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sábado, 10 de agosto de 2019

VIMIOSO - FERIADO - 10 DE AGOSTO DE 2019

Vimioso

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Vimioso
Brasão de VimiosoBandeira de Vimioso
Vimioso06.jpg
Igreja Matriz de Vimioso
Localização de Vimioso
Gentílicovimiosense
Área481,59 km²
População4 669 hab. (2011)
Densidade populacional9,7  hab./km²
N.º de freguesias10
Presidente da
câmara municipal
Jorge Fidalgo (PSD)
Fundação do município
(ou foral)
1516
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Terras de Trás-os-Montes
DistritoBragança
ProvínciaTrás-os-Montes
e Alto Douro
OragoSão Vicente
Feriado municipal10 de agosto
Código postal5230 Vimioso
Sítio oficialwww.cm-vimioso.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Vimioso (em mirandês Bimioso ou Bumioso) é uma vila portuguesa com 1 285 habitantes (2011), situada no extremo nordeste de Portugal. Pertence ao distrito de Bragança, na região Norte de Portugal e sub-região de Terras de Trás-os-Montes.
É sede de um concelho (ou município) com 481,59 km² de área[1] e 4 669 habitantes (2011),[2][3] subdividido em 10 freguesias.[4] O município é limitado a norte pela Espanha (município de Alcanizes), a leste pelo concelho de Miranda do Douro, a sul por Mogadouro, a sudoeste por Macedo de Cavaleiros e a oeste e noroeste por Bragança.

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [5]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
9 60810 29510 77011 08612 07610 45711 48412 50713 21012 7829 7598 5006 3235 3154 669
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [6]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos3 7304 3543 6094 0084 5364 5954 4503 0702 2741 177591405
15-24 Anos1 9321 9201 8272 0462 1782 3972 2241 5201 431813628362
25-64 Anos4 7775 0564 3494 6005 0085 4755 3124 1853 5642 9972 4492 091
= ou > 65 Anos5085475836497356937961 1001 2311 3361 6471 811
> Id. desconh15223159
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Excepto as freguesias do Vimioso e Argozelo que concentram os serviços (administração, bancos, comércios etc.), o concelho do Vimioso é um município rural cuja população exerce actividades essencialmente agrícolas. A emigração e o êxodo rural para Bragança e para as metrópoles do litoral (PortoLisboa), explicam a desertificação dramática da região. A população do concelho é hoje principalmente constituída de idosos.
Em duas aldeias deste concelho, Angueira e Vilar Seco, fala-se o mirandês. Há ainda registo de falantes em Caçarelhos, mas pensa-se que ali terá deixado de se usar generalizadamente nas últimas décadas.
A taxa de natalidade é bastante baixa no município. Em 2013 nasceram 40 crianças, em 2014 19 e em 2015 houve 26 nascimentos.[7]

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho do Vimioso.

Freguesias atuais[editar | editar código-fonte]

O concelho do Vimioso está dividido em 10 freguesias:[4]

Freguesias anexadas[editar | editar código-fonte]

Até a reforma administrativa de 2013, o concelho estava dividido em 14 freguesias.[4]

Aldeias anexas[editar | editar código-fonte]

  • Junqueira (Matela)
  • Mora (Uva)
  • São Joanico (Vale de Frades)
  • Serapicos (Vale de Frades)
  • Quinta de Vale da Pena (Pinelo)
  • Vale de Algoso (Algoso)
  • Vila Chã (Uva)

Aspectos geográficos[editar | editar código-fonte]

O concelho do Vimioso, situa-se no planalto mirandês e faz parte da Terra Fria transmontana que também inclui os concelhos de Miranda do Douro, Bragança e Vinhais. É um concelho acidentado, atravessado pelos vales profundos dos rios Angueira, Maçãs e Sabor.

Economia[editar | editar código-fonte]

Vimioso é um concelho agropecuário, dedicado à criação de gado bovino (raça mirandesa) e suíno e ao cultivo dos cereais (centeio, cevada, milho, trigo), da oliveira, da vinha, da batata e de hortaliças (abóbora, couve, feijão etc.). Outrora importante, a criação de gado caprino e ovino está hoje em declínio.
No concelho existem minas de mármore, em Santo Adrião, e de volfrâmio, em Argozelo. A indústria está representada por empresas de construção civil e serralharias.

História[editar | editar código-fonte]

Há indícios de povoamento pré-histórico em vários locais e castros existentes no termo de várias freguesias do concelho (Atalaia de VimiosoPereiras, castro da 'Batoqueira, castro da Terronha etc.).
Com outros da região (BragançaOuteiroMiranda do DouroMogadouroPenas Roias), os castelos de Algoso e Vimiosofizeram parte da linha de defesa da fronteira oriental do reino. Em Vimioso, além do castelo destruído no século XVIII, existia a torre da Atalaia de que ainda restam vestígios.
Símbolos do direito de exercer justiça, foram erguidos pelourinhos em Algoso, à frente da Câmara e em Vimioso, à frente do antigo castelo.
Em 1492, o concelho viu chegar grande afluência de judeus expulsos dos reinos de Leão e Castela. Depois de acamparem num local que conservou o nome de Cabanas, entre as actuais povoações de Caçarelhos e Vimioso, os judeus foram autorizados a estabelecerem-se em várias aldeias e vilas da região (ArgozeloCarçãoVimioso, etc.). Convertidos à força à religião católica, constituíram nessas localidades comunidades importantes que pouco se misturaram com o resto da população até meados do século XX. Os judeus – assim chamados até hoje – distinguiam-se dos lavradores pelos ofícios exercidos, ligados ao artesanato e comércio.
O século XVI e o início do século XVII constituíram um período de prosperidade para Vimioso e outras terras do Nordeste transmontano (Miranda do DouroOuteiro, etc.). Em 1516, Vimioso foi elevada a vila por foral do rei D. Manuel.
Com as reformas administrativas do século XIX, o concelho de Vimioso cresceu incorporando o extinto concelho de Pinelo e parte dos de Algoso (freguesias de Algoso e Matela), Miranda do Douro (freguesia de Caçarelhos) e Outeiro (freguesias de Argozelo e Santulhão).
Durante todo o século XX, vários surtos migratórios levaram grande parte da população para o Brasil – até à década de 1960 – e para a Europa (principalmente para França), provocando a desertificação do concelho.

Ensino[editar | editar código-fonte]

Ensino Pré-Escolar[editar | editar código-fonte]

  • Jardim de Infância de Vimioso
  • Jardim de Infância de Argozelo

Ensino Primário[editar | editar código-fonte]

  • Escola Básica de Vimioso

Ensino de 2º e 3º Ciclo[editar | editar código-fonte]

  • Escola Básica de Vimioso

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V
PPD/PSDPSCDS-PPPPM
197647,92338,442
197965,74417,661
198219,24137,09236,052
198522,33145,28325,861
198937,61255,963
199343,28251,053
199739,85255,3930,35-
200149,08345,4221,10-
200559,11336,3220,44-
200957,75338,062
201358,52335,892
201757,27335,3321,51-

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PSDPSCDSPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PàFPAN
197643,1520,6916,611,420,50
1979AD16,31ADAPU1,9663,694,82
1980FRS0,9971,872,7915,03
198351,2929,615,490,372,14
198550,8723,185,200,883,033,99
198766,8116,582,73CDU1,131,600,52
199163,2822,563,601,170,542,29
199552,4136,473,860,761,44
199950,2739,683,231,700,320,86
200261,2628,273,961,490,74
200547,8540,144,331,101,66
200952,4433,314,671,133,14
201161,2825,395,021,241,06
2015PàF30,05PàF2,055,2055,890,35

Património[editar | editar código-fonte]

Apesar das guerras e vicissitudes da História, o concelho apresenta um património arquitectónico de que fazem parte:
  • Algoso: Solar dos Távoras, Castelo (século XIII), Pelourinho (século XVI), Igreja Matriz e Capela de São João (século XVII);
  • Angueira: Castros do Gago e da Cocoia;
  • Argozelo: Capela de S. Bartolomeu, Castros da Terronha e do Cerro Grande;
  • Caçarelhos: Capela Joanina;
  • Santulhão: Ponte Romana sobre o Rio Sabor
  • Carção: Castro de Carção;
  • Vimioso: Igreja Matriz (século XVI/XVII), Pelourinho (Idade Média), Castros de Batoqueira e do Vale de S. Miguel.

Artesanato[editar | editar código-fonte]

Cestaria, tecelagem, cobres, colchas, curtumes, cantarias (granito) e mármores.

Feiras[editar | editar código-fonte]

  • Feiras quinzenais: dias 10 e 25 em Vimioso,
  • Feiras mensais: dia 9 em Algoso, dia 13 em Vilar Seco, dia 19 em Caçarelhos, segundo domingo do mês em Carção.
  • Feira anual: feira de S. Lourenço, feriado municipal, dia 10 de Agosto em Vimioso.

Festas principais[editar | editar código-fonte]

  • Argozelo: festas de S. Bartolomeu (24 de Agosto) e Sra das Dores (1° domingo de Setembro);
  • Campo de Víboras: festa de S. Tiago, (últimos domingo e segunda-feira de Agosto);
  • Carção: festa da Sra das Graças (último domingo de Agosto);
  • Vimioso: festas de S. Lourenço, Sta Bárbara, Sra dos Remédios e Sra da Saúde (semana do dia 10 de Agosto).

Acessos[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  2.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Norte (PDF). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 129. ISBN 978-989-25-0186-4ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  3.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_NORTE". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013Cópia arquivada em 8 de outubro de 2014
  4. ↑ Ir para:a b c Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  5.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  6.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  7.  «Mais bebés em Vimioso devido ao programa de incentivo à natalidade»

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