domingo, 27 de dezembro de 2020

SÃO JOÃO EVANGELISTA - 27 DE DEZEMBRO DE 2020

 


João, o Evangelista

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Disambig grey.svg Nota: Ver também João, o Apóstolo e João de Patmos para outras tradições ligadas a São João. Para outros significados, veja São João.
João
João o Evangelista, por Domenichino (1621-29).
ApóstoloEvangelista,
Discípulo que Jesus amava e
João de Patmos
Nascimento9 em BetsaidaGalileia
Mortec. 103 (94 anos) em ÉfesoÁsia Menor
Veneração porToda Cristandade
Festa litúrgica27 de Dezembro
AtribuiçõesÁguia
Gloriole.svg Portal dos Santos

João Evangelista ou Apóstolo João (grego: Ἰωάννης, translit. Iōánnēs), foi um dos doze apóstolos de Jesus e além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João (12, e 3) e o livro do Apocalipse. Há que se destacar aqui a existência de uma controvérsia sobre o verdadeiro autor do Apocalipse, mas uma tradição representada por São Justino e amplamente difundida no século II Ireneu de LyonClemente de AlexandriaTertuliano, o Cânone Muratori, identifica o autor como sendo o apóstolo João, o autor do quarto evangelho. Mas até o século V as igrejas da SíriaCapadócia e mesmo da Palestina não pareciam ter incluído o apocalipse no cânon das escrituras, prova de que não o consideraram como obra do apóstolo. Apresenta inegável parentesco com os escritos joaninos, mas também se distingue claramente deles por sua linguagem, seu estilo e por seus pontos de vista teológicos (referentes, sobretudo à parúsia de Cristo), comentário de introdução ao apocalipse na Bíblia de Jerusalém.

João seria o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro anos de idade à altura do São João chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. Era pescador de profissão, consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago Maior, e em provável sociedade com André e Pedro.

As heranças deixadas nos escritos de João, demonstram uma personalidade extraordinária. De acordo com as descrições ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e introspectivo nas suas dissertações e pouco falador como discípulo. É notório o seu amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.

Relação com Jesus

Foi manifesta nos livros da Bíblia a admiração de João por Jesus. Jesus chamou-lhe o Filho do Trovão e posteriormente ele foi considerado o “Discípulo Amado”. Também ele e seu irmão, Tiago, pedem para ficar um ao lado direito, outro ao lado esquerdo de Jesus quando estiverem no céu, além de serem batizados no mesmo batismo de Jesus, tendo por isso sido levemente repreendidos por Jesus e causado certa inveja entre os demais apóstolos.

Segundo os registros do Novo testamento, João foi o apóstolo que seguiu com Jesus, na noite em que foi preso e foi corajoso ao ponto de acompanhar o seu Mestre até à morte na cruz.

João de Patmos, por Alonso Cano, 1640

A História conta que João esteve presente, e ao alcance de Jesus, até a última hora, e foi-lhe entregue a missão de tomar conta de Maria, a mãe de Jesus. A Bíblia supostamente indica que Jesus não era filho único de Maria (Mateus 13:55Marcos 6:3) (vide irmãos de Jesus), porém seria o mais velho e, por isso, teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe após a morte de José.[1] No Evangelho Segundo São Mateus está escrito: "Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica" (Mateus 20:20), fica claro que a mãe biológica de João não é Maria, mãe de Jesus, mas outra pessoa, pois, então, o evangelista não escreveria "a mãe dos filhos de Zebedeu", e sim algo como "sua mãe". Assim, a frase de Jesus significa que o cuidado e sustento de Maria ficaria a cargo de João a partir daquele momento.

Para a Igreja CatólicaCristo não tinha irmãos carnais, justificando o argumento na premissa de que, no aramaico, antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam irmãos eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes. Jesus falava ao menos aramaico e hebraico, mas os evangelhos foram escritos em grego, idioma em que há maior número de palavras para designar graus de parentesco, o que, segundo alguns autores, pode ter gerado confusão, no momento da tradução[2]. O fato de, à época, a Terra Santa já ter sido dominada pelo império grego, e estar sob dominação romana (cuja cultura assimilara muito da cultura helenística), torna provável que o uso da expressão "irmãos" implique também na expressão "primos". Além disso, o fato de o Novo Testamento haver sido escrito em grego koinélingua franca do império romano, não faz com que a hipótese de que estes são filhos de José e Maria seja corroborada. (A Bíblia afirma que Maria foi escolhida virgem, pura, para ser mãe de Jesus, sendo Ele seu primogênito) Os Ortodoxos creem que os "irmãos" de Jesus seriam filhos de José' de possível primeiro casamento, antes de ir viver com Maria. Não há referência bíblica que corrobore a hipótese de que José tenha sido casado anteriormente.

Mais tarde João esteve fortemente ligado a Pedro nas atividades iniciais do movimento cristão, tornando-se um dos principais sustentáculos da Igreja de Jerusalém. Foi o principal apoio de Pedro, no Dia de Pentecostes. É tradição constante e ininterrupta que pregou na Ásia Menor, especialmente em Éfeso, onde teria encerrado o ministério com morte em idade muito avançada.

O exílio

Ver artigo principal: João de Patmos

Em Patmos, ilha no leste do Mar Egeu, local onde fez o seu exílio, João escreveu o Livro da Revelação do Apocalipse. Acredita-se que este Livro da Revelação contém os fragmentos que sobreviveram de uma grande revelação, da qual se perderam grandes partes e outras partes foram retiradas, depois que João o escrevera. Apenas uma parte fragmentada foi preservada. Por outro lado, alguns teólogos e exegetas afirmam que o caráter fragmentário deste livro resulta de outros dois livros de Apocalipse que foram unidos, resultando no que conhecemos hoje, sendo que um deles já estaria escrito desde o tempo de Nero. João viajou muito, trabalhou incessantemente e, depois de tornar-se dirigente das igrejas da Ásia, estabeleceu-se em Éfeso. Orientou o seu colaborador, Natan, na redação do chamado “evangelho segundo João”, em Éfeso, aproximadamente no ano 90 D.C.

" Mulher, eis aqui seu filho !Filho ,eis aqui sua mãe!" ( JESUS ).
São João, o Apóstolo, por El Greco c. 1600, Museu do Prado, Madrid

Morte

De todos os doze apóstolos, João, o Apóstolo Amado e filho de Zebedeu, tornou-se o mais destacado teólogo, tendo morrido de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que a tumba estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.

Segundo algumas interpretações João era o apóstolo que Jesus mais amava, e que tinham um enorme afeto um pelo outro.

Controvérsia

Controvérsias são suscitadas baseadas nos próprios textos bíblicos que afirmam que este discípulo não passou pela morte, segundo a interpretação de alguns. Com efeito é possível ler: Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino. (Mateus 16:28)

De outra parte está também escrito nos Evangelhos: Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: "Senhor, quem é o traidor?" Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: "E quanto a este?" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me." Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, "Jesus não dissera que tal discípulo não morreria", mas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?" (João 21:18-25)

Interpretações teológicas, contudo, resolvem essa dificuldade bíblica como Jesus afirmando que ele deveria permanecer vivo até a Revelação final do cânon bíblico, o Apocalipse. A partir daí, sua morte ocorreria naturalmente, no tempo devido.


SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ - 27 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Sagrada Família

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Albrecht DürerFuga para o Egipto14941497
Disambig grey.svg Nota: Para a igreja em Barcelona, veja Templo Expiatório da Sagrada Família. Para outros significados, veja Sagrada Família (desambiguação).

Sagrada Família é o termo usado para designar a família de Jesus de Nazaré, composta segundo a Bíblia por JoséMaria e Jesus. A sua festa no calendário litúrgico é celebrada no domingo que fica na Oitava do Natal.

Passagens bíblicas

  • Anúncio do Anjo a José«E o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, dizendo: "José, filho de David, não temas receber a Maria tua mulher: porque o que dela nasceu, é obra do Espírito Santo (Mateus 1:20)
  • Fuga para o Egito: fuga para o Egito, por causa da perseguição movida pelo rei Herodes, que queria matar Jesus.
  • Jesus perde-se e é encontrado no templo (episódio também conhecido como Jesus entre os doutores): «Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa. Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. Pensando que ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas. Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!» Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar na casa de meu Pai?» Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.» (Lucas 2:41-52)

Sagrada Família na arte

As cenas da Sagrada Família são das mais representadas na arte, especialmente em pintura. Destacam-se as cenas da Natividade de Jesus e da Fuga para o Egito.

Ver também

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Sagrada Família

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