| Enquanto dormia… | … As autoridades ucranianas avançavam que Zaporíjia, a maior central nuclear da Europa (alvo de um ataque que provocou um incêndio entretanto extinto), passou para o controlo russo. “Este Estado terrorista recorreu agora ao terror nuclear”, atacou o presidente ucraniano, um dia depois de Moscovo e Kiev voltarem a falhar o acordo para cessar-fogo, agendando uma terceira ronda de negociações para breve — para já, os países concordaram com a criação de corredores humanitários, mas mantém-se o braço de ferro. E há já uma baixa de peso a assinalar no exército russo: o major-general Andrei Sukhovetsky morreu em combate durante a invasão. | Num discurso ao país, esta quinta-feira, Volodymyr Zelensky(que terá sobrevivido a pelo menos três tentativas de assassinato nos últimos dias) defendeu que a “única forma de parar a guerra” é encontrando-se diretamente com o homólogo russo. E deixou um aviso: se a Ucrânia cair, os próximos são os países bálticos. Depois de uma conversa por telefone com Vladimir Putin, Macron alertara que “o pior está para vir” se recusarem as condições russas. Ao final da tarde, o presidente russo louvou o sacrifício dos seus soldados, acusou a Ucrânia de usar civis como “escudos humanos”, e garantiu que “todos os objetivos foram alcançados”. | A escalada de tensão está a ser atualizada ao minuto no nosso liveblog e numa emissão especial da Rádio Observador. Ao nono dia de guerra, saiba tudo o que se passou esta madrugada e fique com alguns destaques a partir doponto de situação possível: | - Com a “guerra à porta”, a Moldávia assinou o pedido formal para que o país possa aderir à União Europeia, juntando-se assim à Geórgia, que anunciou a mesma decisão na quarta-feira, e à Ucrânia, que o fez dias depois do início da invasão
- Joe Biden anunciou novas sanções aos “oligarcas russos” — Alisher Usmanov, que está ligado ao clube de futebol Everton, é um dos principais alvos. Medidas como esta poderão surtir resultado? É esse o tema da edição especial do Fora do Baralho. Para participar ligue 910024185 e entre em direto na Rádio Observador
- Pedindo “o fim da guerra”, a petrolífera Lukoil tornou-se a primeira grande empresa russa a opor-se à invasão
- Lembra-se do adolescente que rastreava o jato de Elon Musk no Twitter? Passou a fazer o mesmo a Putin
- No duelo dos números negros, Kiev diz ter matado 9 mil soldados russos, Moscovo fixa-as em 498. Pelas contas da ONU, pelo menos 249 mortos e 533 feridos. Segundo a Unicef, o conflito provocou mais de meio milhão de crianças refugiadas numa semana
- Por cá, Portugal já recebeu 672 pedidos para proteção temporária de refugiados. E a Comissão Parlamentar de Defesa Nacional vai reunir dia 8 de março, na próxima terça-feira, de forma extraordinária, para ouvir o Ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.
- Entretanto, é de Lviv que chega o apelo da família de Ihor Homenyuk, o ucraniano que morreu num centro do SEF em março de 2020. Oksana e os filhos pedem proteção a Portugal.
| No terreno, a Cátia Bruno e o João Porfírio guiam-nos por Drozdovychi, onde fugir está fora de questão. Na aldeia com 400 casas, os enviados especiais do Observador viram homens que se revezam entre turnos com armas ao ombro, entradas controladas através de uma app, e mulheres que rezam para que “os russos” não cheguem ali. De caçadeira e telemóvel, está encontrada A História do Dia. | Cerca de 9 meses depois da polémica ‘Russiagate’, Carlos Moedas cumpriu a promessa de reabilitar Luís Feliciano, que PSD considerava “bode expiatório”. O encarregado exonerado por Medina, conta o editor de política Rui Pedro Antunes, foi agora nomeado para o gabinete do presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Depois de inaugurar esta quinta-feira um centro de acolhimento temporário para refugiados, Moedas garante que ucranianos “são bem vindos”. | Ainda no palco da guerra, a Ana Kotowicz apresenta-nos os atores principais e secundários nesta invasão. E com a Ucrânia a querer sentar Putin no banco dos réus, o João Francisco Gomes explica o que são crimes de guerra e como funciona o Tribunal Penal Internacional. Das petrolíferas às marcas automóveis, grandes tecnológicas e até estúdios de cinema: são muitas as empresas a anunciar suspender ou limitar atividade no país. A Alexandra Machado e a Beatriz Ferreira mostram como o boicote à Rússia vem de várias frentes. | Nesta newsletter tem todas as notícias de que precisa para se despedir desta semana bem informado. E já sabe que ao longo do dia vão estar em permanente atualização no nosso site e na rádio Observador. | Tenha um bom dia e um bom fim de semana |
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