Económica e Monetária”… O Público conclui em editorial: “Passos não vai escutar”, pois “a animosidade entre os dois partidos é imensa e não pára de crescer”.

O Ministério da Saúde quer reduzir em 25% os tempos de espera nas consultas e cirurgiasrevela o Diário de Notícias. “Os hospitais que não cumprirem os tempos de espera para consultas, cirurgias e urgências vão ser penalizados no financiamento, havendo também prémios para aqueles que tiverem melhores resultado”.

“Governo alarga ADSE a filhos até aos 30 anos”escreve o Correio da Manhã.

Ainda sobre impostos, termina hoje o prazo para os contribuintes verificarem e validarem as suas faturas no Portal das Finanças. O Negócios mostra como.

Durão Barroso e António Guterres vão estar num frente-a-frente na RTP. É esta noite, às 22 horas, na RTP1, num debate promovido em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos a propósito do lançamento da edição deste ano da Revista XXI. Os refugiados na Europa, a guerra na Síria e o terrorismo serão temas em análise.

Mais de 140 pessoas morreram em vários ataques na Síria, em Damasco e Homs, contabiliza o El Pais. Cessar-fogo?...Bashar al-Assad diz que “há mais de 80 países que apoiam os terroristas na Síria”.

David Cameron vai estar hoje no Parlamento britânico para iniciar o processo de referendo à permanência do Reino Unido na União Europeia, que foi marcado para 23 de junho. Serão quatro meses de campanha acesa, com várias divisões internas. “Cameron está acabado independentemente do resultado do referendo", diz hoje o Independent. Iain Duncan Smith, seu ministro e um dos seis membros do governo que já anunciaram que vão fazer campanha pela saída do bloco europeu, diz que ficar na UE “aumenta os riscos de atentados terroristas no Reino Unido”. Boris Johnson, presidente da Câmara de Londres, vai dar a cara pelo Brexit.

A batalha política prossegue nas eleições primárias dos Estados Unidos, depois das vitórias no fim de semana deHillary Clinton no Nevada (pelos democratas) e Donald Trump na Carolina do Sul (pelos republicanos).

Ter conta no banco pode custar 100 euros por ano em comissõesconta o DN.

regulador da aviação civil, a ANAC, quer saber quem manda na TAP e limitou temporariamente a administração da companhia aérea a atos de gestão corrente, mas tal não põe em causa decisões já tomadas, como a suspensão de rotas ou a compra de novos aviões, escreve o Negócios.

A Google fatura em Portugal cerca de 100 milhões de euros por ano “sem criar emprego, nem pagar impostos”, escreve o Correio da Manhã, depois de a Reuters noticiar que o gigante da Internet desviou em 2014 cerca de 11 mil milhões de euros de receitas da sede europeia, na Irlanda, para o paraíso fiscal das Bermudas, assim fugindo ao impostos. “Por ação destes predadores, um dia o mar seca e o gado morre”, escreve Octávio Ribeiro no jornal.

O chamado eixo central de Lisboa, de Entrecampos ao Marquês de Pombal, vai ter obras e restrições ao trânsito a partir de março e durante nove meses. Em 2017 a zona terá espaços para menos carros e mais pessoas, promete a Câmara de Lisboa

“Há cada vez mais carteiristas apanhados em Portugal”.Jornal de Notícias revela que no primeiro semestre do ano passado, foram detidos 127 carteiritas, mais 135% que no ano anterior. O fenómeno está associado ao turismo nas grandes cidades, Lisboa e Porto, e prolifera através de grupos organizados.

Maria de Belém e Henrique Neto “aflitos para pagar campanha”diz o JN.

A desvalorização do euro face agravou a dívida portuguesa em cerca de 2,4 mil milhões de euros, noticia o Público. Os empréstimos do FMI (em dólares) são os principais responsáveis pelo efeito cambial.

Os combustíveis sobem hoje mais entre um e dois cêntimosantecipa o Negócios. Agora já não é por causa dos impostos.

Banco Nacional de Abu Dhabi estima que o preço do barril de petróleo pode cair para os 20 dólares, por causa do excesso de oferta no mercado que deverá prolongar-se até 2017.

Tem 23 anos, ganhou um Urso de Ouro na competição das curtas-metragens do Festival de Berlim, com Balada de um Batráquio, “ensaio experimental e com rasgo punk”, diz o DN. ÉLeonor Teles.


FRASES
“Temos vivido em Portugal com uma situação fiscal aberrante. A carga fiscal é excessiva. O setor automóvel tem sido massacrado com impostos”. Licínio Almeida, diretor-geral da Audi, no Negócios.

“Seria conveniente que Carlos Costa explicasse, se isso não fosse um incómodo muito grande, porque continua a não partilhar um relatório da Boston Consulting Group para avaliar a sua ação no BES. Como se o BdP tivesse gasto 300 mil euros num documento secreto que é uma espécie de pudim flã só para um comensal.” Fernando Sobralno Negócios.

“As concessões ao Reino Unido vão criar uma Europa a dois níveis”Wolfgang Munchau, no DN.

“Sem a União Europeia, a nossa débil democracia provavelmente nem sequer existiria, esmagada que teria sido pelos soberanistas de direita e de esquerda”. Manuel Villaverde Cabralno Observador.

Futebol português tenta fazer os mínimos em saltos para a água”. Bruno de Carvalho, sobre a arbitragem nos jogos do fim de semana do Benfica e do FC Porto.


O QUE EU ANDO A LER
Morreu a escritora Harper Lee, que será sempre lembrada por um livro, “To Kill a Mockingbird”, “Mataram a Cotovia”.New Yorker fala sobre a perda da inocência enquanto crianças e enquanto adultos e publica uma lista de leituras recomendadas aqui.

Também sobretudo por um livro tem sido recordado Umberto Eco desde o anúncio da sua morte: “O Nome da Rosa”, onde escreve que “O amor é mais sábio que a sabedoria.” Mas Eco na verdade zangou-se com o livro: “Odeio ‘O Nome da Rosa’ e espero que também vocês o odeiem”, como recorda o La Repubblica, “é o meu pior romance”.

“Nós somos a nossa memória, quando morrer recordarei tudo”, dissera ao Corriere Della Sera o homem que tinha um discurso “apocalíptico, risonho e integrado” (El Pais). Há menos de um ano, o Expresso entrevistou-o: “As mentiras são mais fascinantes do que a verdade”.

Em março será publicado o seu “próximo” livro, com o título “Pape Satàn Alleppe“, enigmático verso do Inferno de Dante. Um livro de “crónicas de uma sociedade líquida”, escreve oLe Monde.

Na entrevista ao Expresso, Eco falou ainda do riso como sendo próprio do homem – um tema, aliás, desenvolvido num célebre capítulo de “O Nome da Rosa”, numa discussão quase teológica sobre se Deus ri. “Rir tem a ver, de alguma forma, com o facto de sabermos que vamos morrer. É mais ou menos isto, e é imenso.

A chuva regressa quarta feira. Até lá, está frio e sol. E o Expresso está sempre aqui. Tenha um dia bom.
 

 
O grupo Impresa pretende oferecer um serviço personalizado de qualidade, respeitando sempre o direito à sua privacidade. Os seus dados são tratados de forma confidencial, sendo utilizados apenas para envio de informação do grupo. 

Para deixar de receber newsletters do Expresso clique aqui
 
Demasiadas newsletters? Pode anular a subscrição.

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue