quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

BATALHA DE DIU - 1509 - 513 ANOS - 3 DE FEVEFREIRO DE 2022

 

Batalha de Diu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Diu
Descobrimentos portugueses
Diu1.jpg
Fortaleza de Diu, construído em 1535
Data3 de Fevereiro de 1509
LocalDiu, Índia
DesfechoVitória portuguesa decisiva
Beligerantes
 Império PortuguêsFlag of the Gujarat Sultanate.svg Sultanato de Guzarate
 Sultanato Mameluco
Reino de Calecute
Apoiado por:
 República de Veneza
Comandantes
Dom Francisco de AlmeidaAmir Husain Al-Kurdi,
Malik Ayyaz
Kunjali Marakkar
Forças
9 naus
caravelas
2 galés e 1 brigantim
800 soldados portugueses
400 hindu-nairs
10 naus
6 galés
30 galés pequenas
70-150 navios-guerra
450 mamelucos
4000 a 5000 guzarates
Baixas
32 mortos, 300 desaparecidosCerca de 4000, centenas de desaparecidos

batalha naval de Diu teve lugar a 3 de fevereiro de 1509[1], nas águas próximas a Diu, na Índia. Nela se confrontaram forças navais do Império Português e uma frota conjunta do Sultanato Burji do Egipto (de natureza mameluco), do Império Otomano, do Samorim de Calecute, e do Sultão de Guzerate. A batalha revestiu-se de um caráter de vingança pessoal para D. Francisco de Almeida, que perdera o seu filho D. Lourenço no desastre de Chaul, em 1508. O efeito psicológico desta batalha foi aniquilador, segundo o historiador Oliveira Martins, a vitória nesta batalha era muito importante, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles, indianos, mas também para os muçulmanos e venezianos.[2]

Esta batalha assinalou o início do domínio europeu no oceano Índico, de maneira semelhante às batalha de Lepanto (1571), do Nilo (1798), de Trafalgar (1805) e de Tsushima (1905) em termos de impacto[2]. Como consequência, o poder dos Turcos Otomanos na Índia foi seriamente abalado, permitindo as que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras às margens do Índico, como por exemplo MombaçaMascateOrmuzGoaColombo e Malaca.

O monopólio português no Índico duraria até à chegada dos Ingleses (Companhia Britânica das Índias Orientais) afirmada na batalha de Swally, perto de Surate, em 1612.

Ao aproximar-se do inevitável confronto, D. Francisco de Almeida enviou uma carta a Meliqueaz, que dizia:

"Eu o visorei digo a ti honrado Meliqueaz, capitão de Diu, e te faço saber que vou com meus cavaleiros a essa tua cidade, lançar a gente que se aí acolheram, depois que em Chaul pelejaram com minha gente, e mataram um homem que se chamava meu filho; e venho com esperança em Deus do Céu tomar deles vingança e de quem os ajudar; e se a eles não achar não me fugirá essa tua cidade, que me tudo pagará, e tu, pela boa ajuda que foste fazer a Chaul; o que tudo te faço saber porque estejas bem apercebido para quando eu chegar, que vou de caminho, e fico nesta ilha de Bombaim, como te dirá este que te esta carta leva."

Sabe-se que um dos feridos na batalha foi Fernão de Magalhães.

Dos destroços da batalha constavam três bandeiras reais do Sultão Mameluco do Cairo, que foram transladadas para o Convento de Cristo, em TomarPortugal, sede espiritual dos Cavaleiros Templários, onde constam até aos dias de hoje.

Navios

Portugueses

  • Cinco grandes nausFrol de la mar (Navio do vice-rei), Espírito Santo (capitão Nuno Vaz Pereira), Belém (Jorge de Melo Pereira), Grande Rei (Francisco de Távora), e Grande Taforea (Fernão de Magalhães)
  • Quatro naus mais pequenas: Pequena Taforea (Garcia de Sousa), São António (Martim Coelho), Pequeno King (Manuel Teles Barreto) e Andorinho (D. António de Noronha)
  • Quatro caravelas redondas: (capitães António do Campo, Pêro Cão, Filipe Rodrigues e Rui Soares)
  • Duas caravelas Latinas: (Capitães Alvaro Paçanha e Luís Preto)
  • Duas galés: (capitães Paio Rodrigues de Sousa e Diogo Pires de Miranda)
  • Uma bergantim: (capitão Simão Martins)

Frota adversária

  • Quatro naus;
  • Duas caravelas;
  • Quatro galeotas;
  • Duas galés;
  • Duzentas Fustas

Referências

  1.  Malabar manual by William Logan p.316, Books.Google.com
  2. ↑ Ir para:a b Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas (2009). «Portugal: O pioneiro da globalização: a Herança das Descobertas. Pag. 171-172». Centro Atlântico (ISBN: 978-989-615-077-8)). Consultado em 17 de agosto de 2013

Ligações externas

FESTA DE SÃO BRÁS - 3 DE FEVEREIRO DE 2022

 

Brás de Sebaste

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: "São Brás" e "São Braz" redirecionam a este artigo. Para outros significados, veja São Brás (desambiguação).
São Brás
São Brás, por Hans Memling.
HieromártirSanto auxiliarBispo de Sebaste
NascimentoRoma 
264
MorteSebaste, Império Romano (atual SivasTurquia
316
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Ortodoxa
Festa litúrgica3 de fevereiro na Igreja Católica11 de fevereiro na Igreja Ortodoxa
Atribuiçõespente para tosquia; velas; cuidando de um garoto ou animal engasgado
Padroeiroanimais; operários de construção; veterinários; aflições da garganta; garotos; pedreiros; escultores; tosquiadores
Maratea, Itália; Campanário (Ribeira Brava)SicíliaCiudad del Este, no ParaguaiCorno Giovine, Itália; Codogno, Itália; DalmáciaDubrovnikRubiera, Itália
Gloriole.svg Portal dos Santos

São Brás (Roma, c. 264 – Sebaste, c. 316) foi um mártirbispo e santo católico que viveu entre os séculos III e IV na Armênia.[1]

Ficou conhecido porque retirou, após uma breve oração, um espinho da garganta de uma criança. Por esse motivo, é padroeiro das doenças da garganta e, no dia de sua celebração a 3 de fevereiro, nas cidades da EspanhaCampanário (Ribeira Brava), Arco da Calheta, Calheta (Madeira) e algumas da América Latina, as mães levam os filhos para benzerem a garganta.[1]

Foi capturado pelos romanos e decapitado no ano 316, sendo enterrado na cidade de Sebaste.[1]

De acordo com entrada no Dicionário dos Santos, de Donald Attwater (Dicionário dos Santos, Donald Attwater. Círculo do Livro, São Paulo, 1983), "em Sebaste, na Armênia, parece ter existido um bispo chamado Brás que foi martirizado, provavelmente no tempo de Licínio. O relato tradicional de sua vida, no entanto, é muito posterior e dá ênfase excessiva a acontecimentos maravilhosos e a torturas, sem se referir a fatos históricos."[1]

Seu culto se expandiu, tanto no Oriente quanto no Ocidente, a partir do século VIII, invocando-se suas bênçãos para doentes e animais por associação aos milagres que lhe foram atribuídos. Seus emblemas são um rastelo (ancinho) ou duas velas cruzadas.[1]

É o santo patrono dos trabalhadores da . Na igreja latina, sua festa ocorre em 3 de fevereiro, nas igrejas orientais, seu dia é comemorado em 11 de fevereiro.[2]

Antropônimo

  • Língua armênia: Բարսեղ (Barsegh)
  • Língua castelhana: Blas
  • Língua francesa: Blaise
  • Língua grega: Βλάσιος (Vlásios)
  • Língua inglesa: Blaise
  • Língua italiana: Biagio
  • Língua latina: Blasius

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e Guiley, Rosemary (2001). The Encyclopedia of Saints. Fourteen Holy Helpers (em inglês). [S.l.]: Infobase Publishing. p. 109. 419 páginas
  2.  Kirsch, Johann Peter. "St. Blaise." The Catholic Encyclopedia. Vol. 2. New York: Robert Appleton Company, 1907. 3 Feb. 2013

Ligações externas

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