Nota: Para outros significados, veja
Alenquer.
Número de habitantes [6] |
1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
17 443 | 19 764 | 22 976 | 24 774 | 26 340 | 27 168 | 30 015 | 32 597 | 34 477 | 34 998 | 32 586 | 34 575 | 34 098 | 39 180 | 43 267 |
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [7] |
| 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
0-14 Anos | 8 755 | 9 210 | 8 961 | 10 417 | 10 203 | 9 257 | 8 448 | 7 355 | 7 477 | 6 066 | 6 190 | 7 137 |
15-24 Anos | 4 330 | 4 823 | 4 938 | 5 467 | 6 017 | 6 538 | 5 662 | 4 480 | 4 750 | 4 898 | 5 177 | 4 426 |
25-64 Anos | 10 099 | 10 852 | 11 705 | 12 685 | 14 174 | 16 261 | 18 000 | 17 260 | 17 809 | 17 678 | 21 050 | 24 127 |
= ou > 65 Anos | 1 440 | 1 464 | 1 514 | 1 915 | 2 074 | 2 375 | 2 888 | 3 395 | 4 539 | 5 456 | 6 763 | 7 577 |
> Id. desconh | 96 | 35 | 69 | 32 | 0 |
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Mercê da sua disposição em encosta, partindo do topo de um outeiro em direção ao vale, há muito que Alenquer conquistou o epíteto de "Presépio de Portugal". Berço de
Damião de Goes e predileta de
Luís de Camões, desempenhou papel preponderante em cada época da história. Testemunho disso mesmo é o seu riquíssimo património: sítios pré-históricos, castelos, conventos, igrejas, ermidas, quintas e casas senhoriais.
Cabeça, há oito séculos, de um vasto concelho – terceiro em área no
Distrito de Lisboa – limitado a norte pelas faldas do
Montejunto e a sul pela campina do Ribatejo, apresenta uma paisagem característica, transição entre o campo outeirado da Estremadura e a planície, onde a vinha é predominante e base ancestral da sua economia.
O concelho de Alenquer pode ser visto, em traços gerais, como um espaço em processo de expansão, sobretudo urbanisticamente, e em que a base econômica é fortemente marcada pela agricultura, em especial a vinha e o vinho.
A evolução tem vindo a ser condicionada pelo posicionamento territorial do concelho em relação à Área Metropolitana de Lisboa (AML), principal centro de produção e consumo do país. Esta circunstância, muito ligada à proximidade geográfica e à crescente dotação em matéria de infraestruturas de transporte, conferiu a Alenquer (nomeadamente às zonas do concelho melhor servidas neste domínio) uma significativa vantagem competitiva com efeitos na criação de importantes dinâmicas de desenvolvimento
Principais produções por ordem de grandeza: vinha, prados temporários, culturas forrageiras (criação de gado, regime de pousio), cereais (sobretudo grão) Predomínio das culturas extensivas e de sequeiro. Zonas da Merceana, Labrugeira e Olhalvo responsáveis por 20% a 25% da produção de vinho da região Oeste.
Principais produções: aves, coelhos.
Representa 15% da superfície agrícola total, com 423 explorações e 2763 hectares de matas e florestas sem culturas sob coberto Apresenta tendência para a diminuição do número de explorações. Maior representatividade das áreas ocupadas por matas e florestas sem culturas sob coberto.
Expressão muito significativa a nível concelhio e regional: representa mais de 30% do emprego e cerca de ½ do volume de negócios setorial registado na região Oeste. Predominam as pedreiras de calcário (a extração da areia é residual): britas a norte de Alenquer, britas em Atouguia, basalto no cabeço de Meca, britas na Sabreira, a norte do Camarnal, no Areeiro e a norte de Marés.
Apresenta-se especializada em produtos: alimentares, não metálicos, metálicos. Importante dinamismo no concelho, apesar do fraco significado regional: aparecimento de novos estabelecimentos, criação de emprego (28% do valor global concelhio), geração de volume de negócios, alteração da estrutura intrassetorial. Núcleos industriais localizados: Carregado (maior concentração), Cheganças, Abrigada. Enfrenta desafios em termos de qualificação de mão de obra e das atividades.
Importância crescente na estrutura económica concelhia: desenvolvimento nos edifícios para habitação, implantação de unidades empresariais, capacidade de gerar emprego. Principais actividades do setor: construção de edifícios/engenharia civil, instalações especiais (equipamentos técnicos para a utilização normal da construção). Predominam as micro e pequenas empresas dirigidas ao mercado local
Comércio por grosso representa parte mais significativa da estrutura empresarial: produtos alimentares, bens intermédios, máquinas e equipamentos. Predomínio do pequeno comércio, com exceção da iniciativa outlet factory " Campera Outlet Shopping".
Desenvolvimento da atividade logística pela centralidade/acessibilidade ao espaço econômico nacional. Atividades de transportes rodoviários de mercadorias potenciam: empregos (+ de 1500), novos estabelecimentos, atividades auxiliares (manuseamento e armazenamento). Localizam-se prioritariamente na parte sul do concelho (Carregado). Importantes canais de infraestruturas: rede rodoviária (proximidade do porto de Lisboa e do terminal TIR de Alverca do Ribatejo), rede ferroviária (linha do norte), rede elétrica de alta tensão, adutoras de água do Castelo de Bode, Vale da Pedra, Alviela e de furos de captação, corredor aéreo da Base Aérea n.º 2 da Ota, ligação hertziana entre os centros radioelétricos de Lisboa e Montejunto.
Ainda em expansão na estrutura econômica do concelho: quatro estabelecimentos hoteleiros registados, dois parques de campismo, maior variedade na oferta de refeições e estabelecimentos de bebidas, Vocação para constituir um espaço privilegiado de segunda habitação. Potencialidades turísticas e de lazer favorecidas pela diversidade da paisagem rural, a serra do Montejunto, o Rio Tejo, as quintas e solares e a proximidade a Lisboa.
O concelho de Alenquer situa-se na Estremadura e faz parte do distrito de Lisboa. Tem uma superfície de 304,22 km² e entre os quinze concelhos que formam o distrito apenas o de Torres Vedras e o de Sintra superam esta área.
Na carta distrital o concelho desenha aproximadamente um quadrado. Ao norte está limitado pelos concelhos de Azambuja e Cadaval, ao sul pelos de Vila Franca de Xira, Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, a poente pelo de Torres Vedras e a nascente pelo de Azambuja e pelo rio Tejo.
O Concelho de Alenquer estava repartido por 16 freguesias: Abrigada, Aldeia Galega da Merceana, Aldeia Gavinha, Cabanas de Torres, Cadafais, Carnota, Carregado, Meca, Olhalvo, Ota, Pereiro de Palhacana, Ribafria, Santo Estêvão, Triana, Ventosa e Vila Verde dos Francos. Após a Carta Verde da Reforma da Administração Local que se tornara efetiva apos as Autárquicas de 29 de Setembro de 2013 o Concelho passara a dispor de 11 Freguesias, União das Freguesias Abrigada e Cabanas de Torres, U F Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha, U F Alenquer (Santo Estêvão e Triana), Carnota, U F Carregado e Cadafais, Meca, Olhalvo, Ota, U F Ribafria e Pereiro de Palhacana, Ventosa, Vila Verde dos Francos.
A estrutura orográfica do concelho é dominada, a Norte, pelo perfil arqueado e poderoso da Serra de Montejunto (666 m) que se prolonga a Oeste pela Serra Galega e Serra Alta (360 m).
Mais a Sul ganham altura as cumeadas de Monte Redondo (212 m) e da Serra de Ota (167 m), as silhuetas do Cabeço de Meca (279 m) e das Coteinas (218 m).
Depois, em anfiteatro, ondulam as colinas do Falgar (228 m), Cabreira (217 m), Amaral (290 m) e ultrapassada a acrópole de Alenquer, as planuras da Várzea e da Charneca, espraiando-se até à beira-rio, rematam o complexo desenho do relevo da região de Alenquer.
De um modo muito esquemático a área abrangida por todos estes acidentes geográficos pode dividir-se em três zonas bem distintas: a zona serrana - com altitudes máxima, média e mínima de, respetivamente, 666, 260 e 129 metros -, a zona sub-serrana - com 280, 150 e 22 metros - e, finalmente, a zona de planície, que corresponde à parte baixa do concelho e abrange cerca de 10% da sua área total - com altitudes máxima, média e mínima aproximadas a 50, 30 e 4 metros.
Alenquer de "Alen Ker" significa "A vontade de Alão". O Cão
alano, uma raça conhecida pelas suas qualidades na caça e combate, continua a proteger a vila de Alenquer no seu brasão. Alenquer foi fundada por muçulmanos e conquistada por D. Afonso Henriques.
[8]Recebeu foral em
1212 da infanta
D. Sancha, filha de
Sancho I de Portugal, esta é uma das versões outras autores preferem referir sobre a etimologia de Alenquer referir que a vila de origem romana, dizendo que então se chamara Jerabrica, querem outros que fosse fundação dos alanos, no ano de Cristo de 418, e que estes a denominaram Alan Kerke, na sua língua «Templo dos Alanos».
O concelho de Alenquer desempenhou um papel preponderante em cada época, em cada momento, da História de Portugal. Desses tempos ficaram vestígios materiais, lendas, memórias, tradições, que sendo patrimônio de todos nós deve ser entendido e acarinhado.
De entre os fósseis de animais pré-históricos encontrados na região de Alenquer, destaca-se o
Apatosaurus alenquerensis. Foi descoberto pelo geólogo americano Harold Weston Robbins que então trabalhava por conta da
Companhia Portuguesa de Petróleos. As ossadas apareceram no meio de um caminho rural, algumas dezenas de metros a Norte de um moinho arruinado chamado Moinho do Carmo, situado a cerca de 1500 metros a Sul de Alenquer.
Depois de uma visita ao local, pessoal dos Serviços Geológicos, sob a direção de
Georges Zbyszewski, realizou, em junho de 1949, as escavações, recolhendo 26 enormes vértebras pertencentes ao
fóssil de um mesmo animal, muito frágeis, permitindo no entanto serem reconstituídas.
O estudo paleontológico dos achados revelou tratar-se de um animal do período
Jurássico (135-165 milhões de anos), de proporções gigantescas (podendo atingir 35 toneladas de peso, 22 metros de comprimento e 6 de altura), pertencente à família dos
Saurópodesherbívoros.
Por se tratar de nova espécie, semelhante ao
Apatosaurus da América, e tendo em conta o local onde foi encontrado, recebeu o nome de
Apatosaurus alenquerensis. Encontra-se no Museu dos Serviços Geológicos, em Lisboa.
A descoberta pelo arqueólogo
Hipólito Cabaço de objetos polidos no sítio do Castelo (sem precisar exatamente a localização) e de fragmentos cerâmicos junto da vulgarmente chamada Porta da Conceição parece indício seguro de uma origem pré-histórica da vila, no espaço depois limitado pela fortificação medieval.
As cerâmicas, classificadas por Cabaço como
Eneolítico, são por ele descritas como “Diversos fragmentos de
vasos campaniformes com desenhos incisos encontrados por baixo da muralha da Porta da Conceição – Alenquer”.
Localizado a meia-encosta, o sítio da Porta da Conceição levanta dúvidas quanto à localização e estrutura do povoado a que estariam associados aqueles vasos. João José Fernandes Gomes, que estudou o espólio, aponta duas possibilidades: a de se tratar de um povoado de tipo castrejo, que ocupara o topo do outeiro do Castelo, a 107 metros de altitude; ou de um povoado que ocupara uma das vertentes do mesmo monte.
A primeira parece, contudo, comprometida. Hipólito Cabaço, que nos anos trinta do século XX realizou escavações na zona da alcáçova do castelo medieval nada encontrou de tempos pré-históricos. Como escreveu Luciano Ribeiro: “Supoz-se que, abaixo do piso relativo à primeira dinastia alguma coisa houvesse das civilizações anteriores. Porém, infelizmente: nada!”.
Aceitando a segunda hipótese – povoado de encosta - não será indiferente a proximidade da Porta da Conceição às inúmeras fontes e nascentes que brotavam no sítio das Águas, de ambos os lados do rio, que era abundante de peixes, conforme relatos modernos.
Também para lá do rio, no monte fronteiro a esta encosta da Porta da Conceição, chamado do Pedregal, Cabaço recolheu, para além de restos paleontológicos e antropológicos, materiais eneolíticos.
Castro ou povoado de encosta, o primitivo núcleo habitacional de Alenquer terá sido mais tarde romanizado (séculos II a.C. a III d.C.).
Bento Pereira do Carmo faz menção da descoberta de moedas dos imperadores
Trajano, Adriano,
Antonino Pio e outros, quando se reformou o Castelo com obras de terra, para fazer rosto à invasão francesa de 1810.
Inclui ainda este autor, numa relação de inscrições lapidares antigas localizadas por si, e na sua maioria romanas, uma pedra achada em 1782 no quintal do Padre Pedro Taveira, junto ao Castelo, declarando serem, para si, enigmáticos os caracteres nela gravados, e reproduzi-los então conforme registo que deles fizera
Fernando Dantas da Cunha e Brito, falecido em 1787, escrivão dos órfãos de Alenquer e curioso de antiguidades, reprodução essa que, como as de todas as outras inscrições, já não aparecerá quando os textos de Pereira do Carmo são publicados entre 1888 e 1890.
Por volta de 1780 foi demolida uma torre denominada de São Prisco, conforme relata também Bento Pereira do Carmo, a partir de uma lembrança de uma testemunha ocular que lhe chegou às mãos. Conta ele que na dita torre abundavam os
cipos e mármores romanos, que depois da demolição foram aplicados como alvenaria ordinária na construção da capela de Nossa Senhora do Monte do Carmo na Praça da Vila (atual Praça Luís de Camões). E lamenta-se: visitando pessoalmente a capela à cata de antiguidades, nem uma só destas pedras históricas vi à flor da parede.
Além destas, notícias de vestígios romanos já só para a Alenquer extramuros. Na igreja de
Triana, ou mais concretamente à porta da igreja de Triana, da parte direita quando entramos, existiu um cipo com inscrição reproduzida por Frei Agostinho de Santa Maria no seu Santuário Mariano. Bento Pereira do Carmo procurou-o por 1840 mas já não o encontrou, atribuindo o seu desaparecimento “talvez” à ruína da igreja com o terramoto de 1755.
Vários autores fazem coincidir a cidade de Ierábriga ou Lerábriga, referida no Itinerário, com Alenquer, ou melhor, com uma zona pouco distante da vila, a sul, onde maior e mais variado número de vestígios foi encontrado, entre o lugar das Paredes e as quintas do Bravo e das Sete Pedras. Nas Paredes existiam ainda em meados do
século XVIII as muralhas ou paredes de um aqueduto que conduzia águas para a referida Quinta do Bravo. Pela mesma altura, o pavimento duma adega desta quinta, sugeria ter ali existido sumptuoso edifício. Bento Pereira do Carmo, que terá visitado o local por 1840, diz que ainda ali se descobriam pedaços de mosaico. Empregadas em usos domésticos foram as pedras das sepulturas romanas desenterradas junto à quinta, conforme Pereira do Carmo, em sítio a que chama Barrada. Da mesma Quinta do Bravo é proveniente um cipo que desde finais do
século XIX se guarda no
Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa.
Em 1934 descobre Hipólito Cabaço uma extensa necrópole lusitano-romana, datável do
século I, que explora em parte, entre Paredes e Sete Pedras, cerca de 1 km² de tumulizações sucessivas por incineração e inumação, segundo Maria Amélia Horta Pereira, que estudou o espólio de uma sepultura de incineração, constituído por cerca de 60 objetos, entre eles, o
dólio e o mobiliário da sepultura, composto por jarrinha, lucerna,
escifo, pratos e taça de
terra sigilatta,
unguentários, boiões, taças e copos em vidro, marca de jogo em osso, fíbula, fivelas, botões, argolas, campainha e outras peças em bronze, ponta de dardo em ferro, pregos em cobre e ferro e até um pequeno fragmento de mosaico. Estes achados fazem hoje parte da exposição permanente do Museu Municipal Hipólito Cabaço.
A estes se vieram juntar mais tarde, provenientes da Quinta do Bravo, uma pequena ara de mármore, descoberta, quando se procedia à abertura de um poço e uma lucerna com “bico” quebrado.
Na Quinta de Santa Teresa, próxima também da antiga necrópole, se descobriu um relógio de sol, em mármore, e um fragmento de coluna com inscrição latina.
Depois de se referir à Quinta do Bravo e às Paredes, escreve Bento Pereira do Carmo: Na Quinta da Barradinha, situada um pouco mais longe, sobre a continuação das colinas, ao sul da várzea de Vila Nova, se descobriu, em dezembro de 1839, uma sepultura no pendor da colina para o campo, encerrando um esqueleto, que um proprietário não pode salvar da sacrílega mão dos trabalhadores, fazendo apenas menção de que a cabeça estava voltada a Oriente.
Pela parte superior desta quinta encontram-se espalhadas muitas pedras, quando o sítio não as dá, alguns lanços de parede subterrâneos, e grandíssima quantidade de telhas e tijolos de tamanho descomunal, alguns menos quebrados têm sido postos em reserva, como raridade; os entulhos (que assim lhe podemos chamar) continuam na mesma direção até ao Casal da Telhada.
Bem sei que estas ruínas equívocas e sem caracter que o tempo engoliu, como faz a tudo, e fez ás moedas que por entre elas apareceram e vão aparecendo, põe a questão fora de toda a dúvida. Pertencem estas moedas, de que o proprietário vai fazendo coleção, aos imperadores Trajano, Adriano, António Pio e outros.
O proprietário da quinta, naquele tempo, seria o próprio Bento Pereira do Carmo.
O
Museu Municipal Hipólito Cabaço possui algumas peças lusitano-romanas encontradas na Barradinha, das quais se destacam uma mísula ou capitel de mármore branco e um fragmento de asa de ânfora com marca de oleiro.
O domínio árabe e reconquista cristã de Alenquer[editar | editar código-fonte]
Entre os séculos III e VIII da nossa Era, sucedem-se as invasões bárbaras: alanos, vândalos, suevos e visigodos. Guilherme Henriques, baseando-se nos escritores mais abalizados afirma que a fundação do castelo de Alenquer se deu com a entrada dos visigodos em território português.
Outros autores creem em fundação posterior. Estabelecidos na Península a partir de 711, terão os árabes aproveitado os recursos defensivos do sítio de Alenquer, nomeadamente a sua posição na linha do Tejo, para aqui edificar uma fortificação.
Dentro das muralhas, a mesquita, erguia-se, segundo a tradição, no mesmo local onde depois se edificou a igreja de Santo Estevão, matriz da vila, também esta demolida em 1870 para dar lugar à construção da Aula do Conde de Ferreira, onde hoje está instalado o
Museu Municipal Hipólito Cabaço. Acerca desta demolição escreve Guilherme Henriques, que quando se derrubou a torre, viu-se perfeitamente que havia n’ella uma especie de cunhal de cantaria de forma muito diversa à da torre.
É tradição também que a chamada Torre da Couraça, no sítio das Águas, fora construída ou, pelo menos, começada pelos mouros, conta Henriques, porque havendo nos seus alicerces uma copiosa nascente quiseram, d’este modo, conseguir o abastecimento d’agua, único requisito para ser a praça inexpugnável, acrescentando que o mais provável é que a torre foi começada quando a notícia das conquistas de D. Afonso Henriques obrigava os mouros a lançar mão de tudo quanto pudesse contribuir para a segurança das suas praças e castellos.
De resto, e à falta de outros vestígios, está o legado mouro patente na própria estrutura urbana da Alenquer medieval, intramuros, como lembra
Aldo Paviani, estreitas tortuosas e íngremes ruas, entrecortadas por ‘becos’, ‘travessas’ e ‘escadinhas'.
Em 1212, Alenquer é entregue a D. Sancha ( Saibam todos que eu a rainha D. Sancha, filha d'el-rei D. Sancho, que foi filho de Afonso I, rei de Portugal, pela graça Deus, senhora do castelo chamado Alenquer, de minha espontânea vontade, bom ânimo e íntimo amor do coração, dou e concedo ao sobredito castelo e a todos os seus habitantes tanto presentes como futuros, bom foral), que no mesmo ano lhe atribui foral. Por se tratar apenas da consolidação de uma situação já existente, este diploma não especifica os limites do termo da vila.
D. Dinis concederá novo foral à vila em 1302, reformado em 1510, na sequência da reforma dos forais promovida por D. Manuel.
O concelho de Alenquer foi constituído num passado recente no fervilhar do processo liberal entre 1832 e 1855, no período que corresponde, culturalmente, às gerações do Romantismo.
Nesse processo conturbado de profunda transformação da sociedade e do municipalismo do País, após a extinção dos forais (1832) desapareceram dois (Vila Verde dos Francos e Aldeia Galega) dos três antigos concelhos medievais que formam hoje o atual concelho.
Com a promulgação das três leis (finanças públicas, administração civil e judicial) em 1832 e a divisão do País em províncias, comarcas e concelhos tornando distintas as funções administrativas das judiciais, mudando por completo a maioria das normas vigentes da administração pública, foram várias as alterações do termo e da comarca de Alenquer.
Em 1832, o decreto de 16 de maio, colocou Alenquer como cabeça de comarca de quinze vilas entre as quais Aldeia Galega. Vila Verde, concelho e vila, ficou a pertencer a Torres Vedras. Posteriormente, a «novíssima reforma judicial» (1854) deixou a comarca de Alenquer reduzida apenas a seis julgados: Alcoentre, Aldeia Galega, Alenquer, Azambuja, Cadaval e Sobral. O julgado de Vila Verde foi extinto.
Em 1837, a lei de 12 de junho constituiu o concelho de Alenquer marcando-lhe quatro freguesias na vila e no seu termo as seguintes: Atouguia, Cabanas de Torres, Cadafais, Carnota, Espiçandeira, Olhalvo, Ota, Palha Cana, Paul de Ota, Santa Quitéria e Vila Nova da Rainha. Esta última, posteriormente passou para o concelho de Azambuja. Em 22 de dezembro deste mesmo ano (1837) o Vale do Carregado que pertencia a Vila Franca, passou para Alenquer.
Em 1854, Vila Verde perdeu o último vestígio do seu caráter municipal e passou a fazer parte do concelho de Aldeia Galega.
Em 1855, no mês de dezembro, foi extinto o concelho de Aldeia Galega. O seu «distrito» ficou junto ao de Alenquer, «formando ambos o concelho como atualmente se acha». Era o começo de um novo período da história local.
Os melhoramentos materiais da Regeneração chegaram com as estradas, o caminho de ferro, as fábricas, a opulência de algumas quintas residenciais da burguesia triunfante e a construção majestosa do edifício dos paços do concelho. Nesta época, Alenquer ganha importância industrial.
Os movimentos literário e artístico do Romantismo passaram pela Casa de João de Deus na Cortegana, pela casa do pintor Ribeiro Cristino do «Grupo do Leão» no Arneiro, pela casa de Guilherme João Carlos Henriques na Carnota e pelas «Farpas» assinadas por Ramalho Ortigão reclamando «durante o verão pelo menos, um vapor em que se navegue pelo Tejo acima até ao Carregado, como noutro tempo».
As vicissitudes do liberalismo e a sua repercussão cultural mudaram, assim, a face do Concelho de Alenquer no século XIX.
Segundo Guilherme João Carlos Henriques
Existem duas versões distintas acerca da derivação do nome da vila de Alenquer. Uma das versões conta que D. Afonso Henriques se deparou com uma cidade fortemente defendida pelos mouros e decidiu conquistá-la. Diz-se que na manhã em que o rei decidiu tomar o castelo, indo ele com o seu séquito tomar banho no rio e fazer as suas correrias, viram que um cão grande e pardo, que vigiava as muralhas do castelo e se chamava Alão, calou-se e lhes fez muitas festas. El rei, tomando isso por bom presságio, decidiu começar o ataque ao castelo dizendo o "Alão QUER". Estas palavras teriam servido para o futuro apelido da vila. A outra versão conta que o cão chamado Alão levava as chaves na boca, todas as noites, pela muralha fora até à Casa do Governador, e que os cristãos, aproveitando-se dos instintos do animal, prenderam então uma cadela debaixo duma oliveira à vista do cão, que galgou o muro, entregando as chaves aos portugueses. Estas lendas não têm até hoje nenhum fundamento comprovado, mas é certo que o brasão da vila tem um cão, o que de algum modo dá crédito à lenda.
No centro da povoação está o templo majestoso erigido em honra de Nossa Senhora da Piedade, objecto de um fevroso culto durante 500 anos. Conta a tradição que em 1305 um pastor de Aldeia Galega, pastando seus bois nas charnecas vizinhas, notou que todas as tardes a certa hora lhe faltava um boi da manada chamado marciano tomando mais tarde a aparecer. Admirado do caso espreitou o animal e seguindo-lhe o rasto, foi acha-lo ajoelhado aos pés de um carvalheiro e entre a folhagem da árvore via-se uma imagem pequenina de Nossa Senhora. O pastor apressou-se em avisar o prior de Aldeia Galega e ele com os habitantes foram buscar a imagem, e a trouxeram para a igreja paroquial. Na mesma noite a imagem desapareceu e foram acha-la novamente no carvalheiro. Entenderam que a Senhora assim queria mostrar desejos de estar para sempre n'aquele sitio e por isso lhe fizeram uma ermida ali mesmo, que logo se tornou muito concorrida pela fama dos milagres que por intervenção da Senhora se faziam.
O pastor que descobriu a imagem dedicou-se ao serviço da Senhora, servindo de ermitão da mesma ermida, e quando faleceu foi enterrado debaixo do altar d'ella. Nos anos posteriores os devotos vinham colher terra da sua sepultura para curar os padecimentos que os afligia.
Resolveu a Santa fazer aqui uma igreja, e segundo a tradição houve um principio milagroso a essa obra. Havia, e talvez ainda haja no cartório d'esta casa um livro em que se achava uma memória escrita por Francisco Telles, que foi escrivão da confraria em 1561, que dizia que n'um livro velho que se achou na câmara d'esta vila, havia uma escritura feita por tabelião pela qual constava que Santa Isabel sonhara que era vontade de Deus que ela fundasse uma igreja ao Espírito Santo, junto ao rio, e que mandando abrir os alicerces os achara já riscados e principiados sem saber por quem, não tendo havido nas véspera sinais de tal obra. Mandando principiar a construção, no primeiro dia indo a Santa ver, deu uma rosa a cada pedreiro e servente, que eles guardaram em sitio oculto até á noite. Quando ao largar do trabalho procuraram as rosas, acharam no lugar de cada rosa um dobrão de oiro.
No alto de Montejunto havia uma lagoa. Falava-se dela em segredo. Animal que lá caísse era engolido sem deixar rasto. «Ela nunca seca e há quem diga que não tem fundo».
Os antigos acreditavam que a lagoa era mesmo um "ouvido do mar".
Conta a tradição que no ano de 1238 aparecera "n'um espinheiro, no sitio da quinta de S. Braz, uma imagemzinha de Santa Quitéria advogada contra o terrível padecimento a hidrofobia."
Levantou-se uma ermidazinha para receber a imagem no sitio aonde apareceu mas as curas milagrosas atributados por intercessão da Santa foram tantas e deram logar a tamanha concorrência de devotos, que foi necessário edificar uma ermida maior, o que se fez no sitio da atual capela. Formou-se depois uma confraria que pelo curso dos anos se tornou uma das mais ricas de Portugal, e o reinado de D. Maria I resolveu-se edificar uma ermida com a magnificência e solidez devida a tão respeitável e abastada corporação.
A uns 4 km de Abrigada, por trás de Monte Redondo, no meio da charneca aonde algum tempo passava a antiga estrada real de Lisboa às Caldas, existem ainda as paredes arruinadas de uma sumptuosa igreja e espaçosa casa, que durante mais de cinco séculos receberam os devotos que vinham em romaria oferecer o seu culto a Nossa Senhora, venerada debaixo do distintivo da “Ameijoeira”.
Segundo o autor do “Santuário Mariano”, havia aqui no início do século VIII uns eremitas que prestavam culto a Nossa Senhora, cuja imagem estava numa capela no meio da charneca, e parece que a Santíssima Virgem querendo robustecer a sua fé e aumentar a sua devoção, lhes apareceu visivelmente, deixando-lhes por memória da sua visita a impressão da planta do seu sagrado pé estampada em uma pedra. Quando em 717 a entrada dos mouros na região derramou terror e pânico entre os poucos cristãos da península, parece que os pobres eremitas receando o martírio para si e o desacato para a sua querida imagem, resolveram fugir, enterrando primeiramente os objetos de culto.
Passados cinco séculos, estando Frei Sueiro Gomes no seu recém-fundado convento de Monte-Junto, sucedeu-lhe durante as vigílias da noite lançar a vista sobre a extensa charneca que se desenrola desde Alenquer até ao Cercal, e com bastante admiração viu no sítio de uma quinta chamada de Ameijoeira, que pertencia ao vassalo ou fidalgo Nuno Gonçalves, muitas luzes, ao passo que lhe chegaram aos ouvidos os cantos harmoniosos de um coro que bem parecia celeste. Repetindo-se este espetáculo o frade deu parte a D. Afonso II, que se achava sitiado em Alcacer do Sal. Depois de tomar a praça el-rei dirigiu-se, acompanhado pelo bispo de Lisboa e principais personagens da corte, ao sitio indicado, e lá, cavando, apareceu um cofre, tirado o qual, imediatamente do fundo da cova brotou um copioso nascente de água que ainda existe. Aberto o cofre achou-se n’elle a imagem da Senhora com a pedra sagrada e dois pergaminhos que em latim bárbaro e difícil de traduzir dizia o seguinte:
I. “No anno 717 em que entra o Agareno em Hespanha com total destruição de templos e imagens, havendo já muitos annos que habitavamos este deserto, vendo as nossas vidas em perigo, nos deliberámos ao desamparar, por não vermos tão feras barbaridades e tão feios desacatos; e não podendo levar esta santa imagem a deixámos aqui no mesmo logar. Ella seja servida de se guardar das mãos dos barbaros. Amen.”
II. “Em nome de Deus Verdadeiro, esta pedra é a mesma em que a virgem Santissima se dignou estampar a sua sagrada planta vindo em corpo e alma visitar esta última parte do mundo. A 10 das kalendas de Janeiro, era de 717 (anno de 679). Seja o Senhor servido defendel-a das mãos dos mouros. Amen.”ALMEIRIM
Almeirim (Portugal)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Para outro significado de
Almeirim, veja
Almeirim.
É constituída por várias valências, apresentando piscinas, biblioteca e museu, apresentando ainda várias unidades de saúde e escolas. Apresenta ainda uma grande diversidade de restaurantes, causadores principais de grande afluência turística. É a sede do comando distrital da
ANPC, apresentando a sede da Força Especial de Bombeiros.
Tem um autocarro urbano- TUA (Transportes Urbanos de Almeirim).
Em 2016 regi
A ocupação humana da atual área do concelho de Almeirim é muito antiga. Terão sido a proximidade do
rio Tejo e a riqueza natural os fatores que terão contribuído para a instalação de homens nesta região. Existem vestígios da presença humana desde a
pré-história até à época
romana, por todo o vale do
Tejo. Exemplos da presença humana no concelho são o
concheiro epipaleolítico do vale da
Fonte da Moça, os marcos miliários recentemente identificados, pertencentes à via romana que ligava
Lisboa a
Mérida e ainda a
villa romana de
Azeitada em
Benfica do Ribatejo.
Com as suas magníficas coutadas de caça, que se estendiam por uma grande extensão, a vizinhança de Santarém, as proximidades do Tejo e ainda de Lisboa, com fácil acesso, por via fluvial, Almeirim tornou-se, desde logo, no lugar preferido dos reis da II dinastia e a estância de Inverno frequentada por numerosos membros da Corte, de tal maneira que foi considerada a "Sintra de Inverno", no século XVI.
Almeirim era pois, o ponto ideal para repouso.
Em Almeirim as intrigas palacianas e os amores forjados à sombra dos frondosos jardins do Paço Real eram misturados com a resolução dos mais altos negócios do Reino, tanto se dizia que "punha Cupido a sua aula e tinha El-Rei o seu despacho".
D. João I, entre 1411 e 1423, fez construir o Paço acastelado e as primeiras habitações que vieram contribuir para a criação da vila, depois do rei ter mandado proceder a trabalhos de terraplanagem, colmatagens e drenagens em terrenos paludados na zona da construção. Este Paço Real foi aumentado e melhorado com novas instalações por D. Manuel I que esteve em Almeirim por diversas vezes: todo o ano de 1510, parte de 1513, o Natal de 1514 e todo o período que decorreu entre Outubro de 1515 e Maio de 1516, tendo D. João III seguido o seu exemplo, manifestando a sua predilecção por Almeirim, aliás demonstrado este interesse por toda a dinastia de Avis.
Foi o Paço Real em Almeirim palco de uma das mais problemáticas Cortes da nossa história.
Em 1578, D. Sebastião que visitava Almeirim com frequência, foi levado pelo gosto da aventura e com o ímpeto dos seus verdes anos a oferecer os seus préstimos para a reconquista de Arzila, que os portugueses tinham abandonado em 1550. Não resistindo à superioridade das forças marroquinas, o exército chefiado pelo jovem rei foi derrotado, deixando D. Sebastião a sua vida em
Alcácer-Quibir provocando uma situação difícil para o reino.Sem sucessor são abertas as
Cortes de Almeirim pelo
Cardeal D. Henrique em 11 de Janeiro de 1580 para decidir o problema da sucessão.Nestas Cortes
Febo Moniz, como procurador do Povo de Lisboa, dirige-se com voz enérgica ao decrépito Cardeal: "Entregue Vossa Alteza o Reino a um príncipe português e todos lhe beijarão a mão".
Durante o tempo em que Almeirim foi procurada como estância de veraneio, muitas pessoas passearam-se pelas ruas do burgo e povoaram o Paço Real:
Gil Vicente, o pai do teatro português, representou, nos Paços da Vila, às Cortes de D. João III, algumas das suas farsas, comédias e autos, como por exemplo, o "Auto da Fé" em 1510; a "Barca da Glória" em 1519; a tragicomédia "Dom Dardos" no casamento da
Infanta D. Isabel com
Carlos V, em 1525 e em 1526 apresenta a farsa "O Juiz da Beira", a tragicomédia "Templo de Apolo", o "Breve Sumário da História de Deus" e o "Diálogo sobre a Ressurreição".
Foi ainda no Paço Real que
Garcia de Resende começou a imprimir o seu Cancioneiro Geral.
O Pórtico do Palácio que começava a ameaçar ruína foi mandado demolir por
D. João, Regente em nome de
D. Maria I em 1792, facto que só se verificou no século XIX, em 1890.
É possível encontrar na parte antiga da povoação entre S. Roque e as Ribeiras alguns Passos do Calvário e edifícios revestidos a azulejos.
Com importância encontram-se os Palácios da Quinta da Alorna que foi residência de D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, a escritora Alcipe, 4ª Marquesa da Alorna: Palácio do Casal Branco, famoso por ter sido palco de divertimentos tauromáquicos do Rei D. Migue; Quinta de Santa Marta, na freguesia de Benfica do Ribatejo que foi residência do Conde de Atalaia.
Alter do Chão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alvito
Índice
Número de habitantes [5] |
1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
2 850 | 3 465 | 2 968 | 2 650 | 2 688 | 2 504 |
(Obs.: Número de habitantes que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Por decreto de 03/04/1871, a freguesia de Torrão, que pertencia ao concelho de Alvito, passou a fazer parte do de Alcácer do Sal, do distrito de Setúbal. Por decreto de 17/10/1876, a freguesia de Odivelas, também pertencente ao concelho de Alvito, passou a fazer parte do concelho de Ferreira do Alentejo.
Anadia (Portugal)
Índice
Ansião
Índice
Arraiolos
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As localidades mais populosas são Arraiolos (Vila),
Vimieiro (Vila) e
Igrejinha(Aldeia). A sede de concelho representa também um polo de atratividade à aldeia de
Graça do Divor (concelho de Évora) e às vilas de
Pavia e
Cabeção (Concelho de Mora), em diversos serviços públicos, como, por exemplo, o ensino, ao nível do 3º Ciclo, Secundário e Profissional.
Índice
Arruda dos Vinhos
Índice
No século VIII com a conquista muçulmana da região de Lisboa também Arruda dos Vinhos passou a domínio árabe. Não obstante diversas discussões sobre a etimologia do topónimo Arruda, este provém provavelmente do étimo árabe «al-rawda» (أل روضة) que significa jardin, campo ou prado, e que em árabe clássico se pronuncia «ar-rauda» devido à letra «r» (ر) que sendo letra solar obriga à assimilação do «l» (ل) do artículo. Nas variantes dialectais ocidentais do árabe o dítongo «aw» ou «au» é mais fechado chegando a pronunciar-se mais como «ou», o que dá ainda mais força à proveniência árabe do topónimo Arruda.
Arruda dos Vinhos situa-se num vale ameno, com solos férteis percorridos por diversos cursos de água. Formou-se a partir de materiais sedimentares depositados na era Cenozóica e Jurássica pertencendo à faixa continental onde existiu actividade vulcânica até ao final do Cretácico superior, há 70 milhões de anos.
A ocupação humana surgiu desde muito cedo nas margens do maior curso de água da região, o Rio Grande da Pipa. A fertilidade dos solos e a presença de água tornou o local apetecível para a fixação de comunidades humanas. Provas desta ocupação são as Antas da Povoação de Antas, (escavadas e documentadas por José Leite de Vasconcelos em 1898, infelizmente destruídas nos anos 70), e o Castro do Sítio do Castelo, descoberto por Joaquim Gonçalves em 1987.
Á época da conquista Romana a área onde se situa Arruda dos Vinhos era dominada pela tribo dos Túrdulos. Em 61 DC já o domínio Romano era absoluto e assim permaneceu até à queda do império, em 476.
Seguiram-se as invasões dos diversos povos bárbaros do centro da Europa e até 711 o território de Arruda permaneceu sob domínio dos Visigodos, data em que ocorre a invasão Muçulmana que por sua vez se mantém até à reconquista de Lisboa em 1147 por D. Afonso Henriques.
Durante a ocupação romana muitas “villae” foram estabelecidas próximo das margens do Rio Grande da Pipa. Os terrenos férteis assim o proporcionaram e ainda hoje muitas das quintas existentes correspondem às “villas” originais.
Da rede viária restam apenas caminhos antigos cuja identificação se tornou impossível devido ao uso continuado durante séculos. Existem ainda algumas fontes de mergulho designadas como Romanas pela tradição oral assim com uma velha ponte na freguesia de Cardosas designada por Romana. No centro da vila de Arruda, existiu igualmente uma ponte de origem Romana sobre o Rio Grande da Pipa, tendo sido destruída por uma cheia no séc XIX, e da qual ainda são visíveis os arranques nas margens. A sua substituta foi construída a algumas dezenas de metros em direcção à foz.
Na recente construção da A10 foi descoberto um forno Romano, com uma localização próxima da área onde se situavam as antas atrás referidas.
É muito provável que a povoação de Arruda dos Vinhos tenha sido fundada, ou pelo menos, tenha ganho dimensão durante a conquista muçulmana, pois resta-nos uma rua com o nome "Rua da Costa do Castelo", na zona mais alta da vila, o que pode evidenciar a existência de um castelo ou forte senhorial.
Em 1172 a vila foi doada à Ordem Religiosa e Militar de Santiago. Foi esta ordem que construiu um convento no Sítio do Vilar, sensivelmente a 4 km do centro da vila. No séc XIII a Igreja de Nossa Senhora da Salvação, também no centro da vila, foi igualmente doada a esta ordem, que por sua vez a reconstruiu.
Com o avanço da reconquista, a Ordem de Santiago mudou-se para a zona de Santos, em Lisboa, e no século XV encontramos referências a um Frei João Velho, monge do convento de Arruda, ou Mosteiro da Mata, no qual Frei Álvaro seria o prior. É provável que o referido mosteiro seja o mesmo que albergou a ordem de Santiago, mas desconhece-se porque razão o Sítio do Vilar se passou a chamar Lugar da Mata.
Séc, XIV, crise dinástica de 1383-1385. El rei D.João de Castela e seu exército, tendo como objectivo tomar Lisboa pernoita na vila.Após uma tentativa falhada de assassinato do rei, dois arrudenses são enforcados. A população com receio refugia-se numa das grutas da encosta da Mata chamada Cano de Sintra. Os Castelhanos apercebendo-se da fuga incendiaram a entrada da gruta matando 40 residentes.
No século XVIII, em 1789, seguindo a política Pombalina de abastecimento de água às populações, é construído o Chafariz Pombalino sobre um antigo chafariz, tendo sido restaurado o respectivo aqueduto de abastecimento, cujo percurso tem início na encosta junto ao Lugar da Mata e que existia desde pelo menos o séc XVI, para captação da água da nascente da Arca d'Água, e do qual restam alguns vestígios preservados.
No final do século XVIII surgem as invasões Francesas. Com particular destaque para 1810, data da 3ª invasão, em que são construídas as 3 linhas de defesa de Lisboa. Arruda situava-se junto da 3ª linha e por isso sofreu a política de terra queimada com todas as suas consequências. Dessa época ficaram os fortes da Carvalha, do Cego e do Passo, actualmente preservados na sequência do 2º centenário das invasões Francesas.
A construção da autoestrada A10 levou a que povoação adquirisse algumas características de dormitório de Lisboa,Na actualidade a vila caracteriza-se por uma actividade marcadamente agrícola, em particular na área vitivinícola, mas já conta com algumas indústrias de expressão, como a metalúrgica Luso-Italiana, a Ar-Líquido, o grupo Vendap, a Movex, entre outras.
Azambuja
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Beja
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Panorâmica da cidade (vista a partir da torre de menagem do
Castelo de Beja).
Crê-se que a cidade foi fundada cerca de 400 anos a.C., pelos
celtas,
[7]especificamente pelo povo dos
célticos, um povo celta que habitava grande parte dos territórios de
Portugal a sul do
rio Tejo (atual
Alentejo e
Península de Setúbal), e também parte da
Estremadura Espanhola, até ao território dos
cónios(atual
Algarve e parte do sul do
distrito de Beja). Também é possível que tenha sido fundada pelos
Cónios, que a terão denominado
Conistorgis,
[8] embora a localização desta cidade ainda seja desconhecida. Os
cartagineses lá se estabeleceram durante algum tempo, no século III a.C., um pouco antes da sua derrota e expulsão da
Península Ibérica pelos
romanos (
latinos) no seguimento da
segunda guerra púnica. Nos séculos III e II a.C. houve o processo de
romanização das populações locais e esta cidade passou a fazer parte da
civilização romana, pertencendo a uma região muito romanizada. As primeiras referências a esta cidade aparecem no século II a.C., em relatos de
Políbio e de
Ptolomeu.
[9]
Com o nome alterado para
Pax Julia, e a língua latina generalizada, foi sede de um
conventus (circunscrição jurídica) pouco depois da sua fundação romana - o Convento Pacense (em
latim:
Conventus Pacensis), também teve
direito itálico. Nessa época, estabelecem-se na cidade os primeiros judeus. Esta cidade, que se tornou então uma das maiores do território, albergou uma das quatro chancelarias da
Lusitânia, criadas no tempo de
Augusto. A sua importância é também atestada pelo facto de por lá passar uma das
vias romanas.
Durante 300 anos, ficou integrada na Hispânia Visigótica cristã, depois da
queda do Império Romano, tornando-a
sede de bispado. No
século V, depois de um breve período no qual haverá sido a sede dos
Alanos, os
Suevos apoderaram-se da cidade, sucedendo-lhes os
Visigodos. Nessa época na cidade, da qual restam importantes elementos escultórico-arquitetónicos muito originais no seu estilo próprio, de basílicas e igrejas destruídas no período islâmico, foi edificado um hospital de média dimensão (xenodoquian, do grego), semelhante ao de Mérida, um dos primeiros no mundo de então, (ainda não alvo de prospeção arqueológica), destacando-se ainda a relevante mas pouco conhecida obra literária do bispo Apríngio de Beja (c. 531-560), "Comentário ao Apocalipse", elogiada pelo filósofo-enciclopedista Isidoro de Sevilha, e passa a denominar-se
Paca.
Do ano 714 (
século VIII) ao ano de 1162 (meados do
século XII), durante mais de 400 anos, diminuiu a sua importância, e esteve sob a posse dos
Árabes, primeiro sob o
Califado de Córdova e mais tarde sob domínio dos
Abádidas do Reino
Taifa de
Sevilha, que lhe alteraram o nome para
Baja ou
Beja (existe outra cidade com este nome na
Tunísia), uma alteração fonética de
Paca (a
língua árabe não tem o som "p"). Aqui nasceu o
Almutâmide, célebre rei-poeta que dedicou muitas das suas obras ao amor a donzelas e também a mancebos homens.
A cidade manteve-se pequena os séculos seguintes, sendo muito destruída durante as Invasões Francesas entre 1807 e 1811. A partir do século XX notou um certo desenvolvimento económico, como a construção de escolas (o novo Liceu em 1937), o novo Hospital (1970), assim como novas instalações judiciais e comerciais, embora muito do seu património antigo tenha sido destruído pelas novas construções, nomeadamente no centro histórico. Em 2011 foi inaugurado o Aeroporto de Beja sendo que no entanto a grave crise económica motivou a que este se mantivesse em fraco funcionamento e em situação de quase fecho.
É atribuída à
freira portuguesa
Sóror Mariana Alcoforado (
1640 -
1723), natural de Beja, a autoria de cinco cartas de amor dirigidas ao
Marquês de Chamilly, passadas através da janela do Convento e datadas da época em que o oficial francês serviu em Portugal, país ao qual chegou em 1665. A sua obra
Cartas Portuguesas tornou-se num famoso clássico da literatura universal.
Conta a lenda que quando a cidade de Beja era uma pequena localidade de cabanas rodeada de um compacto
matagal, uma
serpente assassina era o maior problema da população. A solução para este dilema passou por assassinar a serpente, feito alcançado deixando um
touro envenenado na
floresta onde habitava a serpente. É devido a esta lenda que existe um touro representado no brasão da cidade.
A vila tem um aspecto agradável e simpático, e no seu tecido urbano inserem-se apreciáveis residências, antigas e modernas, e parques arborizados. Junto ao
caisvelho ainda se vislumbram, na
toponímia e na estrutura dos edifícios antigos, vestígios de uma navegação
fluvial, anterior às obras de
hidráulica que transformaram substancialmente a região. No largo do
Município, fronteiro aos
Paços do Concelho, foi reerguido com base nos fragmentos que estavam em poder da câmara, um gracioso
Pelourinho quinhentista, o
Pelourinho de Benavente.
Índice
Em
1199, a fixação de
colonos estrangeiros na margem sul do
Tejo, conduziu ao surgimento da
povoação de Benavente. Situada nos limites do
Castelo de
Coruche, subordinado à
Ordem de Calatrava, foi constituída sob a égide e senhorio desta ordem militar. Neste facto, se tem também associado o nome da povoação, sabido que à mesma Ordem pertencia também o Castelo de Benavente, no
Reino de Leão. Benavente, situada entre
Santarém e
Lisboa, é delimitada pelo
rio Sorraia, um dos principais afluentes do Tejo e foi o segundo
concelho instituído ao
suldeste
rio.
Benavente, permite definir um centro histórico consolidado, uma vez que toda a área se encontra bem delimitada pelo rio Sorraia, a
nascente e pela designada
Lezíria dos Cavalos, na face
poente. O centro histórico tem forma triangular, localizando-se no vértice norte o
Cruzeiro do Largo do Calvário e no centro, o local onde se erguia a antiga Igreja Matriz, destruída pelo
sismo de Benavente de 1909, que matou mais de 60 pessoas e destruiu praticamente todas as casas da povoação
[1].
Cartaxo
Índice
Conta a lenda que, a
Rainha Santa Isabel, em busca de paz de espírito e contacto com o Ser Divino, passou por onde hoje é a cidade, pelas terras do "barrio", onde terá repousado e saciado a sua sede, num local onde encontrou sombra e uma
fonte. Estando em repouso, deparou-se com um bonito chilreio que ecoava pelos ares em seu redor, tendo observado melhor terá reparado que para além de cantarem de forma linda, estas criaturas voadoras eram também em si lindos, formosos e galantes. A rainha, tendo avistado uns camponeses que se dirigiam para ali, indagou-lhes que pássaros eram aqueles. Os camponeses responderam-lhe, dizendo que eram
cartaxos. A rainha agradeceu-lhes e perguntou-lhes que lugar era aquele, ao que eles responderam que era o Lugar da Fonte. Então, a rainha disse para que todos lhe pudessem ouvir: "
Pela Graça de Deus, pelo poder que me foi atribuído, que este Lugar da Fonte se passe a chamar de agora em diante Lugar de Cartaxo, e que seja assim para toda a eternidade, e que todas as gentes saibam, e assim se faça de acordo com as leis dos homens sob a presença de meu marido o muy nobre el-rey Dom Dinis e de acordo com as regras de Deus Nosso Senhor Todo-o-Poderoso, que ordena sobre o Céu e sobre a Terra…". Tendo dito isto, partiu, prosseguindo o seu caminho em direcção ao
Lugar de Almoster, demandando na sua peregrinação o mosteiro aí existente, o
Mosteiro de Almoster.
[7]
A existência da povoação do Cartaxo será sem dúvida bem remota. A proximidade de
Santarém, cujas muralhas foram bem disputadas entre muçulmanos e cristãos, e as devastadoras incursões sobre as populações vizinhas atingiram decerto o Cartaxo.
[8]
D.
Sancho II chamou-lhe "fogo morto" e pensou repovoar o lugar do "Cartaxo" e o vizinho Cartaxinho (actual
Ribeira do Cartaxo), pelo que concedeu esta sua terra
reguengueira a
Pedro Pacheco, ficando este obrigado a construir ali uma
albergaria para os pobres. Nem Pedro Pacheco nem os seus descendentes cumpriram tal obrigação.
[8] Mais tarde, os moradores do lugar pediram a
D. Dinis que lhes desse uma carta de povoamento. D. Dinis satisfez o pedido e concedeu
carta de foral a 20 homens e seus sucessores para que eles fizessem ali "pobra" no seu "lugar do Cartaxo".
[8] Ficaram obrigados a dar ao rei, em cada ano, a oitava parte do
pão, do
vinho e do
linho, "estando o pão na eira, o vinho no lagar e o linho no tendal"; e dos "monte maninhos" que cultivassem, só passados 3 anos, ou 5 anos se fossem
vinhas, é que lhes exigiria o pagamento do
foro. O mesmo se aplicaria a todos os futuros povoadores do lugar. Obrigavam-se todos, também, a fazer boas casas e bons currais "bem larguos". Os abusos ou crimes contra alguém eram punidos com 6000
soldos e pagamento a dobrar do prejuízo causado.
[8] Este foral foi depois confirmado por D.
João I a
27 de Julho de
1387, e por D.
Manuel I em
4 de Novembro de
1496.
[8]
Um dos problemas dos moradores prendia-se com os abusos das "
Justiças de Santarém". Alguns documentos fazem alusão ao facto, assim como aos reparos régios. Assim o demonstra, por exemplo, uma carta datada de
Almeirim, de
6 de Janeiro de
1458, na qual D.
Afonso V atende às reclamações dos cartaxenses contra as prepotências de
Gonçalo Galvão, juiz da vila de Santarém.
[8]
O crescente aumento populacional e o progresso da lavoura encorajavam a reivindicação de isenção face à
jurisdição de Santarém. Só em
1815, por
alvará dado no
Rio de Janeiro, a
10 de Dezembro desse ano, D.
João VI concede ao Cartaxo (então "Cartacho"), a independência administrativa e eleva-a à categoria de
vila, "(que) terá por termo além do seu antigo Desctrito, os lugares de Vallada e
Porto de Muge, e as Freguesias de Valle da Pinta, Pontével, Ereira e Lapa…".
[8] Foi elevada a
cidade a
21 de Junho de
1995.
O território do concelho do Cartaxo foi, em todas as épocas, um ponto de passagem para o interior do país, quer por via fluvial (
Rio Tejo), quer por via terrestre. Uma via romana, que partia de Olispo (Lisboa) e passava por Ierabriga (
Alenquer), seguindo para Scallabis (Santarém), atravessava o território do concelho ou certamente, muito próximo.
[9] Antes dos
romanos, outras civilizações se fixaram na região:
Castros de
Vila Nova de São Pedro (
Eneolítico),
Vale do Tejo, nas regiões de
Muge (vestígios do
Paleolítico e do
Mesolítico; os concheiros de Muge tiveram vida activa entre 7500 e 500 a.C.). Os vestígios materiais, até hoje detectados, datam da
Idade Média, embora na Lapa exista a
Gruta da Lapa que poderá ser anterior.
[9]
A importância histórica do concelho, pode ainda ser confirmada por outros factos, nomeadamente, a
Batalha de Ourique que está provavelmente ligada a
Vila Chã de Ourique (
1139), a concessão de forais a
Pontével pelo rei D.
Sancho I (
1194), e ao Cartaxo por D.
Dinis(1312) e ainda a existência de
Paços Reais em
Valada (
1361-
1365).
[9] Noutros aspectos, também o concelho ganha preponderância, pois já em finais do
século XIX, em virtude das inovações tecnológicas introduzidas, torna-se o centro de
produção vinícola mais característico do Vale do Tejo, sendo já famosos os seus vinhos, quer em
Portugal quer no estrangeiro.
[9]
O concelho nos seus primeiros tempos era constituído pelas freguesias de Vale da Pinta, Valada, Pontével, Ereira e Lapa e Cartaxo, sendo esta então formada pela povoação do mesmo nome, por Casal do Ouro, Beijoca e Ribeira, antigamente chamada Cartaxinho.
[9] Já no século XX foram criadas as seguintes freguesias:
[9]
- 8 de agosto de 1921 - A freguesia da Lapa por desanexação da Ereira.
- 29 de janeiro de 1927 - A freguesia de Vila Chã de Ourique, cuja sede se chamou primeiro Casal do Ouro, por desanexação do Cartaxo.
- 23 de maio de 1988 - A freguesia de Vale da Pedra por desanexação de Pontével.
Chamusca
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Estremoz
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Estremoz
Índice
Golegã
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Até 2013, o município da Golegã era constituído por apenas duas freguesias, para uma área de 76,62 km².
[5] Nesse ano, no âmbito de uma reorganização das freguesias ocorrida no território do Continente, foi-lhe anexada uma terceira freguesia (
Pombalinho), transferida do município de
Santarém.
[4]