sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

1067
05 JAN 2018
José Cardoso
POR JOSÉ CARDOSO
Editor Adjunto
 
Parabéns a nós. Parabéns a vós (e duas prendas)
Boa tarde,

O Expresso faz este sábado, 6 de janeiro, 45 anos. Além de outras iniciativas do jornal, nomeadamente as que poderá ver este sábado nas páginas do semanário, uma edição especial (primeira prenda) ,no Expresso Diário desta sexta-feira assinalamos a data também com uma edição especial (segunda prenda).

Pegámos na primeira página dessa primeira edição, publicada a 6 de janeiro de 1973, e, olhando para os temas então publicados, fomos desenvolver cada um deles à luz da situação nos nossos dias. Nos dois casos em que isso não era possível, por se tratar de acontecimentos datados e sem sequência, escrevemos sobre assuntos relacionados com esses acontecimentos ou equivalentes - por exemplo, se há 45 anos a pedra no sapato dos Estados Unidos era o Vietname, atualmente é a Coreia do Norte. O artigo desta edição é, pois, sobre o estado da confrontação entre a Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, e o regime de Kim Jong-un - que não por acaso é neto do líder que a Coreia do Norte tinha em 1973.

Boas leituras, um bom resto de dia e um fim de semana especial
LER O EXPRESSO DIÁRIO
Três em cada quatro portugueses não sabem identificar pelo menos 5 ministros
45 anos de boatos e mitos urbanosA cobra que veio no cacho de bananas e mais sete histórias
Tributação dos automóveis: a suscitar polémicas desde 1973
Há 45 anos os deputados dividiam-se em torno da legitimidade do Governo para legislar sobre a tributação automóvel. As leis foram evoluindo, mas continuam a merecer reparos das empresas do sector. Ler aqui
Opinião
50 anos depois ainda há um inimigo que continua a matar veteranos do Vietname
Agora é esperar para ver se Trump vai passar pelo que parece ser certo: uma visita anti-hermética ao Reino Unido
A concretizar-se, será uma das viagens do ano em 2018: Trump no Reino Unido. Ler aqui
Uma guerra nuclear entre EUA e Coreia à espreita? Falamos depois dos Olímpicos de Inverno

As fotolegendas que foram uma revolução
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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!


O país tem sido atravessado, nos últimos dias, por algumas controvérsias que, nalguns casos, já fizeram correr rios de tinta e deram azo a muitas declarações públicas, enquanto noutros casos o debate foi quase silenciado. Basta pensar no que já se disse e escreveu sobre a lei de financiamento dos partidos em contraste com a forma expedita como hoje baixaram à comissão sete propostas de lei que ameaçam subverter um dos sectores que mais riqueza gerou no país nos últimos anos, o do alijamento local. E se em todos os debates podemos e devemos divergir sobre opções e soluções, é bom que nos entendamos sobre os factos, e isso nem sempre acontece mesmo quando são do conhecimento de todos. Vale pois a pena voltar a três debates desta semana para procurar lançar sobre eles alguma luz.

Começo pelo tema do financiamento partidário, e não vos canso muito pois imagino que já estejam pelos cabelos com tanta contradição e desmentido. Deixo mesmo assim à vossa consideração quatro textos que fazem a diferença:
  • Como se financiam os partidos lá fora? Fala-se, fala-se, fala-se, mas poucas vezes nos preocupamos em saber como fazem os outros para aprender com virtudes e erros. Daí a oportunidade deste ensaio de Nuno Gonçalo Poças no Observador, onde se explica como é que noutras democracias se financia a democracia. É um trabalho muito interessante e completo para uma conclusão singela: não há modelos perfeitos. Mesmo assim, acrescenta-se, “a discussão sobre as virtudes de cada um dos modelos (público, privado ou misto) é importante, mas, independentemente do modelo, o que deve estar de facto em discussão são os mecanismos de fiscalização. E, acima de tudo, ter essa discussão no seio da sociedade civil, fora do monopólio dos partidos e do Parlamento. Sendo certo, claro, que independentemente das regras, haverá sempre quem tente ignorá-las. Mesmo grandes democracias como Itália, França, Alemanha ou Estados Unidos não deixaram de ter grandes casos de corrupção envolvendo financiamento eleitoral ou partidário”.
  • As confusões deles sobre a lei que Marcelo vetou é um outro especial do Observador, exaustivo, onde se passa em revista declarações de António Costa, Ana Catarina Mendes, João Galamba e Laurentino Dias, do PS, Hugo Soares e Duarte Marques do PSD, João Oliveira do PCP Francisco Louçã do Bloco. E se conclui que todos eles, em menor ou maior grau, mostraram ignorância ou trataram de mistificar quando se tratou de responder às perguntas que todos fizeram: “O processo foi secreto? A isenção do IVA sempre existiu? O fim do limite à angariação de fundos não é assim tão importante e as suas consequências são inócuas? A lei é retroativa? E os partidos fizeram, como garantem, apenas aquilo que o Tribunal Constitucional pedia?
  • A festa de Natal da ignorância é um texto de leitura indispensável. Escrito no Público por José Xavier Basto, um professor universitário que presidente da Comissão do Imposto sobre o Valor Acrescentado em 1985, este texto parte dos muitos erros conceptuais de Francisco Louçã no mesmo jornal (“A festa de Natal do populismo”, sem link), para nos mostrar como este debate foi marcada pelo “analfabetismo fiscal, traduzido na ignorância do que sejam os impostos, como funcionam e quais os seus fundamentos básicos”. Por exemplo, foram mais que muitas as confusões sobre o que significa “pagar o IVA” e “ser isento de IVA”. Muito didático, o texto usa exemplos concretos esclarecedores ao dirigir-se ao “professor Louçã”: “Quando a sua universidade compra equipamento informático para a investigação ou ensino, ou quando um hospital público renova os equipamentos da unidade de cuidados intensivos, suportam IVA e não lhes assiste direito a qualquer devolução. Porquê? Pela razão simples de que nas propinas dos alunos que frequentam a universidade não incide IVA, segundo as regras europeias e nacionais e, de acordo com as mesmas regras, as taxas moderadores dos hospitais também estão isentas do imposto. Acha bem que os partidos políticos recebam devolução de IVA quando remodelam o gabinete do secretário-geral, quando os hospitais públicos, segundo a lei geral, não têm direito equivalente?
  • Os partidos não precisam de nós, de Rui Ramos no Observador é, dos muitos textos de opinião (depois dos inicialmente referidos nesta newsletter já na passada semana), um dos que merece realmente atenção. Defende o autor que “Os partidos são a prova de que em Portugal quem tem o Estado, tem tudo: financiados com dinheiro público, não precisam da nossa militância, nem do nosso afecto nem sequer do nosso respeito.”



O tema do alojamento local voltou à agenda política, com vários partidos – Bloco, PCP, PAN e alguns deputados do PS – a apresentarem sete propostas de lei que hoje foram brevemente debatidas na Assembleia da República, logo baixando à comissão especializada de onde deverão sair daqui por dois meses. Primeiro que tudo importa saber o que foi proposto, sendo porventura a melhor síntese a realizada pelo jornal online Eco em Deputados discutem alojamento local. Saiba o que vai mudar que explica como “Em cima da mesa estão alterações que vão desde a introdução de quotas para limitar o número de alojamentos locais nas zonas mais pressionadas pelo turismo, a serem definidas pelas respetivas câmaras municipais, até à distinção entre o alojamento local “profissional” e “não profissional”, passando ainda pela obrigatoriedade da autorização do condomínio para que um alojamento local possa ser explorado.”

A discussão sobre este tema tão importante para a nossa economia e para cidades como Lisboa e o Porto deverá aquecer nas próximas semanas (pelo menos era bom que isso sucedesse), mas para já deixo aqui a análise de Nuno Correia da Silva que, no Observador, nos falou de A proposta mais estúpida do mundo. Eis um dos argumentos:
Atualmente, o alojamento local gera, para a economia de Lisboa, qualquer coisa como seis mil milhões de euros, seis vezes mais do que a Autoeuropa. Foi o setor que mais contribuiu para a criação de emprego. São milhares de pessoas que estão em causa. (...) Estamos a falar de pessoas que entraram na vida ativa porque o turismo gerado pelo alojamento local criou uma “nova economia”. Uma economia que os acolheu, depois de terem sido excluídos pelos modelos ortodoxos, pela economia estatizante dos sindicatos que, para garantir cada vez mais direitos a quem já tem emprego, deixou de fora os jovens e as pessoas de meia idade. São exatamente estas pessoas que os projetos em debate na Assembleia da República parecem ignorar ou esquecer.” Também no Observador, referência ao texto de um deputado do PSD, Cristóvão Norte: Alojamento local: anatomia do crime.



Acabo esta breve tentativa de lançar um pouco de luz sobre alguns temas da actualidade doméstica com uma referência a uma outra notícia destes dias, uma notícia porventura merecedora de mais atenção: as tabelas de retenção do IRS para os trabalhadores por conta de outrem não incorporam todo o alívio fiscal do Orçamento de 2018, o que significa que esse alívio só muito parcialmente será sentido no ordenado do fim do mês. Desta forma o Estado encaixa mais IRS este ano (o que ajuda as contas públicas) e terá de devolver mais IRS no ano que vem (com um cheque mais gordo a chegar mesmo em cima das eleições). As contas foram feitas pela consultora PwC a pedido do Eco (Como a redução do IRS se reflecte nos salários e reembolsos) e do Jornal de Negócios (Centeno reduz IRS, mas limita efeitos nos salários. Acerto de contas em 2019). Pedro Sousa Carvalho, director executivo do Eco, explica muito bem o que está em causa em Uma tabela de IRS a pensar em eleições? Se não é, parece. Para ele, “Tal como se suspeitava, as taxas de retenção baixam, mas menos do que deviam. Continuaremos a emprestar dinheiro ao Estado e em 2019, ano de europeias e legislativas, há de chegar um cheque simpático.”

E por hoje é tudo. Aproveitem estes dois dias de intervalo para descansar e, no frio que se adivinha, para ler. Até para a semana.

 
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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

CENTENÁRIOS QUANDO ERAM JOVENS

Estes Retratos Mostram Centenários na Juventude e Atualmente

Você já se perguntou como deve ser viver até os 100 anos? O fotógrafo tcheco Jan Langer decidiu explorar esse assunto por meio de seu incrível projeto fotográfico intitulado "Faces of Century", que compara retratos de centenários atualmente com imagens de quando eram mais jovens.
Enquanto fotografava, Jan perguntou a seus modelos qual era sua perspectiva da vida depois de tantos anos de experiência, e a maioria deles afirmou que o tempo passa mais rápido a cada ano que passa. Mesmo assim, ele consegue encontrar semelhanças nos retratos mais recentes e mais antigos de cada indivíduo. Veja como o passar do tempo muda a todos inevitavelmente:
 
1. Vlasta Čížková - 23 e 101 anos
Vlasta tinha acabado de se formar no ensino médio no seu retrato à esquerda. Mais tarde, trabalhou como cozinheira em um aeroporto. Ela agora mora em uma aldeia com todos os seus parentes vivendo por perto. Parentes distantes a visitam ocasionalmente, mas ela diz que as pessoas mais próximas a visitam regularmente. Durante sua vida, ela abrigou soldados russos após o fim da Segunda Guerra Mundial e também leu seus próprios poemas aos recém-casados nas cerimônias de casamento. Seu maior desejo é ver sua família sempre unida.
2. Marie Burešová - 23 e 101 anos
Marie já trabalhou como açougueira, mas agora mora na cidade de Zlin, na República Tcheca. Ela vê a filha, o genro e a neta todos os dias, e diz que conversar com eles é seu passatempo favorito. Sua memória mais vívida é a nacionalização de sua própria empresa. Ela acrescentou que gostaria que sua família se reunisse com mais frequência.
 
3. Prokop Vejdělek - 22 e 101 anos
O primeiro retrato de Prokop foi tirado quando ele fez seu juramento militar. Ele trabalhou como engenheiro e metalúrgico, e agora vive em uma fazenda que foi construída para ele por sua filha. Seus entes mais queridos vivem nas proximidades. Um dos passatempos de Prokop é trabalhar com uma serra circular cortando madeira e diz que sua lembrança favorita da juventude é beber leite quente de cabra.
4. Anna Pochobradská – Aproximadamente 30 anos e 100 anos
Durante a juventude, Anna trabalhou em uma fazenda, mas agora ela mora em um asilo para idosos. Suas memórias mais vívidas são de quando ela era jovem e podia cuidar de si mesma. Embora sua filha a visite todos os fins de semana, ela diz que ainda se sente solitária. Ela gosta de dormir, e diz que gostaria de adormecer um dia e não acordar mais.
5. Antonín Baldrman - 17 e 101 anos
Com 17 anos, Antonin já era um instalador mecânico experiente. Hoje ele mora em um asilo. Ele gosta de ler jornais e recebe visitas de sua filha duas vezes por semana. Ele diz que sua memória mais importante é uma boa equipe de pessoas com quem ele trabalhou, e deseja a todos uma vida de muita paz.
6. Anna Vašinová - 22 e 102 anos
centenários
Na foto à esquerda, Anna tinha acabado de se casar. Ela já trabalhou em uma fazenda, mas agora mora em um asilo. Seu passatempo favorito é ler livros de romance, e sua memória mais especial é cantar músicas populares russas em um coral infantil. Ela diz que, depois que morrer, sonha em se reunir com o marido, que infelizmente faleceu durante a Segunda Guerra Mundial.
7. Antonín Kovář - 25 e 102 anos
centenários
Creative Antonin era líder de um grupo musical, operador de projetor de filmes e motorista. Ele agora mora na cidade tcheca de Usti nad Labem. Ele ainda gosta de ouvir música, ler jornais e se comunicar com sua filha, que ele vê todos os dias. Ele lembra com carinho dos momentos que tocava com sua banda, além dos dias que passou com sua esposa.
8. Marie Fejfarová - 101 anos
centenários
Marie trabalhou como instrutora de esportes e foi casada com um famoso cardiologista. Ela viveu uma vida luxuosa em uma vila no bairro residencial de Praga. Ela viveu lá até os 101 anos, e então decidiu sair. Ela queimou todas as lembranças materiais de sua vida e bateu nas portas de um asilo com nada além de um manto e uma escova de dentes.
Suas memórias favoritas são de viajar ao redor do mundo com seu marido. Sua vida maravilhosa levou-a a concluir: "Quando você dá algo a alguém, não deve esperar nada em troca. E se você conseguir alguma coisa, não pense que essa coisa permanecerá com você até a morte ".

Johannes Brahms -- Hungarian Dance No.5 - Hungarian Symphony Orchestra B...

OBSERVADOR

360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia... 
... o futebol dominou a noite. Jonas conseguiu finalmente marcar ao Sporting: foi de penálti, a dois minutos do fim, e valeu o empate ao Benfica no dérbi lisboeta (1-1). Uma divisão de pontos que só favorece o FC Porto, que se isola na liderança, a cinco pontos dos encarnados e a dois dos verde e brancos: ficam assim as contas do campeonato.
Quanto ao FC Porto, o grande beneficiado da jornada, venceu por 2-1 o Feirense, num jogo em que acabou com dez, marcou só no fim e também voltou a contestar a arbitragem. Antes, os portistas descodificaram os últimos mails da discórdia com o Benfica.

Nas outras notícias da manhã, a Comissão Europeia anunciou que vai investigar a venda de produtos a emigrantes lesados do BES.

Um tribunal condenou o pai de uma rapariga de 13 anos que matou uma pessoa quando conduzia o seu carro, a pagar uma indemnização de 195 mil euros. O caso passou-se em 2013 e faz manchete do JN.

O pacto na Justiça que Marcelo pediu há um ano está quase alcançado. E passa por (muito) investimento nos tribunais, diz a TSF.

Os Estados Unidos estão a ser fustigados por um fenómeno chamado ciclone-bomba. A tempestade Grayson é um ciclone de inverno tão forte quanto o furacão Sandy, já matou de frio pelo menos 11 pessoas, fez com que nevasse na Florida 30 anos depois e ainda vai piorar. Resulta de uma “bombogénese”.





Outra informação importante Como se financiam os partidos lá fora? E o que temos a aprender com isso? Em pleno debate do escândalo da lei do financiamento dos partidos vetada por Marcelo depois de ser discutida às escondidas e aprovada à pressa, um ensaio de Nuno Gonçalo Portas mostra que lições devemos tirar de como os partidos alemães, franceses ou espanhóis conseguem dinheiro.

O tema continua aliás a marcar a atualidade. O Presidente deu ontem a conhecer os fundamentos do seu veto ao Parlamento, admitindo promulgar o diploma se os partidos desistirem das alterações ao IVA e à angariação de fundos. Mas o PCP e os Verdes querem forçar o articulado tal como está, o PS admite falta de informação mas não diz se vai fazer as alterações pedidas e o PSD agora deixou de ter pressa em mudar a lei. Ainda mais surpreendentes são as explicações de Ferro Rodrigues: elogiou o veto presidencial por este não ceder ao "populismo antiparlamentar". Ou seja, a culpa da polémica é de quem está contra os partidos, não da forma como os partidos se comportaram...

Já Fernando Negrão diz, em entrevista ao Público e à RR,
que "os deputados não têm o poder que deviam ter" e o "Parlamento se tornou o braço legislativo dos Governos".

As novas tabelas de IRS foram ontem publicadas e encerram um detalhe importanteA consultora Deloitte diz que o Governo decidiu que a descida do imposto nos salários não fosse tão acentuada agora, para depois compensar nas devoluções em 2019... dando esse bónus antes das legislativasOutra nota: a partir deste ano já não vai ser possível entregar o IRS em papel, noticia o Negócios.

A Raríssimas tem uma nova presidente. Chama-se Sónia Laygue, é mais conhecida por Margarida, e tem uma filha de três anos com uma doença rara que ainda não foi diagnosticada que frequenta a Casa dos Marcos. A lista única para a nova gestão da associação que está sob polémica desde que a ex-presidente, Paula Brito e Costa, é suspeita de desvio de fundos, apareceu à última hora e foi constituída numa manhã. Agora vem aí "uma luta", diz a nova líder.

Os professores continuam sem chegar a acordo com o Governo sobre a progressão nas careiras e os concursosO mais certo é haver novas greves em fevereiro: palavra de Fenprof...

Duas outras notícias que ainda prometem dar muito que falar. A EDP Comercial foi proibida pelo regulador de usar palavras enganosas para recuperar clientes; e o Parlamento vai mesmo ouvir o Governo e a Santa Casa sobre o Montepio (só não se sabe se antes ou depois das eleições do PSD).

Lá fora, há mais problemas na família TrumpSteve Bannon, o ex-assessor e ideólogo do presidente americano, tem um novo livro onde acusa Trump Jr. de traição. O pai reagiu de imediato dizendo que Bannon estava a "ficar doido". Já Paul Manafort, o ex-diretor da campanha presidencial, processou Robert Mueller, o procurador que investiga as interferências da Rússia nas eleições americanas. Entretanto, Trump desfez a comissão criada para averiguar as fraudes eleitorais.

Por falar em EUAPortugal pode perder a isenção de vistos. Segundo o Departamento de Estado norte-americano, há uma violação das regras há vários anos.

Nas Coreias fez-se históriadepois de dois anos de silêncio sem atender as insistentes chamadas do Sul, Kim Jong-un ligou para o país vizinho. O telefonema durou 20 minutos e já foram conhecidos vários detalhes, incluindo as cores dos telefones.

Em França, Emmanuel Macron vai promulgar uma lei contra as notícias falsas em períodos eleitorais.

Em Espanha houve desenvolvimentos na investigação ao homicídio da adolescente Diana Quer: a mulher do assassino (e violador) confesso terá estado envolvida no crime e é acusada de delito sexual.

E há uma foto (linda) do Reveillon em Copacabana que está a causar choque no Brasil. Vê-se um menino negro sozinho, deslumbrado, a olhar para o fogo de artifício enquanto centenas de brancos se abraçam na praia: há ou não preconceitos raciais no país?




Os nossos Especiais 
A PJ fechou uma clínica de medicina alternativa especializada em burlar reformadosPor telefone, os idosos eram convidados a uma consulta grátis e depois coagidos a adquirir tratamentos e aparelhos médicos caríssimos. Numa das consultas, chegaram a pedir 20 mil euros, conta a Carolina Branco.


A nossa opinião
  • José Manuel Fernandes, numa opinião em vídeo, fala das proibições do Governo: "Uma coisa é proibir o que incomoda os outros, como o fumo. Outra coisa é quererem-nos impor uma só dieta e colocar alimentos no index. Não estou a defender os excessos, estou a defender a liberdade".
  • Paulo Tunhas escreve sobre o financiamento dos partidos e as avenças na câmara de Lisboa: "A associação secreta vulgarmente referida por Assembleia da República e a Câmara de Lisboa decidiram contribuir generosamente para confortar os cidadãos na sua pouco simpática visão da classe política". 
  • Helena Garrido escreve o que seria um guia optimista para 2018: "Não haverá nenhuma crise financeira e os juros continuarão baixos. O Governo vai começar a actuar para que o Estado funcione melhor. Eis um guia optimista para 2018".



Notícias surpreendentesNas estreias de cinema desta semana, o destaque vai para “Jogo da Alta Roda” sobre a história real de Molly Bloom, a chamada "princesa do poker". O Eurico de Barros dá-lhe 3 estrelas, mas sugere-lhe outros três filmes em alternativa.

Não há dia que Portugal não seja notícia. A CNN Travel coloca Lisboa como um dos destinos obrigatórios de 2018; e o Washington Post selecionou um vinho português de 4,50 euros como um dos melhores do mundo.

As passadeiras vermelhas dos Globos de Ouro (este domingo) e dos Óscares (em março) vai vestir-se de luto. Que é como quem diz: as principais atrizes, num protesto contra o escândalo dos casos de assédio sexual, decidiram usar vestidos pretos. Quem falou pela primeira vez do tema foi Meryl Streep, em entrevista ao New York Times: admitiu que também foi assediada, mas não revelou nomes.

E como a Coreia do Norte voltou a estar no topo das notícias, acabo com 53 cartazes da propaganda do regime de Kim Jon-unHá, claro, ódio contra os EUA, campanha pela unificação das Coreias e devoção aos líderes: assim acham eles que se educa o povo.


Hoje é dia do primeiro debate entre Santana Lopes e Rui Rio, os dois candidatos à liderança do PSD nas eleições marcadas para dia 13Observador fará a cobertura e a análise ao que ambos disserem na RTP a partir das 20h00. Até lá, não faltarão notícias

Uma boa quinta-feira
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EXPRESSO

Expresso
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Miguel Cadete
MIGUEL CADETE
DIRETOR-ADJUNTO
 
Benfica pode ter dito adeus ao título
4 de Janeiro de 2018
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Apesar de ainda não termos chegado a meio do campeonato, o Benfica perdeu ontem uma oportunidade excelente para reduzir a sua desvantagem face ao seus mais diretos rivais. O empate a um golo com o Sporting no Estádio da Luz pode ter sido uma batalha épica, mas o resultado é mau para as ambições de um clube que já está afastado de todas as outras competições.

Ao cabo de 16 jornadas, num total de 34, os problemas do clube da Luz agravaram-se: não só está a cinco pontos do líder, agora isolado, o FC Porto; como não diminuiu a distância para o Sporting. Para chegar ao pentacampeonato, o Benfica tem de conquistar cinco pontos ao FC Porto e três pontos ao Sporting.

Ao todo, o Benfica tem de, até final da Liga NOS, somar mais oito pontos do que os seus mais diretos adversários, o que torna as contas complicadas. Até porque lá atrás, no quarto lugar, a meros três pontos do clube da Luz, já vê o Braga no retrovisor. Por isso, o grande vencedor desta jornada terá sido o FC Porto que ao vencer, fora de casa, o Feirense por 2 – 1 aumentou a vantagem relativamente ao Benfica e ao Sporting. Tudo corria bem ao clube de Alvalade, até porque o FC Porto esteve empatado até aos 76 minutos; mas o penálti convertido por Jonas ao minuto 90 que impediu a derrota do Benfica no dérbi retirou o clube de Alvalade do topo da classificação, estando agora a dois pontos do líder.

A história do jogo que hoje, e nos próximos dias, vai ser contada será, porém, outra. Os três lances que podiam ter sido sancionados com grande penalidade, os fora de jogo e o uso dado ao videoárbitro vão andar nas bocas do mundo, assim como a inegável superioridade estatística do Benfica sobre o Sporting no jogo de ontem: ao todo foram 24 remates contra nove, como sublinha Diogo Pombo no relato de um jogo em que o Benfica esteve a perder em casa desde os 19 minutos, depois de um golo de cabeça de Gelson Martins. Ainda assim, o resultado final foi considerado uma proeza para o treinador do Benfica - “Rui Vitória: No more Mr Nice Guy”, diz o título.

Porém, em tempo de e-mails que poderiam ser comprometedores, o treinador do Benfica reagiu mal: “Vou ficar atento às carreiras estes dois árbitros, para ver como decidem no futuro em situações semelhantes”. Jorge Jesus foi mais sensato ao ter dito que “este resultado não é bom para o Sporting, mas é pior para o Benfica”. Mas quem quiser ter outra perspectiva do jogo de ontem tem que ler “Adivinhem em que lateral se inspirou Rogério Casanova para perguntar isto: Tens porventura na tua posse três milhões de euros?” e “Um Azar do Kralj reconhece que o corpo de Rui Vitória, afinal, possui duas pequenas massas benignas”.

 
OUTRAS NOTÍCIAS

Se nesta altura está no ponto de considerar que a atualidade não se esgota nas minudências de um jogo de futebol, veja aqui “Os 15 minutos de vídeo que mostram como os partidos esconderam o que estavam a aprovar no financiamento partidário”, um trabalho de Helena Pereira capaz de provar que os deputados que aprovaram a nova lei de financiamento estavam, afinal, em fora de jogo.

Já depois do veto do Presidente, o “Público” volta a trazer o assunto à primeira página: “O mistério da acta que ninguém conhecia e que diz o que não aconteceu”. “Polémica tem novo acto”, lê-se e o CDS quer ir mais longe que Marcelo e “tirar retroactividade à nova lei dos partidos”.

Na manchete daquele diário, está a questão das novas tabelas de IRS: “Contribuintes vão ter prémio no IRS em ano de legislativas” pois os reembolsos serão maiores em 2019, ano que os portugueses tornam a votar. No “Dinheiro Vivo”, anota-se que o IRS, contudo, vai baixar já este mês para quem tem um salário inferior a 2925 euros.

O “Jornal de Negócios” também dá grande destaque ao “novo IRS”: “ordenado líquido sobe no máximo 2%”, anotando que as declarações em papel vão terminar já em abril.

Na primeira página do jornal “i”Rui Rio e Santana Lopes pedem cartão vermelho para o líder da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, primeiro signatário da nova lei de financiamentos dos partidos. Hugo terá feito uma falta mais dura ao dizer que o veto presidencial não representava “uma derrota para os partidos”.

No “Diário de Notícias”, lê-se na manchete que a “Falta de mão-de-obra trava investimentos em restauração e alojamento”. São precisos mais 40 mil trabalhadores, segundo a AHRESP (Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), para dar andamento ao crescimento do turismo. Os “empregados de mesa, empregados de bar, copeiros, ajudantes de cozinha, empregados de quarto” perdem por falta de comparência.



FRASES

“É uma parvoíce proibir os recém-encartados de beberem uma imperial”José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, no jornal “i”

“A maioria vai estancar esse processo abjecto”. André Pinotes Batista, deputado do PS, insurgindo-se contra o fecho de estações dos CTT, no jornal “i”

“Vamos limpar dez barragens até junho para subir as reservas”. Carlos Martins, secretário de Estado do Ambiente, no “Diário de Notícias”

“É evidente que merecíamos ganhar, fizemos grande jogo”Rui Vitória, treinador do Benfica, em declarações após o jogo



O QUE ANDO A LER

Ainda relativamente ao pecúlio livreiro que, como habitualmente, cresceu neste Natal queria registar aqui um livro de Tim Hayward, colaborador do Financial Times e da BBC. Hayward escreve, bem, sobre gastronomia e pensa, melhor, sobre o assunto. Já publicou um livro inteiramente dedicado a facas (“Knife: The Cult, Craft and Culture of the Cook's Knife”) mas desta vez – o livro saíu semanas antes deste Natal – dedicou-se a estudar outros utensílios de cozinha.

“The Modern Kitchen - objects that changed the way we cook, eat and live” é uma sedutora história de saca-rolhas, woks, robots de cozinha, bules, frigideiras ou colheres de pau que é capaz de nos surpreender a cada instante. Hayward, que faz crítica de restaurantes no “Financial Times”e apresenta programas na BBC, tem um conhecimento extraordinário da história, arqueologia e sociologia que permite interpretar a cozinha dos nossos dias como ninguém. O fim das casas com criados ou o advento da água canalizada conduziram a alterações nas nossas cozinhas, o coração de qualquer casa “moderna”, que nos pareceriam inimagináveis.

Um mero exemplo, a faca de chefe, aquele utensílio que qualquer um adquire no momento em que se acha cozinheiro de alguma coisa que transcende a culinária para a família, é um fenómeno muito recente. Tão recente que só se tornou possível desde que as bancadas de cozinha se massificaram, dispensado os móveis que antes preenchiam aquela divisão da casa.

Uma faca de chefe só pode ser utilizada de pé, pelo que exige as tais bancadas, com cerca de 90 centímetros de altura. Antes, no tempo das outras cozinhas, as mesas em que se trabalhava tinham cerca de 75 centímetros de altura e os criados trabalhavam sentados. Uma faca de chefe, pela sua configuração, nunca pode ser manuseada nessa posição. A otimização de todos os passos a dar numa cozinha assim obrigou.

Parece pouco mas por hoje é tudo. Acompanhe toda a informação atualizada no Expresso Online. Às 18 horas chega o Expresso Diário com informação aprofundada e opinião. Amanhã, o Martim Silva estará aqui para servir outro Expresso Curto
 
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