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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

RUY BELO - POETA - MORREU EM 1978 - 8 DE AGOSTO DE 2019

Ruy Belo

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Ruy Belo
Nome completoRui de Moura Ribeiro Belo
Nascimento27 de fevereiro de 1933
São João da RibeiraRio MaiorPortugal
Morte8 de agosto de 1978 (45 anos)
QueluzPortugal
NacionalidadePortugal Português
CônjugeMaria Teresa Carriço Marques Belo (3 filhos)
Género literárioPoesia, Ensaios
Magnum opusHomem de Palavra(s)
Rui de Moura Ribeiro Belo (São João da RibeiraRio Maior27 de fevereiro de 1933 — QueluzSintra8 de agosto de 1978) foi um poeta e ensaísta português.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 1933, frequentou o Liceu de Santarém. Em 1951 entrou para a Universidade de Coimbra como estudante de Direito, aderindo pouco depois à Opus Dei. Terminado o curso de Direito, já na Faculdade de Direito de Lisboa, no ano de 1956, partiu para Roma, onde estudou na Universidade S. Tomás de Aquino(Angelicum). Em 1958 com uma tese intitulada "Ficção Literária e Censura Eclesiástica (ainda inédita em Livro)", o seu doutoramento em Direito Canónico.
Regressado a Portugal, foi diretor literário da Editorial Aster. A seguir foi chefe de redação da revista Rumo. Em 1961 entrou como investigador na Faculdade de Letras de Lisboa, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1966 casa-se com Maria Teresa Carriço Marques, nascendo deste casamento três filhos Diogo (1967), Duarte (1968) e Catarina (1974). Exerceu, ainda que brevemente, um cargo de diretor-adjunto no então Ministério da Educação Nacional, mas o seu relacionamento com opositores ao regime da época, a participação na greve académica de 1962 e a sua candidatura a deputado, em 1969, pelas listas da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, levaram a que as suas atividades fossem vigiadas e condicionadas.
Entretanto abandonou a Opus Dei e trocou Lisboa por Madrid, aceitando o cargo de leitor de Português, que desempenhou desde 1971 até 1977. Regressado, então, a Portugal, foi-lhe recusado pelo regime democrático a possibilidade de lecionar na Faculdade de Letras de Lisboa, virando-se então para a Escola Secundária de Ferreira Dias, onde lecionava no ensino noturno.
Apesar do curto período de atividade literária, Ruy Belo tornou-se um dos maiores poetas portugueses da segunda metade do século XX, tendo as suas obras sido reeditadas diversas vezes. Os seus primeiros livros de poesia foram Aquele Grande Rio Eufrates de 1961 e O Problema da Habitação de 1962. Às coletâneas de ensaios Poesia Nova de 1961 e Na Senda da Poesia de 1969, seguiram-se obras cuja temática se prende ao religioso e ao metafísico, sob a forma de interrogações acerca da existência. É o caso de Boca Bilingue de 1966, Homem de Palavra(s) de 1969, País Possível de 1973, antologia), Transporte no Tempo de 1973, A Margem da Alegria de 1974, Toda a Terra de 1976, Despeço-me da Terra da Alegria de 1977 e Homem de Palavra(s), 2ª edição de 1978. O versilibrismo dos seus poemas conjuga-se com um domínio das técnicas poéticas tradicionais. Destacou-se ainda pela tradução de autores como Antoine de Saint-ExupéryBlaise CendrarsRaymond AronMontesquieuJorge Luís Borges e Federico García Lorca. De Antoine de Saint-Exupéry traduz: Piloto de Guerra e Cidadela e CidadelaBlaise Cendrars traduz: MoravagineJorge Luís Borges traduz:Os Poemas Escolhidos e de Dona Rosinha a Solteira ou a Linguagem das Flores.
A sua obra, organizada em três volumes sob o título Obra Poética de Ruy Belo, em 1981, foi, entretanto, alvo de revisitação crítica, sendo considerada uma das obras cimeiras, apesar da brevidade da vida do poeta, da poesia portuguesa contemporânea.
Em 1991 foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'iago da Espada.[1]

Obras[editar | editar código-fonte]

Em 2001, publica-se Todos os Poemas.

Obras poéticas[editar | editar código-fonte]

  • Aquele Grande Rio Eufrates (1961)
  • O Problema da Habitação (1962)
  • Boca Bilingue (1966)
  • Homem de Palavras (1969)
  • Na senda da poesia (1969)
  • Transporte no Tempo (1973)
  • País Possível (1973)
  • A Margem da Alegria (1974)
  • Toda a Terra (1976)
  • Despeço-me da Terra da Alegria (1977).
  • Os estivadores (1974).

Em espanhol[editar | editar código-fonte]

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