Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
© Ludovic Marin - ReutersAcompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.

 

11h34 - PM albanês diz à Ucrânia para não se iludir com aceitação de candidatura

O primeiro-ministro albanês, Edi Rama, aconselhou hoje a Ucrânia a “não se iludir” com promessas de adesão à União Europeia (UE), adiantando que o seu país aguarda há oito anos a luz verde dos 27.

“É bom que seja dado o estatuto [de país candidato à UE] à Ucrânia, mas espero que o povo ucraniano não se encha de ilusões”, disse Rama, em declarações à entrada de uma cimeira UE-Balcãs.

“A Macedónia do Norte é candidata há 17 anos, se não me perdi nas contas, e a Albânia há oito, então boas-vindas à Ucrânia”, ironizou o líder albanês.

Nesta cimeira está particularmente em causa a decisão de abrir as negociações com a Macedónia do Norte e a Albânia, tendo estes dois países e a Sérvia ameaçado faltar à reunião como forma de protesto pela lentidão do processo.

(Agência Lusa)

11h12 - Moscovo afirma ter atingido Mykolaiv com armas de alta precisão

O Ministério da Defesa russo revelou que usou armas de alta precisão para atacar postos de combustível e equipamento militar ucraniano perto da cidade de Mykolaiv.

Moscovo acrescenta ainda que “o inimigo continua a sofrer perdas significativas” e que pelo menos 650 soldados ucranianos morreram em combate nas últimas 24 horas.

10h54 - Soldado russo acusado de violar mulher ucraniana

A Ucrânia deverá realizar hoje uma audiência preliminar no seu primeiro julgamento de um soldado russo acusado de violar uma mulher ucraniana durante a invasão russa, o primeiro do que poderiam ser dezenas de casos deste tipo.

O suspeito, Mikhail Romanov, 32 anos, que não se encontra sob custódia ucraniana e será julgado à revelia, é acusado de assassinar um civil na região de Kiev a 9 de março e depois de violar repetidamente a mulher do homem, segundo os ficheiros do tribunal.

Moscovo negou as alegações de crimes de guerra.

10h35 -Candidatura da Ucrânia à UE. "Um longo e penoso caminho a percorrer"

O correspondente da RTP em Bruxelas, Duarte Valente, resumiu a ordem de trabalhos de uma reunião do Conselho Europeu que se advinha histórica. Sobre a mesa estão as candidaturas da Ucrânia e da Moldova à adesão à UE. Espera-se que a recomendação em sentido positivo da Comissão Europeia tenha agora a luz verde dos líderes. ###1414854###

À entrada para as primeiras horas dos trabalhos, dedicadas aos países dos Balcãs, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, falou de "um momento decisivo para a União".

"É uma escolha política que faremos hoje e estou confiante em que hoje concederemos o estatuto de candidatos à Ucrânia e à Moldova e expressaremos uma perspetiva europeia clara e forte para a Ucrânia, a Geórgia e a Moldova", afirmou o responsável.

10h25 - Mais de 150 monumentos ou sítios danificados ou destridos pela guerra

Mais de 150 monumentos ou sítios históricos protegidos foram total ou parcialmente destruídos em quase quatro meses de guerra na Ucrânia, anunciou hoje a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Educação e a Cultura (Unesco).

"De acordo com as verificações realizadas pelos especialistas, 152 sítios culturais foram parcial ou totalmente destruídos devido aos combates, incluindo 70 edifícios religiosos, 30 edifícios históricos, 18 centros culturais, 15 monumentos, 12 museus e sete bibliotecas", indica a Unesco, em comunicado.

A região de Donetsk, com 45 locais afetados, a região de Kharkiv, com 40, e a região de Kiev, com 26, sofreram três quartos dos danos.

"Esses ataques repetidos a locais culturais ucranianos devem parar", disse a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, acrescentando: “O património cultural, em todas as suas formas, não deve de forma alguma ser o alvo”.

Em meados de abril, o diretor do Centro do Património Mundial da UNESCO, Lazare Eloundou Assomo, já tinha dado conta de cerca de uma centena de locais danificados ou destruídos, incluindo "monumentos históricos, alguns (datados) do século XI, XII e outros de arquitetura da era soviética".

“Temos também igrejas, catedrais, com objetos litúrgicos únicos, teatros, como o de Mariupol, bibliotecas e outros edifícios de arquivo, monumentos construídos para glorificar a história da Ucrânia”, afirmou, qualificando estas destruições como “dramáticas”.

Desde o início da invasão, a Unesco adotou uma série de medidas para evitar a destruição de sítios protegidos e aconselha os profissionais a fazer inventários e evitar danos ao máximo.

Alguns abrigos foram identificados para colocar objetos que podem ser transportados em segurança, enquanto os dispositivos de combate a incêndio de alguns desses locais foram reforçados.

A Unesco colabora ainda com as autoridades ucranianas para marcar locais protegidos com um emblema azul, que significa que danificá-lo pode trazer consequências para os autores.

Signatários da Convenção de Haia de 1954, a Ucrânia e a Rússia têm a obrigação de proteger o património cultural em caso de conflito armado, lembrou Audrey Azoulay.

Até ao momento, segundo a organização, os sete sítios Património Mundial da Ucrânia não foram danificados.

(Agência Lusa)

10h06 - Turquia investiga roubo de cereais ucranianos

O Ministro dos Negócios Estrangeiros Mevlüt Çavuşoğlu revelou que a Turquia está a levar a sério as alegações de que os cereais ucranianos foram roubados pela Rússia e está a investigar.

Numa conferência de imprensa com a sua homóloga britânica, Mevlüt Çavuşoğlu acrescentou que a Turquia não permite que cereais roubados pela Rússia fossem levados para o país.

Já a secretária britânica dos Negócios Estrangeiros Liz Truss advertiu que a crise dos cereais na Ucrânia deve ser resolvida pelos líderes globais no próximo mês, caso contrário o mundo poderá ver "consequências devastadoras".

"Esta crise dos cereais é urgente e precisa de ser resolvida no próximo mês, caso contrário poderíamos ver consequências devastadoras", acrescentou Truss durante uma conferência de imprensa conjunta.

9h54 - Ouvidas explosões em Mykolaiv

Várias explosões foram ouvidas esta manhã na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, revelou o presidente da câmara, Oleksandr Senkevych.

9h41 - Cortes de gás russo atingiram 12 países europeus

Uma dúzia de países da União Europeia foram afetados por cortes no fornecimento de gás da Rússia, afirmou o chefe da política climática da União Europeia, Frans Timmermans.

Segundo Timmermans, dez dos 27 países membros da UE emitiram um "alerta precoce" sobre o fornecimento de gás - o primeiro e menos importante dos três níveis de crise identificados nos regulamentos de segurança do fornecimento de energia.

Os países da União Europeia são obrigados a ter planos para a forma como geririam uma rutura de abastecimento nos três níveis.

9h20 - Petroleiros russos com cobertura de segurança na Índia através de companhia do Dubai

A Índia está a fornecer certificados de segurança para dezenas de navios geridos por uma filial do Dubai do grupo de navegação russo Sovcomflot, revelam dados oficiais, permitindo a exportação de petróleo para a Índia e outros locais após os certificadores ocidentais terem retirado os seus serviços devido sanções contra Moscovo.

Os dados compilados a partir do website do IRClass mostram que o mesmo certificou mais de 80 navios geridos pela SCF Management Services (Dubai) Ltd, uma entidade sediada no Dubai listada como subsidiária no website da Sovcomflot, avança a Reuters.

A certificação pelo Registo de Navios da Índia (IRClass), uma das principais empresas de certificação do mundo, proporciona um elo final na cadeia burocrática - após cobertura de seguro - necessária para manter a frota de petroleiros estatais Sovcomflot a flutuar e a entregar petróleo bruto russo a mercados estrangeiros.

O sector russo do petróleo bruto, atingido por sanções rigorosas devido à invasão da Ucrânia por Moscovo, foi forçado a procurar compradores fora do Ocidente enquanto se dirigia aos transportadores e seguradores russos para tratar das suas exportações.

A Índia, que se absteve de condenar a Rússia devido aos seus laços de segurança prolongados, impulsionou acentuadamente as compras de petróleo bruto russo nos últimos meses.

8h56 - Britânicos condenados à morte em Donetsk preparam apelos

A agência noticiosa russa Tass revela que os cidadãos britânicos Sean Pinner e Aiden Aslin, juntamente com o marroquino Saadoun Brahim, estão a preparar um recurso contra as suas sentenças de morte.

"Os meus colegas e eu estamos a preparar o texto completo do recurso contra o veredicto, no interesse dos nossos clientes", avança a agência que cita Yulia Tserkovnikova, advogada de Pinner.

As autoridades britânicas descreveram o julgamento como uma "farsa", com um deputado a afirmar que os homens estavam essencialmente a ser mantidos como reféns. Os detidos argumentam que faziam parte das forças armadas da Ucrânia, e que deveriam estar sujeitos à convenção de Genebra sobre prisioneiros de guerra.

A autoproclamada República Popular de Donetsk acusou os homens de "atividades mercenárias e de cometerem ações destinadas a tomar o poder e a derrubar a ordem constitucional do RPD".

8h30 - Forças russas a cinco quilómetros de Lysychansk

As forças russas estão a colocar a bolsa de Lysychansk-Sieverodonetsk sob uma pressão crescente, avançando constantemente à volta da zona, segundo a Inteligência britânica.

Desde 19 de junho, as forças russas avançaram “provavelmente” mais de cinco quilómetros em direção à cidade de Lysychansk, na região do Dondass, acrescenta o Ministério da Defesa do Reino Unido numa uma atualização diária no Twitter.