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terça-feira, 1 de outubro de 2019

DIA MUNDIAL DA ARQUITECTURA - 1 DE OUTUBRO DE 2019

Arquitetura

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Arquitetura
Ray and Maria Stata Center (MIT).JPG
Tipo
Construção (d)Visualizar e editar dados no Wikidata
Características
Composto de
Estrutura arquitetónica (d)Visualizar e editar dados no Wikidata
Arquitetura (AO 1945: arquitectura), (AO 1990: arquitetura) (do grego αρχή [arkhé] significando "primeiro" ou "principal" e τέχνη [tékhton] significando "construção") refere-se a toda construção humana e modelagem do ambiente físico, incluindo seu processo de projeto e o produto deste, sendo a palavra também usada para definir os estilos e métodos de projeto das construções de uma época. Em outras áreas, como, por exemplo, ciência da computação, o termo arquitetura se referindo à estrutura geral de um sistema, sendo como um sinônimo de algo projetado ou a forma como funciona.
A principal aplicação da palavra se refere ao projeto de edifícios, que é uma área de atuação multidisciplinar que trabalha entre arte e ciência e também engloba o projeto de paisagenscidadesinterioresmóveis e objetos individuais - paisagismourbanismodesenho industrial e planejamento regional estão, assim, diretamente relacionados com a arquitetura. Segundo este ponto de vista, o trabalho do arquiteto envolveria, portanto, toda a escala da vida do homem, desde a manual até a urbana.
A arquitetura como atividade humana existe desde que o homem passou a se abrigar das intempéries, e desde então foram feitas muitas definições pelos mais diversos estudiosos, arquitetos ou não. Vitruvius, em De architectura, define como o núcleo da arquitetura o equilíbrio entre beleza (Venustas), firmeza estrutural (Firmitas) e comodidade e função (Utilitas). Para William Morris, a "arquitetura abrange a consideração de todo o ambiente físico que envolve a vida humana: não podemos evitá-lo enquanto fazemos parte da civilização, porque arquitetura é o conjunto de modificações e alterações introduzidas na superfície da Terra para atender às necessidades humanas, exceto apenas o deserto puro".
Desde o Renascimento, a arquitetura é considerada uma das artes plásticas. Ricciotto Canudo, em seu manifesto The Birth of the Sixth Art, coloca a arquitetura como uma das artes ancestrais.[1] Nas definições acadêmicas brasileiras, é considerada uma ciência social aplicada.[2]

Definição

O espaço interno como parte da arquitetura
Primeiramente, a arquitetura se manifesta de dois modos diferentes: a atividade (a arte, o campo de trabalho do arquiteto) e o resultado físico (o conjunto construído de um arquiteto, de um povo e da humanidade como um todo).
A arquitetura enquanto atividade é um campo multidisciplinar, incluindo em sua base a matemática, as ciências, as artes, a tecnologia, as ciências sociais, a política, a história, a filosofia, entre outros (ver: Artes mecânicas). Sendo uma atividade complexa, é difícil concebê-la de forma precisa, já que a palavra tem diversas acepções e a atividade tem diversos desdobramentos.[3]
Atualmente, o mais antigo tratado arquitetônico de que se tem notícia, e que propõe uma definição de arquitetura, é o do arquiteto romano Marco Vitrúvio Polião. Em suas palavras:
"A arquitetura é uma ciência, surgindo de muitas outras, e adornada com muitos e variados ensinamentos: pela ajuda dos quais um julgamento é formado daqueles trabalhos que são o resultado das outras artes."
A definição de Vitrúvio, apesar de inserida em um contexto próprio, constitui a base para praticamente todo o estudo feito desta arte, e para todas as interpretações até a atualidade. Ainda que diversos teóricos, principalmente os da modernidade, tenham conduzido estudos que contrariam diversos aspectos do pensamento vitruviano, este ainda pode ser sintetizado e considerado universal para a arquitetura (principalmente quando interpretado, de formas diferentes, para cada época), seja a atividade, seja o patrimônio.
Vitrúvio declara que um arquiteto deveria ser bem versado em campos como a música, a astronomia, etc. A filosofia, em particular, destaca-se: de fato quando alguém se refere à "filosofia de determinado arquiteto" quer se referir à sua abordagem do problema arquitetônico. O racionalismo, o empirismo, o estruturalismo, o pós-estruturalismo e a fenomenologia são algumas das direções da filosofia que influenciaram os arquitetos.
A interpretação de Leonardo da Vinci do homem de Vitrúvio. Esta obra sintetiza uma série de ideais a respeito da relação do homem com o universo. Da mesma forma, ela está associada à arquitetura, tanto quanto um instrumento de projeto quanto como um símbolo.

A tríade vitruviana

Ver artigo principal: Tríade vitruviana
Na obra de Vitrúvio, definem-se três os elementos fundamentais da arquitetura: a firmitas (que se refere à estabilidade, ao carácter construtivo da arquitetura/resistência), a utilitas (que originalmente se refere à comodidade e ao longo da história foi associada à função e ao utilitarismo) e a venustas (associada à beleza e à apreciação estética).
Desta forma, e segundo este ponto de vista, uma construção passa a ser chamada de arquitetura quando, além de ser firme e bem estruturada (firmitas), possuir uma função (utilitas) e for, principalmente, bela (venustas). Há que se notar que Vitrúvio contextualizava o conceito de beleza segundo os conceitos clássicos. Portanto, a venustas foi, ao longo da história, um dos elementos mais polémicos das várias definições da arquitetura.

Definição moderna

cidade, enquanto espaço construído e habitado pelo ser humano, manifesta-se como arquitetura
Uma definição precisa de arquitetura é impossível, como já foi ressaltado, dada a sua amplitude. Como as demais artes e ciências, ela passa por mudanças constantes. No entanto, o excerto a seguir, escrito por Lúcio Costa, costuma gozar de certa unanimidade quanto à sua abrangência.
"Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. E nesse processo fundamental de ordenar e expressar-se ela se revela igualmente e não deve se confundir com arte plástica, porquanto nos inumeráveis problemas com que se defronta o arquiteto, desde a germinação do projeto, até a conclusão efetiva da obra, há sempre, para cada caso específico, certa margem final de opção entre os limites - máximo e mínimo - determinados pelo cálculo, preconizados pela técnica, condicionados pelo meio, reclamados pela função ou impostos pelo programa, - cabendo então ao sentimento individual do arquiteto, no que ele tem de artista, portanto, escolher na escala dos valores contidos entre dois valores extremos, a forma plástica apropriada a cada pormenor em função da unidade última da obra idealizada.
A intenção plástica que semelhante escolha subentende é precisamente o que distingue a arquitetura da simples construção."[4]
Esta definição é entendida como um consenso pois ela resume praticamente toda uma metade de século de pensamento arquitetónico: a visão de Lúcio Costa sintetiza as várias teorias propostas por arquitetos pertencentes à arquitetura moderna. Dado que o moderno procurou se colocar não como mais um entre vários estilos, mas como efetivamente a arquitetura, e sua visão de mundo tornou-se predominante, ela tornou-se por fim um consenso. A teorização proposta pela arquitetura moderna engloba, no entanto, também toda a arquitetura produzida antes dela, já que ela manifesta claramente que a arquitetura surge de um programa, incorporando as variáveis sociais, culturais, económicas e artísticas do momento histórico. Na medida em que os momentos históricos são heterogêneos, a definição moderna da arquitetura não ilegítima nenhuma outra manifestação histórica, mas ativamente combate a cópia de outros momentos históricos no momento contemporâneo.

Estilo e linguagem

Ver artigo principal: Estilo arquitetônico
Quando se pensa em algum tipo de classificação dos diferentes produtos arquitetônicos observados no tempo e no espaço, é muito comum, especialmente por parte de leigos, diferenciar os edifícios e sítios através da ideia de que eles possuem um estilo diverso um do outro.
Arquitetura clássica e renascentista em Roma.
Tradicionalmente, a noção de estilo envolve a apreensão de um certo conjunto de fatores e características formais dos edifícios: ou seja, a definição mais primordial de estilo é aquela que o associa à forma da arquitetura, e principalmente seus detalhes estético-construtivos. A partir desta noção, parte-se então, naturalmente, para a ideia de que diferentes estilos possuem diferentes regras. E, portanto, estas regras poderiam ser usadas em casos específicos. A arquitetura, enquanto profissão, segundo este ponto de vista, estaria reduzida a uma simples reunião de regras compositivas e sua sistematização.
Esta é uma ideia que, após os vários movimentos modernos da arquitetura (e mesmo os pós-modernos, que voltaram a debater o estilo) tornou-se ultrapassada e apaixonadamente combatida. A arquitetura, pelo menos no plano teórico e acadêmico, passou a ser entendida através daquilo que efetivamente a define: o trabalho com o espaço habitável. Aquilo que era considerado estilo passou a ser chamado simplesmente de momento histórico ou de escola. Apesar de ser uma ruptura aparentemente banal, ela se mostra extremamente profunda na medida em que coloca uma nova variável: se não valem mais as definições historicistas e estilísticas da arquitetura, o estilo deixa de ser um modelo amplamente copiado e passa a ser a expressão das interpretações individuais de cada arquiteto (ou grupo de arquitetos), daquilo que ele considera como arquitetura. Portanto, se é possível falar em um estilo histórico (barrococlássicogóticomoderno etc.), também torna-se possível falar em um estilo individual (arquitetura WrightianaCorbuseanaNiemeyeriana, etc).
S F-E-CAMERON EGYPT 2006 FEB 00289.JPGAttica 06-13 Athens 28 Academy of Athens.jpgTaj Mahal, Agra, India edit2.jpgForbidden City Beijing Shenwumen Gate.JPG
Arquitetura egípcia: Templo de EdfuArquitetura grega: Academia de AtenasArquitetura indiana de raízes islâmicasTaj MahalArquitetura sino-orientalPortão da Grandeza Divina

Ver também

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CommonsCategoria no Commons

Bibliografia

  • COSTA, Lúcio, Arquitetura; São Paulo: José Olympio, 2002.
  • RASMUSSEN, Esteen Eiler; Arquitetura vivenciada; São Paulo: Martins Fontes, 2002.
  • ZEVI, Bruno; Saber ver a arquitetura; São Paulo: Martins Fontes, 2002
  • ARGAN, Giulio Carlo; Arte moderna; São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Referências

  1.  Aitken, Ian (2001). European film theory and cinema: a critical introduction. [S.l.]: Edinburgh University Press. p. 75. ISBN 0-7486-1168-1(em inglês)
  2.  «Áreas do Conhecimento - Ciências Sociais Aplicadas»CNPq
  3.  UOL. «A matemática e as profissões». Consultado em 5 de março de 2012
  4.  COSTA, Lúcio (1902-1998). Considerações sobre arte contemporânea (1940). In: Lúcio Costa, Registro de uma vivênciaSão Paulo: Empresa das Artes, 1995. 608p.il.

Ligações externas

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