segunda-feira, 19 de outubro de 2020

FURACÃO WILMA - (2005) - 19 DE OUTUBRO DE 2020

 

Furacão Wilma

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Furacão Wilma
Furacão maior categoria 5 (SSHWS/NWS)
O furacão Wilma no seu pico de intensidade próximo à Península de Iucatã em 19 de outubro de 2005
Formação19 de outubro de 2005
Dissipação25 de outubro de 2005
Ventos mais fortessustentado 1 min.: 350 km/h (220 mph)
Pressão mais baixa882 mbar (hPa); 26.05 inHg
Fatalidades63
Danos$30,7 bilhões de dólares
Valores corrigidos em 2007
Áreas afectadasJamaicaHaitiIlhas CaymanCubaHondurasNicaráguaBelizeMéxico (Península de Iucatã), Estados Unidos (Flórida), Bahamas e Canadá (costa atlântica)
Parte da
Temporada de furacões no oceano Atlântico de 2005

Furacão Wilma atingiu a Península de YucatanMéxicoHaitiCuba e Flórida (Estados Unidos).[1]

Se formou em 19 de outubro de 2005. Ao se formar Wilma era considerado de categoria 5 na Escala de Furacões de Saffir-Simpson, ao atingir o México estava classificado como categoria 4 e poupou a ilha de Cuba chegando na categoria 3 com ventos de 190 km/h. Foi para categoria 2 depois que grande parte do furacão já havia saído da ilha de Cuba. O que foi destaque de fato para esse furacão é que tal tempestade atingiu a menor pressão já registrada no oceano Atlântico, cerca de 882 milibares, e a evolução deste de depressão tropical até furacão categoria 5 foi incrivelmente rápida. Estima-se que seus ventos máximos superaram os 300 km/h em alto-mar. O Wilma foi o oitavo furacão a atingir a Flórida num período de 14 meses (out/2005). Esta temporada de furacões, que começou em 1º de junho e vai até o final de novembro (2005) está sendo classificada pelos especialistas como um período de "fúria" da natureza. Essa é a temporada de maior movimento já registrada nos últimos 150 anos.

Referências

  1.  * The NHC's «archive on Hurricane Wilma». www.nhc.noaa.gov.
Ícone de esboçoEste artigo sobre ciclones tropica

JULGAMENTO DE SADDAM HUSSEIN (2004) - 19 DE OUTUBRO DE 2020

 


Julgamento de Saddam Hussein

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Julgamento de Saddam Husseinpresidente do Iraque, aconteceu em um Tribunal Especial Iraquiano. Ele foi acusado de violações dos Direitos Humanos durante o seu governo e foi condenado à pena de morte (por enforcamento) pelo assassinato de 148 homens, predominantemente xiitas, na cidade iraquiana de Dujail em 1982.

Em 30 de junho de 2004, Hussein, capturado pelas forças dos Estados Unidos em Bagdá, junto com 11 oficiais seus, foi entregue ao governo interino iraquiano para aguardar julgamento.

Em 30 de dezembro de 2006, por volta das 06:00 (horário do Iraque) foi enforcado na cidade de Bagdá em cumprimento da condenação de pena de morte recebida em seu julgamento.

Primeiro depoimento

Saddam Hussein na corte durante seu julgamento.

O presidente iraquiano de 67 anos de idade parecia confiante e desafiante durante seu depoimento de 26 minutos. Quando não estava escutando o juiz Rizgar Mohammed Amin, gesticulava muito. Saddam questionou a legitimidade do tribunal que havia sido montado para acusá-lo. Também insultou o juiz, mandando-o "ir para o inferno" e chamou o tribunal de "peça de teatro armada por George W. Bush para ganhar as eleições de 2004". Enfaticamente rejeitou as acusações. "É tudo um teatro. O criminoso de verdade é Bush", afirmou. Quando o juiz lhe pediu que se identificasse, na primeira ida ao tribunal, ele respondeu, "Você é iraquiano, e sabe quem eu sou. Ainda sou o presidente da república, e essa ocupação não pode tirar isso de mim".

Durante o depoimento, Hussein defendeu a invasão iraquiana do Kuwait, dizendo que os líderes de lá eram "cachorros". Depois, em 1 de julhoAbul-Hassanministro de comunicações do Kuwait, disse que "linguagem rude" era esperada de Hussein. Cachorros são vistos como animais sujos pelo Islamismo. "É assim que ele foi criado" disse o ministro. É fato conhecido que Hussein era frequentemente agredido enquanto criança.

Apesar de não ter tido advogados de defesa no dia 1 de julho, sua primeira mulher, Sajida Talfah, contratou um grupo legal multinacional de mais de vinte advogados, que incluíam Ayesha Gaddafi (Líbia), Curtis Doebbler (Estados Unidos), Emmanuel Ludot (França), Marc Henzelin (Suíça) e Giovanni di Stefano (Reino Unido). No final do depoimento, o presidente deposto recusou-se a assinar o documento que confirmava seu entendimento das acusações.

Decisão

Em 5 de novembro de 2006, um ano e 15 dias após o início de seu julgamento, Saddam Hussein, 69, foi condenado à forca pelo tribunal que julgou os crimes cometidos pelo regime ditatorial que ele comandou durante 25 anos, entre 1979 e 2005. O ex-ditador foi considerado culpado do massacre, em 1982, de 148 xiitas no povoado de Dujail (sul do Iraque), onde sofrera uma suposta tentativa de assassinato. Saddam já havia declarado que preferia o pelotão de fuzilamento, para morrer como um militar. Paralelamente, ele também foi julgado pelo massacre de milhares de curdos no fim dos anos 80, e a acusação reúne provas sobre outros sete crimes.

A sentença, anunciada pela junta de cinco juízes responsável pelo tribunal, pôs fim a um julgamento que se arrastou por quase 13 meses e foi marcado pelo assassinato de três advogados de defesa, a troca do juiz-chefe e sucessivos adiamentos e interrupções. "Vida longa ao povo! Vida longa à nação árabe! Morte a nossos inimigos", bradou Saddam ao ouvir a sentença lida pelo juiz-chefe, Raouf Rasheed Abdul Rahman, que tentou inutilmente acalmá-lo antes de mandar retirá-lo da corte, na Zona Verde, em Bagdá. "Abaixo os espiões", continuou, dedo em riste. "Deus é grande".

Com Saddam foram condenados à morte seu meio-irmão Barzam Ibrahim al Tikriti, chefe da polícia secreta do regime, e Awad al Bandar, que dirigia o tribunal revolucionário, incumbido de emitir as sentenças. Taha Yassin Ramadan, vice-presidente sob Saddam, recebeu prisão perpétua, e três dirigentes locais do partido Baath à época, 15 anos de prisão. Um quarto foi absolvido por falta de provas.

Nações e entidades contrárias à pena de morte - como a União Europeia e o Vaticano - manifestaram-se contra a sentença e a defesa do ex-ditador pretendeu recorrer, de modo a alterá-la para prisão perpétua.

No dia 26 de dezembro de 2006, a corte de apelações do Iraque confirmou a sentença de morte contra Saddam Hussein. Como não havia mais possibilidade de apelos, a sentença de enforcamento foi executada no dia 30 de dezembro de 2006, pouco depois das 6h, horário de Bagdá (aproximadamente 1h em Brasília e 3h em Lisboa).

Acontecimentos anteriores ao julgamento

  • jornal Al-Quds Al-Arabi, de língua árabe e baseado em Londres, informou, no início de Maio de 2005 que, durante uma reunião com Donald Rumsfeld, Hussein recusou uma oferta de soltura: ele teria que fazer um pedido, através da televisão, de cessar-fogo contra as forças aliadas. Note-se que, desde então, nenhum jornal ou agência de notícias importante cobriu esse fato extensivamente. [1] O jornal londrino Daily Telegraph, citando um funcionário sênior do governo do Reino Unido, havia informado duas semanas antes que os insurgentes iraquianos receberam a oferta de um "acordo", pelo qual o presidente do Iraque deposto iria receber uma sentença judicial menos severa se eles parassem os ataques. [2]
  • Em 17 de Junho de 2005, o ex-primeiro-ministro da MalásiaMahathir Mohamad, anunciou a formação, sob sua liderança, de um Comitê de Emergência para o Iraque internacional, com o objetivo principal de garantir julgamentos justos para Saddam Hussein e outros ex-membros do Partido Baath que estavam sendo julgados com ele.[3]
  • Em 18 de Julho de 2005, Hussein foi acusado pelo Tribunal Especial com a primeira de uma suposta série de acusações, relacionando-o ao assassinato em massa dos habitantes da vila de Dujail, em 1982, após uma tentativa de assassinato contra ele que falhou.
  • Em 8 de Agosto de 2005, a família de Hussein anunciou que eles haviam dissolvido a equipe jurídica baseada na Jordânia e que contrataram Khalil al-Duleimi, o único membro baseado no Iraque, como o único advogado.[4]
  • Em uma entrevista transmitida na televisão iraquiana em 6 de Setembro de 2006, o presidente iraquiano Jalal Talabani afirmou que ele havia extraído confissões diretamente de seu antecessor, Saddam, dizendo que ele "havia ordenado assassinatos em massa e outros "crimes" durante seu regime e que merece a morte". Dois dias depois, o advogado de Hussein negou que ele haveria confessado.[5]
  • A defesa de Hussein pediu várias vezes por um adiamento dos procedimentos, insistindo que não lhe havia sido dado tempo suficiente para revisar todos os documentos da promotoria como eles haviam sido providos sob as regras do tribunal mas, até o momento, esses pedidos têm sido negados. Enquanto isso, organizações internacionais de direitos humanos, incluindo a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, sugeriram que o Tribunal Especial do Iraque e seu processo jurídico podem não cumprir padrões internacionais para um julgamento justo. As Nações Unidas também negaram ajuda aos procedimentos, expressando preocupações similares sobre a justiça, além da possibilidade de uma pena de morte no caso.

Ligações externas

PRIMEIRA BATALHA DE YPRES - (1ª GUERRA MUNDIAL) - (1914) - 19 DE OUTUBRO DE 2020

 

Primeira Batalha de Ypres

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Primeira Batalha de Ypres
Parte da(o) Frente Ocidental da Primeira Guerra Mundial
Race to the Sea 1914.png
Linha de frente no início da Batalha de Ypres
Data19 de outubro a 22 de novembro de 1914
LocalYpresBélgica
DesfechoDecisiva vitória dos Aliados
Combatentes
Reino Unido Reino Unido
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg França
 Bélgica
Império Alemão Império Alemão
Líderes e comandantes
Reino Unido John French
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg Joseph Joffre
Bélgica Alberto I da Bélgica
Império Alemão Erich von Falkenhayn
Império Alemão Albrecht, Duque de Württemberg
Império Alemão Rupprecht, Príncipe da Baviera
Forças
Reino Unido Força Expedicionária Britânica
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg VIII Exército Francês
Bélgica 4 Divisões do Exército Belga
Império Alemão IV e VI Exércitos Alemães
Vítimas
Flag of France (1794–1815, 1830–1958).svg 41 300 mortos, feridos e desaparecidos[nota 1]
Bélgica 21 562 mortos, feridos e desaparecidos[nota 2]
Reino Unido
7 960 mortos[nota 2]
29 562 feridos
17 873 desaparecidos
Império Alemão
19 530 mortos [nota 3]
83 520 feridos
31 265 desaparecidos

Primeira Batalha de Ypres ou, na sua forma portuguesa, de Ipres,[1] também chamada de Batalha da Flandres, foi a última grande batalha do primeiro ano da Primeira Guerra Mundial (1914).

Em outubro de 1914 ocorria a estagnação da frente ocidental entre Lille, norte da França, e os montes Suíços, devido a erros cometidos pelo comando alemão no início da ofensiva em setembro e também por problemas logísticos enfrentados pelo Exército Alemão.

Após o fracasso da ofensiva alemã na Primeira Batalha do Marne, os exércitos oponentes realizaram diversas tentativas de se flanquearem mutuamente, fase da guerra que ficou conhecida como Corrida para o mar, e que levou à formação de uma extensa linha de defesas em toda frente ocidental.

O Alto-Comando Alemão diante dessa situação, decidiu lançar uma última ofensiva no outono de 1914. Foi selecionado o flanco direito de sua frente de combate, região de Flandres na Bélgica, para o emprego das forças alemães recém-recrutadas, com no máximo seis semanas de treinamento e inexperientes no combate. O objetivo da ofensiva era romper o dispositivo inimigo, e assegurar dessa forma a vitória sobre os aliados, que escapava rapidamente.

Composição das forças

As forças alemãs na frente de Ypres eram formadas por dois Exércitos de Campanha, o IV e o VI.

Frente de Ypres, outubro—novembro de 1914.

O IV Exército de Campanha, comandado pelo Marechal-de-Campo Albrecht, Duque de Württemberg, contava com cinco Corpos de Exército da Reserva constituído por voluntários recrutados durante a fase de mobilização. O III Corpo de Exército, comandado pelo General Hans Hartwig von Beseler, enquadrava a 5ª Divisão da Reserva, 6ª Divisão da Reserva e 4ª Divisão Ersatz (substituta), esta procedente de Antuérpia e com alguma experiência em combate, cobria o flanco direito da frente do Exército, na região de Nieuport área próxima da costa do Mar do Norte. O XXII Corpo de Exército, constituído pela 43ª Divisão da Reserva e 44ª Divisão da Reserva, atuando na região de Dixmude. O XXIII Corpo de Exército, formado pela 45ª Divisão da Reserva e 46ª Divisão da Reserva na região de Houthust. O XXVI Corpo de Exército, comandado pelo General Von Hügel, formado pela 51ª Divisão da Reserva e 52ª Divisão da Reserva, atuando na região de Poelkapelle e Passchendaele, respectivamente. O XXVII Corpo de Exército, comandado pelo General Carlowitz e formado pela 53ª Divisão da Reserva e 54ª Divisão da Reserva, atuando na região de Becelaere. O Exército contava ainda com razoável apoio de fogo de artilharia pesada. O moral da tropa era excelente, e nas palavras do General Guderian"Provavelmente nenhum soldado alemão jamais fora para o combate com tanto entusiasmo e vibração quanto esses homens desses novos regimentos".[nota 4]

O VI Exército Alemão, comandando pelo Príncipe Rupprecht da Baviera, ocupava a frente ao sul do IV Exército. Constituído por uma mistura de tropas regulares e da reserva de infantaria e cavalaria. A missão inicial atribuída a este Exército era romper para o oeste, atraindo a atenção das forças aliadas, mais especificamente da Força Expedicionária Britânica que confrontava sua área de atuação, facilitando dessa forma o avanço do IV Exército à sua direita.

As tropas aliadas eram formadas pela Força Expedicionária Britânica, na região mais ao sul, com cerca de 7 divisões de infantaria e 3 de cavalaria. Os franceses atuavam na área central do dispositivo, com 11 divisões de infantaria e oito de cavalaria. O Exército Belga fechava o dispositivo aliado ao norte, até a região costeira, com quatro divisões de exército. As forças aliadas estavam desdobradas ao longo do corte do Rio Yser e de seu canal que se estendia para o sul até a localidade de Comines. A região é plana e alagadiça ao norte, possuindo elevações ao sul de Ypres, no setor que foi guarnecido pelos britânicos.

A Batalha de Langemarck

A ofensiva foi iniciada em 20 de outubro com o IV Exército atacando na direção das localidades de DixmudeHouthulstPoelKapellePasschendaele e Becelaere. Os objetivos iniciais foram conquistados apesar das pesadas baixas sofridas.

Langemarck, outubro de 1914.

O ataque prosseguiu em 21 de outubro com as tropas alemãs avançando na direção de Langemarck e Broodseinde. As duas localidades foram severamente atingidas pela artilharia alemã. A resistência aliada foi intensa obrigando o comando alemão a utilizar suas reservas para fechar as brechas na frente de combate, tornando as baixas ainda maiores.

Em 22 de outubro as forças alemães realizaram nova tentativa de tomar Langemarck, sem sucesso. As forças aliadas tiveram ímpeto para montar um contra-ataque, demonstrando que seu poder de combate ainda estava intacto apesar dos ferozes combates travados.

A 23 de outubro os alemães atacaram na região de Bixschote, conseguindo alcançar sua extremidade leste, e mais ao norte chegando até as entradas de Dixmude. As conquistas, entretanto, foram modestas frente ao enorme número de baixas sofridas e as tropas tiveram que cavar abrigos para se proteger.

"Na noite de 23 de outubro, depois de quatro dias de combate, o primeiro ataque violento dos novos corpos no Canal Yser havia sido detido."[nota 5]

Ofensiva do VI Exército

O VI Exército formou o Grupo de Assalto Fabeck, constituído pelo 2º Regimento de Infantaria, pertencente ao XV Corpo da Baviera, e pela metade do XIII Corpo de Exército.

Em 29 de outubro o assalto às linhas britânicas começou em uma frente de 10 km no setor do VI Exército, executado por cinco divisões. O Grupo de Assalto foi empregado na direção geral de Menin-Ypres, visando romper a frente aliada e ocupar Ypres. O avanço foi difícil, sendo as tropas alemãs sucessivamente reforçadas com a 6ª Divisão Reserva da Baviera, 3ª Divisão da Pomerânia e elementos de cavalaria.

No dia 31 de outubro a frente britânica foi rompida, com a ocupação pelas forças alemãs da localidade de Gheluvelt, mas foi restaurada após um bem-sucedido contra-ataque do 2º Regimento de Worcestershire que reocupou a vila e fechou a brecha.

Em 1 de novembro a localidade de Messines ao sul foi conquistada pelos alemães.

Batalha pelo Saliente de Ypres

O VI Exército foi reforçado pela 4ª Divisão Jäger (Caçadores) e elementos da Divisão de Guarda Winkler, que juntamente com o XV Corpo de Exército formaram o Grupo de Assalto Lisingen, com o objetivo de atacar o saliente de Ypres, na direção geral da estrada Menin-Ypres.

Em 10 de novembro, na frente do XXIII Corpo do IV Exército, alguns regimentos conseguiram capturar Dixmude e prosseguiram para o objetivo seguinte em Drie Grachten e Het Sas. Enquanto isso a 9º Divisão da Reserva atacava na frente do III Corpo Exército, não obtendo êxito e registrando muitas baixas nesse setor.

No dia 11 de novembro o Grupo de Assalto Lisingen atacou no eixo da estrada Menin-Ypres, atingindo poucos resultados. Diante do impasse na frente de combate, os comandantes dos dois exércitos solicitaram reforços ao escalão superior.

O Alto-comando alemão enviou uma divisão de infantaria do VII Exército para reforçar o VI Exército, e o III Exército cedeu outra divisão e uma brigada para reforçar o IV Exército. Ambas divisões seguiram apenas com suas tropas de infantaria, deixando sua artilharia para trás. O Exército Alemão já sofria nessa ocasião com escassez de munição de artilharia o que vinha diminuindo seu poder de combate.

O IV Exército apesar dos reforços recebidos decidiu não realizar nenhum ataque. O VI Exército ainda empregou o Grupo de Assalto Lisingen em mais um ataque que foi repelido pelas forças britânicas com pesadas baixas.

"Em 18 de movembro, entre o mar e Douvre, mais de 27 divisões de infantaria e uma divisão de cavalaria alemãs faziam frente a 22 divisões de infantaria e 10 divisões de cavalaria inimigas".[nota 6]

Resultado Final

Com o fracasso final da ofensiva em Ypres, em 18 de novembro, os dois Exército Alemães resolveram adotar a guerra de posição. No total, a Batalha de Ypres consumiu mais de 100 000 homens do Exército Alemão, entre tropas veteranas e voluntários recrutados, e também muitos de seus comandantes. Nenhum avanço significativo foi realizado em nenhum dos ataques realizados, e a frente se manteve estável no corte do Rio Yser e de seu canal ao sul.

As tropas aliadas também sofreram pesadas perdas, e a batalha de Ypres é lembrada na Inglaterra como a batalha que consumiu o poder de combate da Força Expedicionária Britânica. Do lado francês as coisas também não foram melhores. O único resultado positivo para os aliados, apesar das pesadas baixas sofridas, foi ter evitado o rompimento da frente de combate no setor norte da Frente Ocidental.

Notas

  1.  Les Armées françaises dans la grande guerre (em francês). IV. Paris: Imp Nationale. 1926. p. 554
  2. ↑ Ir para:a b Beckett, Ian (2006). Ypres. The first battle, 1914 (em inglês). Londres: Pearson Education. p. 176. 280 páginas. ISBN 9781405836203
  3.  «German Army casualties at Ypres, 1914» (em inglês). Consultado em 13 de novembro de 2010
  4.  Guderian, Heinz (2009). Achtung, Panzer!. O desenvolvimento de forças blindadas, suas táticas e poder operacional (1914-1937). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército. p. 40. 282 páginas. ISBN 9788570114334
  5.  ReichsArquiv. Der WeltKrieg, 1914-1918 (em alemão). V. [S.l.: s.n.] p. 317
  6.  ReichsArquiv. Der WeltKrieg, 1914-1918 (em alemão). VI. [S.l.: s.n.] p. 25

Referências

  1.  Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e GentílicosI. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
  • Beckett, Ian (2006). Ypres. The first battle, 1914 (em inglês). Londres: Pearson Education. 280 páginas. ISBN 9781405836203
  • Farrar-Hockley, Anthony (199). The Death of an Army (em inglês). Londres: Wordsworth Military Library. 195 páginas. ISBN 9781853266980
  • Gardner, Nikolas (2003). Trial by Fire. Command and the British Expeditionary Force in 1914 (em inglês). Westport: Library of Congress. 259 páginas. ISBN 0313324735
  • Gilbert, Martin (2002). The Routledge Atlas of the First World War (em inglês) 2 ed. Londres: Routledge. 164 páginas. ISBN 0415285089
  • Guderian, Heinz (2009). Achtung, Panzer!. O desenvolvimento de forças blindadas, suas táticas e poder operacional (1914-1937). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército. p. 40. 282 páginas. ISBN 9788570114334
  • Holmes, Richard (2007). Atlas Hutchinson de Planos de Batalhas. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército. 256 páginas. ISBN 9788570113986
  • Schwink, Otto (2010). Ypres 1914: An Official Account Published by Order of the German General Staff (em inglês). Londres: General Books. 82 páginas. ISBN 9781152192683
  • SONDHAUS, Lawrence. A Primeira Guerra Mundial, Editora Contexto-2014. ISBN 978-85-7244-815-4
  • Van Pul, Paul (2007). In Flanders Flooded Fields. Before Ypres there was Yser (em inglês). Londres: Pen & Sword Books. 266 páginas. ISBN 1844154920

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