Pré-publicação: “A lista de Bergoglio”
Eu tinha as horas contadas. Estava desesperado.» O guarda do edifício avisara-o: «Te matarán» (Vão matar-te). Mas, para não acabar assassinado, só lhe restava uma via, percorrer um caminho que, para alguém como ele, estava cheia de armadilhas: pedir ajuda aos padres. Ajudar dissidentes a fugir era não somente uma operação cheia de riscos, mas também a possibilidade concreta de acabar diretamente nas garras dos açougueiros. Por isso e para isso, o padre Jorge construiu uma rede de apoio no Brasil, de maneira a favorecer o sucesso das fugas. Na verdade, nenhum dos membros do «sistema Bergoglio» sabia que fazia parte dele. Cada um fazia um único favor concreto ao provincial argentino: um providenciava uma cama para uma noite, outro um transporte de carro, outro metia uma «cunha» aos funcionários consulares europeus, outro tratava dos bilhetes de avião. O livro “A lista de Bergoglio – Os que foram salvos por Francisco durante a ditadura”, resulta da investigação de Nello Scavo, e conta com prefácio do argentino Adolfo Pérez Esquivel, prémio Nobel da Paz.
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pOST 12-11-13
ANTÓNIO FONSECA
Eu tinha as horas contadas. Estava desesperado.» O guarda do edifício avisara-o: «Te matarán» (Vão matar-te). Mas, para não acabar assassinado, só lhe restava uma via, percorrer um caminho que, para alguém como ele, estava cheia de armadilhas: pedir ajuda aos padres. Ajudar dissidentes a fugir era não somente uma operação cheia de riscos, mas também a possibilidade concreta de acabar diretamente nas garras dos açougueiros. Por isso e para isso, o padre Jorge construiu uma rede de apoio no Brasil, de maneira a favorecer o sucesso das fugas. Na verdade, nenhum dos membros do «sistema Bergoglio» sabia que fazia parte dele. Cada um fazia um único favor concreto ao provincial argentino: um providenciava uma cama para uma noite, outro um transporte de carro, outro metia uma «cunha» aos funcionários consulares europeus, outro tratava dos bilhetes de avião. O livro “A lista de Bergoglio – Os que foram salvos por Francisco durante a ditadura”, resulta da investigação de Nello Scavo, e conta com prefácio do argentino Adolfo Pérez Esquivel, prémio Nobel da Paz.
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ANTÓNIO FONSECA