terça-feira, 27 de dezembro de 2022

LAGOA HENRIQUES - ESCULTOR -. NASCEU EM 1923 - 27 DE DEZEMBRO DE 2022

 

Lagoa Henriques

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lagoa Henriques
Nascimento27 de dezembro de 1923
Lisboa
Morte21 de fevereiro de 2009
Lisboa
CidadaniaPortugal
Alma mater
Ocupaçãoescultor, poeta
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem do Mérito

António Augusto Lagoa Henriques GCM (Lisboa27 de dezembro de 1923 — Lisboa21 de fevereiro de 2009) foi um escultor português.

Vida e Obra

Iniciou os seus estudos artísticos no curso especial de Escultura da Escola de Belas-Artes de Lisboa,[1] em 1945.

Entre 1947 e 1949 frequentou o curso de Cenografia no Conservatório Nacional.

Em julho de 1948 transferiu-se para a Escola de Belas-Artes do Porto,[2] onde tem como professor e referência principal na sua formação Barata Feyo.

Concluiu o curso superior de Escultura em 1954, na Escola de Belas-Artes do Porto, com a apresentação de um trabalho de pleno relevo classificado com a nota máxima (20 valores).

É-lhe concedida uma bolsa pelo Instituto de Alta Cultura, partindo para Itália, onde ficará três anos, grande parte dos quais em Milão, a trabalhar sob a orientação do escultor Marino Marini.

É convidado pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, em 1958, para o lugar de professor assistente de Escultura, lugar que vem a ocupar em 1959.

Entre 1963 e 1966 é professor efetivo de Desenho da Escola Superior de Belas-Artes do Porto.

Em 1966 muda, a seu pedido, para a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, onde desenvolve uma ação pedagógica de grande relevo no ensino do Desenho.

Em 1974, quando da reestruturação dos cursos da escola onde leccionava, foi o promotor da criação da disciplina de comunicação visual.

De 1978 a 1982, colabora na revista Arte Opinião.[3]

Fez parte da Maçonaria. [4]

A 4 de fevereiro de 1989, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.[5]

Morreu a 21 de fevereiro de 2009, em Lisboa, vítima de doença prolongada.[6]

Desde 2015, o seu nome está consagrado na toponímia de Lisboa através da Rua Lagoa Henriques, situada junto ao Centro de Arqueologia de Lisboa e à Avenida da Índia, na freguesia de Belém.[7] É também homenageado com o seu nome no auditório da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e numa rua do concelho da Nazaré, onde passou férias até aos 20 anos de idade.[8]

Alguns prémios recebidos

Obras

Uma das suas obras mais conhecidas é a estátua de Fernando Pessoa, no Chiado, em Lisboa, que se encontra na esplanada do Café A Brasileira.

Outra estátua (Estátua de D. Sebastião), situada em Esposende, homenageia o monarca D. Sebastião por ter elevado Esposende a concelho.

Notas

  1.  Hoje Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
  2.  Hoje Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto
  3.  Rita Correia (16 de maio de 2019). «Ficha histórica:Arte Opinião (1978-1982)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de maio de 2019
  4.  Melo, António (1999). «Com a Maçonaria não se brinca!». "Público"
  5.  «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Augusto Lagoa Henriques". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 6 de junho de 2019
  6.  Morreu o escultor Lagoa Henriques, Público 22.2.2009
  7.  Câmara Municipal de Lisboa (CML) - Toponímia de Lisboa
  8.  A Rua do Mestre Lagoa Henriques, autor do Fernando Pessoa de A Brasileira, Toponímia de Lisboa, 29.6.2018

Ligações externas

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SÃO JOÃO EVANGELISTA - 27 DE DEZEMBRO DE 2022

 

João, o Evangelista

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de São João Evangelista)
Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja João, o Evangelista (desambiguação).
João
ApóstoloEvangelista,
Discípulo que Jesus amava e
João de Patmos
NascimentoBetsaidaGalileia 
9
MorteÉfesoÁsia Menor 
c. 103 (94 anos)
Veneração porToda Cristandade
Festa litúrgica27 de Dezembro
AtribuiçõesÁguia
Gloriole.svg Portal dos Santos

João Evangelista ou Apóstolo João (grego: Ἰωάννης, translit. Iōánnēs), foi um dos doze apóstolos de Jesus e além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João (12, e 3) e o livro do Apocalipse. Há que se destacar aqui a existência de uma controvérsia sobre o verdadeiro autor do Apocalipse, mas uma tradição representada por São Justino e amplamente difundida no século II Ireneu de LyonClemente de AlexandriaTertuliano, o Cânone Muratori, identifica o autor como sendo o apóstolo João, o autor do quarto evangelho. Mas até o século V as igrejas da SíriaCapadócia e mesmo da Palestina não pareciam ter incluído o apocalipse no cânon das escrituras, prova de que não o consideraram como obra do apóstolo. Apresenta inegável parentesco com os escritos joaninos, mas também se distingue claramente deles por sua linguagem, seu estilo e por seus pontos de vista teológicos (referentes, sobretudo à parúsia de Cristo), comentário de introdução ao apocalipse na Bíblia de Jerusalém.

João seria o mais novo dos doze discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro anos de idade à altura do São João chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. Era pescador de profissão, consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago Maior, e em provável sociedade com André e Pedro.

As heranças deixadas nos escritos de João, demonstram uma personalidade extraordinária. De acordo com as descrições ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e introspectivo nas suas dissertações e pouco falador como discípulo. É notório o seu amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.

Relação com Jesus

Foi manifesta nos livros da Bíblia a admiração de João por Jesus. Jesus chamou-lhe o Filho do Trovão e posteriormente ele foi considerado o “Discípulo Amado”. Também ele e seu irmão, Tiago, pedem para ficar um ao lado direito, outro ao lado esquerdo de Jesus quando estiverem no céu, além de serem batizados no mesmo batismo de Jesus, tendo por isso sido levemente repreendidos por Jesus e causado certa inveja entre os demais apóstolos.

Segundo os registros do Novo testamento, João foi o apóstolo que seguiu com Jesus, na noite em que foi preso e foi corajoso ao ponto de acompanhar o seu Mestre até à morte na cruz.

João de Patmos, por Alonso Cano, 1640

A História conta que João esteve presente, e ao alcance de Jesus, até a última hora, e foi-lhe entregue a missão de tomar conta de Maria, a mãe de Jesus. A Bíblia supostamente indica que Jesus não era filho único de Maria (Mateus 13:55Marcos 6:3) (vide irmãos de Jesus), porém seria o mais velho e, por isso, teria a responsabilidade de cuidar de sua mãe após a morte de José.[1] No Evangelho Segundo São Mateus está escrito: "Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica" (Mateus 20:20), fica claro que a mãe biológica de João não é Maria, mãe de Jesus, mas outra pessoa, pois, então, o evangelista não escreveria "a mãe dos filhos de Zebedeu", e sim algo como "sua mãe". Assim, a frase de Jesus significa que o cuidado e sustento de Maria ficaria a cargo de João a partir daquele momento.

Para a Igreja CatólicaCristo não tinha irmãos carnais, justificando o argumento na premissa de que, no aramaico, antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam irmãos eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes. Jesus falava ao menos aramaico e hebraico, mas os evangelhos foram escritos em grego, idioma em que há maior número de palavras para designar graus de parentesco, o que, segundo alguns autores, pode ter gerado confusão, no momento da tradução[2]. O fato de, à época, a Terra Santa já ter sido dominada pelo império grego, e estar sob dominação romana (cuja cultura assimilara muito da cultura helenística), torna provável que o uso da expressão "irmãos" implique também na expressão "primos". Além disso, o fato de o Novo Testamento haver sido escrito em grego koinélingua franca do império romano, não faz com que a hipótese de que estes são filhos de José e Maria seja corroborada. (A Bíblia afirma que Maria foi escolhida virgem, pura, para ser mãe de Jesus, sendo Ele seu primogênito) Os Ortodoxos creem que os "irmãos" de Jesus seriam filhos de José' de possível primeiro casamento, antes de ir viver com Maria. Não há referência bíblica que corrobore a hipótese de que José tenha sido casado anteriormente.

Mais tarde João esteve fortemente ligado a Pedro nas atividades iniciais do movimento cristão, tornando-se um dos principais sustentáculos da Igreja de Jerusalém. Foi o principal apoio de Pedro, no Dia de Pentecostes. É tradição constante e ininterrupta que pregou na Ásia Menor, especialmente em Éfeso, onde teria encerrado o ministério com morte em idade muito avançada.

O exílio

Ver artigo principal: João de Patmos

Em Patmos, ilha no leste do Mar Egeu, local onde fez o seu exílio, João escreveu o Livro da Revelação do Apocalipse. Acredita-se que este Livro da Revelação contém os fragmentos que sobreviveram de uma grande revelação, da qual se perderam grandes partes e outras partes foram retiradas, depois que João o escrevera. Apenas uma parte fragmentada foi preservada. Por outro lado, alguns teólogos e exegetas afirmam que o caráter fragmentário deste livro resulta de outros dois livros de Apocalipse que foram unidos, resultando no que conhecemos hoje, sendo que um deles já estaria escrito desde o tempo de Nero. João viajou muito, trabalhou incessantemente e, depois de tornar-se dirigente das igrejas da Ásia, estabeleceu-se em Éfeso. Orientou o seu colaborador, Natan, na redação do chamado “evangelho segundo João”, em Éfeso, aproximadamente no ano 90 D.C.

" Mulher, eis aqui seu filho !Filho ,eis aqui sua mãe!" ( JESUS ).
São João, o Apóstolo, por El Greco c. 1600, Museu do Prado, Madrid

Morte

De todos os doze apóstolos, João, o Apóstolo Amado e filho de Zebedeu, tornou-se o mais destacado teólogo, tendo morrido de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos. Segundo bispo Polícrates de Éfeso em 190 (atestada por Eusébio de Cesareia na sua História Eclesiástica, 5, 24), o Apóstolo "dormiu" (faleceu) em Éfeso. Contudo, conta-se que a tumba estava vazia quando foi aberta por Constantino para edificar-lhe uma igreja.

Segundo algumas interpretações João era o apóstolo que Jesus mais amava, e que tinham um enorme afeto um pelo outro.

Controvérsia

Controvérsias são suscitadas baseadas nos próprios textos bíblicos que afirmam que este discípulo não passou pela morte, segundo a interpretação de alguns. Com efeito é possível ler: Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino. (Mateus 16:28)

De outra parte está também escrito nos Evangelhos: Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: "Senhor, quem é o traidor?" Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: "E quanto a este?" Respondeu-lhe Jesus: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me." Então, se tornou corrente entre os irmãos o dito de que aquele discípulo não morreria. Ora, "Jesus não dissera que tal discípulo não morreria", mas: "Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?" (João 21:18-25)

Interpretações teológicas, contudo, resolvem essa dificuldade bíblica como Jesus afirmando que ele deveria permanecer vivo até a Revelação final do cânon bíblico, o Apocalipse. A partir daí, sua morte ocorreria naturalmente, no tempo devido.

Referências

  1.  Prof. Cristiano, Paulo - "Jesus teve irmãos?" Arquivado em 8 de janeiro de 2012, no Wayback Machine. Ministério CACP - Centro Apologético Cristão de Pesquisas
  2.  Meneses, Sérgio - "A virgindade de Maria e os irmãos de Jesus" MONTFORT Associação Cultural http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20050729180101 Online, 05/06/2008 às 10:27h
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