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Por Pedro Santos Guerreiro
Diretor
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28 de Abril de 2016 |
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O showzinho
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“Eu não gosto de protagonismo, nem de showzinho”, dizia no ano passado o brasileiro André Gustavo, especialista em publicidade e comunicação política amigo de Miguel Relvas que dirigiu a campanha de Passos Coelho de 2015. Mas agora tem protagonismo e talvez showzinho: Gustavo está a ser investigado no escândalo Lava-Jato.
É uma das notícias do dia sobre investigações judiciais e casos de polícia. Outra é relacionada com o empresário Jaime Antunes, que se tornou mediático por ter sido candidato à presidência do Benfica: vai ser julgado por acusações de burla e branqueamento de um milhão e meio de euros, que transferiu para uma conta bancária na Suíça, escreve o Jornal de Notícias.
Há três semanas que o Expresso está a revelar informações sobre a ES Enterprises, o chamado “saco azul do GES”, uma offshore do grupo com mais de 20 anos que fez pagamentos misteriosos. Essas revelações cruzam a investigação dos Panama Papers com outra investigação autónoma que o jornal leva a cabo há um ano e meio. Hoje, o Correio da Manhã revela que o Ministério Público tem uma equipa especial e quatro procuradores a passar a pente fino a lista de alegados pagamentos.
Em cinco anos, de 2010 a 2014, saíram de Portugal 10,2 mil milhões para offshores, dos quais 9,5 milhões de empresas e 675,5 milhões de particulares. Desde 2010 que não havia dados públicos. No ano seguinte, quando a troika entrou em Portugal, saíram quatro mil milhões. Notícia no Público.
As Finanças admitem que estão de mãos atadas no caso Swissleaks, conta o Negócios. A Autoridade Tributária pediu à Suíça informações sobre contribuintes portugueses na lista do HSBC mas confessa que os dados relativos a 2005 e 2006 já caducaram.
Não é um Panama Paper, é um Panama Monkey Paper, como noticia o Público. Nas obras de alargamento do Canal do Panamá foram descobertos sete dentes com mais de 20 milhões de anos de macacos que atravessarem pelo menos 160 quilómetros de oceano entre a América do Sul para a América do Norte, muito antes de os dois continentes estarem unidos.
Sobre tantos casos, e como dizia o outro, a culpa foi do macaco. Foi? |
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NOTÍCIAS Comecemos por nomeações políticas. E por falta delas. Não há acordo entre PS e PSD: a eleição para o Conselho Económico e Social foi adiada.
Já Elisa Ferreira e Máximo dos Santos serão administradores do Banco de Portugal. Mas só depois de serem avaliados no Parlamento, processo que está em curso.
"Advogados não deveriam poder ser deputados", afirma o advogado que não é nem nunca foi deputado João Vieira de Almeida, no Negócios.
Reagindo à notícia do Expresso de que a próxima administração da Caixa Geral de Depósitos vai poder ter salários mais elevados, por deixarem de estar sujeitos às limitações dos gestores públicos, o PCP pronunciou-se dizendo que tal é PCP “inaceitável e injusto”.
“Não vale a pena o PCP tirar o cavalinho da chuva”, disse Maria Luis Albuquerque no Parlamento, mas sobre a demarcação face ao Programa de Estabilidade e ao Programa Nacional de Reformas apresentado pelo governo. “Todos nesta maioria são responsáveis”, acrescentou.
Segundo as contas do Negócios a partir do Programa de Estabilidade, as pensões vão subir menos de 2% por ano até 2020.
Já o investimento público vai sendo reduzido para o valor mais baixo em democracia, contabiliza o mesmo jornal.
Também no Parlamento: “Não serão necessários retificativos neste ano orçamental”, promete (e compromete-se) Mário Centeno.
Mas Teodora Cardoso não está convencida das previsões do governo. Em entrevista à RTP 3, a presidente do Conselho de Finanças Públicas voltou a levantar dúvidas quando à viabilidade da meta de 1,8% para o crescimento económico.
“Valha-nos também a paciência infinita e pedagógica de Teodora Cardoso, que explica o que só o PS e apêndices não conseguem perceber. O Conselho segue critérios de racionalidade económica.”, escreve Nuno Melo no JN.
Nos Estados Unidos, o republicano Donald Trump apresentou a sua visão para a política internacional. “América primeiro” é o título do seu programa. No The Guardian.
A situação na Venezuela complica-se. No meio de uma crise económica que está a pôr em causa o fornecimento elétrico, o presidente Nicolas Maduro defende a sua opção de os funcionário públicos trabalharem apenas dois dias por semana, segundas e terças feiras. Na Atlantic.
Paz na Síria? Só na última semana terão morrido 90 pessoas na maior cidade do país. “Aqui não há trégua nenhuma", gritam de Alepo para as páginas do Público. O enviado da ONU pede a Obama e a Putin que “salvem conversações de paz”.
Muito se especulou sobre o assassinato de onze pessoas no posto militar de Monte Tchota, em Cabo Verde. O jornalista Jorge Araújo explica as verdades e as mentiras sobre o massacre.
A Indonésia prepara-se para retomar execuções, incluindo de estrangeiros. Notícia da manhã. Depois de as execuções de oito prisioneiros terem sido condenadas pela comunidade internacional em 2015, o governo suspendeu a pena de morte. Agora, ativistas e advogados dizem que pelotões de fuzilamento já estão a preparar-se para voltarem a aplicar a pena capital no país a condenados por tráfico de droga.
O banco angolano BFA é "uma jóia" para o BPI, diz o presidente executivo do Caixabank, que está em litígio com Isabel dos Santos no controlo do banco português. No Económico. Hoje, os acionistas definem o futuro de Fernando Ulrich na administração, acrescenta o Negócios.
Os sindicatos vão avaliar ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a cada três meses, conta o Diário de Notícias. Haverá reuniões com a tutela para "avaliação das políticas em curso e debate sobre medidas a tomar". “Esta metodologia de ‘compra da paz social’ torna o ministro da Educação, ou qualquer outro que assim decida agir, refém dos sindicatos. E, neste caso, faz do secretário-geral da Fenprof uma espécie de ministro-sombra que ninguém, além dos sócios do sindicato, elegeu para a função”, comenta Nuno Saraiva.
O governo está a acompanhar a situação na Autoeuropa, titula o Negócios. “O Ministério da Economia tem a garantia da administração da fábrica de Palmela que não há postos de trabalho em risco e que o novo modelo vai mesmo avançar em 2017”.
Ainda está a tratar do IRS? (Ou já está a tratar do IRS?) A Renascença diz que a falta de senhas de acesso ao portal das Finanças na internet provocou uma corrida às repartições, com muitos contribuintes a pedirem a senha na hora. Só que muitos saem das Finanças frustrados e sem a senha provisória de acesso ao portal.
A lista ainda não é conhecida mas o DN antecipa que, nas comemorações do 10 de junho, Marcelo Rebelo de Sousa irá condecorar apenas três civis. Os militares serão muito mais.
Notícias cá da casa. A jornalista de desporto do Expresso Mariana Cabral foi premiada pelo CNID, com o Prémio Vitor Santos – Revelação Imprensa Escrita. Nós cá em casa estamos muito orgulhosos e percebemos exatamente o porquê deste prémio. E supomos que você aí em casa também. Salve Mariana!
O Sporting estava em guerra com a Doyen e agora está com o Benfica, depois de Rui Gomes da Silva ter dito na SIC que o clube de Alvalade não tem dinheiro para pagar os 14 milhões que o fundo de investimento exige.
A dias do clássico FC Porto – Sporting, decisivo para o título, Bruno de Carvalho usou uma infografia do Record para atacar o Benfica pelo valor das transferências de jogadores de futebol, que totalizam 212 milhões de euros dos quais só 131 milhões ficaram no clube da Luz.
Artur Soares Dias, que vai apitar o jogo, diz em entrevista à TSF: “somos humanos e vamos errar”.
Outros prémios: os da Exame Informática. Foram ontem entregues aos melhores do Portugal Tecnológico: pessoas, empresas e produtos aqui.
1-0, ganhou o Atlético de Madrid ao Bayern de Munique na primeira mão das meias finais da Champions. O jornalista Pedro Candeias explica.
Fernando Rosas dará hoje a sua última lição académica. Falará sobre a revisão da memória histórica e da hegemonia que a alimenta, antecipa o Público.
“Obrigado”, agradece o Público em primeira página. A campanha “Vamos pôr o Sequeira no lugar certo” angariou 600 mil euros, necessários para adquirir “A Adoração dos Magos”, de Domingos Sequeira. Como explica a Renascença, depois do restauro, o quadro será apresentada no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, a 21 de Maio, Noite dos Museus.
FRASES “Há um advogado que vive em mim e não preciso de um contrato escrito para ser mais honesto e sério naquilo que me disponibilizei a fazer”. Diogo Lacerda Machado, ontem no Parlamento, citado pelo Público.
“Elas não matam mas 'Doyen'”, Bruno de Carvalho, no Record.
Salah Abdeslam tem “a inteligência de um cinzeiro vazio”, afirma Sven Mary, antigo advogado do terrorista de Paris, ao Liberation. “É o exemplo perfeito da geração GTA [o jogo de vídeo Grand Theft Auto]”.
"Se o que é preciso na educação tiver consenso das várias partes, ótimo". Maria de Lurdes Rodrigues, no DN.
“Se até agora António Costa conseguiu surpreender pela sua veia negocial, juntando pontas de cordas bem diferentes num difícil exercício de equilíbrio e tensão, os próximos tempos vão-lhe exigir o pleno das suas capacidades, não só tácticas, mas estratégicas.” Luíz Nazaré, no Negócios.
O QUE EU ANDO A LER Leituras online. E visualizações. Começando pela “treta das exportações”, ou um 2:59 do João Vieira Pereira sobre o peso do comércio internacional de Portugal e de que forma podemos ou não pender ou depender do mercado interno para o crescimento da economia.
“A cor da pele conta para os resultados dos alunos”, diz Pedro Abrantes em entrevista ao Expresso Diário. O investigador do ISCTE e coautor de um estudo sobre os estudantes afrodescendentes no sistema educativo português assegura que as escolas discriminam os alunos em função da cor da pele - e que os professores têm de ser educados para não segregar.
O número de pessoas que se identificam primeiro como cidadãos do mundo está a aumentar, uma tendência particularmente notória em economias emergentes como a Índia, a China, a Nigéria ou o Peru, por oposição ao registado nos países mais industrializados, como a Alemanha e a Rússia. Desenvolvimento aqui, a partir de um estudo da BBC sobre identidade.
Quer ver como é uma “solitária” de uma prisão? O The Guardian mostra. Em 360 graus. Asfixiante.
“Os pais estão a espancar os filhos há milénios. 50 anos de provas científicas mostram como eles estão errados”. É este o título (tradução livre) escolhido pela Vox para um trabalho que sustenta que bater nos filhos é “sempre uma forma de violência”. Em entrevista, a psicóloga Elizabeth Gershoff diz que, além dos danos provocados, faze-lo deixa claro às crianças que se pode bater em qualquer pessoa desde que se tenha poder. Por isso as crianças aprendem que “podem bater para terem o que querem” e que “podem usar a agressão”.
A fechar, o que pode ver. Fernando Pessoa chamou-lhe “o homem são louco” e a Biblioteca Nacional assim chamou à exposição sobre Mário de Sá-Carneiro, aberta (com entrada livre) até 31 de agosto, em Lisboa. Dividida em oito secções, a exposição é acompanhada de um catálogo que inclui uma antologia de textos do homem que se chamava a si próprio de “esfinge gorda”.
E nós por aqui estamos, todo o dia, no Expresso Diário e já a fechar a edição de sábado do semanário Até lá, tenha um excelente dia. |
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