quarta-feira, 5 de maio de 2021

VOO AEROFLOT 1492 - POUSA DE EMERGÊNCIA NO AEROPORTO DE MOSCOVO - 2019 - 5 DE MAIO DE 2021

 


Voo Aeroflot 1492

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Voo Aeroflot 1492
Acidente aéreo
Aeronave envolvida no acidente
Sumário
Data5 de maio de 2019
CausaPouso forçado seguido de fogo na fuselagem, sob investigação
LocalAeroporto Internacional de MoscovoMoscouRússia
Coordenadas55° 58′ 09″ N, 37° 24′ 11″ L
OrigemAeroporto Internacional de Moscovo
DestinoAeroporto Internacional de Murmansk
Passageiros73
Tripulantes5
Mortos41
Feridos11
Sobreviventes37
Aeronave
ModeloSukhoi Superjet 100
OperadorAeroflot
PrefixoRA-89098
Primeiro voo21 de junho de 2017[1]

Voo Aeroflot 1492 foi um voo doméstico de passageiros de Moscou para Murmansk. Em 5 de maio de 2019, o jato Sukhoi Superjet 100 retornou ao aeroporto após decolar. As asas e parte traseira da fuselagem incendiaram-se depois do duro pouso, e 41 pessoas foram declaradas mortas em decorrência do acidente.[2]

Acidente

O voo decolou do Aeroporto Internacional de Moscovo-Sheremetievo para o Aeroporto Internacional de Murmansk às 18:02 horário local (15:02 UTC). A aeronave decolou, parou de subir ao atingir o nível de voo 090 tendo dizendo a torre que havia problemas com a aeronave Sukoi Superjet 100, antes da primeira arremetida . Ao pousar pela segunda tentativa, tentando um pouso em segurança mas ao tocar no solo, a parte final da aeronave arrastou-se pela pista tendo um incêndio no fim do pouso freado brusco.

A aeronave envolvida no acidente foi um Sukhoi Superjet 100, um jato bimotor russo de matrícula RA-89098 e que teve seu primeiro voo em 2017.

Investigações

As investigações já foram iniciadas para descobrir as causas do acidente.[3] A Agência de Investigação Russa, que investiga acidentes com aeronaves civis, deverá ficar responsável pelos trabalhos. No dia 6 de maio de 2019, as caixas-pretas da aeronave foram encontradas.

Os investigadores acusaram e é a causa mais envolvente é que um raio atingiu a parte dos tanques de combustível, tendo iniciado um incêndio ao tocar com os pneus frear fortemente e tocando com a parte final da aeronave no chão e arrastando a aeronave pela pista inteira com incêndio alastrando-se quase matando 47 pessoas sem inocência total.

Os bombeiros e a chefe de cabine tentou ajudar os outros pondo a sua própria vida em perigo .

A aeronave não ficou intacta.

Referências

  1.  «Aeroflot RA-89098 (Sukhoi SuperJet 100 - MSN 95135)». Consultado em 6 de maio de 2019
  2.  «ASN Aircraft accident Sukhoi Superjet 100-95B RA-89098 Moskva-Sheremetyevo Airport (SVO)». Aviation Safety Network. Consultado em 6 de maio de 2019
  3.  «Mais de 40 pessoas morrem após avião fazer pouso de emergência e pegar fogo na Rússia»BBC Brasil. BBC Brasil. 5 de maio de 2019. Consultado em 6 de maio de 2019

BATALHA DE PUEBLA - 1862 - 5 DE MAIO DE 2021

 


Batalha de Puebla

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Puebla
Segunda intervenção francesa no México
Sitio puebla.jpg
A batalha de Puebla constitui um dos momentos mais significativos na história militar do México.
Data5 de maio de 1862
LocalPuebla, México
DesfechoVitória decisiva da República Mexicana
Beligerantes
Bandera Histórica de la República Mexicana (1824-1918).svg República do MéxicoFlag of France (1794–1815, 1830–1958).svg França
Flag of Mexico (1864-1867).svg Monarquistas Mexicanos
Comandantes
Gen. Ignacio ZaragozaConde de Lorencez
Forças
4 500 soldados, muitos deles veteranos da Guerra da Reforma e civis armados6 500 soldados
Baixas
83 mortos
132 feridos
12 desaparecidos
172 mortos
304 feridos
35 capturados

Batalha de Puebla teve lugar a 5 de maio de 1862, perto da cidade de PueblaMéxico, durante a Segunda intervenção francesa no México. Tratou-se de uma grande vitória mexicana, comemorada todos os anos no feriado de Cinco de Mayo.

Antecedentes

Em finais de 1861Napoleão III de França, enviou as suas tropas ao México, para supostamente cobrar a dívida de um anterior governo mexicano. O presidente Benito Juárez havia concordado em pagar essa dívida, só que em prestações. O verdadeiro objectivo de Napoleão III era depor o governo constitucional do México, instalar uma monarquia favorável à França e assim expandir o controlo francês na América Central e do Sul.

As tropas de Napoleão III ocuparam a cidade portuária de Veracruz a 8 de dezembro de 1861. O verdadeiro objectivo da expedição depressa se tornou aparente.

A batalha

Plano da vila de Puebla e suas construções defensivas.

Os caminhos pelos desfiladeiros que conduziam a Puebla eram protegidos pelos fortes de Guadalupe e Loreto. Ignacio Zaragoza havia ligado os fortes por meio de trincheiras defensivas escavadas através da estrada.

O tempo estava em favor dos mexicanos, pois as chuvas torrenciais haviam transformado o solo em lama, diminuindo a mobilidade da artilharia francesa.

Seguro da superioridade francesa frente às tropas mexicanas, o general conde de Lorencez assumiu que estas fugiriam a um combate encarniçado. Pelo meio-dia, dirigiu a sua primeira carga contra o centro mexicano. Os mexicanos mantiveram as suas posições, repelindo os franceses. Os franceses reagruparam-se e efectuaram outras duas cargas, ambas com desfecho igual ao da primeira.

Os mexicanos contra-atacaram. Uma força de indígenas Zacapoaxtla e Xochiapulco, muitos dos quais armados apenas com machetes, conseguiu romper parte das linhas francesas. Porfírio Díaz (futuro presidente do México), comandava uma disciplinada companhia de cavalaria mexicana, que flanqueou os franceses. A batalha terminaria pelas 16:30.

Com o cair da noite, os franceses conseguiram recuperar algum terreno. O general Lorencz esperou dois dias por uma contra-ofensiva mexicana, mas Zaragoza não estava disposto a atacar os franceses em campo aberto, onde perderia a sua vantagem defensiva. Não querendo arriscar um novo ataque e sob um tempo inclemente, incluindo uma tempestade de granizo, Lorencez retirou as suas forças para Orizaba.

Consequências

Mapa da batalha de Puebla.

10 de maio de 1862, o presidente Juárez declarou que o aniversário da Batalha de Puebla seria um feriado nacional, o Dia da batalha de Puebla ou apenas Cinco de Mayo. Apesar de ser reconhecido como um dia de celebração, hoje em dia não é um feriado federal do México.

Apercebendo-se que a sua força expedicionária não tinha a força necessária para levar a cabo a missão planeada, os franceses procederam ao seu reforço com 30 000 tropas. Em 1863, os franceses tornaram a marchar em direcção à Cidade do México, desta vez ignorando Puebla. Depois de bem sucedidos na captura da capital mexicana, instalaram o regime fantoche do Imperador Maximiliano.

Apesar da batalha de Puebla não ter conseguido evitar a ocupação do México pelos franceses, foi ainda assim uma importante vitória para os mexicanos. Levantou a sua moral e fortaleceu a sua determinação na resistência à invasão. Por outro lado, deu ao governo de Juárez tempo de que este muito necessitava. Apesar de forçado a abandonar a Cidade do México em direcção ao norte, o governo continuaria a funcionar e a ser reconhecido como legítimo por muitas nações. Maximiliano e seus aliados seriam derrotados em 1867.

A batalha de Puebla teve também uma grande importância histórica, pois acabou com as esperanças de Napoleão III em conseguir uma rápida conquista do México, que ele planeava usar como base de apoio aos confederados na Guerra Civil Americana.

Ver também

BATALHA DE FONTES DE ONOR - 1811 - 5 DE MAIO DE 2021



Batalha de Fontes de Onor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Fontes de Onor
Guerra Peninsular
Fuentes de Onoro.jpg
Data3 a 5 de Maio de 1811
LocalEspanha, junto à fronteira com Portugal, a Este de Vilar Formoso.
DesfechoVitória das forças Anglo-Portuguesas
Beligerantes
Reino Unido Reino Unido
Flag of Portugal (1707).svg Reino de Portugal
França Primeiro Império Francês
Espanha Reino de Espanha
Comandantes
Arthur WellesleyAndré Massena
Forças
25 474 britânicos
12 030 portugueses
± 500 guerrilheiros espanhóis
48 452 franceses
Baixas
1 497 britânicos
307 portugueses
2 844 franceses

Batalha de Fontes de Onor foi travada entre as forças aliadas (britânicos e portugueses), sob o comando do tenente-general Sir Arthur Wellesley, e as forças francesas, sob o comando do Marechal André Massena, entre os dias 3 e 5 de Maio de 1811, no âmbito da Guerra Peninsular, após a 3ª invasão de Portugal. A tentativa feita por Massena para libertar a praça de Almeida, onde ainda existia uma guarnição francesa, falhou pois a batalha resultou numa vitória das forças anglo-lusas.

O campo de batalha

Fuentes de Oñoro situa-se na encosta oriental de uma linha de alturas que se estende de Norte para Sul, tendo a Leste a ribeira de Dos Casas e, a Oeste, a ribeira de Turones, afluentes do Rio Águeda. No extremo norte dessa linha de alturas situa-se o Real Fuerte de la Concepción. Fuentes de Oñoro sobe da margem do Dos Casas até à linha de alturas; tem muitos muros e ruas estreitas e sinuosas e oferece boas condições defensivas. O Dos Casas, a norte da estrada que atravessa a povoação, corre por uma ravina difícil de transpor. Para sul, as margens tornam-se pantanosas [1]. Para sul de Fuentes de Oñoro ficam os povoados de Poço Velho e Nave de Haver, em terreno de morfologia muito mais suave.

As forças Aliadas ocuparam posições na linha de alturas entre as ribeiras de Dos Casas e Turones. O extremo esquerdo (Norte) da posição está assinalado pelo Fuerte de la Concepcíon, a sudoeste de Aldea del Obispo. O extremo direito (Sul) é assinalado pelo povoado de Nave de Haver. O terreno é bastante íngreme na zona do Fuerte de la Concepcíon e apresenta regiões planas a Sul, entre Nave de Haver e Fuentes de Oñor. As zonas arborizadas intercalavam com as zonas de vegetação rasteira.

As forças em presença

As forças anglo-lusas

O exército aliado presente na batalha de Fuentes de Oñoro, constituído por forças portuguesas, espanholas e britânicas (estas incluíam forças alemãs ao serviço do Reino Unido), com um efectivo total na ordem dos 37 000 combatentes, era comandado pelo tenente-general Sir Arthur Wellesley. A maior parte destas forças eram de infantaria. Este exército estava articulado da seguinte formaː[2]

Tenente General Sir Arthur Wellesley, Duque de Wellington.
  • 3ª Divisão de Infantaria - major-general Thomas Picton - 5 480 homens — constituída por 11 batalhões de infantaria de linha (quatro batalhões eram portugueses — 2 do RI 9, 2 do RI 12),[4] estava organizada em 3 brigadas (Henry Mackinnon, Charles Colville e Manly Power[5]);
  • 5ª Divisão de Infantaria - major-general Sir William Erskine - 5 158 homens — constituída por 10 batalhões de infantaria de linha (quatro eram portugueses — 2 do RI 3 e 2 do RI 15) e o Batalhão de Caçadores 8, organizados em três brigadas (Handrew Hay, Dunlop e William Spry[6]);
  • 6ª Divisão de Infantaria - major-general Alexander Campbell - 5.250 homens - constituída por 9 batalhões (quatro eram portugueses — 2 do RI 8 e 2 do RI 12) e uma companhia do 5/60th Foot, organizados em três brigadas (Hulse, Burne e Madden[7]);
  • 7ª Divisão de Infantaria - major-general William Houston - 4 590 homens — constituída por 8 batalhões de infantaria de linha (quatro eram portugueses — 2 do RI 7 e 2 do RI 19) e o Batalhão de Caçadores 2, organizados em duas brigadas, uma britânica (Sontag) e outra portuguesa (Doyle);
  • Divisão Ligeira - brigadeiro-general Robert Craufurd — 3 815 homens - constituída por 3 batalhões britânicos de infantaria ligeira e dois batalhões portugueses de caçadores (Caçadores 1 e 3), organizada em duas brigadas (T. S. Beckwith e G. Drummond):
  • Brigada Independente Portuguesa - coronel Charles Ashworth - 2 539 homens - constituída por quatro batalhões de infantaria (dois do RI 6 e dois do RI 18) e pelo Batalhão de Caçadores 6.
  • Corpo de Cavalaria - tenente-general Sir Stapleton Cotton - com um total de 1 854 homens, estava organizado em duas brigadas britânicas (John Slade e F. von Arentschild) e uma portuguesa[8] (Barbacena);
  • Artilharia era formada por quatro baterias britânicas e quatro baterias portuguesas com um total de 48 bocas de fogo e um efectivo de 987 homens (437 britânicos e 550 portugueses);
  • Guerrilheiros espanhóis - Julian Sanchez - cerca de 500 homens.

As forças francesas

O exército francês comandado pelo Marechal André Massena, o Exército de Portugal, tinha um efectivo de 48 452. Neste número estavam incluídos 1 738 homens que pertenciam ao Exército do Norte do marechal Bessières. Estava organizado em quatro corpos de exército, um deles reduzido a uma divisãoː[9]

Marechal André Masséna, comandante de "L'Armée du Portugal".
  • II CE - general Jean-Louis-Ebenézer Reynier - 11 064 homens - era formado por duas divisões de infantaria e uma brigada de cavalaria:
1ª Divisão de Infantaria - general Merle - 4 891 homens - constituída por 9 batalhões de infantaria - 6 constituíam a Brigada Sarrut (3 517 homens) e três, do 4º Regimento de Infantaria Ligeira (1 374 homens), dependiam directamente do comando da divisão;
2ª Divisão de Infantaria - general Heudelet - 5 491 homens - constituída por 12 batalhões de infantaria organizados em duas brigadas (Godard e Arnaud);
Brigada de Cavalaria - 682 homens - 1º Regimento de Hussardos, 22º Regimento de Caçadores[10] e 8º Regimento de Dragões;
  • VI CE - general Loison - 17 140 homens — era formado por três divisões de infantaria e uma brigada de cavalaria ligeira:
1ª Divisão de Infantaria - general Marchand - 5 872 homens - constituída por doze batalhões organizados em duas brigadas (Maucune e Chemineau);
2ª Divisão de Infantaria - general Mermet - 6 702 homens - constituída por doze batalhões organizados em duas brigadas (Ménard e Taupin);
3ª Divisão de Infantaria - general Ferey - 4 232 homens - constituída por dez batalhões organizados em duas brigadas;[11]
Brigada de Cavalaria Ligeira - general Lamotte - 334 homens - constituída por tropas do 3º Regimento de Hussardos (164 homens) e do 15º Regimento de Caçadores (170 homens);
  • VIII CE, - general Junot - 4 714 homens - estava reduzido a uma divisão de infantaria (Solignac) formada por 10 batalhões e organizada em duas brigadas;[12]
  • IX CE, general Drouet, com um total de 11 098 homens, era composto por duas divisões de infantaria e uma brigada de cavalaria:
1ª Divisão de Infantaria - general Claparéde - 4 716 homens - constituída por nove batalhões agrupados em três Brigadas;[13]
2ª Divisão de Infantaria - general Conroux - 5 588 homens - constituída por nove batalhões agrupados em três brigadas;[14]
Brigada de Cavalaria - general Fournier - 794 homens - constituída por tropas dos 7º, 13º e 20º Regimentos de Caçadores (282, 270 e 242 homens respectivamente).
  • Reserva de Cavalaria - general Montbrun - 1 187 homens - estava organizada em duas brigadas (Cavrois e Ornano).
  • Artilharia transportada até ao campo de batalha era constituída por cinco baterias com um efectivo de 430 homens.
  • Engenharia e os trens contavam com um efectivo de 3 011 homens.[15]

Do Exército do Norte, estavam presentes duas brigadas de cavalaria e uma bateria de artilharia, com um total de 1 738 homens. As brigadas de cavalaria eram as seguintes:

Brigada de Cavalaria da Guarda - general Lepic - 370 lanceiros, 235 caçadores, 79 mamelucos e 197 granadeiros a cavalo;
Brigada de Cavalaria Ligeira - general Wathier - constituída por tropas dos 11º, 12º e 24º Regimentos de Caçadores (231, 181 e 200 homens respectivamente) e do 5º Regimento de Hussardos (172 homens).
A bateria de artilharia tinha um efectivo de 73 homens.

As operações

Principais símbolos representativos das unidades militares.

Quando o exército de Massena retirou de Portugal, no final da Terceira Invasão, uma guarnição francesa permaneceu na praça de Almeida que foi sitiada pelas tropas de Wellington. Massena organizou então as suas forças para libertar a guarnição de Almeida. Os seus corpos de exército concentraram-se em Ciudad Rodrigo a 29 de Abril e a cavalaria e artilharia do Exército do Norte, do marechal Bessier, chegou a 1 de Maio.[16] No dia seguinte iniciaram o movimento em direcção a Portugal, atravessaram a ponte de Ciudad Rodrigo sobre o rio Águeda e formaram duas colunas: o II CE na estrada de Marialba (na direcção de Almeida); os VIII e IX CE na estrada para Carpio (na direcção de Fuentes de Oñoro); o VI CE formava a reserva e seguiu as forças mais a Sul.

Dispositivo das forças anglo-lusas e francesas antes do início dos combates no dia 3 de Maio

Wellington estava informado destes movimentos pois tinha a Divisão Ligeira e a sua cavalaria perto de Ciudad Rodrigo e contava com o apoio de guerrilheiros espanhóis. Para interceptar o avanço francês sobre Almeida, posicionou as suas forças na região de Fuentes de Oñoro com o seguinte dispositivo:

  • A Norte, no flanco esquerdo, junto ao Fuerte de la Concepcíon, posicionou a 5ª Divisão com a cavalaria portuguesa;
  • Mais a Sul, sobre a estrada que liga São Pedro (Portugal) a Alameda (Espanha), posicionou a 6ª Divisão;
  • Com 28 companhias retiradas da 1ª e 3ª Divisões, ocupou a povoação de Fuentes de Oñoro;
  • No terreno elevado sobre Fuentes de Oñoro posicionou duas linhas de forças (ver Mapa 1):
Na primeira linha, a 1ª Divisão a Sul e a 3ª Divisão a Norte;
Na segunda linha, a 7ª Divisão a Sul, a Brigada Portuguesa de Ashworth[17] e a Divisão Ligeira a Norte (após recolher às posições defensivas);
As brigadas de cavalaria britânicas (John Slade e F. von Arentschild) encontravam-se a Sul (no flanco direito) da 7ª Divisão.
  • No flanco direito (a Sul) foram posicionados, em Pozo Bello, dois batalhões da 7ª Divisão e, em Nave de Haver, o corpo de guerrilheiros espanhóis.

A batalha foi travada entre 3 e 5 de Maio. No dia 3 os franceses realizaram o primeiro ataque, sem sucesso; o dia 4 foi dedicado a reconhecimentos, registaram-se algumas trocas de tiros e iniciou-se a alteração dos dispositivos; no dia 5 foi realizado novo ataque francês, igualmente sem sucesso.

No dia 3 de Maio, o exército francês atingiu Gallegos, obrigou as forças da Divisão Ligeira e de cavalaria a retirarem e continuou o avanço em três colunas: a Norte, (a direita francesa) o II CE frente às posições da 5ª Divisão; mais para Sul, o VIII CE frente às posições da 6ª Divisão; o VI CE com a cavalaria de Montbrun, frente a Fuentes de Oñoro. O IX CE foi mantido em reserva. Neste dia à tarde, Massena ordenou o ataque à povoação de Fuentes de Oñoro. Apesar do sucesso inicial, à noite a povoação estava nas mão dos Aliados. A Norte, o II CE e a Divisão de Solignac (a única do VIII CE) realizaram um ataque de diversão com a finalidade de fixar as 5ª e 6ª Divisões (Erskine e Campbell).

Dispositivo das forças anglo-lusas e francesas antes do início dos combates no dia 5 de Maio

O insucesso do dia 3 levou Massena a efectuar um reconhecimento mais cuidadoso do terreno o que foi feito durante o dia 4. Não houve combates nesse dia excepto em Fuentes de Oñoro onde se registou uma troca de tiros de uma margem para a outra do Dos Casas, sem consequências . Após esses reconhecimentos, Massena decidiu tornear a posição dos Aliados e lançar o ataque sobre o seu flanco Sul; quando este ataque estivesse já a decorrer, seria lançado o ataque sobre Fuentes de Oñoro; a Norte a missão mantinha-se inalterada. Desta forma, Massena esperava romper o dispositivo aliado em Fuentes de Oñoro e, com a força de envolvimento, ameaçar as suas linhas de comunicações. Wellington tinha estendido o seu dispositivo: colocou a 7ª Divisão entre Fuentes de Oñoro e Poço Velho e a sua cavalaria entre Poço Velho e Nave de Haver. Pretendia com este dispositivo prevenir alguma tentativa de envolvimento que, esperava, fosse realizada com forças inferiores às que a realizaram.

Dispositivo das forças anglo-lusas e francesas no fim dos combates no dia 5 de Maio

No dia 5 de Maio, uma força de cavalaria francesa atravessou o rio Dos Casas e expulsou os espanhóis que se encontravam em Nave de Haver. Em seguida, entrou em combate com a cavalaria britânica que foi obrigada a recuar. O ataque a seguir efectuado pela infantaria francesa obrigou os dois batalhões posicionados em Poço Velho a retirar. Juntaram-se às restantes forças da 7ª Divisão que foi, por sua vez, atacada pela infantaria francesa. Perante a superioridade numérica das tropas francesas, Wellington garantiu a retirada daquela divisão com o apoio da Divisão Ligeira e da cavalaria. As forças anglo-lusas recuaram até formarem uma linha, de Fuentes de Oñoro até perto de Freineda, onde se posicionaram (de Leste para Oeste) a 3ªDivisão, a Brigada Portuguesa de Ashworth, a 1ª Divisão e, para Oeste do Turones, até Freineda que foi ocupada pelos guerrilheiros espanhóis, a 7ª Divisão que retirou para aquelas posições.. A Divisão Ligeira foi colocada em reserva.

No flanco Norte do exército de Wellington, a participação na batalha, de acordo com a missão de Reynier, resumiu-se a algumas escaramuças. Em Fuentes de Oñoro, as companhias que tinham sofrido o primeiro ataque no dia 3 foram substituídas por três batalhões (1/71st, 1/79th e 2/24th da 1ª Divisão). O ataque francês, inicialmente coroado de êxito, embora à custa de elevadas baixas, acabou repelido pela intervenção de um reforço da Brigada de Mackinnon (3ª Divisão). Massena tencionava lançar o ataque contra o flanco Sul da posição anglo-lusa depois de controlar a povoação e, a partir daí, ameaçar o flanco da linha aliada voltada a Sul. Ao falhar este objectivo e começando a ficar com poucas munições, decidiu retirar.

As forças anglo-lusas sofreram 1 804 baixas (241 mortos, 1 247 feridos e 316 desaparecidos); quase 40% das baixas pertenceram à 1ª Divisão[18]. Os franceses sofreram 2 844 baixas (343 mortos, 2 287 feridos e 214 desaparecidos), a maior parte nos VI e IX CE.[19] A praça de Almeida continuou em posse dos franceses até à noite de 10 para 11 de Maio, quando a guarnição francesa conseguiu passar através das forças anglo-lusas que cercavam a praça e escapar para Espanha.

Referências

  1.  RAWSON, p. 141
  2.  OMAN, pp. 305 a 307 e 618 a 621
  3.  Segismund Baron von Löwe comandava a brigada composta por tropas da King's German Legion (KGL)
  4.  Dos batalhões da 1ª Brigada (britânica), um tinha apenas 3 companhias
  5.  Brigada portuguesa
  6.  Brigada portuguesa
  7.  Brigada portuguesa
  8.  312 sabres dos Regimentos de Cavalaria 4 e 10
  9.  Oman, pp. 625 a 628
  10.  Chasseurs a cheval, como os hussardos, pertenciam à cavalaria ligeira
  11.  A bibliografia consultada não permite conhecer os comandantes das brigadas
  12.  A bibliografia consultada não permite conhecer os comandantes das brigadas
  13.  A bibliografia consultada não permite conhecer os comandantes das brigadas
  14.  A bibliografia consultada não permite conhecer os comandantes das brigadas
  15.  Charles Oman refere (p. 627) que não é possível saber quais destes efectivos estiveram presentes no campo de batalha e sugere 30%
  16.  OMAN, p. 305
  17.  As obras consultadas não são claras quanto ao posicionamento da brigada Portuguesa. O mapa apresentado na obra de Charles Oman, referido a 3 de Maio, apresenta a Brigada Portuguesa entre a 7ª Divisão e a Divisão Ligeira
  18.  OMAN, pp. 622 a 624
  19.  OMAN, p. 630

Bibliografia

  • BOTELHO, TCOR J. J. Teixeira, História Popular da Guerra Peninsular, Porto, Livraria Chardron de Lélo & Irmão, Editores (1915).
  • CHARTRAND, René, Fuentes de Oñoro - Wellington's liberation of Portugal, Osprey Oxford 2002.
  • CORVISIER, André, Dir, Dictionnaire d'Art et d'Histoire Militaires, Presses Universitaires de France, Paris, 1988.
  • GLOVER, Michael. The Peninsular War 1807-1814. London: Penguin, 2001.
  • OMAN, Sir Charles, A History of the Peninsular War, Volume IV, Greenhill Books.
  • RAWSON, Andrew, The Peninsular War, A Battlefield Guide, Pen & Sword, Great Britain, 2009.
  • WELLER, Jac, Wellington in the Peninsula 1808-1814, Greenhill Books 1999.

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