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sexta-feira, 13 de março de 2020

OBSERVADOR - DESPORTO - 13 DE MARÇO DE 2020

03/2020 02:18
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Desporto

Por Bruno Roseiro, Editor de Desporto
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“Sinto o coração pesado pela situação que se está a passar no mundo. Tu jogas um jogo de futebol e percebes o que se está a passar no mundo, com todas estas pessoas doentes e a morrer. Todas estas coisas em todo o lado e depois nós a jogar um jogo de futebol. É absurdo”, Nuno Espírito Santo.
Este deveria ser mais um fim de semana de manhã à noite para a secção de Desporto do Observador. Literalmente, de manhã à noite – na madrugada de domingo começava também a Fórmula 1 com o Grande Prémio da Austrália. E muitos jogos da NBA, daqueles que servem como última companhia antes de umas horas de descanso. Ah, e a decisiva jornada do Torneio das Seis Nações com Inglaterra e França na luta taco a taco. E futebol, muito futebol e um pouco mais de futebol porque além de jogos propícios a surpresas na Primeira Liga (Famalicão-FC Porto, Benfica-Tondela, V. Guimarães-Sporting e Santa Clara-Sp. Braga) havia encontros grandes como o Tottenham-Manchester United, a possibilidade de se fazer a festa em Liverpool pelo título e as últimas partidas dos oitavos da Champions e da Liga Europa. No final, até o Europeu de 2020, entre junho e julho, está em risco.
O surto de coronavírus, ou Covid-19, que entretanto subiu a pandemia global pela Organização Mundial de Saúde, mudou o mundo. Para onde e até quando, ninguém consegue prever. Mas mudou. E o desporto não foi exceção. Aliás, pode servir até de exemplo paradigmático dos tempos que se vivem. Hoje não se escreve sobre jogos ou sobre demais eventos, escreve-se sobre as suas restrições e cancelamentos. Que, de forma mais ou menos célere, caem em catadupa, como se pode ler no liveblog feito esta quinta-feira por uma extensa, sempre prestável e multidisciplinar equipa no Observador. A soma de provas deveria dar uma multiplicação de resultados; ao invés, há uma diminuição crescente de eventos e uma divisão de males em todos os países. É esta a atual matemática.
Quando esta newsletter acabou de ser escrita, a jornada da Premier League estava muito, muito, muito tremida e a Bundesliga e da Ligue 1 iriam realizar-se à porta fechada. Tudo o resto foi suspenso. Uma jornada, duas jornadas, por tempo indeterminado. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu na NBA: o Oklahoma City Thunder-Utah Jazz foi cancelado depois do aquecimento dos jogadores, pouco mais de meia hora a seguir a recolherem aos balneários surgiu o anúncio aos espetadores, quando todos tinham saído do pavilhão a organização informou que a competição estava suspensa após o primeiro resultado positivo de coronavírus de um jogador (Rudy Golbert – o mesmo que tinha gozado com as medidas preventivas tomadas 48 horas antes…), entretanto houve um segundo caso também dos Utah Jazz, neste caso de Donovan Mitchell. Em Portugal ou em Espanha, nem foi preciso haver casos; em Itália, quando foram conhecidos os dois primeiros positivos, já estava tudo cancelado até abril.
Por isso, os jogos europeus foram alguns dos últimos nos próximos tempos. Como a pesada derrota do Tottenham de José Mourinho frente ao RB Leipziga épica caminhada da Atalanta com novo triunfo em Valência, o triunfo do PSG diante do B. Dortmund e, claro, a surpreendente eliminação do campeão europeu Liverpool em Anfield com o Atl. Madrid de Diego Simeone. Ou, na Liga Europa, mais uma exibição em grande Bruno Fernandes na goleada do Manchester United frente ao LASK Linz e o empate entre os “portugueses” Olympiacos e Wolves na Grécia. Na próxima terça-feira, a UEFA terá uma reunião para decidir o que fazer daqui para a frente mas tudo aponta para que as provas europeias parem por agora e o Europeu de seleções seja mesmo passado para 2021.
Antes, por cá, o Benfica tinha voltado a escorregar em Setúbal num encontro onde Pizzi voltou a falhar um penálti mas o FC Porto não aproveitou e empatou também na receção ao Rio Ave numa partida onde Sérgio Conceição não poupou críticas à arbitragem de Artur Soares DiasTudo na mesma numa Liga que teve estreias a ganhar de Custódio no Sp. Braga e de Rúben Amorim no Sporting, que voltou a ter uma manifestação antes do jogo com o Desp. Aves – e que, de forma indireta, viveu outra decisão paralela mas que pode ou não ter impacto a médio prazo com o pedido de absolvição de Bruno de Carvalho no julgamento do caso de Alcochete, que praticamente “acabou” numa 36.ª sessão que começou a dividir vencedores e vencidos no mediático processo. Antes, no “Nem tudo o que vai à rede é bola” da Rádio Observador, Augusto Inácio já tinha falado numa “grande golpada”.
Na próxima semana, é provável, quase inevitável, que mais casos positivos de coronavírus apareçam, como na noite desta quinta-feira com Mikel Arteta, treinador do Arsenal, depois de Rugani (central da Juventus) ou de Gabbiadini (avançado da Sampdória) – a que se juntou já de madrugada mais um jogador da Premier League, neste caso Hudson-Odoi, do Chelsea. Mas a frase em discurso direto supracitada resume tudo. E deve não só abrir como fechar esta newsletter. Porque, de forma inevitável, esta será a realidade do mundo nos próximos tempos.
“Sinto o coração pesado pela situação que se está a passar no mundo. Tu jogas um jogo de futebol e percebes o que se está a passar no mundo, com todas estas pessoas doentes e a morrer. Todas estas coisas em todo o lado e depois nós a jogar um jogo de futebol. É absurdo”, Nuno Espírito Santo.

EU, A TV E UM COMANDO

O JOGO EM PALAVRAS

PÓDIO

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O JULGAMENTO

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Bruno de Carvalho, Musta e Jacinto ilibados pelo MP, sequestro e terrorismo por terra, penas máximas de cinco anos: o resumo da 36.ª sessão que virou o caso Alcochete, entre vencedores e vencidos.

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