Euro 2016
Esta história só podia acabar bem
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Rui
Patrício, Anthony Lopes, Eduardo, Cédric, Vieirinha, Pepe, José Fonte,
Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Raphael Guerreiro, Eliseu, William
Carvalho, Danilo, Adrien Silva, João Moutinho, João Mário, André Gomes,
Renato Sanches, Rafa, Quaresma, Nani, Cristiano Ronaldo e... Éder.
Fernando Santos e equipa técnica. Todo o staff da Federação Portuguesa
de Futebol.
É
da mais elementar justiça começar este texto com o nome dos verdadeiros
heróis de Paris, de quem nos fez sonhar durante um mês inesquecível. A
Taça é deles, a Taça é dos portugueses e descendentes de portugueses
espalhados por todo o Mundo. Sim, é verdade, Portugal é campeão da
Europa de futebol, depois de um dia inesquecível para todo o desporto
nacional!
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O
maior momento da história do futebol português escreveu-se com um
argumento que nem o mais original dos guionistas poderia imaginar e
muito menos escrever. Doze anos depois da final perdida, em casa, com a
Grécia, Portugal estava do outro lado da barricada. A França tinha um
autocarro preparado para a festa com a palavra "campeões", a Torre
Eiffel prometia pintar-se de azul, mas ficou negra como a noite, negra
com os corações gauleses. O primeiro título sénior do futebol português
foi conquistado na trincheira inimiga, com o sofrimento dos grandes
momentos, aquele sofrimento que torna a festa mais inesquecível.
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O drama e o herói surpresa
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Sim,
a França era favorita. Sim, a França esteve perto de marcar várias
vezes, mas São Patrício estava lá. A manter Portugal no jogo, a defender
o que parecia impossível, a alimentar um sonho que nos caiu aos pés
logo aos 17 minutos. Cristiano Ronaldo caía no relvado, agarrado ao
joelho e Portugal não queria acreditar. O melhor do Mundo tentou
resistir à dor, foi assistido, voltou ao relvado, mas não dava para
aguentar mais. CR7 estava fora da final mas, como sempre disse a FPF,
não éramos 11, éramos 11 milhões. A seleção uniu-se em torno do azar do
capitão, batalhou, lutou até à exaustão e, sim, a fé de toda uma nação, a
tal fé que move Fernando Santos, não abandonou as quinas.