Flordelis condenada a 50 anos anos de prisão pelo homicídio do marido, o pastor Anderson do Carmo
A ex-deputada federal do Brasil, Flordelis, e a sua filha, Simone dos Santos Rodrigues, foram condenadas pelo homícidio do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Juíza condenou o crime "bárbaro", com 30 disparos no corpo.
A ex-parlamentar foi condenada a 50 anos e 28 dias por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, além de uso de documento falso e associação criminosa armada. Por seu lado, Simone, filha biológica, foi condenada a 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.
Antes desde julgamento, outros dois filhos biológicos de Flordelis – Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza – já tinham sido condenados pela execução do crime.
Por outro lado, Rayane dos Santos, neta da ex-deputada, e dois dos seus filhos adotivos, Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, foram considerados inocentes.
Flordelis, atualmente com 61 anos, já tinha três filhos biológicos quando começou a relação com o pastor Anderson do Carmo, com quem casou em 1994. Além disso, adotou várias crianças, muitas delas de forma ilegal.
O pastor Anderson do Carmo e Flordelis eram casados há 15 anos, quando ele foi executado no dia 16 de junho de 2019, na garagem da casa onde morava com a família em Pendotiba, na cidade de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo os peritos, foram identificadas 30 perfurações de de arma de fogo no corpo. Anderson do Carmo tinha na altura 42 anos.
A decisão foi tomada após mais de seis dias de julgamento com um júri popular. De acordo com a denúncia do Ministério Público, citada pela CNN Brasil, Flordelis foi a responsável por planear o homicídio do marido, além de ter convencido o executor direto e demais acusados a participarem no crime, tendo ainda financiado a compra da arma e avisado sobre a chegada da vítima ao local onde foi executado.
Ainda segundo as investigações, o crime teria sido motivado pelo facto de a vítima manter um rigoroso controlp das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida.
Na sentença, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce menciona ainda que este é o primeiro crime de Flordelis, no entanto, sublinha que a ré "não se intimidou com a prática do crime, com a audácia extremamente reprovável, planejando a execução brutal e fria da vítima, com diversos disparos, conforme se depreende do esquema de lesões e laudos acostados aos autos”.
“A ação criminosa evidencia, portanto, verdadeira e bárbara execução, caracterizando uma demonstração explícita de ódio. Os diversos disparos efetuados contra a vítima de 42 anos de idade, concentraram-se em regiões vitais como crânio, tórax e abdome”, lê-se na sentença.