<div id="fb-root"></div><script>(function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/pt_PT/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, 'script', 'facebook-jssdk'));</script><div class="fb-video" data-allowfullscreen="1" data-href="/orquestrasinfonicadoportocasadamusica/videos/vb.631304883655236/847223668730022/?type=3"><div class="fb-xfbml-parse-ignore"><blockquote cite="https://www.facebook.com/orquestrasinfonicadoportocasadamusica/videos/847223668730022/"><a href="https://www.facebook.com/orquestrasinfonicadoportocasadamusica/videos/847223668730022/"></a><p>Daniel Moreira sobre a obra de Helmut Lachenmann - Accanto, para clarinete e orquestra:"Lachenmann coloca as referências à música do passado em novos contextos – alheios ao original – com isso criando novas ligações e novas formas de expressão, e dando até a ouvir o material antigo de forma nova.Isso mesmo se vê em Accanto, a obra que hoje ouvimos. Composta em 1976, é, aliás, a primeira obra em que Lachenmann explicitamente convoca a aura da música do passado. Ela está presente, desde logo, de forma muito específica e directa: há uma gravação do Concerto para clarinete de Mozart que corre continuamente enquanto a peça de Lachenmann se desenrola. Porém, ela nem sempre é audível já que, durante boa parte da obra, o volume da gravação está “a zero”. Além disso, mesmo quando o volume sobe, muitas vezes é só por uma fracção de segundo, não chegando a ser suficiente para que se reconheça a música. Só ocasionalmente é que Mozart soa de forma clara e reconhecível. É inevitável o efeito de choque quando isso acontece: o choque entre a música de Mozart e a de Lachenmann, esta última nos revelando – como é característico do autor – um riquíssimo mundo de novos sons e ruídos, resultantes de se tocar os instrumentos de forma não convencional."O concerto é amanhã, Sábado às 18:00.</p>Posted by <a href="https://www.facebook.com/orquestrasinfonicadoportocasadamusica">Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música</a> on Sexta-feira, 23 de Outubro de 2015</blockquote></div></div>
Daniel Moreira sobre a obra de Helmut Lachenmann - Accanto, para clarinete e orquestra:
"Lachenmann coloca as referências à música do passado em novos contextos – alheios ao original – com isso criando novas ligações e novas formas de expressão, e dando até a ouvir o material antigo de forma nova.
Isso mesmo se vê em Accanto, a obra que hoje ouvimos. Composta em 1976, é, aliás, a primeira obra em que Lachenmann explicitamente convoca a aura da música do passado. Ela está presente, desde logo, de forma muito específica e directa: há uma gravação do Concerto para clarinete de Mozart que corre continuamente enquanto a peça de Lachenmann se desenrola. Porém, ela nem sempre é audível já que, durante boa parte da obra, o volume da gravação está “a zero”. Além disso, mesmo quando o volume sobe, muitas vezes é só por uma fracção de segundo, não chegando a ser suficiente para que se reconheça a música. Só ocasionalmente é que Mozart soa de forma clara e reconhecível. É inevitável o efeito de choque quando isso acontece: o choque entre a música de Mozart e a de Lachenmann, esta última nos revelando – como é característico do autor – um riquíssimo mundo de novos sons e ruídos, resultantes de se tocar os instrumentos de forma não convencional."
"Lachenmann coloca as referências à música do passado em novos contextos – alheios ao original – com isso criando novas ligações e novas formas de expressão, e dando até a ouvir o material antigo de forma nova.
Isso mesmo se vê em Accanto, a obra que hoje ouvimos. Composta em 1976, é, aliás, a primeira obra em que Lachenmann explicitamente convoca a aura da música do passado. Ela está presente, desde logo, de forma muito específica e directa: há uma gravação do Concerto para clarinete de Mozart que corre continuamente enquanto a peça de Lachenmann se desenrola. Porém, ela nem sempre é audível já que, durante boa parte da obra, o volume da gravação está “a zero”. Além disso, mesmo quando o volume sobe, muitas vezes é só por uma fracção de segundo, não chegando a ser suficiente para que se reconheça a música. Só ocasionalmente é que Mozart soa de forma clara e reconhecível. É inevitável o efeito de choque quando isso acontece: o choque entre a música de Mozart e a de Lachenmann, esta última nos revelando – como é característico do autor – um riquíssimo mundo de novos sons e ruídos, resultantes de se tocar os instrumentos de forma não convencional."
O concerto é amanhã, Sábado às 18:00.
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